terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Marabá registra três homicídios no fim de semana




Neste final de semana, o município de Marabá registrou três homicídios, sendo dois no perímetro urbano e outro na zona rural. Nesse caso, a vítima quase teve a cabeça decepada. O crime aconteceu na vicinal de nome bastante sugestivo, “Corta Goela”.
Em Marabá, foi assassinado com um tiro o conhecido líder comunitário Antonio Carlos Gomes de Lima, o “Diferro”, que morava na Folha 33, onde o crime aconteceu na madrugada de domingo.
Era por volta das 4 horas da madrugada, quando a vítima foi morta por um homem, que, inclusive chamou a vítima pelo nome, dando a entender que o algoz conhecia “Diferro”.
Em Boletim de Ocorrência registrado pelo próprio delegado José Lênio Ferreira Duarte, as informações são escassas a respeito das circunstâncias do crime. Não há registro algum de nenhuma linha de investigação que a Polícia deve seguir para tentar esclarecer o assassinato.
Oficiosamente a reportagem levantou que “Diferro” teria se desentendido com pessoas num bar na madrugada do crime.
Outra informação seria que “Diferro” teria recebido várias ligações ameaçadoras e em seguida, duas pessoas numa moto chegaram à casa dele e efetuaram vários disparos na vítima que não teve a menor chance de se defender.
Pestinha – O outro crime aconteceu no sábado (7). A vítima seria o acusado de ser traficante e assaltante, Benedito Clarindo Moreira Júnior, o Pestinha.
Ele foi morto com tiros na cabeça em crime que aconteceu num terreno baldio, localizado atrás do Parque de Exposições de Marabá (Expoama).
O delegado José Lênio Ferreira Duarte, plantonista, também registrou ocorrência policial após tomar conhecimento do crime, contudo não forneceu maiores detalhes acerca do caso.
Decepado – O outro crime registrado em Marabá teve como vítima Jabson Silva Santos, de 28 anos, que foi morto aparentemente, com golpes de foice.
A violência foi tamanha que o matador, por muito pouco não decepa a cabeça da vítima. O crime aconteceu no domingo, numa estrada vicinal de nome “Corta goela”, zona rural de Marabá.
Uma equipe do Instituto Médico Legal se deslocou, na manhã desta segunda-feira até o palco do crime para efetuar o levantamento de local de crime, dada a repercussão que o crime alcançou e por conta do grau de perversidade do autor.



Adolescente acusado de estuprar criança de 5 anos


Entre os crimes que aconteceram neste final de semana em Marabá a Polícia investiga para tentar esclarecer um suposto crime de estupro de vulnerável. Fato que teria acontecido na Vila São José, no final da tarde de domingo (8).
Policiais militares do Grupo Tático Operacional (GTO) atenderam ocorrência neste domingo, dando conta de um possível estupro de uma criança de cinco anos.
A criança teria sido visto pelo próprio pai, saindo de um matagal com parte das vestimentas e logo em seguida, o adolescente de 14 anos, saiu deste mesmo matagal. 
O suposto estupro aconteceu no domingo, por volta das 17 horas. Tão logo se propagou o episódio, moradores daquela Vila, já se articulavam para linchar o adolescente de 14 anos.
O caso foi denunciado à Polícia Militar, que por sua vez uma equipe do Grupo Tático Operacional (GTO), comandada pelo sargento Aldir, se deslocou até a Vila, onde constatou que de fato havia a denuncia do suposto estupro.
A criança de cinco anos contou aos militares, que de fato o adolescente teria lhe molestado, este, por sua vez negou o suposto crime.
Por conta desta controvérsia, ambos foram encaminhados ao Centro de Perícias Científicas, Renato Chaves em Marabá ainda no domingo à noite, contudo por falta de médico a perícia na criança ficou de ser feita nesta segunda-feira.
Caso se confirme o estupro, o adolescente de 14 anos pode sofrer algum tipo de sanção e até mesmo ser custodiado no Centro de Internação do Adolescente Masculino (CIAM).


terça-feira, 5 de novembro de 2013

MST ocupa Incra de Marabá

Usuário do Incra deu de cara com o  portão fechado

Tito Moura: "Chega de embromação, vamos ficar por tempo indeterminado"




Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam a sede do Incra de Marabá na manhã desta terça-feira. Eles cobram a criação de pelo menos seis assentamentos nas regiões sul e sudeste do Pará.

O MST cobra a criação dos assentamentos nas fazendas, Cedro e Maria Bonita, pertencentes à Agro Santa Bárbara, além da Peruano, em Eldorado do Carajás e a Rio Vermelho, pertencente ao Grupo Quagliato, em Sapucaia e fazenda Caumé, em Tucumã.

Em todas estas fazendas há acampamentos que já duram em média de oito anos e os sem terra se dizem cansados de esperar debaixo de lonas pretas.

A afirmação parte de um dos coordenadores do MST, Francisco Moura, o Tito Moura. Ele faz questão de informar que os “companheiros” decidiram pela ocupação durante várias assembleias realizadas nos acampamentos.

Informou ainda que estão dispostos a permanecer no Incra por tempo indeterminado e cobram a presença do presidente da autarquia Carlos Guedes de Guedes. “De conversa fiada estamos cheios, todas as semanas acontece uma audiência em Marabá e não se resolve nada, então queremos negociar com alguém que realmente saiba e tenha poder para conduzir o processo”, sentencia.

Por sua vez o Incra de Marabá ficou de emitir uma nota detalhada acerca das demandas dos movimentos sociais e informar em que fase estão os respectivos processos das fazendas pleiteadas pelo MST, contudo até o final do dia não o fez.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Matador de sindicalista condenado

Valdemir pediu perdão, se disse renovado na fé, mas foi condenado

Leão: "perdão é concordar com a impunidade"

Joziane Collinetti: "Perdão chance de uma nova vida"






Presidido pelo juiz titular da Vara de Violência Doméstica, Murilo Lemos Simão, aconteceu nesta quarta-feira (30) o julgamento do pedreiro Valdemir Coelho de Oliveira, réu confesso da morte do sindicalista Pedro Laurindo da Silva, assassinado a tiros no dia 17 de novembro de 2005. Diferentemente de outros julgamentos recentes, o acusado confessou o crime e pediu perdão à família da vítima, o que não sensibilizou o conselho de sentença. No final, quatro das sete juradas condenaram o acusado por homicídio qualificado, a 16 anos e oito meses de reclusão, em regime fechado. 
Na época o crime causou uma grande repercussão com direito a manifestações por parte da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri). Laurindo foi morto com características de execução sumária por encomenda, o que caracteriza crime de pistolagem. 
Quem esperava um julgamento cercado de polêmica e com discursos inflamados por parte de defesa e acusação, se surpreendeu com o clima ameno e cortês que transcorreu no Fórum, salvo algumas alfinetas entre as duas partes, comportamento bastante típico em julgamentos.
Durante a inquirição, Valdemir tentou de todas as formas sensibilizar o espírito feminino das juradas alegando estar bastante arrependido, e que se pudesse voltar no tempo, não cometeria o crime. Também pediu perdão à família da vítima, disse que é um homem convertido na fé e que agora entende a gravidade do ato dele, em matar o sindicalista por um motivo banal.
No entanto, negou ter sido contratado por outra pessoa para matar “Pedrão”, como Laurindo era conhecido. O nome do pecuarista Lázaro Barbosa chegou a ser citado como suposto mandante desse crime, o que, aparentemente, não se confirmou.
O acusado alegou ainda que houve uma negociação em torno de um lote rural dentro da fazenda Cabo de Aço, zona rural de Marabá, sendo que tinha adiantado R$ 500,00 e que receberia um lote de cinco alqueires. Essa negociação teria ocorrido no início de 2005, sendo que o crime aconteceu em novembro daquele mesmo ano. “Foi ignorância da minha parte, covardia, matei, me arrependo e peço perdão”, afirmou.
O crime – Pedro Laurindo da Silva foi assassinado com dois tiros de revólver calibre 38, disparados na cabeça. O crime aconteceu por volta das 20 horas, na avenida 7 de Junho, Marabá Pioneira. A vítima estava hospedada em um hotel que leva o mesmo nome da avenida, e estava em Marabá participando de um evento de defesa dos direitos humanos, que acontecia na sede do Incra. Naquela ocasião ele teria dito a parentes e amigos que estava sendo ameaçado de morte, por conta da luta dele pela ocupação da fazenda Cabo de Aço. Pedrão tinha saído do hotel, juntamente com o amigo José Amujaci Serrano da Silva, para fazer uma ligação telefônica.
Quando retornava para já para dormir foi alvejado mortalmente, sem a menor chance de defesa. “Estava cego de raiva, porque ele não entregou o terreno e nem devolveu o dinheiro, por isso matei”, acrescenta.
Apelação – Os advogados Arnaldo Ramos de Barros Júnior, Joziane Bogaz Collinetti, e Ricardo Moura, que funcionaram na defesa do réu ficaram de recorrer da decisão, uma vez que três juradas votaram pela absolvição do acusado. O recurso deve ficar pronto em oito dias e deve ser protocolado no Tribunal de Justiça do Estado (TJE) com o objetivo de tentar anular o julgamento. O acusado, mesmo condenado, deve aguardar o julgamento do recurso em liberdade.


