quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Agente prisional espancado




O agente prisional do Crama, Reginaldo de Jesus Silva, o Super Homem foi espancado neste Natal por quatro presos que estão no Pavilhão C.
Há algum tempo que os presos mantinham uma querela com o agente prisional que é ex-policial militar e mantém comportamento adverso da atual função.



Moto roubada


Elialzo Souza Cunha registrou ocorrência na 21ª Seccional Urbana da Nova Marabá dando conta que a moto dele, uma CG-150, vermelha, placa OFS-9626 fora roubada.
Dois assaltantes, armados lhe abordaram e levaram o veículo quando ele estava chegando na casa dele, no bairro Nossa Aparecida, a Invasão da Coca.


Moto recuperada



Policiais militares lotados na 27ª Área Integrada de Segurança Pública (AISP) recuperaram uma moto Cargo, branca, placa JUL-5546 e apresentaram a mota na 21ª Seccional Urbana da Nova Marabá.
A moto foi abandonada na rua Nagib Mutran, bairro Quilômetro Sete, Nova Marabá. Um adolescente, pilotava a moto, atropelou uma criança e abandonou o veículo naquele bairro.











quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Cabos da Polícia Militar condenados







Após 16 horas de julgamento, os cabos da Polícia Militar, Josivaldo Andrade da Silva e Jonas Cardoso Farias foram condenados a 23 anos e seis meses de prisão.

O julgamento aconteceu nesta terça-feira, na Comarca de Marabá em júri que foi presidido pelo juiz Murilo Lemos Simão Santos, titular da Vara de Violência Doméstica. A sentença foi promulgada nesta quarta-feira (19).

Os condenados, contudo, podem recorrer da decisão e enquanto aguardam o julgamento deste recurso no Tribunal de Justiça do Estado, aguardam em liberdade e só podem trabalhar em serviços internos nos quartéis militares não portar armas de fogo.

Tais recomendações foram determinadas pelo juiz Murilo Santos, que inclusive deixou claro que os dois acusados não devem ter contato com a população.

Eles foram acusados de matar os irmãos Elailson e Eleilton Evangelista, em crime que aconteceu no dia 28 de maio de 2004, em um bar da Folha 7, Nova Marabá.

Contradições – Quando depuseram em juízo os dois acusados se complicaram e caíram em várias contradições a respeitos das circunstâncias do crime.

Uma delas diz respeito como os dois acusados estavam no bar o que cada um fez quando ouviram os estampidos.

Josivaldo da Silva disse que ouviu dois tiros, se abaixou e sacou uma pistola e que olhou para trás e viu o colega Jonas em pé do lado de fora do bar.

Em seguida foi embora e levou o colega daquele lugar que não sabia quem tinha atirado nas vítimas.

Porém, quando o Jonas depôs, disse que saiu do bar montado em um mototáxi, ou seja, negou que o colega dele, Josivaldo o tivesse levado na moto dele.

Outra contradição que ficou no ar e que foi indagado várias vezes pelo juiz Murilo Santos foi o fato de o cabo Josivaldo ter ouvido os tiros, visto uma das vítimas ensanguentada e mesmo com todo o preparo militar não socorreu a vítima, pelo contrário, foi embora do bar.

Contradições e omissões, à parte e apesar dos esforços dos advogados de defesa, Odilon Viera Neto, Ricardo Moura e Marilda Cantal, prevaleceram os argumentos da promotoria.

Atuaram na acusação a promotora Bruna Rebeca de Paiva Moraes que recebeu o apoio dos advogados humanistas Marco Apolo Santana Leão e Claudia Lins, que representaram os Direitos Humanos.

Tão logo foi prolatada a sentença, os dois acusados foram encaminhados para o quartel do 4ª Batalhão de Polícia Militar (4º BPM), sendo que o cabo Josivaldo da Silva entregou uma pistola da Polícia Militar.

Caso seja mantida a sentença os dois acusados podem ser expulsos da corporação militar. A imprensa não pode colher imagens do julgamento.



terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Lucídio Colinetti garante que é inocente


Lucidio (camisa branca) no portão do CRM; liberdade 




Quando saiu do Centro de Recuperação de Marabá (CRM), por volta das 15 horas de ontem o ex-secretário de obras de Marabá, Lucídio Colinetti se disse inocente e garantiu que todo o material aliterítico (piçarra) contratado pela Prefeitura foi aplicado nas ruas de Marabá.
Collinetti foi preso por ocasião da deflagração da operação Mar de Lama, em setembro deste ano, cuja investigação está sendo conduzida pelo Ministério Publico Estadual e que apura supostos desvios de piçarra num valor de pelo menos R$ 20 milhões.
Nesta mesma operação foi preso o empresário Mário Marcelo Fronczak, dono do MM Fronczak, empresa contratada para fornecer o material para a Prefeitura de Marabá.
Este empresário recebeu a pena de prisão domiciliar em pedido feito pelos advogados Gilberto Alves e Américo Leal, enquanto Lucídio Colinetti foi contemplado com a revogação da prisão preventiva, pedido feito pelos advogados Wandergleisson Fernandes e Arnaldo Ramos de Barros Júnior.
Ambas as decisões foram concedidas pelo juiz titular da 5ª Vara Penal de Marabá, Marcelo Andrei Simão Santos. Esta foi a última audiência deste ano nesta Vara. Fronzak deve ser ouvido no dia 25 de janeiro, enquanto Colinetti vai ser ouvido no dia 2 de fevereiro do próximo ano.
 Lucídio Colinetti comentou que está com a consciência tranqüila e com o sentimento de ter cumprido totalmente o contrato e aplicado todo o material comprado nas ruas de Marabá.
Informou que foram mais de cinqüenta obras realizadas durante o período em que ficou à frente da Sevop, durante a atual gestão, entre elas a duplicação da transamazônica que consumiu pelo menos 230 mil metros cúbicos de aterro.
Por sua vez os advogados Wandergleisson Fernandes e Arnaldo Júnior garantiram que vão provar em juízo a inocência de Lucídio Colinetti.
“Vamos provar que todo o material comprado foi aplicado corretamente, tanto que requeremos uma perícia em todas as ruas que estão citadas na denúncia”, completam.
Sobre a decisão, consideraram em tempo, uma vez que demonstra que o cliente deles colaborou com a Justiça e não se furtou de prestar nenhuma informação. “Em momento algum o nosso cliente se negou em colaborar, até porque não tem nada a ver com eventuais desmandos”, garantem.







quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Servidores protestam para receber salários




Engarrafamento se estendeu por quilômetros

Motoqueiros aguardam impacientes a liberação do trânsito

Antonio Júnior (PRF) e Monteiro (PM) negociam liberação da pista

Grupo Tático de prontidão para efetuar evacuação da pista

Demerval, Raimundo e Edmilson (boné)  conversam para liberar pista 



Com salário do mês de novembro atrasado e sete meses do Visa Vale, igualmente atrasado, os servidores realizam protestos.
Na terça-feira, os garis interditaram a Secretaria de Obras, na quarta-feira, os servidores obstruíram a Secretaria Municipal de Saúde.
Nesta quinta-feira, os servidores destas duas secretarias se uniram e fecharam a ponta do rio Itacaiúnas.
Pela manhã, mantiveram o piquete até por volta das 9h30 e aceitaram desobstruir a ponte ante a promessa de negociação com o Executivo local.
Uma comissão foi formada pelo sindicalista Demerval Bento da Silva e mais dois servidores que se deslocaram até a Prefeitura de Marabá, mas não houve nenhum retorno.
Assim, por volta do meio dia, os servidores interditaram a ponte novamente e a interdição acontece de forma alternada nas duas pontes.
Até o início da tarde a Prefeitura não havia se pronunciado a respeito da manifestação e tampouco quando deveria pagar os servidores.
Nesta sexta-feira, uma nova rodada de manifestação deve acontecer até que o Executivo se comprometa em pagar os salários.



quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Mega traficante disfarçado de taxista




Acusado tinha como fachada a profissão de taxista, contudo a Polícia Federal tem fortes indícios de que Oziel Morais Martins 37 anos, preso na última quarta-feira em Marabá é um dos grandes traficantes que atua em Marabá.
Ele foi preso no final da tarde de quarta-feira (5), juntamente com Adalberto Bento das Chagas, 42, Pedro Gonçalves da Silva, 64 anos, na Folha 10, Nova Marabá.
Os três foram flagrados com 52 tabletes de cocaína que perfazem pelo menos 58 quilos da droga que se colocada no mercado renderia cerca de um milhão de reais.
A droga estava camuflada dentro de um troller, placa HYJ-8391 e que estava estacionado em frente à casa do taxista, na Folha 10, Quadra 8, Lote 5, Nova Marabá.
O taxista já estava sendo investigado há algum tempo, sobretudo porque o taxista Oziel Martins ostentava certa riqueza.
Pra se ter uma ideia ele comprou e pagou à vista, um carro corola, placa OFU-7310, cujo valor orbita em torno de R$ 65 a 86 mil e hipoteticamente usava o veículo como táxi em Marabá, o que a Polícia desconfia se tratar de um negócio de fachada.
Os outros dois acusados são do Ceará, para onde a PF acredita que a droga seria enviada. Segundo os agentes da PF, a droga vinha da Bolívia, via Amazonas e fora embarcada no Troller que seguiria pela Transamazônica até Marabá.
Deste município, ainda de acordo com os agentes, a droga deveria ser reembarcada e dividida para outros carros e seguiria para Fortaleza, no Ceará e Natal, RN.
Uma fonte da PF informou que o taxista foi denunciado por colegas de profissão, uma vez que a ostentação do acusado despertou e incomodou os demais taxistas.


Acusado já estava sendo investigado



A prisão dos três acusados e a apreensão da cocaína não aconteceu por acaso. Há um bom tempo que o taxista estava sendo investigado e quando houve uma movimentação suspeita dele nos últimos dias, despertou ainda mais a curiosidade dos policiais.
No final da semana passada os agentes da PF fizeram várias barreiras na rodovia Transamazônica a fim de tentar prender os acusados, mas não obtiveram êxito.
Porém, na tarde desta quarta-feira, conseguiram identificar o troller que estava recheado de drogas. O carro na verdade não vinha rodando pela Transamazônica e sim em cima de um caminhão guincho que foi fretado por R$ 6 mil para fazer o transporte até Marabá, uma vez que o carro sofreu uma pane mecânica em Itaituba.
“O taxista (Oziel Martins) já estava sendo investigado, pois recebemos informações de colegas dele, que possivelmente tinha envolvimento com o tráfico de drogas”, garante o delegado Luiz Felipe Sousa Pimenta de Castro.
“Prosperidade” - Ao contrário de quem usa droga, que geralmente definha física e economicamente, quem trafica geralmente progride financeiramente.
Uma fonte segura do Núcleo de Inteligência da Polícia (NIP) ao tomar conhecimento da prisão do taxista Oziel Morais Martins 37 informou que o acusado já havia sido investigado, contudo até a Polícia ainda não tinha conseguido prendê-lo em flagrante.
Esta mesma fonte informou que o acusado tem pelo menos seis casas que se assemelham a verdadeiras mansões, cujos imóveis teriam sido adquiridos, ou construídos com o dinheiro do tráfico de drogas.
Pra se ter uma ideia da progressão do acusado, há cerca de seis anos, segundo a fonte, o acusado fazia às vezes de “avião do tráfico” e entregava drogas em uma moto.
Oziel Martins 37 seria sócio de outro acusado de ser traficante em Marabá, identificado por “Júnior Tubarão”, entretanto se desentenderam e ele seguiu “carreira solo” e teria montado uma estrutura de distribuição de drogas em Marabá e em outros estados. (E.S.)





quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Federal aprende 58 kg de cocaína



Acusados tentaram se passar por trilheiros e droga estava camuflada neste carro  



Operação aconteceu no final da tarde e início da noite de ontem (5) e resultou na prisão de três acusados de tráfico internacional e na apreensão de quase 60 quilos de cocaína.
Foram presos: Adalberto Bento das Chagas, 42, Pedro Gonçalves da Silva, 64, e o taxista Oziel Morais Martins, 37 anos. Eles foram presos numa casa na Folha 10, Nova Marabá.
Não por acaso aconteceu essa prisão, uma vez que a Polícia Federal investigava o taxista há algum tempo. “É ‘deduragem’, recebemos denúncia anônima e investigamos o caso”, narra o delegado Luiz Felipe Souza Pimenta de Castro, que coordenou a prisão.
Os acusados foram presos numa casa na Folha 10, Nova Marabá. A droga estava acondicionada dentro de um carro esportivo Troller, placa HYJ-8391, e deveria ser redistribuída, provavelmente em outros carros e parte da droga ficaria em Marabá e outra seria reenviada para Fortaleza (CE).
Os agentes da PF localizaram 52 tabletes, que se colocados no mercado renderia aos traficantes, próximo de um milhão de reais, uma vez que cada um dos tabletes custa em média R$ 18 mil.
Há muito tempo que Marabá é rota do tráfico internacional. Segundo o delegado Luiz Felipe a droga vinha da Bolívia, via Amazonas e fora embarcada no Troller neste estado e por terra viria até Marabá.
Ocorre que os acusados não contavam com uma pane no veículo que ficou no “prego” em Itaituba e os acusados ligaram para um caminhão guincho de Marabá e se propuseram em pagar R$ 6 mil pelo serviço. O contato foi feito no domingo.
De posse dessas e de outras informações os agentes da PF intensificaram a investigação até identificar o carro e fizeram a perseguição até a casa na Folha 10, onde foram presos.
Chamou a atenção dos agentes da lei o fato de que um dos acusados, o taxista Oziel Martins, dirigia um táxi Corolla, placa OFU-7310, que zero quilômetro custa pelo menos R$ 70 mil, diferentemente da maioria dos taxistas que usa carros populares. As duas placas dos dois carros, aparentemente, são frias. A placa do Troller coincide com um Gol. A PF deve checar se tais placas são, ou não falsas, segundo informou uma fonte.
De certo é que pelo fato de o taxista demonstrar ostentação, despertou a fúria de alguns colegas de profissão, que por sua vez repassaram informações sobre este acusado à PF. Com ele os policiais federais apreenderam R$ 2,6 mil, o que rendeu comentários diversos.
Todos os acusados ficaram de ser ouvidos formalmente na manhã desta quinta-feira, uma vez que o adiantado da hora impediu que as oitivas fossem feitas ontem à noite. O flagrante deve ser remetido à Justiça estadual.

