terça-feira, 10 de agosto de 2010

Violência
IML necropsia cinco pessoas no final de semana

Neste final de semana o Instituto Médico Legal de Marabá (IML) necropsiou cinco pessoas. De Marabá duas foram vítimas de mortes violentas.
Uma delas foi a jovem Juliana Rodrigues, 16 anos, vítima de arma branca. Ela convivia maritalmente com um adolescente infrator conhecido como “Romário” e que morava com a vítima havia cerca de um ano. Ele é acusado de tê-la matado.
O crime se registrou na Rua João Paulo II, 36, Bairro Bela Vista, da madrugada de domingo, por volta de 4 horas da madrugada. O casal morava num quarto num fundo da casa de uma parente da vítima.
Populares informaram que ela vinha tentando se desvencilhar do Romário, pois constatou que o acusado constantemente estava envolvido com crimes e a espancava.
Pela manhã a vítima pretendia viajar para Eldorado do Carajás, porém resolveu sair para dar essa volta no clube “Casarão do Break”.
Inconformado com a provável separação o Romário foi atrás dela e teria desferido alguns socos nela.
Uma amiga da vítima, inconformada com a sessão de espancamento chamou a Polícia. Uma guarnição composta pelos cabos Edson Rodrigues e Antonio Carlos foram chamados para o bairro e conversaram com a menor, que disse estar tudo bem.
Uma hora mais tarde, os mesmos militares foram acionados e ao chegarem ao local constataram que a menor havia sido assassinada.
Outros – Maxuel Dias de Sousa, 22 anos vítima de homicídio, na escada alta de Marabá, no sábado (7).
Gerusa Godói de Araújo, 18, vítima de acidente de trânsito em Parauapebas.
Enquanto Josefa da Silva, 39 anos também foi vítima de acidente de trânsito em Parauapebas.
Por sua vez, João Evangelista dos Santos, 35, foi vítima de arma de fogo em São Domingos no domingo. Corpo deu entrada por volta de 22 horas no IML de Marabá.



Boletim de Ocorrência

Julgamento
Nesta terça-feira sentam no banco dos réus, Duene Vieira de Sousa e Márcio Cleiton Costa Rocha. Eles foram vítima de roubo, no final de 2004 e inconformados foram acertar as contas com o ladrão e acabaram presos.

Julgamento II
No próximo dia 18 é a vez de encarar a Justiça o acusado de ser homicida Jhonatan de Sousa Pinto, que teria matado Marcone Guimarães, crime ocorrido em 2007. Ambos os julgamentos são presididos pelo juiz Emerson Benjamin Pereira de Carvalho, titular da 4ª Vara Penal de Marabá.

Mutirão
Previsto para começar nesta terça e terminar na quarta, acontece o mutirão penal carcerário, que deve ser conduzido pela 7ª Vara de Execuções Penais com o apoio do Tribunal de Justiça do Estado (TJE).

Mutirão II
Nestes dois dias devem ser analisados pelo menos cem processos de detentos, que devem ser beneficiados pela Lei de Execuções Penais (LEP).

Mutirão III
O mutirão foi exigência dos detentos, que recentemente ensaiaram realizar motim, pois alegavam que os processos não tramitavam e que muitos detentos já tinham direito a progressão de regime.

Mutirão IV
Fonte segura informou que os detentos do Crama, pretendem, assim que terminar o mutirão, exigir a saída da atual direção desta casa penal.
Caso do motel
Wandergleisson tem pena extinta pela Justiça



Entre as decisões do juiz licenciado da 7ª Vara de Execuções Penais, Jonas da Conceição Silva constam a extinção da pena de Wandergleisson Fernandes Silva.
Ele foi condenado a vinte anos de reclusão no dia 30 de setembro de 2004, tendo em vista que foi processado por estupro, atentado violento ao pudor e lesão corporal grave.
A advogada Socorro Abade juntamente com o estagiário Arnaldo Júnior, protocolizaram pedido de extinção de pena e conseguiram provar ao magistrado que Wandergleisson Fernandes Silva tina direito e acabaram provando ao juiz.
De certo que é o apenado cumpriu oito anos da pena imputada pela Justiça e agora pode trabalhar normalmente e não deve nada mais para a Justiça.
Durante o cárcere, Wandergleisson Silva liderou rebelião no Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes, fugiu e foi preso no rio de Janeiro.
Quando retornou, cumpriu pena, se tornou evangélico, estudou e passou no vestibular para Direito. No final desse ano ele deve concluir o curso e poderá exercer a profissão normalmente.
Eldorado
Ladrões driblam a polícia e atacam em Eldorado do Carajás; roubaram o Banpará e também o Basa