Advogados apelam para sensibilidade das juradas

Fugindo da tradicional tese de negativa de autoria, muita usada em tribunal de júri, os advogados Arnaldo Ramos de Barros Júnior, Joziane Bogaz Collinetti e Ricardo Moura apelaram para o pedido de clemência, ou perdão. Ramos, por várias usou até a Bíblia para tentar minimizar a pena do cliente dele. “Aquele que não tiver pecado que atire a primeira pedra”, citou, dizendo que esta é a mais bela defesa. 
Repetidas vezes o advogado mencionou que a pena serviria de vingança. “Porque não perdoar, o tempo que ficou preso não basta? hoje ele tem duas filhas especiais que dependem do suor dele”, relatou o advogado, citando novamente o evangelho de São Lucas, mencionando que o acusado pediu perdão várias vezes alegando que se pudesse voltar no tempo não cometeria o crime.
Arnaldo Ramos pouco usou doutrinas jurídicas. Citou que se fosse condenado, os quatro filhos do acusado seriam punidos indiretamente, pois ele é o baluarte da família. Mencionou que depois de quase oito anos após o crime, a pena teria pouco efeito prático. “Tem que ser muito homem para assumir que cometeu um crime”, citou a advogada Joziane Bogaz Collinetti, pedindo perdão aos jurados. Ela citou que durante todas as fases do processo o cliente dela não fugiu de Marabá, e ficou quase quatro anos preso. “Não é banalizar o crime, mas é dar uma chance para quem teve a hombridade de assumir um erro, pediu perdão e uma segunda chance de vida”, conclui. 


Defensor refuta tese da defesa 
Quando retornou para a réplica o advogado e assistente de acusação Marco Apolo Santana Leão refutou a tese da defesa, e disse que o pedido de perdão é estratégia da defesa para ganhar algum benefício, no caso de uma condenação. “Se perdoamos vamos dar um atestado de ‘vale tudo’, salve-se quem puder’”, menciona, para em seguida acrescentar: “Sancionar uma conduta criminosa é rasgar todos os códigos penais”. O promotor alegou que o perdão seria premiar o réu. 
“Esse arrependimento não existe”, acrescenta, mostrando recorte de jornal com matéria sobre a prisão do acusado, por porte ilegal de armas. O promotor refutou ainda as passagens bíblicas citadas por Arnaldo Ramos, dizendo que o dom maior é a vida. “Não consigo acreditar numa divindade que defenda esse tipo de crime, não quero entrar nesta seara”, rechaçou, lembrando que o julgamento é feito com base nos códigos penais e processuais.
Concluindo, disse que a confissão do acusado é, sem sombra de dúvida, uma estratégia para amenizar a pena. Se surpreendeu com o comportamento dos advogados de defesa que, para ele, se comportaram de forma educada, mas que não poderia deixar de pedir a condenação do réu, uma vez que o crime aconteceu de forma premeditada.


Viúva criou filhos do sindicalista sozinha

A morte do sindicalista Pedro Laurindo teve consequências negativas para ambas as famílias. Para se uma ideia a mulher da vítima, Katicilene Pereira dos Santos, estava grávida de seis meses quando o marido foi assassinado e, desde então, cria os dois filhos sozinha. Para tanto, conta com a ajuda de amigos colonos que hoje estão assentados na antiga fazenda Cabo de Aço, onde foi criado o assentamento “Pedro Laurindo”.
A viúva disse que durante todo esse tempo passou muitas necessidades e, se não fosse a solidariedade dos amigos, talvez não tivesse conseguido criar os dois filhos que teve com o sindicalista. O depoimento dela causou comoção e a própria viúva chorou em plenário.

Investigador testemunhou crime


Valdemir Coelho de Oliveira foi preso em flagrante, poucos minutos depois de ter matado o sindicalista Pedro Laurindo. Ele foi agarrado por uma equipe da Delegacia de Conflitos Agrários (Deca).
Na verdade, o investigador Rômulo de Sousa Valente estava fazendo um lanche na Avenida 7 de Junho, bem perto de onde o sindicalista foi assassinado. Ele se encarregou de prender o acusado juntamente com os agentes da Deca.
O policial contou que ouviu os estampidos e detectou se tratar de tiros. Dirigiu-se para o local e viu uma aglomeração de pessoas em torno do corpo, e um homem colocando algo na cintura. Era Valdemir Coelho arrumando o revólver. A partir dessa identificação visual o investigador foi informado que o acusado teria matado uma pessoa. Rômulo Valente passou a seguir o atirador, que se deslocou em direção à praça Duque de Caxias e dali, para a Orla Sebastião Miranda. 
Neste meio tempo Rômulo pediu apoio de colegas policiais da Deca, até que o acusado foi preso e apresentado na então Delegacia Municipal da Nova Marabá, onde foi autuado por homicídio e permaneceu preso por quase quatro anos. Valdemir não esboçou nenhuma reação ao ser preso, apesar de ainda estar portando o revólver com que acabara de matar o sindicalista.


segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Polícia prende latrocidas no Maranhão



Terminou na tarde deste sábado a caçada aos latrocidas, que em julho deste ano, mataram o empresário Altamiro Borba Soares quando este chegava para fazer um depósito bancário em Parauapebas.

Agentes do Núcleo de Inteligência da Polícia (NIP) e do Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) prenderam os dois últimos acusados deste crime, são eles: Ailton Pereira Lima o Bazooka e Ricardo Soares da Silva, o Sandro ou Caburé.  

Além destes dois acusados, estão presos: Jailton Silva e Cleber Pereira da Conceição, o Neguinho. O quarteto deve ser transferido para Marabá onde deve ser conduzido até o Centro de Recuperação de Marabá (CRM). 

Julgamento cercado de polêmica



Neilivan da Rocha (E) foi o único que conseguiu se livrar do cárcere



O julgamento dos quatro acusados de ter matado o ex-vereador Edson Coelho Lara, que aconteceu nesta quinta-feira (23) na Comarca de Marabá foi cercado de muita polêmica. O júri foi presidido pelo juiz Murilo Lemos Santos.