Juiza suspende despejo de oleiros da Folha 33



A Juíza Maria Aldecy de Souza Pissolati, titular da 3ª Vara Cível de Marabá, suspendeu a liminar que autorizava o despejo de 30 famílias, que residem na Folha 33, entre a Rodovia Transamazônica e o Rio Itacaiunas, nas proximidades da ponte.
Na semana passada o oficial de Justiça esteve na área, acompanhado de policiais e maquinário para fazer o despejo das famílias. Frente à resistência dos moradores em sair da área o oficial fixou nova data para fazer o despejo. Alguns moradores já residem no local há mais de 20 anos, vivendo da produção de tijolos.
Acionados pelos moradores, advogados da CPT ingressaram no processo e alegaram a falsidade do título além de outros indícios de ilegalidade no processo de aquisição do imóvel por parte do Empresário Reinaldo Zucatelli. Segundo os advogados, o imóvel que o empresário Zucatelli diz ser dono, foi doado pelo município de Marabá à SUDAM no ano de 1973, por meio da Lei nº 96/73, para a implantação do bairro da Nova Marabá. Ao receber o imóvel, a SUDAM se deparou com inúmeras pessoas que tinham recebido o direito de enfiteuse sobre essa área.
Visando então o controle total da área, o então Presidente da República, Emílio Garrastazu Médici, editou o Decreto nº 72.254, autorizando a desapropriação de todos os detentores dos títulos expedidos pela Prefeitura na área dos 1.621 há.
Todos e detentores de enfiteuse foram devidamente indenizados e, no mesmo ano, a Justiça Federal autorizou a SUDAM a tomar posse da totalidade do imóvel.
Portanto, com a desapropriação foram extintos todos os contratos de enfiteuse existente sobre a área. Se todos os contratos de enfiteuse foram extintos pelo ato da desapropriação em 1973, como pôde restar esse título expedido em 1964? Como alguém poderia resgatar algo que não mais existia 38 anos depois?
Outra situação alegada pela defesa das famílias é que no Título de Aforamento expedido em 1964 pelo Município de Marabá, a Ireno dos Santos Filho, a área do imóvel era é de apenas 979 m².
Estranhamente, quando efetuado o primeiro registro imobiliário sobre o imóvel não foi mencionada a área total indicada no título. Entretanto, a área objeto da pretensão do empresário no processo é de exatos 67.071,01 m², ou seja, 68 vezes maior do que previsto no título originário.
Frente às alegações, a juíza determinou a suspensão do processo e da liminar e determinou que o empresário fosse notificado para responder aos indícios de ilegalidade suscitados.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Testemunha reconhece pistoleiro e mandante


Zé Bob diz que Jairan Feitosa mandou matar o amigo Amadeu






Antonio Wilson Dourado Miranda, o “Zé Bob” 29 anos, testemunha ocular de um crime que aconteceu no último dia 26 de novembro na rua 5 com a São João, bairro Vale do Itacaiúnas, cuja vítima foi o amigo dele Raimundo Amadeu Araújo 54 anos, denunciou na imprensa que conhece os pistoleiros e a mandante deste crime.
Trata-se de Claudio Adão Martins Souza e o amigo dela Carlos Alves. O primeiro teria sido o autor dos disparos, enquanto o segundo o condutor de uma moto preta.
O crime aconteceu por volta das 19h30 daquele dia e “Zé Bob” disse ter reconhecido os dois acusados pela voz do Cláudio e pela compleição física de ambos.
Quanto ao mandante, seria a líder sindical Jairan Feitosa Santos, tendo como pano de fundo uma disputa pelo controle do acampamento 23 de novembro e a direção da Associação Pro Reforma Agrária da Transamazônica da qual Jairan é presidente.
O pistoleiro, segundo Zé Bob, conversou com a vítima: “Boa noite Amadeu, quanto tempo que te procuro agora te encontrei” e em seguida efetuou nove tiros de pistola calibre 380 na vítima que não teve a menor chance de se defender.
“Não tenho dúvida alguma, apesar do Amadeu estar liderando a ocupação na Canaã (beira do rio Itacaiúnas em Marabá) ele foi morto a mando da Jairan e quem matou foi o Claudio”, reafirma.
Calúnia – A líder sindical Jairan Feitosa dos Santos, residente na rua Gabriel Pimenta, Quadra 30, bairro Liberdade, núcleo Cidade Nova registrou ocorrência diante da escrivã Romana Corrêa Natividade, a última segunda-feira e disse que não tem nada a ver com o crime que vitimou Raimundo Amadeu.
Entre outras coisas contou que ela, o marido bem como o amigo Carlos, estão sendo alvo de calúnia e difamação.
Confirmou que o Antonio Wilson Dourado Miranda participou da Associação Pró Reforma Agrária da Transamazônica, onde ele atualmente preside e que era primeiro fiscal e que este saiu de livre e espontânea vontade e foi participar da Associação Jardim Filadélfia, onde Raimundo Amadeu era presidente.
Contudo ela não entra no mérito da morte do lide sindical e nem faz nenhuma menção de quem poderia ter mandado matar Raimundo Amadeu, ou por qual motivo ele foi morto.
De sua parte o crime está sendo investigado pela Delegacia de Conflitos Agrários de Marabá (Deca) à frente o delegado Victor Costa Lima Leal.
Em linha direta com a reportagem ele confirmou que há essa denúncia envolvendo uma suposta disputa interna entre os dois líderes sindicais e que há outras linhas de investigação que por medida de segurança ele preferiu não informar a fim de não prejudicar o trabalho policial.
“Qualquer coisa que eu disser pode compromete RO trabalho policial, mas pode ter certeza que estamos trabalhando”, comentou laconicamente o policial.







quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Justiça manda despejar oleiros


A juiza titular da 3ª Vara Cível de Marabá, Maria Aldecy de Souza Pissolati mandou despejar 30 famílias que residem na Folha 33, entre a rodovia Transamazônica e o Rio Itacaiúnas há mais de três décadas. A sentença foi promulgada na última segunda-feira (26). A área fica à direita da foto acima.

O curioso nesta sentença, segundo nota emitida pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) é que a área fica a menos de 500 metros da Comarca de Marabá e em nenhum momento do processo estas famílias foram intimadas para se pronunciarem no feito.

 Boa parte destes moradores vive da extração de argila para o fabrico de tijolos, na chamada área de olaria. Para a CPT, este é um caso típico de grilagem urbana.

Conforme consta no processo judicial, o Município de Marabá, por meio de título de aforamento expedido em 1964, autorizou a concessão de enfiteuse a Ireno dos Santos Filho. Durante 47 anos a enfiteuse nunca foi resgatada, estranhamente, no dia 3 de janeiro do ano passado o resgate foi feito e, dois meses após, a área foi vendida para o empresário Reinaldo Zucatelli.

Para a CPT, há fortes indícios, de que o processo de aquisição do imóvel tenha sido resultado de uma fraude imobiliária, envolvendo a Superintendência de Desenvolvimento Urbano (SDU) e o empresário.

O imóvel que o empresário Zucatelli diz ser dono integrava a légua patrimonial de Marabá (4.356 hectares) doada pelo Estado do Pará ao Município de Marabá, no ano de 1927 e devidamente titulada no ano de 1943.

Entre os anos de 1959 a 1972, o município de Marabá expediu títulos de enfiteuse para inúmeras pessoas dentro dessa área. No entanto, no ano de 1973, o município de Marabá, por meio da Lei nº 96/73, doou à SUDAM cerca de 30% (1.621 há) do total do imóvel para a implantação do bairro da Nova Marabá. Ao receber o imóvel, a SUDAM se deparou com inúmeras pessoas que tinham recebido o direito de enfiteuse sobre essa área.

Visando então o controle total da área, o então presidente, Emílio Garrastazu Médici, no ano de 1973, editou o Decreto nº 72.254, autorizando a desapropriação de todos os detentores dos títulos expedidos pela Prefeitura na área dos 1.621 hectares. Todos e detentores de enfiteuse foram devidamente indenizados e, no mesmo ano, a Justiça Federal autorizou a SUDAM a tomar posse da totalidade do imóvel.

Portanto, se todos os títulos foram indenizados como poderia surgir um título expedido em 1964? Como alguém poderia resgatar algo que não mais existia 38 anos depois?

Outro fato apontado pelo CPT é com relação à quantidade territorial do imóvel. O Título de Aforamento expedido em 1964 pelo Município de Marabá, a Ireno dos Santos Filho, a área do imóvel era é de apenas 979 m². Estranhamente, quando efetuado o primeiro registro imobiliário sobre o imóvel não foi mencionada a área total indicada no título. Entretanto, a área objeto da pretensão do empresário no processo é de exatos 67.071,01 m², ou seja, 68 vezes maior do que previsto no título originário.

Outro ponto levantado pelo CPT diz respeito à idade de Ireno dos Santos Filho, que teria 58 anos de idade. Se caso a idade se confirmar, então o título de enfiteuse foi emitido para o nome dele quando tinha apenas 10 anos.