Quadrilha ataca de novo na região

Edinaldo Sousa



Nem bem a Divisão de Repressão e Combate ao Crime Organizado (DRCO) concluiu a investigação referente ao roubo ao Banco do Brasil de São Domingos do Araguaia que a quadrilha volta a agir, numa verdadeira demonstração de que os ladrões não estão preocupados com a presença da polícia na região.
Desta vez o alvo foram as agências do Banco do Estado do Pará (Banpará) e Banco da Amazônia (Basa), no centro de Eldorado do Carajás, sudeste do Pará.
Pelo menos oito assaltantes invadiram a agência e levaram todo o dinheiro, cujo montante não foi repassado para a Imprensa. Oficiosamente a reportagem levantou que os ladrões levaram cerca de R$ 150 mil do Banpará.
Este é o quarto assalto a banco neste mês de agosto no Pará. Em Santarém uma quadrilha aplicou o assalto na modalidade “sapatinho” e roubou cerca de um milhão.
No dia 4, foi a vez de São Domingos do Araguaia, ocasião em que cinco ladrões invadiram a agência do Banco do Brasil e durante meia hora permaneceram e aterrorizaram o município.
Ontem à tarde os ladrões atacaram as duas agências. A Polícia faz buscas na área, mas até o fechamento desta edição nenhum suspeito havia sido preso.
Equipes da DRCO, que estão na área desde o início da semana passada, policiais de Marabá e Parauapebas reforçam as buscas.
Igual – Pela maneira com a qual os ladrões usaram pode ser a mesma quadrilha que roubou em São Domingos do Araguaia.
Os ladrões chegaram em duas camionetes, uma parte entrou nos bancos e outros integrantes da quadrilha ficaram do lado de fora atirando para cima a fim de evitar qualquer tipo de aproximação da Polícia. Após vinte minutos de intenso tiroteio os assaltantes fugiram em duas camionetes e retornaram em direção à “Curva do S”, antes, porém, os bandidos queimaram uma camionete em cima de uma ponte.
Os ladrões pegaram uma vicinal que corta Eldorado do Carajás e que dá acesso ao município de São Geraldo do Araguaia e à Palestina do Pará, divisa com Araguatins (TO), por onde os ladrões podem ter fugido.
Uma fonte segura informou que os ladrões podem ser os mesmos que atacaram em São Domingos do Araguaia.
Neste final de semana, alguns suspeitos foram vistos caminhando tranquilamente pela vila São Benedito, localizada na tríplice fronteira de São Domingos, Eldorado e São Geraldo.
Os suspeitos ostentavam rifles e carregavam dois malotes que teriam sido roubados de São Domingos do Araguaia.
“Daí para o bando permanecer no mato e se reorganizarem e roubarem em Eldorado do Carajás é bem provável”, opinou uma fonte, que pediu reserva da identidade.
O Núcleo de Inteligência da Polícia (NIP) participa das investigações, e de acordo com fonte segura pode não ser a mesma quadrilha, porém o NIP continua tentando identificar os acusados das duas quadrilhas.