Em princípio o advogado de defesa, Erivaldo Santis, tentou adiar “defenestrar” três jurados, em seguida apelou para o adiamento do julgamento e alegou que supostas gravações com diálogos entre os acusados não teriam sido colocados nos autos do processo, o que em tese dificultaria a defesa, pois não tinha como analisar tais diálogos.

Estas conversações teriam sido feitas, antes e depois da empreitada criminosa, contudo os 25 CDS com os diálogos foram entregues para perícia no Centro e Perícias Científicas “Renato Chaves” no dia 23 de novembro de 2006, contudo, misteriosamente sumiram o que para o advogado caracteriza cerceamento de defesa.

A apelação de Erivaldo Santis soou aos ouvidos do promotor Reginaldo César Lima Alvarez como uma medida “para eternizar” o processo e desta forma evitar que os réus fossem julgados.

Após as duas teses dos causídicos o juiz Murilo Lemos Santos indeferiu o pedido do advogado de defesa e determinou que o julgamento fosse realizado.

Desta forma os quatro acusados: José Dantas de Oliveira, o “Zé Baiano”, a filha dele, Sandra Jesus Oliveira, o mototaxista William Silva Milhomem foram condenados a 23 anos e oito meses, enquanto Neilivan da Rocha foi absolvido. Este teria sondado uma das testemunhas para matar uma pessoa, que seria o vereador Edson Lara, mas não ficou provada a participação dele no crime e acabou se livrando.

Outros dois acusados, os irmãos: Edenilson de Oliveira, o “Japão” e apontado como o matador da vítima e Degmar dos Santos, o “Cigano”, que seria o intermediário, devem ser julgados posteriormente, uma vez que o processo foi desmembrado.

Recurso – Em face à condenação dos três acusados, o advogado Erivaldo Santis ficou de entrar com recurso no Tribunal de Justiça do Estado para tentar anular o resultado, ou senão diminuir a pena.

Enquanto o recurso não é julgado, os três acusados aguardam em liberdade. Para o advogado o resultado do julgamento foi contrário às provas nos autos, pois para ele, não havia provas suficientes para condenar os acusados.

“A família está satisfeita, esperávamos que eles saíssem de lá direto pra cadeia, mas vamos aguardar o julgamento do recurso e torcer para que seja mantido o resultado”, comentou Jânio Lara, o Marujo.

Diante deste resultado, os irmãos: “Cigano” e “Japão” devem ser condenados. Eles estão em liberdade e dificilmente devem comparecer para ser julgados, portanto podem ser julgados à revelia.

Irmão – Este julgamento aconteceu algo até então inédito na Comarca de Marabá, que foi a atuação do advogado assistente de acusação Marco Antonio Lara, irmão da vítima, Edson Lara.

Para ele, o resultado é alentador, contudo revela que a região sudeste do Pará ainda prevalece crimes de encomenda, o que mancha o nome do Pará em nível nacional.

A condenação dos reús, acrescenta, é um indicativo que a sociedade não tolera mais tais crimes de encomenda. Disse estar alegre e triste ao mesmo tempo por conta desta situação, o fato de ter perdido o irmão e alegre com a condenação.


O crime – A vítima foi assassinada com vários tiros de revólver calibre 38, por volta das 19 horas, no dia 5 de novembro de 2005, quando estava dentro de uma camionete dele, numa porteira da fazenda Lara Arapari em Itupiranga.


Edson Lara tinha acabado de terminar uma vacinação de um gado. O pistoleiro aguardava pacientemente às proximidades da porteira.

O pistoleiro estava vestindo roupas de mangas longas, luvas e capuz para encobrir o rosto. Para matar a vítima, ele teria usado dois revólveres, inclusive atirou em direção ao vaqueiro Givanildo Carvalho que se embrenhou no mato para se livrar dos tiros.


Bate boca em plenário 


“Não julgueis para não ser julgado”, citou Erivaldo Santis à ex-vereadora Lady Anne Souza, a Laidinha, após citar dois depoimentos de Laydinha que em princípio disse que não tinha condições de saber quem teria interesse em mandar matar o Edson Lara.

Em seguida o causídico ameaçou abandonar o júri, pois estava se sentindo cerceado no direito de defender os acusados. “Se eu não posso falar, vou abandonar a tribuna, eu posso falar se não posso é cerceamento de defesa, se o senhor me permitir”, reclamou se dirigindo ao juiz Murilo Lemos Santos.
A discussão encerrou quando Santis questionou a religiosidade da testemunha. “Pela sua fé, a senhora reafirma que foi o Zé Baiano que mandou matar” retrucou para em seguida mandar até mesmo promotor Reginaldo Cesar calar a boca.

Por fim, Erivaldo Santis disse que não faria mais perguntas, pois a testemunha não tinha nada a falar. 

“Eu estou me sentindo ofendida”, reclamou a testemunha, sendo que o juiz interveio e alertou que o momento da oitiva é destinado a perguntas objetivas e não pra elucubrações.


A participação de cada acusado


A investigação policial à época do crime foi comandada pelo falecido delegado André Luiz Nunes Albuquerque, que contou com o apoio do Núcleo de Inteligência da Polícia (NIP) e definiu a participação de cada um dos acusados.


Zé Baiano - Insatisfeito por não ter conseguido se eleger vereador pela terceira vez consecutiva, teria mandado matar o vereador Edson Lara, antes, porém a vereadora Lady sofreu um suposto atentado uma semana antes da morte do colega vereador.

Sandra Oliveira – A acusada foi imcubida de intermediar a contratação dos pistoleiros para matar Edson Lara.

Neilivan da Rocha – Este acusado teria sido o elo de ligação entre Sandra Oliveira e os pistoleiros.

Edenilson dos Santos – O acusado, conhecido por “Japão” era motorista de van em Itupiranga e teria sido contratado para matar Edson Lara. Depois do crime, mudou-se do Pará e foi preso no Rio de Janeiro.


William Milhomem – Este acusado teria transportado o pistoleiro, numa moto verde até a fazenda Lara Arapari, onde aconteceu o assassinato.

Degmar dos Santos – Conhecido por “Cigano”, o acusado teria sido contratado por Sandra Oliveira, que por sua vez contratou o irmão. Após o crime, fugiu de Itupiranga e foi preso em Igarapé Miri. Estes dois últimos deves ser julgados posteriormente.



Testemunha foi sondada para matar



Uma das testemunhas, José Alcir foi claro em dizer que um dos acusados, Neilivan da Rocha lhe procurou e perguntou se ele tinha coragem de matar alguém. Ele disse que tinha não coragem. Negou ser pistoleiro e que nunca matou ninguém.

O contato desta suposta empreitada criminosa foi feito num final de tarde em um bar de Itupiranga, sendo que a filha do José Baiano, Sandra de Jesus Oliveira teria ordenado ao Neilivan que procurasse um pistoleiro para matar uma pessoa.

Sandra Oliveira ficou de falar com ele, contudo não o fez no que ele deduziu se tratar de uma suposta empreitada de morte e mais tarde ficou sabendo da morte do ex-vereador Edson Lara e, portanto fez uma associação de idéias e concluiu que a conversa com o Neilivan seria para matar Edson Lara.
Esta versão do caso foi colocada nos autos, quase um ano após o crime, sendo que a testemunha depôs ao falecido delegado André Luiz, que o teria procurado na casa dele.

A testemunha afirmou que foi intimado pelo delegado e depôs na Câmara de Vereadores, pois a delegacia estava lotada de detentos e contou tal conversa que tivera com o Neilivan onde teria sido sondado para matar uma pessoa.

Negou que Neilivan da Rocha tivesse lhe oferecido R$ 4 mil e mais um revólver para matar uma pessoa. 