Por fim a entidade lembra que tais argumentos foram apresentados à magistrada durante o processo e com todos os indícios de fraude, a Juíza Maria Aldecy, autorizou o despejo das famílias sem ouvi-las, sem consultar o município de Marabá e sem nenhum parecer do Ministério Público, finaliza a entidade.

Líder comunitário assassinado




Raimundo Amadeu liderava ocupação urbana em Marabá

Na noite desta quarta-feira (28) o líder comunitário Raimundo Amadeu Araújo 54 anos foi assassinado.

A vítima estava sentada em frente a uma casa na rua 5 com a São João, bairro Vale do Itacaiúnas, Núcleo Cidade Nova.

Dois pistoleiros numa moto preta fan, cometeram o crime. Pelo menos sete projéteis acertaram a vítima.

A vítima presidia a Associação dos Moradores do bairro Filadélfia e liderava uma ocupação urbana de uma área contígua ao bairro e que margeia o rio Itacaiúnas.

Este é o segundo atentado que acontece nesta área. Recentemente o micro empresário Júnior Cabeleireiro foi baleado e aparentemente não corre risco de morte.



terça-feira, 27 de novembro de 2012

O espetáculo da morte


Quem cobre a crônica policial em Marabá se depara com uma situação incômoda nas cenas criminosas: a grande presença de curiosos em volta de um corpo.
Na grande maioria dos casos, estas pessoas, estão alheias ao que de fato motivou o crime, e demonstram mais preocupação com a forma que a vítima foi morta, se por muitos, ou poucos tiros, ou facadas.
A dor fica mesmo para os parentes, que choram a morte do ente querido, sendo que estes mesmos curiosos poderiam ajudar a Polícia a descobrir quem e porque aquela pessoa foi assassinada.
Pelo contrário, estes curiosos especulam os motivos da morte. E, se a vítima teve o passado nebuloso, ou foi envolvida em crimes, a morte dele soa como um sossego para a sociedade.
É muito comum sermos indagados: Morreu com quantos tiros? A vítima era pessoa de bem? Ou senão: Neste final de semana teve quantas mortes?
Tais perguntas revelam o quanto a morte está banalizada. Um homicídio significa para muitos um espetáculo da morte.
Outro dia ouvi a colega Leydiane Silva (TV Fox) soltar a seguinte frase: “Estou cansada de fazer matéria só de um lado, a Polícia não prende ninguém”.
O desabafo da colega tem sentido, pois enquanto os “anjos da morte” agem à vontade, pouco, por parte da Polícia, ou Justiça é feito para pelo menos tentar prender os autores de tais crimes. Se a Polícia indica, a Justiça não decreta a prisão.
E os curiosos, que se aglomeram em volta dos corpos alegam que não ajudam a Polícia, pois temem serem os próximos alvos.
Ou quando algum acusado de homicídio é preso, logo é solto pela Justiça, ou fogem das frágeis cadeias de Marabá e neste triste contexto vivemos nós, alvos móveis, pois poderemos tombar a qualquer momento pelos ágeis dedos leves que atuam em Marabá diariamente.

Filho de sargento é fuzilado na madrugada


Os “anjos da morte” deram as caras neste final de semana em Marabá e fizeram novas vítimas. Um dos alvos foi Washington da Silva Carvalho, 28, filho do sargento Domingos Carvalho, preso no início do mês após se envolver numa tentativa de homicídio contra um empresário da Vila Santa Fé, zona rural de Marabá.

Washington Carvalho foi assassinado na madrugada do último sábado (24), com pelo menos 15 tiros de pistola 0.40 em crime que reúne todas as características de se tratar de uma execução sumária. Ele foi morto na madrugada do último sábado (24) quando chegava próximo da casa dele, na Folha 5, Nova Marabá.
A Polícia tem poucas informações a respeito deste crime. A reportagem levantou que a vítima discutiu com algumas pessoas que estavam em um bar, no canteiro da VP-8 em frente a um supermercado da Nova Marabá e logo em seguida foi embora para a Folha 5, Nova Marabá, porém horas mais tarde foi alvejado mortalmente.

Ainda de acordo com as informações levantadas pela reportagem, a vítima seguia numa moto Bros e foi alcançado por dois pistoleiros que estavam em outra moto.

O curioso neste caso é que Washington Carvalho carregava na garupa da moto um amigo, que saiu ileso do atentado, dando a entender que os matadores queriam executar apenas um alvo.

Fontes da inteligência da Polícia Civil confirmam que a vítima tinha envolvimento com assaltos a bancos e outros crimes. O passado dele pode ter provocado tal desfecho.

O caso está sendo investigado pelo delegado plantonista Rayrton Carneiro, que tem poucos detalhes acerca do crime, salvo as informações básicas dando conta que a dupla da moto executou mais um em Marabá e que a vítima foi morta com 15 tiros, sendo a maioria na face.



Esfaqueado e morto na Santa Rosa



Outro crime que movimentou o plantão da 21ª Seccional Urbana da Nov Marabá aconteceu na madrugada do último sábado e teve como vítima o usuário de drogas Cleisson Gonçalves da Silva, 21 anos.

A vítima foi esfaqueada duas vezes e correu até cair numa casa na avenida Pará, bairro Santa Rosa, Marabá Pioneira.

Pelo menos neste caso a Polícia já tem um suspeito, que foi identificado pela alcunha “Grande” e que seria ex-presidiário.

Este crime teria como pano de fundo uma desavença, ou rixa antiga, uma vez que a vítima teria batido no avô do “Grande”.

Este, por sua vez, confidenciou a amigos que iria acertar as contas com o desafeto o que de fato aconteceu no sábado.



Capoerista assassinado com uma facada





Outro crime que também aconteceu no sábado (24) tendo como vítima o capoeirista Francimar Pereira da Silva, o Vovô, 27 anos.

A vítima foi morta com um golpe de arma branca que lhe atingiu o abdome, próximo à virilha.

A vítima teria desafiado uma pessoa que ser bastante franzina se negou a brigar, porém partiu pra cima do capoeirista com uma faca e desferiu um golpe mortal na vítima.

Outros – Neste final se semana o Instituto Medico Legal (IML) necropsiou ainda o corpo do braçal José Vieira de Araújo, 58 anos. O corpo dele foi localizado na praia do macaco, em Itupiranga e pode ter morrido vítima de enforcamento.
Vítima de choque elétrico faleceu o jovem André Silva Mendes, de apenas 13 anos. O acidente doméstico aconteceu em Nova Ipixuna.
Em Morada Nova, na rua Tocantins, faleceu uma criança de apenas cinco anos. De acordo com as poucas informações deste caso, os pais dessa criança teriam dormido por cima dela que acabou morta asfixiada.