Assaltos crescem


* 90 pessoas foram presas pela polícia no último ano, por roubo a banco no Pará

* 9 é o número de assaltos que a Polícia Civil conseguiu evitar com as prisões

* 52 acusados foram presos antes de cometer o crime de assaltos no ano passado

* 12 quadrilhas foram capturadas depois de terem o cometido assaltos em 2009

Fugas são constantes no Crama

Fácil, fácil
Ronan Claro e mais dois fogem do Crama




Não é de hoje que as fugas acontecem no Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (Crama) em Marabá. Na última semana, três pessoas saltaram os muros daquela casa penal e ganharam a liberdade.
Um dos presos é considerado de alta periculosidade: trata-se de Ronan Claro Rodrigues, Carlos Resplandes Pompeu e a detenta Carla Cristina Nascimento Chaves.
Se Marabá é considerada cidade perigosa, agora, com a fuga de Ronan Claro Rodrigues, pode-se dizer que a cidade vai ficar ainda mais perigosa para os cidadãos dada a periculosidade deste detento.
Ronan Claro é considerado pela polícia como sendo bastante perigoso. Desde a infância que ele responde a procedimento policial. Atualmente constam contra ele 18 processos em Marabá, que vão desde assalto a homicídios, latrocínio, furtos e roubos.
Condenado a 25 anos de reclusão, por ter matado Antonio Filho dos Santos, colega dele de cela o acusado ultimamente estava em regime fechado e misteriosamente cumpria pena na enfermaria.
À Polícia resta descobrir as circunstâncias da fuga dele, que aconteceu na tarde do último sábado (7) quando o acusado estava tomando banho de sol, muito embora não tivesse autorização judicial para permanecer na enfermaria.
A reportagem levantou que Ronan Claro conversou com o agente prisional Valterson Nunes da Silva e pediu para tomar banho de sol, porém bastou o agente prisional virar as costas para o acusado saltou o muro e ganhou a liberdade.
A detenta Carla Chaves cumpria pena no regime fechado e estava autorizada pela direção a trabalhar na cozinha do Crama, segundo relato da agente prisional Joice Carmem Amador Cardoso.
Carlos Pompeu, embora fosse preso provisório, também estava trabalhando na cozinha do Crama e fugiu saltando um muro, pois não havia segurança algum segundo informou o agente prisional João Brasil Monteiro Filho.
Vale lembrar que Carla fugiu no dia 2, enquanto Carlos Pompeu fugiu no dia 5 e Ronan Claro saltou o muro da enfermaria no sábado (7).
Misteriosamente as fugas foram comunicadas após um considerável hiato. Todas foram registradas no sábado 7, sendo que o responsável pelos registros foi o escrivão Dílson José Lima Gonçalves e o delegado Victor Diego Ribeiro.
Passando a limpo – A delegada, Bruna Paolucci, lotada na Delegacia Distrital da Cidade Nova quer esmiuçar o que está por trás das constantes fugas do Crama.
Entre as dúvidas que pairam na cabeça da delegada está o fato de os detentos do Crama, que cumprem pena no regime fechado desta casa, são simplesmente transferidos para a enfermaria, onde, hipoteticamente a vigilância é menor.
Outra preocupação da delegada diz respeito à facilidade com que os detentos fogem do Crama. Praticamente todas as semanas acontecem as fugas.
Não menos intrigante é a maneira como a direção trata as fugas. As últimas três fugas, observa a delegada, foram feitas dias após os acusados fugirem e sempre com o delegado Victor Diego, quando na verdade teria de ser registrada consigo, pois o Crama compreende área de jurisdição da Distrital da Cidade Nova.
“Vamos intimar a direção desta casa penal para verificarmos o que está acontecendo lá, pois está muito fugir”, comentou a delegada que se pode dizer “está com a pulga atrás da orelha”.
A direção desta casa penal não se pronuncia a respeito das constantes fugas. A reportagem enviou e-mail para a assessoria de imprensa do Sistema Prisional a fim de saber o que o major da PM, Marcos Valério, constatou a quando da vinda dele ao Crama, há duas semanas, mas não houve retorno.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