“Aqui no posto (era segurança) caso alguém venha para roubar e me fazer mal e para me defender, possivelmente”, afirmou a testemunha. 

Dotado de uma gramática impecável, o advogado Oziel Vieira, tentou, de todas as formas mostrar aos jurados que o cliente dele, Neilivan da Rocha seria pessoa bem quista e que não teve nenhuma participação no crime.

Quanto a conversa que tivera com a testemunha, o advogado disse ser uma brincadeira e que não deveria ser levada em consideração.

Ao final, os jurados, cinco mulheres e dois homens, se convenceram diante dos argumentos do advogado e acabaram inocentando Neilivan da Rocha por maioria dos votos.





quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Caso Dezinho: Dois acusados julgados



Finalmente, após quase treze anos da morte do sindicalista José Dutra da Costa, o “Dezinho”, assassinado no dia 21 de novembro de 2000 em Rondon do Pará, dois acusados deste crime deve ser julgados hoje em Belém.

Sentam no banco dos réus, o pecuarista Lourival de Sousa Costa, o Perrucha, acusado de ser um dos mandantes e Domício de Sousa Neto, acusado de ser um dos intermediários.

Perrucha ocupava ilegalmente a Fazenda Santa Mônica, uma área pública federal, que à época, foi ocupada por sem-terra lideradas por Dezinho. 

Domício era o então gerente da fazenda e, de acordo com as investigações policiais, forneceu a arma que foi usada no crime.

O pistoleiro Wellington de Jesus foi julgado e condenado a 30 anos de prisão em 2006, mas foi autorizado pela Justiça a passar o final daquele ano em casa e nunca mais retornou para cumprir a pena. 

Dois outros acusados de serem intermediários do crime tiveram as prisões preventivas decretadas, mas nunca foram presos.

O fazendeiro Décio Barroso Nunes, o “Delsão”, também acusado de ser mandante, aguarda em liberdade e deverá ir a julgamento em 2014.

“O processo que apurou o assassinato do sindicalista foi marcado por uma péssima atuação das polícias civil e federal e do Ministério Público na fase de investigação e instrução, dificultando a produção de provas, que pudesse responsabilizar todos os acusados pelo crime.”

A afirmação acima está contida em nota assinada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Pará (FETAGRI), Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Sociedade de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH).

Ainda de acordo com o mesmo documento, a omissão do Estado brasileiro quanto à proteção do sindicalista Dezinho das ameaças que recebia em função de sua atuação e o descaso no processo de apuração do crime resultou em uma ação contra o Estado Brasileiro perante a Comissão Interamericana da OEA.


Acusados de mandar matar ex-vereador julgados




Está previsto para acontecer nesta quinta-feira (24), na Comarca de Marabá, o julgamento de quatro dos seis acusados da morte do vereador Edson Coelho Lara. Mas se depender da vontade do advogado de defesa, Erivaldo Santis, o julgamento pode ser adiado novamente.
Tudo por conta de uma prova que ele considera fundamental para inocentar os clientes dele, que seriam os áudios originais de supostas conversas dos clientes dele e que não constam nos autos desse processo, pois constam apenas as degravações.
“Como podemos analisar uma suposta prova sem os originais”, indaga o advogado lembrando que tal prova pode ser fundamental neste processo. “Não se pode ter uma prova sem a contraprova”, acrescenta.
Para quem não se lembra, Edson Lara foi assassinado no dia 5 de novembro de novembro de 2005 quando chegava na fazenda Lara Arapari em Itupiranga.
Após seis meses de investigação a Polícia Civil à época, identificou seis acusados de envolvimento direto e indireto neste homicídio.
Entre eles, José Dantas de Oliveira, o Zé Baiano, a filha dele, Sandra de Jesus Oliveira, o então namorado dela, Neilivan Soares da Rocha, os irmãos Degmar dos Santos, o Cigano Edenilson de Oliveira, o Japão e Alex Milhomem.
Esta investigação foi conduzida pelo falecido delegado André Nunes Albuquerque e definiu a participação de cada um dos acusados bem como a motivação que teria sido por conotação política.
Aparentemente o único crime cometido por Edson Lara foi sair candidato e ser eleito vereador em 2004 e  Zé Baiano ficou na primeira suplência e daí a motivação para mandar matar a vítima já que assumiria a vaga deixada por Edson Lara.
Ainda de acordo com o que foi apurado pela equipe do delegado, Sandra de Jesus teria sido a articuladora e mentora intelectual do crime.
O namorado dela, Neilivan Soares da Rocha teria feito o contato com Degmar dos Santos e este, por sua vez chamou o irmão dele, Edenilson de Oliveira, que por seu turno, contratou Alex Silva Milhomem. Estes dois últimos se encarregaram de matar a vítima.
Inclusive foram vistos circulando várias vezes às proximidades da fazenda Lara Arapari e numa destas investidas a moto em que estavam furou o pneu e pediram socorro a um borracheiro da vila São Sebastião.
Ainda de acordo com a investigação, os dois acusados se passavam por supostos compradores de terra, mas na verdade, segundo a Polícia estavam procurando a localização da fazenda Lara Arapari.


Vereador executado em tocaia
O crime foi cometido à noite, bem ao estilo da pistolagem. Os dois acusados, ainda de acordo com o que foi apurado pela Polícia, montaram uma tocaia próximo de uma porteira que dá acesso à fazenda.
O vereador Edson desceu da camionete dele,  abriu a porteira, entrou no carro quando foi alvejado com vários tiros, sendo que um deles atingiu o rosto da vítima. Não teve a menor chance de se defender.
Não contentes em apenas matar a vítima, os dois acusados fugiram roubando a camionete, que foi localizada um dia após o crime.
Toda a trama, bem como os supostos diálogos entre os irmãos pistoleiros e Sandra de Jesus constam nas degravações, onde o pistoleiro Japão teria cobrado o restante do pagamento da empreitada criminosa.
Sandra, por sua vez teria se aborrecido e se negado em efetuar o pagamento. Este contato teria sido feito de um telefone público localizado em frente a uma clínica particular no bairro Cidade Nova, em Marabá um dia após o crime.
Japão teria passado mal e teria sido atendido nesta clínica particular em Marabá. Desde o crime que todos os acusados negam participação, mas misteriosamente, desapareceram dos respectivos endereços como num passe de mágica.
Sandra de Jesus saiu da casa dela em Itupiranga para ir morar numa fazenda. Alex Milhomem, por ser errante, foi morar em Bom Jesus do Tocantins.
Cigano, como o nome sugere, morou em Marabá e logo em seguida foi embora, o irmão dele, o Japão, fugiu do Pará, morou em vários estados até ser preso em Macaé, no Rio de Janeiro onde estava usando outro nome e trabalhando de motorista numa siderúrgica.
Vale lembrar, porém, que apesar de todos os esforços da Polícia, os acusados foram soltos por força de decisão da 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça em sessão realizada no dia 30 de agosto de 2008.
Apesar de todos os indícios levantados pela Polícia, o advogado Erivaldo Santis acredita que pode inocentá-los e descarta que o pedido que deve ser feito quanto aos áudios originais e consequentemente o adiamento do julgamento não se trata de manobra.
“É uma maneira de assegurar o direito de ampla defesa e identificar a verdade real”, alinhava informando que há um ofício anexado no processo pedindo os tais áudios, o que até o momento ainda não foram disponibilizados.
Por sua vez, a família da vítima disse acreditar que os jurados sejam capazes de condenar os acusados por brutal crime, que aconteceu há quase oito anos, sob pena de prescrever e consequentemente prevalecer a impunidade.
Oficiosamente, a reportagem levantou que o advogado Laércio Patriarca e Marcos Lara, irmão de Edson Lara devem atuar na assistência de acusação, caso o julgamento se realize. (E. S.)