terça-feira, 20 de novembro de 2012

MPF investiga conflito entre Polícia Federal e indígenas

O Ministério Público Federal (MPF) abriu oficialmente nesta segunda-feira, 19 de novembro, investigação sobre o conflito entre policiais federais e índios Munduruku da aldeia Teles Pires, na divisa dos estados do Pará e Mato Grosso. No último dia 7, dois policiais e seis indígenas ficaram feridos e o índio Adenilson Kirixi Munduruku foi assassinado com três tiros, segundo representação assinada por 116 organizações e entidades da sociedade civil.
Os procuradores da República Felipe Bogado, que atua em Santarém (PA), e Márcia Brandão Zollinger, do MPF em Cuiabá (MT), determinaram o envio de ofício à Polícia Federal (PF) em Mato Grosso com uma série de questionamentos. O MPF quer saber se foi feita necrópsia, para apurar a causa da morte, e se houve a identificação, apreensão e o exame pericial na arma que teria efetuado o disparo contra o indígena.
No ofício, os procuradores da República também solicitam que a PF forneça cópia dos áudios e vídeos que tenham sido gravados nos dias da ação policial e que seja apresentada a relação detalhada de todos os participantes da operação, sejam eles da PF, da Força Nacional de Segurança, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Fundação Nacional do Índio (Funai) ou de quaisquer outros órgãos.
O MPF também quer informações sobre os nomes e contatos das lideranças indígenas com quem no dia 6 teria sido combinada a realização da ação policial. A operação Eldorado foi deflagrada com o objetivo de desarticular organização criminosa dedicada à extração ilegal de ouro em terras indígenas. Segundo nota à imprensa divulgada pela PF, houve acordo com os índios para a realização da operação na área dos Munduruku.
Os procuradores da República também determinaram o envio de ofício ao Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) de Cuiabá para solicitar cópias dos boletins médicos dos dois indígenas hospitalizados na capital mato-grossense.
O MPF vai realizar oitiva dos agentes públicos que participaram da organização logística da operação e dos que executaram a atividade.
Relatos – Segundo relatos coletados pelas organizações autoras da denúncia ao MPF, houve violações a direitos indígenas, abuso de autoridade e outros crimes. A PF teria chegado à aldeia fazendo voos rasantes de helicóptero e disparando projéteis de borracha, o teria assustado os indígenas - entre eles idosos, crianças e mulheres – e provocado a reação dos guerreiros com arcos e flechas.
“Na sequência, a polícia disparou contra os indígenas, resultando em diversos feridos e na execução de uma liderança indígena. Adenilson Munduruku foi encontrado pelo seu povo com três tiros, um na cabeça e um em cada uma das pernas. Indígenas afirmam que quando o corpo caiu na água a polícia federal atirou bombas contra ele na tentativa de destruí-lo”, diz a representação apresentada ao MPF no último dia 14.
Entre os signatários do documento estão sindicatos, associações indígenas, associações de classe, entidades estudantis, partidos políticos e movimentos sociais da Amazônia e de todo o país (veja a íntegra da representação em
http://goo.gl/zIry7).

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

TRF anula decisão de juiz federal de Marabá


O Tribunal Regional Federal (TRF), através de decisão publicada na semana passada, acatou recurso dos advogados da CPT e anulou a decisão do então juiz federal de Marabá, João César Ottoni de Matos, que condenou o casal de sem terra, Iranilde Teixeira e Abraão Rocha, a um pena de 6 meses de detenção por estarem residindo na antiga praça do mogno, localizada ao lado do prédio de Justiça Federal de Marabá. O juiz substituiu a pena privativa de liberdade por uma pena restritiva de direitos, impondo ao casal o pagamento de dois salários mínimos.
Abraão, Iranilde e três filhos menores, foram despejados pela Polícia Federal da Fazenda Tibiriçá em 2005, onde estavam acampados.
Todas as famílias foram levadas para a praça do Mogno, que pertencia ao INCRA. Como nunca conseguiram um lote de terra para morar, continuaram residindo no local e matricularam as crianças na escola Arthur Guerra, uma delas, portadora de necessidades especiais.
Em 2009 foram indiciados pela Polícia Federal, denunciados de Ministério Público Federal e condenados pela Justiça Federal pelo crime de ocupação ilegal de terra pública.
Os desembargadores do TRF, por unanimidade, entenderam que não houve crime, pois o artigo 20 da Lei nº 4.947/66 é claro quanto à configuração do crime de ocupação ilegal de terras públicas: “invadir com a intenção de ocupá-las, terras da União, dos Estados e dos municípios”.
O TRF entendeu que a família permaneceu em um terreno público por que foi colocada ali por agentes públicos, não restando configurado a intenção de invadir.
O que mais chamou a atenção da CPT no caso, foi o fato de que na região sudeste existe alguns milhões de hectares de terras públicas ocupadas ilegalmente por grandes fazendeiros. No processo de ocupação ilegal, muitos fazendeiros cometeram um segundo crime ainda mais grave, a grilagem, ou seja, a falsificação de um documento público.
No entanto, a CPT não tem conhecimento se algum fazendeiro já tenha sido condenado pela Justiça Federal de Marabá em razão da ocupação ilegal de terras públicas e pelo crime de grilagem. Talvez, a condenação da família sem terra, despejada na Praça do Mogno seja o primeiro caso de condenação proferida pela justiça federal de Marabá.
A entidade defensora do casal de sem terra, entende que seria mais humano, mais justo e mais coerente pedir a condenação do INCRA por não assentar a família do que simplesmente pedir a condenação daqueles que já são condenados na vida pela pobreza, o abandono e o descaso.
De acordo com levantamento feito pela CPT, existem hoje, 18 processos de autoria do INCRA, envolvendo 18 fazendas, tramitando na Justiça Federal de Marabá, requerendo devolução para o órgão fundiário de 108.401 hectares de terras públicas ilegalmente ocupadas por fazendeiros e grileiros na região.
Cerca de 1.800 famílias estão acampadas, aguardando para serem assentadas nessas áreas. Mesmo o INCRA tendo comprovado nos processos sua propriedade sobre as terras e a Constituição Federal assegurar que não existe posse em terra pública, a Justiça Federal de Marabá, tem negado a imissão do INCRA na posse desses imóveis.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Adolescente acusado de matar dentista apreendido em Marabá


Um dos acusados de ter matado o odóntologo Gilson José
Rosa 38 anos está custodiado no Centro de Internação do Adolescente Masculino (CIAM). A vítima foi morta com pelo menos quarenta golpes de arma branca, na madrugada da última segunda-feira (12).

O adolescente, que tem apenas 17 anos, em parceria com o comparsa João Batista Oliveira Júnior, o Caleb cometeram o crime que repercutiu bastante em Marabá.
ambos foram presos na manhã da última segunda-fiera (12) em Araguaína, quando tentavam vender o carro da vítima.
O adolescente foi transferido por policiais militares do Tocantins e chegou em Marabá ainda na noite da última quarta-feira (14).
O outro acusado, o Caleb deve ser transferido para Marabá no início da próxima semana, segundo informou o delegado José Humberto de Melo Júnior.
Ambos foram autuados por latrocínio pela delegada Denisitânia Cunha, titular da Delegacia de Araguaína-TO.
A prisão preventiva do Caleb foi decretada pelo juiz Marcelo Andrei Simão Santos, titular da 5a Vara Penal, enquanto a internação do adolcescente foi decretada pelo juiz Eduardo Antonio Martins Teixeira, da Vara da Infância e Adolescência.
Com estas duas medidas cautelares, os dois juizes poem por terra quaisquer argumentos, ou especulações de que os acusados poderiam ser soltos, conforme foi ventilado na imprensa local.
O Opinião, em sua edição anterior, relatou uma sequência de eventos que culminaram com a morte do odontólogo.
O adolescente é tão franzino que usa o manequim 36 e, segundo a delegada Denisitânia Cunha, foi ele quem deu o primeiro golpe da vítima e pretendia atingir a jugular.
"Ele errou o primeiro golpe, a vítima se debateu para tentar se defender e os dois continuaram golpeando a vítima, sendo que o menor efetuou os golpes, daí o motivo de a maioria dos golpes ter atingido o pescoço da vítima", narra a delegada.
Ainda de acordo com a policial, os dois acusados, mantinham uma relação homoafetiva com o acusado, tanto que conversaram no domingo pela manhã via rede social facebook. Nos diálogos, o adolescente disse que à noite iria dar um presente para a vítima, que seria a morte.
O crime reuniu todas as características de uma morte premeditada, tanto que os acusados levaram uma  tv com as imagens do circuito interno, além de um estetoscópio que o adolescente utilizou para checar se de fato a vítima havia morrido.
Quando o acusado desembarcar em Marabá, deve ser ouvido novamente pelo delegado José Huberto, que deve presidir o inquérito  e novamente autuar o acusado por latrocínio, bem como requisitar as perícias técnicas a fim de fechar o caso completamente.

