sexta-feira, 21 de junho de 2013

MST sitia o sul do Pará


Bloqueio na Cedro impediu o tráfego na BR-155

Sem terra impedem o acesso dos transeuntes 



Em solidariedade às manifestações que acontecem em nível nacional, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) interditaram, nesta sexta-feira (20) várias rodovias do sul e sudeste do Pará.
As ocupações acontecem em frente aos acampamentos do MST, à altura da fazendas: Maria Bonita (Dalcídio Jurandir), Rio Vermelho (João Canuto), Cedro (Marabá) e Marambaia (Frei Henri). Estão interditadas as rodovias 155 e 275, deixando assim praticamente isolado o sul e sudeste do Pará.
Por telefone uma das coordenadoras do MST, Mercedes Zuliani confirmou que as manifestações acontecem em função das manifestações nacionais e para cobrar celeridade do processo de reforma agrária.
Cobram também o fim da impunidade no campo, o fim da violência que eles atribuem à Polícia e por seguranças particulares das fazendas, bem como melhorias estruturais nos acampamentos do MST.
As interdições devem durar o dia inteiro, segundo previsão inicial da coordenação do MST e espera que não haja maiores atropelos e que a sociedade compreenda as manifestações, que para a entidade são boas ferramentas de pressão contra o sistema.
“Há muito tempo que cobramos celeridade da reforma agrária, mas as coisas não andam, os trabalhadores agonizam nos acampamentos e ao invés de criarem os assentamentos a Justiça manda a Polícia para despejar os companheiros”, comenta a líder sem terra.
 

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Juiz acusa juiz de parcialidade

Matéria extraída do blog da Franssinete Florenzano

 

O serpentário forense parauara vai arder com novo escândalo, que já é comentado à boca pequena pelos corredores há muito tempo, assim como outros, que ainda virão à tona.