juiz quer saber se Maurino está mesmo doente

Juiz pode requisitar perícia médica



Edinaldo Sousa - Mais um capítulo envolvendo a investigação de Caixa 2 na Comarca de Marabá. O juiz Cristiano Magalhães Gomes informou na manha desta quinta-feira que pode pedir uma perícia médica para constatar, ou não a doença do prefeito de Marabá, Maurino Magalhães de Lima (PR), que na semana passada apresentou atestado médico dizendo que sofria de arritmia cardíaca.
Um grupo de empresário de Parauapebas denunciou o prefeito de que teria emprestado cerca de R$ 1,4 milhão para a Coligação “A Marabá que queremos”, que elegeu Maurino Magalhães, cujos valores não foram pagos e nem prestados contas à Justiça Eleitoral.
Neste processo, a oitiva de testemunhas que deve ouvir os empresários já foi protelada cinco vezes, por conta dos sucessivos recursos apresentados por parte de Maurino Magalhães.
Outro ponto que colocou em xeque a doença de Maurino Magalhães foi o súbito retorno dele ao cargo na tarde desta quarta-feira (4) por ocasião do lançamento do programa Bolsa Trabalho, no ginásio de esportes da escola Irmã Teodora, bairro Liberdade.
Dois – O vice-prefeito Nagilson Rodrigues Amoury (PRB), que assumia interinamente não havia retransmitido o cargo ao prefeito Maurino Magalhães, até a quinta-feira.
O chefe de gabinete Darcivan Ramos informou que Maurino Magalhães assumiu o cargo somente nesta sexta-feira, tendo em vista que expirou a licença médica de Maurino que era de sete dias.
Contudo, o Boletim Diário, emitido pela Assessoria de Comunicação informava que na quinta-feira mesmo Maurino Magalhães tinha assumido.
Inobstante ao desencontro de informações do executivo pode-se concluir, que caso algum ato administrativo tenha sido tomado pelo prefeito licenciado, no futuro pode ser anulado.
A reportagem levantou que na quinta-feira o Livro de Transmissão de Cargo foi entregue para o vice Nagilson Amoury repassar o cargo, que ele teria se recusado, alegando falta de respeito para consigo.
Nagilson Amoury entendeu o ato como se fosse uma ofensa, pois a retransmissão do cargo deveria, pelo menos ser precedida de um ato solene e não simplesmente uma assinatura dele no livro como se estivesse mandando um bilhete pra alguém. “É no mínimo falta de respeito”, comentou.
Quando esteve à frente da administração municipal, por três dias, Nagilson Amoury costurou um acordo com sindicalistas da saúde e educação, sendo que pelo acordo, a Prefeitura deveria estornar o dinheiro dos servidores que estavam em greve por 22 dias. Esse estorno se daria em duas vezes, em folhas complementares.
Reunião - Na manhã de quinta estava previsto para acontecer uma reunião com sindicalistas ligados à saúde e educação de Marabá, na Secretaria de Educação, porém o prefeito Maurino Magalhães não compareceu.
A reportagem levantou que Maurino Magalhães, ficou de se reunir com o secretário de educação Ney Calandrini Azevedo para se inteirar a respeito da situação de professores afastados, ou demitidos e somente no final da tarde de ontem iria se reunir com os sindicalistas, porém, até ontem ainda não o fez.
Caso não haja essa devolução do dinheiro, os sindicatos pretendem ingressar com ação na Justiça, segundo informou o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará, Wendel Bezerra Lima.
A uma emissora de rádio de Marabá, Maurino Magalhães disse na manhã de ontem que tinha assumido, mas que não tinha assinado nenhum documento.
Quanto à dúvida de quem era, ou não prefeito durante os últimos sete dias, o juiz Cristiano Magalhães Gomes disse que não sabia quem seria e que não caberia a ele responder, ou tampouco ser comunicado a respeito da transmissão do cargo.
Para ele, o curso da ação que investiga se houve, ou não Caixa 2 não é prejudicada, porém alertou que diante desta incerteza em relação ao titular do cargo, o município pode ficar no prejuízo, caso haja, no futuro, a anulação de algum ato do prefeito Maurino Magalhães.


Versão da prefeitura sobre a saúde de Maurino



Na tarde de ontem (6), o jornal conversou com o secretário municipal de Comunicação, Gilson Magalhães, irmão do prefeito Maurino Magalhães, sobre o possível pedido de perícia médica.
Segundo Gilson, o prefeito está realmente com problemas de saúde, como comprova o laudo médico, e que, por isso, não teme se submeter a qualquer perícia médica.
Ainda de acordo com ele, o prefeito retomou as atividades, mas está fazendo tudo de forma mais moderada devido a seu estado de saúde.
"Ele (Maurino) não estava dormindo direito, por isso os médicos recomendaram que ele repouse mais", comentou o secretário.
Por outro lado, o prefeito concedeu entrevista à Rádio Clube de Marabá, dizendo que está realmente muito doente porque tem passado por muitas tribulações. "Eu sou um ser humano e também adoeço", desabafou Maurino.