Detalhes de um crime sórdido



Um crime com todos os engredientes de um filme policial e que pode perfeitamente servir de documentário no futuro. É desta forma que policiais tocantinenses estão tratando o latrocínio que aconteceu na madrugada da última segunda-feira (12) em Marabá e teve como vítima o odontólogo Gilson José Rosa 38 anos, morto com pelos menos quarenta facadas.
A vítima foi morta na noite do último domingo (13) na casa dela, um sobrado situado na rua Sérvulo Brito, 450-B, Cidade Nova.
Os acusados foram presos em Araguaína, ainda na manhã de segunda-feira quando estavam em trânsito ara tentar fugir para Goiânia, trata-se de João Batista Oliveira Júnior, o Caleb, 20, e um adolescente de 17 anos. Eles podem ser transferidos para Marabá na próxima semana.

Segundo a delegada titular da delegacia de Araguaína, Dinesitânia Cunha, os dois acusados planejaram o crime nos mínimos detalhes.
Com absoluta primazia a reportagem obteve alguns detalhes dos depoimentos dos dois acusados. O crime foi planejado pelo adolescente, que é estudante de técnica de enfermagem em Marabá.
Ele manteve contato com Gilson Rosa, via página do Facebook e marcou um encontro a três, na noite de domingo (11), ocasião em que prometeu levar um presente, que na verdade seria uma faca com a qual matou a vítima.
Este e outros diálogos foram anexados aos autos do processo, segundo informou a delegada, sendo que Gilson Rosa perguntou se o tal presente seria um artefato para sexo, uma vez que a vítima era homossexual assumido, mas na verdade a delegada acredita que seria a faca usada no crime.
O crime – De acordo com a delegada os dois acusados tiveram uma noite e prazer com a vítima, já que os três se conheciam e teve a casa aberta pela própria vítima.

Na madrugada, ainda e acordo com a delegada, o adolescente fez massagens em Gilson Rosa, pegou a faca e começou a esfaqueá-lo.
Como tinha conhecimento dos pontos vulneráveis e fatais, os primeiros golpes na vítima foram dados no pescoço, quando Gilson Rosa estava deitado.
Por ter uma compleição bastante franzina, ao contrário da vítima, que tinha um porte bastante avantajado, este tentou se defender, contudo os dois acusados iniciaram uma luta e o adolescente efetuou os golpes de arma branca na vítima até que esta morresse.

Adolescente auscultou coração da vítima

O crime foi tão bem premeditado que o adolescente de 17 anos se cercou de todos os cuidados para evitar que o odontólogo Gilson José Rosa sobrevivesse.
Um destes cuidados foi o fato dele ter levado consigo um aparelho de estetoscópio que usou para auscultar o coração da vítima e checar se de fato estava morta.
Esse detalhe sórdido foi contato para a delegada Tânia Cunha, que relatou para a imprensa tocantinense.
Entre outras informações da delegada, que classificou o adolescente da mais alta periculosidade, tanto que se manteve frio até ser desmascarado pelos policiais tocantinenses.
O adolescente lhe informou que teve o cuidado de procurar um computador que armazenava as imagens do circuito interno, como não encontrou, levou consigo um aparelho de televisão, que disse ter jogado dentro do rio Itacaíunas.
A faca usada no crime, os acusados disseram à delegada que jogaram em um córrego às proximidades de São Domingos do Araguaia e que não souberam informar precisamente, pois estava à noite quando arremessaram o artefato na água.

Tentativa de vender carro novo despertou Polícia

Os dois acusados planejaram o crime é fato, contudo ao tentarem vender o carro do odontólogo acabaram levantando suspeitas e foram presos em Araguaína.
A prisão aconteceu por volta das 9 da manhã da última segunda-feira. Eles tentaram vender o carro, um Ford Fiesta, prata, placa NST-2768, Marabá-PA, ano 2010, em dois ferros velhos, um em Xambioá e outro em Araguaína, o que despertou a curiosidade de um empresário, que por sua vez denunciou os dois à Polícia tocantinense.
A petulância do adolescente foi tamanha, que segundo a delegada, ele conduzia o carro e quando foi abordado por um policial civil ostentava no pescoço o estetoscópio e tentou se passar por estudante de medicina.
Ainda de acordo com a delegada, o adolescente demonstrou estar sendo constrangido pelo policial e inicialmente relutou em sair do carro.
Quando conduzidos para a delegacia de Araguaína, o adolescente insistia em dizer que cursava medicina em Goiânia onde iria morar com o amigo.
Porém a máscara dos dois acusados caiu quando os policiais abriram o porta malas do carro e perceberam que havia roupas manchadas de sangue e uma agenda dentro de uma mochila.
O cerco se fechou de vez contra os acusados quando os policiais checaram a placa do carro e o endereço e comunicaram à Polícia paraense.
Nesta parte do caso entrou em cena a equipe de investigadores do delegado paraense José Humberto de Melo Júnior que identificou se tratar de um provável latrocínio, sendo que a vítima foi localizada dentro do quarto dela.
O adolescente confirmou ainda que tinha conhecimento de como deveria matar uma pessoa com uma arma branca e que auscultou o coração da vítima para confirmar que estava morta.
Com essa constatação, a dupla foi embora no carro da vítima e levou alguns objetos, entre televisão com as imagens do circuito interno e joias.
Inclusive, algumas destas joias estavam sendo usado pelo adolescente, um relógio, uma pulseira e até mesmo o anel de formatura do odontólogo.
Todos os objetos, bem como o carro e as roupas devem ser recambiadas para Marabá. Os dois acusados, segundo a delegada, foram autuados por latrocínio em Araguaína.

Os autos deste caso foram enviados via e-mail para o delegado José Humberto de Melo Júnior. No Pará os acusados devem ser ouvidos e novamente autuados. As perícias técnicas devem ser pedidas por este delegado quando as peças de roupas e o carro chegarem a solo paraense.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Túnel localizado no Crama



Quando conduzia um carrinho de concreto para entupir um buraco dentro do Centro de Recuperação Regional Agrícola Mariano Antunes (Crrama) um detento acabou caindo em outro buraco, que posteriormente foi detectado como sendo um túnel que seria usado numa provável fuga.
O preso caiu nesse túnel no final da manhã desta terça-feira (13), o diretor desta casa penal de Marabá, Anderson de Souza Palheta reuniu os agentes prisionais e demais servidores e pediu para que o caso não se tornasse público.
Em vão, pois a reportagem, obteve informações exclusivas que os detentos da cela 5, do Pavilhão C se preparavam para fugir e a fuga provavelmente iria acontecer na madrugada desta quarta-feira (14).
O curioso neste caso é que 24 horas após a descoberta do túnel a direção ainda não tinha registrado ocorrência deste fato.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Corpo encontrado na Transamazônica

Corpo foi encontrado com marcas nos dois cotovelos


No meio da tarde desta terça-feira (13), os  investigadores Jaime Modesto e Nilson Augusto, lotados na Divisão de Homicídios de Marabá (DHM) constataram que havia um corpo de um homem às margens da rodovia Transamazônica, próximo à base militar do Exército Cabo Rosa.

A vítima, um homem que aparentava ter 25 anos, foi encontrada só de short e sem nenhum documento.

Causou estranheza nos policiais o fato de a vítima ter dois ferimentos circulares, semelhantes à marca de tiros, à altura dos cotovelos pela parte interna dos braços.
Estas duas marcas, segundo uma fonte do IML podem ter sido provocadas por animais.
Diante deste caso misterioso o médico legista Marcos Jová Santos requisitou exames complementares, entre eles o histopatológico a fim de detectar a causa da morte, que por enquanto foi apontada como indeterminada.



Latrocidas presos em Araguaína



Os acusados de ter matado o odontólogo Gilson José Rosa 38, João dos Santos Oliveira Júnior, 20, e um adolescente de 17 anos podem ser transferidos para Marabá ainda esta semana.
 
Ambos foram presos na manhã da última segunda-feira (14) em Araguaina-TO, quando tentavam vender um Ford Fiesta que pertencia a Gilson Rosa.
 