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Juiz liberta ex-prefeito de Eldorado



O juiz titular da Comarca de Curionópolis e Eldorado dos Carajás, Danilo Alves Fernandes, concedeu a liberdade provisória ao ex-prefeito daquele município, Jair da Campo, 55, e outras quatro pessoas que foram presas no final da semana passada.

O grupo foi acusado de ter ameaçado de morte o também ex-prefeito de Eldorado, Vicente José Corrêa Neto, 48, o Vicentinho, a quando de uma cobrança atabalhoada de uma suposta dívida envolvendo a venda da fazenda Iguaçu, que no passado pertenceu a Jair da Campo, que vendeu para Antonio Moreira Barreto, 61 anos, que por sua vez, vendeu a fazenda para o Vicentinho.

Contudo, o juiz não deixou barato a soltura dos acusados e arbitrou fiança de 67 salários mínimos aos cinco acusados, sendo que Jair da Campo e o irmão dele, Valtenir da Campo, 46, tiveram de pagar 45 salários mínimos.

Os outros três acusados, Bruno de Oliveira da Silva, 34, Paulo César Patrocínio Costa, 31 anos pagaram 10 salários cada um, enquanto Erinaldo de Araújo Bispo, 43 teve de pagar dois salários mínimos.

Tudo começou na sexta-feira (11) pela manhã, quando Jair da Campo e um grupo de amigos, se deslocou de Eldorado até a fazenda Iguaçu para realizar a cobrança à Vicente Neto.

Armados com armas de diversos calibres, o grupo, ameaçou de morte o fazendeiro e familiares deste, pois caso não pagasse a conta teria de sair da fazenda, ou senão entregar gado para o devido ressarcimento.

Vicentinho, por sua vez alegou que não devia nada à Jair da Campo e, portanto não poderia lhe pagar, pois comprou a fazenda do pecuarista Barreto a quem deve R$ 300 mil, sendo que este valor só deve ser pago em maio do próximo ano. 

Diante deste impasse, ainda de acordo com informações constantes do processo, deu-se início a sessão de eventos que culminaram com a prisão dos cinco acusados.

Quando presos, os acusados se disseram vítima, contudo o delegado Bruno Fernandes de Lima entendeu que o grupo cometeu vários crimes, entre eles posse ilegal de arma, formação de bando, ou quadrilha, invasão e exercício arbitrário das próprias razões já que a cobrança teria sido feito com o uso da força e de armas.

Por sua vez, o juiz Danilo Fernandes homologou o flagrante, mas no início da semana libertou o grupo mediante o pagamento de fiança.


Para o magistrado, mesmo os acuados alegando que não estavam usando armas de fogo, descartou esta hipótese e comentou na sentença: “Ninguém em sã consciência invade fazenda comparsas sem levar armas de fogo”, afirma.

Em seguida o magistrado lembra que pelo fato de Jair da Campo ser ex-prefeito, deveria saber que não poderia, em momento algum, tentar fazer justiça com as próprias mãos.

“O mentor dessa ação criminosa é pessoa conhecida na comunidade  e estar deveria dar o exemplo, uma vez sabedor que não pode se arvorar a fazer justiça com as próprias mãos, haja vista pertencer ao estado juiz e somente este, a função da persecução penal”, alinhava o magistrado. 

O quinteto agora deve responder ao processo em liberdade, contudo não podem se ausentar de Eldorado sem comunicar à Justiça, sob pena de quebrar a medida cautelar e ter a prisão preventiva decretada.

De certo é que a transação comercial entre Vicentinho, Barreto e Jair da Campo, há duas parcelas do contrato de compra e venda de fazenda atrasadas, o que em tese daria direito á Jair da Campo reaver a fazenda.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Assaltantes dinamitam caixas eletrônicos de Eldorado dos Carajás, mas não levam o dinheiro.

Na madrugada desta terça-feira, por volta das 4 horas, assaltantes de banco invadiram a área dos caixas eletrônico do Banco Banpará de Eldorado dos Carajás e explodiram um dos caixas.

Ocorre, que por conta da carga de dinamite, aparentemente ter sido pouca, ou pequena, o caixa ficou apenas retorcido e os assaltantes não levaram o dinheiro.

“Até pra roubar, os assaltantes são burros”, comentou o delegado Bruno Fernandes de Lima que investiga a tentativa de roubo.
Na fuga, os assaltantes abandonaram um carro Pálio, que deve periciado. As imagens do circuito interno de segurança devem ajudar a Polícia a identificar os assaltantes, que já estão sendo chamados de novatos, pois não conseguiram explodir o caixa eletrônico e podem ser presos a qualquer momento.

Assaltantes dinamitam caixas eletrônicos de Eldorado dos Carajás, mas não levam o dinheiro.

Na madrugada desta terça-feira, por volta das 4 horas, assaltantes de banco invadiram a área dos caixas eletrônico do Banco Banpará de Eldorado dos Carajás e explodiram um dos caixas.

Ocorre, que por conta da carga de dinamite, aparentemente ter sido pouca, ou pequena, o caixa ficou apenas retorcido e os assaltantes não levaram o dinheiro.

“Até pra roubar, os assaltantes são burros”, comentou o delegado Bruno Fernandes de Lima que investiga a tentativa de roubo.
Na fuga, os assaltantes abandonaram um carro Pálio, que deve periciado. As imagens do circuito interno de segurança devem ajudar a Polícia a identificar os assaltantes, que já estão sendo chamados de novatos, pois não conseguiram explodir o caixa eletrônico e podem ser presos a qualquer momento.

Assaltantes dinamitam caixas eletrônicos de Eldorado dos Carajás, mas não levam o dinheiro.

Na madrugada desta terça-feira, por volta das 4 horas, assaltantes de banco invadiram a área dos caixas eletrônico do Banco Banpará de Eldorado dos Carajás e explodiram um dos caixas.

Ocorre, que por conta da carga de dinamite, aparentemente ter sido pouca, ou pequena, o caixa ficou apenas retorcido e os assaltantes não levaram o dinheiro.

“Até pra roubar, os assaltantes são burros”, comentou o delegado Bruno Fernandes de Lima que investiga a tentativa de roubo.
Na fuga, os assaltantes abandonaram um carro Pálio, que deve periciado. As imagens do circuito interno de segurança devem ajudar a Polícia a identificar os assaltantes, que já estão sendo chamados de novatos, pois não conseguiram explodir o caixa eletrônico e podem ser presos a qualquer momento.

Assaltantes dinamitam caixas eletrônicos de Eldorado dos Carajás, mas não levam o dinheiro.

Na madrugada desta terça-feira, por volta das 4 horas, assaltantes de banco invadiram a área dos caixas eletrônico do Banco Banpará de Eldorado dos Carajás e explodiram um dos caixas.

Ocorre, que por conta da carga de dinamite, aparentemente ter sido pouca, ou pequena, o caixa ficou apenas retorcido e os assaltantes não levaram o dinheiro.

“Até pra roubar, os assaltantes são burros”, comentou o delegado Bruno Fernandes de Lima que investiga a tentativa de roubo.
Na fuga, os assaltantes abandonaram um carro Pálio, que deve periciado. As imagens do circuito interno de segurança devem ajudar a Polícia a identificar os assaltantes, que já estão sendo chamados de novatos, pois não conseguiram explodir o caixa eletrônico e podem ser presos a qualquer momento.

Ex-prefeito de Eldorado dos Carajás preso




Prisão é fruto de uma cobrança indevida acaba e culminou com a prisão do ex-prefeito de Eldorado dos Carajás, Jair da Campo e outros quatro fazendeiros e pistoleiros. 



A prisão aconteceu na tarde da última sexta-feira (11), o grupo, liderado por Jair da Campo, saiu do centro da cidade e foi até a fazenda Iguaçu para realizar uma cobrança ao também ex-prefeito, Vicente Correa Neto, o Vicentinho.

Este, por sua vez, comprou a fazenda Iguaçu, cujo dono seria Jair da Campo e há uma parcela de R$ 200 mil atrasada há dois meses, sendo que Jair da Campo tentou receber o dinheiro na marra.

A fazenda, na verdade, teria sido comprada por Vicente Neto do pecuarista Barreto, e este, estaria devendo dinheiro a Jair da Campo, que descontente tentou receber o dinheiro a todo custo.

Os pecuaristas foram até a fazenda Iguaçu e teriam apontado armas de fogo para Vicente Neto, a família dele, bem como ameaçado matar a todos caso não pagasse a conta.

Não satisfeitos, o grupo liderado por Jair da Campo, ameaçou expulsar todas as pessoas da fazenda, bem como levar bois a título de quitação da dívida. 

O grupo não conseguiu receber a conta e por conta desta cobrança atabalhoada, cinco pessoas foram presas e ficaram de ser autuadas por diversos crimes, segundo informou o delegado Bruno Fernandes de Lima, titular da Delegacia de Eldorado do Carajás.

Por telefone, o policial informou que Jair da Campo liderava o grupo e que outros cinco pessoas conseguiram fugir ao cerco policial.

A prisão, contudo, só foi possível graças à delegada superintendente regional, Bruna Paollucci Tarallo, que determinou ao delegado Bruno de lima formatasse o flagrante.

Desta forma, os acusados ficaram de ser autuados por formação de bando, ou quadrilha, invasão de domicílio, lesão corporal, ameaça e exercício arbitrário das próprias razões já que se excederam ao cobrar a dívida e agora terão de gastar dinheiro para ser libertados.

O flagrante deve ser remetido ao juiz Danilo Alves Fernandes, titular da Comarca de Curionópolis, que só deve apreciar um pedido de relaxamento de flagrante no início da próxima semana.  


Até, lá, Jair da Campo, o irmão dele, Valtemir da Campo, Bruno de Oliveira Silva, Erinaldo Araújo Bispo e uma pessoa de prenome Paulinho, seguem presos enquanto aguardam decisão judicial e devem refletir, que nos dias de hoje, toda e qualquer cobrança deve ser feita de forma educada e cortês em detrimento da truculência e o uso de armas e ameaças.

A Vale vale a pena?


A Vale se espalha pelo país, e sua propaganda é associada a um discurso que gosta de afirmar que o Brasil está inserido num modelo de crescimento afeito às nações mais ricas do mundo. É aí que vem o contraste. Diante de tanta propaganda na TV, na mídia imprensa, outdoors, o universo real dos atingidos pela Vale não tem a dimensão à altura do sofrimento das populações que têm suas vidas remexidas pela atividade mineradora.  

Guilherme Zagallo, advogado da Campanha Justiça nos Trilhos e vice-presidente da OAB do Maranhão, diz que, se o número de atingidos pela Vale S/A fosse calculado com seriedade, deveria levar em conta diferentes fatores da atuação da maior mineradora do Brasil.

Nesta entrevista à Rogério Daflon do Canal Ibase, Zagallo dá visibilidade a dados que a megaempresa evita debater.

Eis a entrevista.

Como calcular o número de atingidos pela Vale?

Nem a empresa nem a legislação reconhecem, por exemplo, as atividades ferroviária e portuária quando se trata de atingidos. Há que se lembrar que 306 milhões de toneladas em 2012 escoam pelas ferrovias e portos, e muitas populações  são sacrificadas com essas operações. Então, o cálculo já fica distorcido por essa questão. Comunidades sofreram remoções nesse contexto. Muitas delas inclusive já tinham sido assentadas pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). E não há interesse também em se calcular os atingidos pela poluição. No Rio de Janeiro, a CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico), que foi recusada em São Luís, no Maranhão e da qual a Vale tem 26% das ações, traz intensa poluição ao ar da cidade.

Aliás, como a cidade de São Luís conseguiu que a CSA não fosse ali instalada?

Os movimentos sociais, na verdade, foram conseguindo adiar o empreendimento. Pela pressão da sociedade civil, foi liberada uma área para a empresa de 1.063 hectares, e a CSA queria 2.477. O negócio, com as mudanças da economia, passou a não interessar. Assim, viu-se que ganhar tempo é uma estratégia importante dos movimentos sociais. No caso de a Vale querer fazer mineração da Serra do Gandarela, ganhar tempo é algo fundamental. Ali, em vez disso, os movimentos sociais querem criar uma área de proteção ambiental, pois se trata de uma das maiores reservas naturais de Minas Gerais.

O que representa a atividade mineral para a economia do Brasil?

Ela é importante para a balança comercial do país, mas tem impactos ambiental e social enormes. Na questão do transporte, por exemplo, as quatro ferrovias da Vale causam transtornos graves ao ir e vir nas cidades cortadas pela linha férrea. Em 2010, só para ilustrar, houve 175 atropelamentos nas linhas férreas da Vale, com boa parte deles resultando em óbitos. Seriam necessários túneis e viadutos para que essa interferência não fosse tão sentida. Ocorre que os royalties são distribuídos somente nas cidades onde há minas. E, assim, os municípios que têm portos e ferrovias para a escoamento da produção não recebem nada. Tem ônus sem bônus.

O que acha do projeto de lei do novo código de mineração?

Para mim, do jeito que está, é um código minimalista, sem controle social, ambiental e das próprias reservas

segunda-feira, 14 de outubro de 2013


Mais de 150 quilos de droga apreendida 


Na semana passada, a Polícia Civil de Marabá prendeu cinco traficantes de grande porte e apreendeu mais de 150 quilos de droga, entre maconha, crack e cocaína. Em seis meses de administração da delegada Bruna Paollucci Tarallo a PC aprendeu quase 170 quilos de drogas e prendeu pelo menos dez traficantes de grande porte.

Em Eldorado dos Carajás a PC prendeu a dupla Romislei Gonçalves da Silva e João Gabriel Pereira dos Santos. Ambos foram capturados numa casa situada na avenida Guajajara, 129, Centro.

Nesta casa foi localizada uma S-10, preta placa JYK-7210, Várzea Grande-MT que estava recheada de droga. Nas portas do veículo, os policiais localizaram  pelo menos oito tabletes que continham 8,3 quilos de crack.

Na sexta-feira, pela manhã, a PC prendeu outros três acusados de tráfico de drogas:  Cledison Pereira da Rosa, Fábio Ribeiro dos Santos, o Fabinho e Francisco Lima Sales, estes foragidos da Comarca de Paragominas.

O trio foi capturado dentro de uma fazenda em São Domingos do Araguaia. Uma pistola 0.40, uma espingarda calibre 20 e um revólver calibre 38 e mais munições foram apreendidos.

Nesta fazenda os policiais localizaram uma considerável quantidade de droga, sendo 130 quilos de maconha, 20,6 quilos de pasta base de cocaína e mais 26 quilos de um pó que seria adicionado à cocaína.

Cledison da Rosa tinha como atividade lícita a corretagem de móveis, mas segundo a Polícia, migrou para o tráfico de drogas e pelo menos duas vezes por mês viajava para o Mato Grosso para transportar droga. Cada viagem lhe rendia pelo menos R$ 100 mil.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Leilão Virtual Agro CFM fatura R$ 1,8 milhão



Exibido ao vivo para todo o Brasil pelo Canal do Boi - Sistema Brasileiro do Agronegócio (SBA), na tarde do último sábado (05), o Leilão Virtual de Touros Nelore da Agro-Pecuária CFM atingiu efetiva liquidez com a venda de 405 animais ofertados, faturamento consolidado de R$ 1,814 milhão.