A vítima foi morta na noite do último domingo (13) na casa dela, um sobrado situado na rua Sérvulo Brito, 450-B, Cidade Nova. Havia pelo menos quarenta perfurações no corpo dele. A maioria dos golpes no pescoço.
 
Os dois acusados foram autuados por latrocínio em Araguaína pela delegada Tânia Cunha. O mesmo procedimento deve acontecer no Pará, vez que o crime aconteceu neste estado.





quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Peixe escasso no Lago de Tucuruí



Lago está seco nesta época do ano e peixe cada vez mais difícil

Luís esforço em vão, pois o peixe praticamente desapareceu

Alexandre, o "Bilau", monta a tralha e consegue fiscar uma Aruanã



Paulatinamente acontece um fenômeno no Lago de Tucuruí, que até então desperta pouco interesse das autoridades ligadas à preservação ambiental: a escassez de peixe.
Formado a partir da construção da Hidrelétrica de Tucuruí, o Lago oferecia abundância em diversas espécies de peixes como o jaraqui e a piabanha, que praticamente desapareceram.
Até mesmo o tucunaré, que também era encontrado com facilidade está cada vez mais escasso e por conta disso causa um efeito negativo no turismo de pesca esportiva, tanto que está praticamente reduzido a pescadores locais e regionais.
Pra se ter uma idéia do quanto o peixe está escasso no último feriado de Finados, os pescadores esportivos, incluindo este repórter, Luís Rodrigues e Alexandre Lourenço, passaram três dias e no máximo que conseguiram fisgar um pequeno tucunaré e uma Aruanã, sendo que ambos foram devolvidos ao Lago.
Pescadores artesanais, como Francisco Maciel Santos Cardoso, confirmam a escassez de peixe e creditam que a pesca predatória é um dos fatores que contribuem para esta situação.
Para se ter uma idéia do quanto o Lago está com o nível baixo, a caixa d’água da antiga Jacundá está totalmente de fora. Geralmente essa estrutura fica parcialmente submersa.
Este cenário forma um “paliteiro”, que são árvores mortas, e que neste período aparecem os galhos, o que dificulta a navegação.
Alexandre Lourenço, um dos donos da Ilha dos Perdidos, disse que há doze anos freqüenta o Lago e confirma que nunca viu tamanha sequidão. “É a primeira vez que vejo um cenário destes”, confirma.


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Presidir a Petrobras é grande a responsabilidade, diz presidente



A presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, participou nesta terça-feira (30/10) do 1º Seminário "Mulheres Reais que Transformam", no Hotel Sheraton, no Rio de Janeiro. O encontro, promovido pelo portal feminino Tempo de Mulher, da jornalista Ana Paula Padrão, em conjunto com a agência de parcerias estratégicas Cross Networking, reuniu personalidades reconhecidas por suas ações pelos direitos humanos e pela igualdade social e cultural das mulheres no mundo.
Em um bate-papo descontraído com a jornalista Ana Paula Padrão, a presidente da Petrobras falou sobre o início de sua carreira, contou que jamais enfrentou "saias justas" por ser uma mulher à frente de uma grande empresa como a Petrobras, mas admitiu perceber que as pessoas a olham com muita curiosidade. Para Graça Foster, a diferença de gêneros nunca influenciou no seu trabalho.
 "Eu nunca prestei muita atenção nessa condição de ser mulher. Eu sou engenheira, trabalhava na perfuração de poços, uma atividade sempre conduzida por homens. Eu fui a primeira chefe dessa área na Petrobras. E nesse aspecto a tecnologia veio muito para ajudar as mulheres. Quando você ia para uma sonda de perfuração, eu fui centenas de vezes, há 30, 25, 15 anos atrás. Era um trabalho que exigia mais esforço físico que hoje. Agora você chega à sala do sondador, é tudo automático, parece um videogame", disse a presidente.
 Ao ser questionada sobre poder, Graça Foster lembrou que "o poder não vem sozinho, mas atrelado ao dever. Ser presidente da Petrobras é uma grande responsabilidade, porque você está no Brasil e a Petrobras e o Brasil têm uma relação de intimidade muito grande". Segundo Foster  a Companhia deu um grande salto, especialmente de 2005 para cá, e as responsabilidades aumentaram. "Nós temos muitas oportunidades para crescer, temos uma relação com o mundo, nós atuamos em 27 países. Então é um trabalho muito grande e uma imensa responsabilidade, não só com os acionistas da Petrobras, mas com meu país", disse.

Além de Graça Foster, participaram do evento Leymah Gbowee, prêmio Nobel da Paz em 2011, com quem a presidente da Petrobras manteve um breve dialogo,  Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente; Tony Porter, co-fundador da entidade "A Call to Men", que combate agressões contra mulheres e crianças, e Renato Meirelles, diretor do Instituto Data Popular, que falou sobre a nova classe média brasileira. O evento reuniu cerca de 500 pessoas.

Graça Foster é a primeira mulher a presidir uma das cinco maiores empresas de energia do mundo. Empregada de carreira há quase 32 anos, já desempenhou as mais diversas funções na Companhia até assumir a presidência da Petrobras, em fevereiro deste ano.
 


 
Um dente "derruba" João Salame



Complicações pós-cirurgia em um dente “derrubou” o prefeito eleito de Marabá João Salame Neto.

Recomendações médicas: repouso total, motivo pelo qual que está recolhido na casa dele sem atender correligionários e eleitores.

As articulações políticas estão sendo conduzidas por Roberto Salame Filho e o vice-prefeito Luiz Carlos Pies.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Vale já investiu US$ 4,9 bilhões no Pará este ano




A Vale encerrou o terceiro trimestre de 2012 com investimentos e custeio, no Pará da ordem de US$ 1,7 bilhão no período, aumento de 4% em relação ao trimestre anterior. Nos nove meses do ano, os investimentos totalizaram US$ 4,9 bilhões, sendo US$ 107,7 milhões destinados a projetos e ações socioambientais.

O número de empregados no Pará, entre próprios e terceiros permanentes, fechou em 19.927 no período. Somando profissionais terceirizados mobilizados em projetos em fase de implantação, são quase 30 mil postos de trabalho no Estado.

Produção e licenciamentos


No terceiro trimestre de 2012, a produção de minério de ferro da Vale no Brasil foi de 83,9 milhões de toneladas, aumento de 4,2% em relação ao segundo trimestre do ano, com ganhos em todos os sistemas. Em Carajás, a produção de minério de ferro foi de 27,6 milhões de toneladas no terceiro trimestre, totalizando 76,7 milhões de toneladas nos nove primeiros meses de 2012.

A Mina do Azul produziu 497 mil toneladas de manganês no terceiro trimestre e a produção de cobre em concentrado da Mina do Sossego totalizou 29 mil toneladas.

A Vale teve um aumento significativo no número de licenças obtidas durante o ano - 52 até o final de setembro -, mais do que o dobro do ano passado. Estas envolvem operações de logística, de mineração de minério de ferro e de manganês no Brasil, sendo essenciais para a continuação das atividades produtivas regulares da empresa. Dentre elas, as mais importantes foram a licença prévia para o projeto Serra Sul S11D e a licença de operação para a mina N5 Sul.

A mina de N5 Sul, prevista para iniciar a produção até o final do ano, tem mais de um bilhão de toneladas métricas em reservas provadas e prováveis, com teor médio de ferro de 67,1%. A estimativa é que N5 Sul fornecerá em torno de 25% do run-of-mine (ROM) de Carajás em 2013, aumentando a qualidade e contribuindo para a redução de custos operacionais, reforçando, assim, uma das principais vantagens competitivas da Vale no mercado global.
 