Neste remate sob o comando da Central Leilões, foi oferecida como opção a ferramenta BullTrade para pagamento futuro indexado em arrobas, que representou a metade dos touros comercializados na oportunidade, mostrando realmente que este novo e inovador sistema de venda da CFM teve sucesso e papel primordial para o sucesso do remate que atraiu interessados de dez estados do País e, entre os quais: de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Rondônia, Tocantins, Pará, Rio Grande do Norte e Bahia.

Segundo Luis Adriano Teixeira, coordenador de pecuária da Agro-Pecuária CFM, o sucesso do leilão virtual de touros, realizado dois meses após o Megaleilão reflete o reconhecimento do produtor em torno do trabalho realizado pelo programa de melhoramento genético da CFM, que mesmo em um cenário de mercado em ligeira retração, comparece e participa com entusiasmo.

“Identificamos nos lances muitos clientes antigos, produtores que já conhecem a qualidade dos produtos da CFM, mas também é empolgante conferir a presença também de novos clientes que efetuaram suas primeiras compras” ressalta.

As vendas feitas pela equipe CFM na Fazenda São Francisco, em Magda (SP), continuam normalmente e, caso algum pecuarista efetue sua compra ainda nos próximos dias, contará com a facilidade do esquema de entrepostos da CFM em Aquidauana (MS), Cuiabá (MT), Goianésia (GO), Correntina (BA), Pimenta Bueno (RO) ou Araguaína (TO) preparados especialmente para dinamizar as rotas de entregas dos animais adquiridos.

Mais informações: Telefone 0800 127 111 ou e-mail: faleconosco@agrocfm.com.br

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Pescaria esportiva com sabor de aventura no Alto Xingu

Edinaldo Sousa e ao fundo Franciane, no rio Xingu

Alexandre Lourenço, todo satisfeito com um belo Tucunaré


Anualmente pescadores esportivos de Marabá se reúne para desfrutar de uma intensa pescaria numa região que ainda é considerada bastante preservada, o Alto Xingu.
Este ano a equipe foi reforçada com pescadores de Goiânia, Claudio Collienne, o De Belém (Goiânia), Luiz Dalman (Paraná), Ailton dos Santos (Tocantins) e Gessi Bandeira, o Beijoca. Natural de Limoeiro do Norte, no Ceará estava sem tirar férias há 18 anos e aproveitou o convite do amigo Alexandre Lourenço para desfrutar de três dias de pesca.
Para ele tudo foi novidade. “Só conhecia o Pará de ver na televisão, as matas, os rios e os índios e saio daqui bastante satisfeito, tanto pelo local como por todos os parceiros de pesca que foram muito receptivos e pela quantidade e variedade de peixe que capturei, mas se não tivesse fisgado nenhuma saia igualmente satisfeito”, revela.
Evidentemente que nem todos os pescadores ficaram satisfeitos com o resultado da pescaria, mas ao fim e ao cabo, o balanço geral foi positivo em face ao local e por conta do passeio com espírito de aventura.
O empresário Luiz Dallmann viajou pelo menos 2,5 para integrar a expedição de pesca que foi denominada Expedição Xingu 2013 que contou com 17 pescadores leva boas lembranças do Pará ao Paraná.
Para ele tudo foi novidade. “Aqui é um sistema diferente de pescar, há uma variedade grande de peixe. No Paraná não existe o tucunaré, o trairão e não tem os índios”, relata.
A piabanha, o tucunaré, bicuda e o trairão foram alguns exemplares fisgadas no Xingu. Tais espécies ainda existem graças ao esforço dos indígenas da etnia Kaiapó, que lutam para associar a preservação ambiental com a sustentabilidade. No Brasil são pelo menos 6,3 índios desta etnia e no Pará, residem 3,4 mil, sendo boa parte no Alto Xingu, que são divididos em quatro aldeias.
Entretanto esta expedição não superou as expectativas de todos os pescadores, pois os grandes peixes de couros como o jaú, a pirarara e o pintado que não foram localizados, à exceção de dois jaús, um de aproximadamente 30 quilos e outro de 10 quilos foram capturados.
A ausência de tais espécies revela um processo que está em andamento naquela região indígena: a pesca comercial que aparentemente está em grande escala, o que em tese coloca em risco a piscosidade do rio Xingu e pode, no futuro, comprometer até mesmo a sobrevivência dos índios Kaiapós.

Aliás, a pesca é o principal meio de sobrevivência dos índios, pois não recebem nenhum tipo de incentivo, ou compensação financeira do governo federal e têm dificuldades de sobrevivência e vêm na pesca comercial uma alternativa.
Esta alternativa, porém causa efeito catastrófico em longo prazo, enquanto a pesca esportiva, quando praticada e forma responsável, causa poucos danos ao meio ambiente, tendo em vista que boa parte das espécies fisgadas é devolvida ao rio Xingu também está sendo praticada na região. Equipes do Brasil todo se deslocam até o Xingu para desfrutarem das belezas naturais.
Da Expedição Xingu, Hudson Silva capturou pelo menos vinte tucunarés, boa parte deles com mais de quatro quilos.  Silva demonstrou uma paciência acima do normal, no que pode ter refletido no desempenho dele.
Outro que se saiu muito bem e que também demonstrou contentamento com a performance foi Agnaldo Pereira Viera. Fisgou belos trairões e tucunarés, tanto que tentou adiantar o retorno da expedição de pesca em um dia.

O próximo destino dos expedicionários é o rio Iriri, via rodovia Transamazônica, onde novamente as esperanças dos pescadores se renovam no sentido de capturar aquele peixe e assim se livrarem da mentira, ou da lorota, afinal o peixe que escapa é sempre o maior.

Nota: Este poster desfruta de férias e só retorna em outubro ao batente e desde já agradeço a compreensão. Um abraço a todos.


Pescadores

RarissonLeal
Antonio Fernandes Lima, o Toninho
Gessi Bandeira, o Beijoca
Luiz Carlos Dallmann
Claudio Colliene, o De Belém
Ailton dos Santos
Jardson Mendes
Guilherme Schueroff Dallmann
Ademir Alvarenga
Alexandre Pereira Lourenço
Moacir Lopes
Vilmar Goufeto
Luís Rodrigues
Hudson Silva
Edinaldo Sousa
Agnaldo Pereira Viera
Henrique Schueroff


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Empresários protestam contra a Vale e fecham PA-160



Empresários reclamam do completo isolamento proporcionado indiretamente pela mineradora Vale e interditaram, hoje pela manhã a PA-160, à altura da Vila Planalto, distante cerca de 15 quilômetros do centro de Canaã dos Carajás.
A estrada é o principal eixo de ligação entre Parauapebas e Canaã dos Carajás e a manifestação impede o acesso ao projeto minerário S11D, da Vale.
Os empresários se queixam de três situações que estariam impactando diretamente e economia do município de Canaã dos Carajás, no sudeste do Pará.
Dois pontos seriam de alçada da Vale. A  contratação de mão de obra, a maioria dos empregados seria de outros municípios, bem como as compras, que estariam sendo feitas em outras praças em detrimento do comércio local.
A outra queixa, e não menos importante, são as constantes quedas de energia elétrica em Canaã dos Carajás, sobretudo no período noturno, onde os piques são mais acentuados.
Diante deste cenário caótico os empresários clamam para que a Vale, de alguma forma, compre, ou oriente as subsidiárias dela a comprar no mercado local, bem como priorizar as contratações locais.
De igual forma, exigem que a Celpa melhore a prestação de serviço no fornecimento de energia elétrica. O protesto segue, já que até o momento, nenhum representante das duas empresas se pronunciou. 
Este é o terceiro protesto contra a Vale em Canaã dos Carajás nesta semana. 

Duas manifestações contra a Vale no Pará



No período de uma semana populações de três comunidades fazem dois protestos conta a mineradora Vale, no município de Canaã dos Carajás, no sudeste do Pará.
No dia 07 de agosto os moradores da comunidade Bom Jesus interditaram por 10 horas a estrada que dá acesso à mina do projeto Sossego, onde a Vale faz extração e transformação do minério de cobre, no município de Canaã dos Carajás.
Os moradores interromperam a manifestação depois que representantes das empresas Vale e da Andrade Gutierrrez compareceram para negociar algumas reivindicações entre elas a contratação de mão de obra local,  pois até àquele momento só estavam contratando os de fora da região.
Até o dia 13 já haviam sido contratados (as) 180 trabalhadores da vila Bom Jesus, prova de cumprimento do acordo provocado pela manifestação dos moradores.
No dia 14, cansados de esperar pelo cumprimento dos acordos feitos com a Vale, os moradores das vilas Racha Placa e da vila Ouro Verde (Cedere III) resolveram interditar a estrada que dá acesso para o maior projeto da empresa, o S11D.
São 50 famílias moradoras da vila Racha Placa, desestruturadas pela Vale, que esperam, desde 2010, pela implantação de infra-estruturas numa área onde será criado um projeto de assentamento.

As famílias vêm sendo enroladas pela Vale e pelo necrosado Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). São famílias que tinham seus comércios na vila e foram destruídos pela Vale. São famílias, de funcionários públicos, da saúde e educação, que perderam seus postos de trabalho, pela ação da Vale.
São portadores de linhas de transporte que perderam seus passageiros. São famílias moradoras da vila não reconhecidas pela Vale, que não sabem o que fazer da vida.
A interdição da estrada durou oito horas, das seis às quatorze, quando moradores, o advogado da CPT e a Vale fizeram um açodo para agilização das negociações e implantação das infra-estruturas na área onde será criado o projeto de assentamento.
Por um país soberano, sério e contra o saque dos nossos minérios. Marabá, 14 de agosto de 2013.
CEPASP/CPT/Movimento Debate e Ação.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Alunos interditam o IFPA Rural

Alunos do IFPA Rural fecharam na manhã desta terça-feira a escola. Protestam contra a administração do professor Cardoso temem que haja intervenção e questionam o fato de não ter havido processo seletivo para contratação de novos professores e consequentemente a abertura de mais vagas.

Pra se ter uma idéia, na escola, estudam apenas 35 alunos no Ensino Médio. A escola fica localizada no Assentamento 26 de Março, antiga fazenda Cabaceiras e os alunos são militantes do MST e foi conquistada às custas da luta campesina.

A escola adota como método a pedagogia da alternância, quando os alunos estudam durante 15 dias e outros 15 dias aplicam os conhecimentos no campo e por conta desta interdição as aulas estão paralisadas.  

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Irmãos matam desafeto no Filadélfia



O delegado Rayrton Carneiro dos Santos investiga o crime que aconteceu neste final de semana e teve como vítima o braçal Francisco Ferreira Barbosa, 26 anos, morto com vários golpes de arma branca.

O crime aconteceu na rua 5, bairro Filadélfia e teve como acusados os irmãos de prenomes: Juvenal e Roberto. Estes teriam matado a vítima após uma discussão banal. Os acusados podem ser presos a qualquer momento.

Outros - Ainda em Marabá morreu neste final de semana, morreu Elivan de Melo Dias, 34 anos, vítima de acidente de trânsito às proximidades da ponte rodoferroviária do rio Tocantins.

Em Canaã dos Carajás faleceram três pessoas neste final de semana. Vítima de homicídio, por meio de arma de fogo, o jovem Márcio Lima de Souza, 27. 

O delegado Paulo Vanderlei Mascarenhas Carvalho investiga o caso, mas até o fechamento desta matéria nenhum acusado foi identificado, ou preso.
Também em Canaã dos Carajás faleceram Valdete Gonçalves da Cruz, 38 anos, vítima de acidente de trânsito e Leonardo Lessa de Oliveira, 20 anos, vítima de homicídio por meio de arma branca.
Sem identificação alguma, deu entrada no IML de Marabá o corpo de um homem vítima de acidente de trânsito em Eldorado do Carajás.

Diferentemente de outros finais de semana, em Parauapebas ocorreu apenas um homicídio e teve como vítima Sivirino Pereira de Sousa 55 anos, vítima de arma de fogo.


Ex-presidiário assassinado a facadas



Entre os crimes que movimentaram o plantão policial neste final de semana em Marabá consta a morte do ex-presidiário Fredson Campos da Silva 31 anos. 

Ele foi esfaqueado no sábado à noite no bairro Nossa Senhora Aparecida, conhecido por Invasão da Coca, ainda foi socorrido, mas  morreu no Hospital Municipal de Marabá (HMM). O crime está sendo investigado pelo delegado Jorge Carneiro.

Ele informou tomar conhecimento deste caso por meio de parentes da vítima, mas até o fechamento desta edição o nome do matador ainda não havia sido repassado ao delegado. 

A vítima teria falado o nome do algoz aos parentes, que por sua vez, devem ser ouvidos a fim de esclarecer de uma vez por todas e quem sabe até prender o acusado para que possa responder judicialmente.

O passado da vítima deve ser levantado a fim de que a Polícia possa traçar alguma linha de investigação e que possa auxiliar no trabalho policial.

Vale lembrar, porém que a vítima respondia a dois processos na Comarca de Marabá. Entre um dos processos seria de ordem criminal. Ele teria matado uma pessoa em julho de 2008. 


Sem terra presos na fazenda Maria Bonita




Dois trabalhadores rurais sem terra vinculados ao MST foram presos em flagrante pela equipe de segurança que presta serviço à Agro Santa Bárbara (Agrosb) na fazenda Maria Bonita.

Em princípio a acusação da segurança seria que os sem terra estariam furtando gado na propriedade, mas ambos alegaram estar pescando para se alimentarem.

A prisão aconteceu no último sábado (3). Os dois acusados foram encaminhados para a delegacia de Curionópolis onde foram autuados por porte ilegal de armas e disparo de arma de fogo pelo delegado Manoel Fernandes Paiva.

Um dos acusados, Valdemar Negreiros Sousa Filho foi autuado por porte ilegal de armas e contra ele foi lavrado um flagrante e arbitrada fiança no valor de R$ 200,00 e ele deve responder ao crime em liberdade.

Por sua vez, o sem terra Josiclei Soares de Santana foi autuado por porte ilegal de arma e disparo de arma de fogo, cujo crime é afiançável em juízo. Ele segue preso. 


A Agrosb adianta que desde as ocupações das fazendas no sul e sudeste do Pará em 2008, foram mais de 5 mil cabeças de gado abatidas. 

Ainda de acordo com a Agrosb é na Maria Bonita, onde aconteceram os conflitos mais graves. Em novembro de 2009, sem terra teriam atacado casas de funcionários da fazenda na calada da noite e os funcionários expulsos e as casas destruídas.

O MST ainda não se pronunciou a respeito do episódio que teria ocorrido na fazenda Maria Bonita. Por sua vez, os sem terra informaram ao delegado Paiva que estava caçando e pescando para se alimentarem e não matando, ou furtando gado como a Agrosb estava acusando.