Ecos da “Mar de lama”



Acusados de corrupção podem ser julgados até março




Se depender da vontade do juiz Marcelo Andrei Simão Santos, titular da 5ª Vara Penal de Marabá, os acusados de envolvimento num suposto esquema de desvio de recursos públicos de Marabá podem ser sentenciados até o mês de março do próximo ano.
Neste suposto esquema teria participado dez pessoas, contudo, pelo menos por enquanto foram presas apenas duas: o ex-secretário de obras, Lucídio Collinetti Filho e o empresário Mário Marcelo Fronczak Rocha, dono da empresa MM Fronczak Rocha – ME.
Por meio desta empresa, segundo denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), teriam sido desviados R$ 20.109.790,68 da Prefeitura de Marabá nos últimos dois anos.
O desvio, segundo a investigação, aconteceu por meio de pagamentos indevidos de piçarra, seixo, areia e terra preta, que teriam sido fornecidos pelo empresário.
Os dois acusados foram presos em suas respectivas casas e estão recolhidos no Anexo 2 do Centro de Recuperação de Marabá (CRM) onde as celas geralmente são fétidas, mofadas e com pouca ventilação.
De sua parte os advogados Arnaldo Ramos de Barros Júnior e Wandergleisson Fernandes Silva que defendem o ex-secretário de obras, Lucídio Colinetti, protocolaram pedido de revogação da prisão preventiva.

O pedido ficou de ser analisado nesta quinta-feira pelo juiz. “Vamos provar que o nosso cliente não tem nada ver com qualquer desvio de dinheiro público”, comentaram.
Caso a revogação seja negada, os advogados devem ingressar com pedido de Habeas Corpus com pedido de liminar, no Tribunal de Justiça do Estado (TJE) a fim de libertar o cliente deles.
O que diz a denúncia
Em breve despacho, o juiz Marcelo Andrei Simão Santos relata os prováveis crimes dos quais os acusados teriam cometido.
“Aduz em síntese que os acusados foram responsáveis pela montagem de um processo licitatório cuja finalidade era desviar dinheiro público”, relata trecho do documento.

A denúncia revela ainda que o contrato 148/2011 dificilmente seria cumprido em face a um motivo simples: a empresa MM Fronczak ME não teria condições de fornecer o material previsto neste contrato que seria da ordem de 3,5 milhões de metros cúbicos de piçarra.
Além de 978 mil metros cúbicos de solo laterítico, 12 mil metros cúbicos de cascalho lavado, 40 mil metros cúbicos de terra preta para jardinagem e 24 mil metros de areia fina.

Para fornecer todo esse material, a empresa, segundo a denúncia, teria de ter uma área estimada em pelo menos três vezes a mais do que a descrita no contrato.


Resumo da denúncia




1 – ilegalidade da dispensa de licitação
2 – Inexistência de dotação orçamentária
3 – Inexistência do valor a ser contratado
4 – Informação prévia do valor a ser pago pelo material
5 – Inexistência da quantidade de material a ser comprado
6 – Montagem no processo de licitação  7 – Inexistência de um projeto para onde o material deveria ser aplicado, ou colocado
8 – Incongruências entre as planilhas de composição do preço unitário, planilha orçamentária e memorial descritivo.
9 – Inexistência de protocolo dos documentos de dispensa de licitação
10 – Inconsistência do relatório jurídico que lastrou a dispensa de licitação
11 – Conclusão do processo de licitação sem o valor integral da contratação e falta de publicidade.
 12 – Falta de fiscalização, quanto à correta aplicação do material.
13 – Ilegalidade da justificativa para a inexigibilidade da licitação.


A participação de cada um




Lucídio Collinetti – Ordenou a dispensa de licitação que favoreceu a empresa MM Fronczak ME  e determinou o pagamento de somas vultuosas.
Adriane Melo - Assinou boletins de mediação com base exclusiva em notas fiscais expedidas pela empresa, sem qualquer comprovação do fornecimento do material.
Antonio Júnior  - Pregoeiro do certame que findou com a formalização do contrato 148/2011.
Rênio Dias – Também assinou boletins sem confirmar o efetivo cumprimento do contrato. Com autorização dele a MM Fronczak ME recebeu R$ 3.642.305,80.
Aristeu Gomes – Outro que assinou vários boletins sem confirmar o efetivo cumprimento do contrato. E com a autorização dele a empresa MM Fronczak ME recebeu R$ 4.427.080,00.
Weriton Aranha – Assinou todos os boletins de medição atestando a entrega de materiais, mesmo  em locais onde o MPE verificou que  não foi colocada uma única caçamba de piçarra. Com a permissão dele a MM Fronczak ME recebeu R$ 10.109.790,68.

Diamond Santos Dantas - Também assinou boletins de medição sem confirmar o efetivo cumprimento do contrato. Com autorização dele a MM Fronczak ME recebeu R$ 558.497,98.
Luiz Carlos Augusto dos Santos – Viabilizou a contração irregular da empresa MM Fronczak ME e favoreceu o desvio de recursos públicos.
Pedro José de Souza Freitas – Efetuou todos os pagamentos sem exigir documentos que comprovassem a efetiva aplicação do material.
Mario Fronczak – Empresário, que recebeu todos os pagamentos, embora tenha informado à Secretaria de Meio Ambiente que a empresa dele não tinha condições de fornecer tamanha quantidade de material.

 
Denunciados


Lucídio Colinetti Filho (Ex-secretário de obras)
Adriane Nunes de Jesus Melo (Atual Secretária de Obras)
Antonio Carlos de Sousa Gomes Júnior (Empresário)
Rênio Carvalho Dias
Aristeu Ferreira Gomes
Weriton Aranha Figueiredo (Funcionário Secretária de Obras)
Diamond Santos Dantas
Luiz Carlos Augusto dos Santos (Advogado)
Pedro José de Souza Freitas (Ex-secretário de finanças)
Mário Marcelo Fronczak Rocha (empresário).

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Ex-secretário de obras e empresário presos

Marcelo Fronzack teria recebido R$ 20 milhões indevidamente 

Promotor Júlio Cézar integrou equipe que prendeu acusados

Grupo Tático Operacional conduz Marcelo Fronzack

Delegado Álvaro Ikeda comandou prisões
 
Lucídio Collinetti encalacarado com a Justiça




Na manhã desta terça-feira (23), o Ministério Público Estadual deflagrou a operação “Mar de Lama” que resultou na prisão do ex-secretário de obras de Marabá, Lucídio Colinetti e do empresário Marcelo Fronczak, dono de uma piçarreira.
As prisões são desdobramentos da operação “Caçamba fantasma”, deflagrada em abril deste ano e que investigava suposto desvio de piçarra sendo que o empresário Marcelo Fronzack teria se beneficiado e recebido pelo menos R$ 20 milhões indevidamente.
Pesa contra o ex-secretário de obras, o provável envolvimento em fraude de licitações das quais ele teria se beneficiado e enriquecido ilicitamente. Ele participou das últimas quatro administrações municipais.
As prisões foram coordenadas pelo delegado Álvaro Beltrão Ikeda, titular no Núcleo de Apóio à Investigação (NAI) e contou com a participação dos delegados José Humberto de Melo Júnior, Rayrton Carneiro e Simone Felinto.
Do Ministério Público Participaram os promotores: Júlio César Costa, Ramon Furtado, Maynna Queiroz, Alexandra Muniz e Josélia Barros.
Os policiais cumpriram mandado judicial expedido pelo juiz titular da 5ª Vara Penal, Marcelo Andrei Simão Santos.

Além das prisões, o juiz deferiu o arrestamento de bens dos acusados e de outros prováveis envolvidos no esquema, como o ex-secretário de finanças, Pedro Freitas.
Na casa dele, na avenida Pedro Marinho de Oliveira, os policiais confiscaram cinco carros.
Na casa do ex-secretário Lucídio Colinetti foi apreendido uma TV de 40 polegadas e uma camionete Hilux.
Consta nos mandados de busca e apreensão o arrestamento de pedras preciosas, aviões e até pedras preciosas.
Os dois presos,  Lucídio Colinetti e Marcelo Fronzack estão custodiados numa cela de transição da 21ª Seccional Urbana da Nova Marabá.
Logo mais os promotores devem convocar uma entrevista coletiva para repassar mais detalhes acerca do caso.