O juiz Gabriel Costa Ribeiro, titular da 51ª Zona Eleitoral, em Rondon do Pará, apresentou ao presidente do TRE-PA, desembargador Leonardo Noronha Tavares, exceção de suspeição contra o juiz Mancipor Oliveira Lopes, oriundo do quinto da OAB, em onze processos(!) dos quais é parte a prefeita de Rondon do Pará, Shirley Cristina de Barros Malcher.
As razões: descobriu que o endereço do escritório de advocacia do advogado e juiz da Corte Mancipor Oliveira Lopes também é a sede do escritório “Lopes e Santos S/S Advogados Associados”, contratado pelo município de Rondon do Pará por R$ 330 mil, a título de assessoria jurídica, pela prefeita Shirley Malcher, com inexigibilidade de licitação. Detalhe: o juiz Mancipor Oliveira Lopes participou normalmente do julgamento do Recurso Eleitoral nº 3-44.2013.6.14.0084, pelo pleno do TRE, que manteve a aplicação de multa por propaganda eleitoral extemporânea à prefeita Shirley Cristina Malcher, tendo sido – coincidentemente - o único a votar favoravelmente à prefeita.
E não é só.
A advogada Lívia Lopes Miranda, advogada da prefeita Shirley Malcher em vários processos, alguns deles ainda pendentesde julgamento, é sobrinha e afilhadado juiz Mancipor Oliveira Lopes.
Em sua petição, o juiz Gabriel Ribeiro relata que, não obstante tenha no seu quadro de servidores o advogado Adejaime Mardegan como assessor jurídico do município (nomeado pelo Decreto nº 175/2011, de 3 de agosto de 2011), a prefeita Shirley Malcher contratou a assessoria jurídica do escritório “Lopes e Santos S/S Advogados Associados”, cujos sócios são os advogados Absolon Mateus de Sousa Santos e Luciano Lopes Dias, por R$330 mil, sem licitação. Nesse mesmo escritório também advoga para a prefeita e para o município de Rondon do Pará Aldo Correa Marinho Sobrinho. E em vários processos consta a atuação do advogado e juiz Mancipor Oliveira Lopes, em conjunto ora com a advogada Lívia Lopes Miranda - sua sobrinha e afilhada-, ora com os advogados Absolon Mateus de Sousa Santos e Luciano Lopes Dias, e ora com o advogado Aldo Correa Marinho Sobrinho. Não bastasse, o assessor jurídico municipal de Rondon do Pará, Adejaime Mardegan, advoga no mesmo endereço do escritório de advocacia do juiz Mancipor Oliveira Lopes(!).
O juiz Gabriel Ribeiro ressalta, ainda, que as defesas judiciais de Rondon do Pará, no período de vigência do contrato do escritório “Lopes e Santos S/S Advogados Associados”, são feitas e protocoladas pelo assessor jurídico do município, Adejaime Mardegan. Tanto que, nos autos do processo nº 0000200-28.2012.814.0046 verifica-se que o decreto de nomeação está às fls. 902/903 e a contestação apresentada pelo município, por meio do assessor Adejaime Mardegan, às fls. 871/896. Na procuração subscrita pela prefeita Shirley Cristina Malcher (fl. 901), constando como outorgante o município de Rondon do Pará e outorgado o assessor jurídico Adejaime Mardegan, o endereço do escritório também é Av. Espírito Santo, nº 301, bairro Amapá, Marabá (PA).
Em 2012, foram propostas onze ações eleitorais - algumas delas pelo Ministério Público Eleitoral -, contra a prefeita de Rondon do Pará, Shirley Cristina de Barros Malcher, na época candidata à reeleição.
No dia 19 de fevereiro de 2013, a prefeita ajuizou uma ação por danos morais contra o juiz Gabriel Costa Ribeiro, autuada sob o nº 0000516-61.2013.814.0046. Nesse processo, a defesa da prefeita Shirley Cristina Malcher é patrocinada pelo advogado Aldo Correa Marinho Sobrinho. Após a designação das audiências, o juiz Gabriel Ribeiro foi alvo de inúmeras exceções de suspeição e impedimento, todas propostas pela prefeita.
Em 16 de maio de 2013, o TRE-PA julgou procedentes as exceções. Irresignado, o juiz Gabriel Costa Ribeiro opôs Embargos de Declaração, que aguardam julgamento.
Detalhe: o juiz Mancipor Oliveira Lopes participou do julgamento dessas exceções de suspeição e impedimento.
No Diário dos Municípios do Pará, do dia 27 de abril de 2012 - quando o Juiz Mancipor Oliveira Lopes já integrava a Corte Eleitoral do Pará como juiz substituto na classe dos juristas -, foi publicado o extrato do Contrato Administrativo nº 20120041, sendo contratante o município de Rondon do Pará, representado pela prefeita Shirley Cristina Malcher, e contratado o escritório de advocacia “Lopes e Santos S/S Advogados Associados”. O valor do contrato é de R$ 90 mil e seu objeto a prestação de serviços especializados de assessoria jurídica. Houve inexigibilidade de licitação.
Eis o extrato do Contrato:
“ESTADO DO PARÁ. PREFEITURA MUNICIPAL DE RONDON DO PARÁ. COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO. EXTRATO DE CONTRATO ADMINISTRATIVO Nº 20120041. CONTRATO ADMINISTRATIVO Nº 20120041. CONTRATANTE: Prefeitura Municipal de Rondon do Pará-PA. CONTRATADA: LOPES E SANTOS S/S ADVOGADOS ASSOCIADOS.
MODALIDADE:Inexigibilidade de Licitação Nº 6/2012-003.
OBJETO: Serviços especializados de assessoria na elaboração de peças processuais, orientação no encaminhamento ao juízo competente e na observação das regras de direito processual, conferindo dados e documentos e verificando a sua conformidade exarando pareceres técnicos, amparando em estudos e análise para dar orientação e suporte, fazendo relatórios da movimentação de todos os processos, emitindo pareceres jurídicos acerca dos processos licitatórios, processos administrativos, nos convênios e prestando consultoria jurídica quando necessária e solicitada sobre os assuntos de interesse da contratante. Além de outras atribuições atinentes a profissão de advogado, com atuação na 1ª instância.
VALOR TOTAL R$: 90.000,00 (Noventa mil reais). DATA DE ASSINATURA: 11 de Abril de 2012.”

No dia 12 de março de 2013, também no Diário Oficial dos Municípios, a prefeita Shirley Malcher firmou outro contrato com o escritório “Lopes e Santos S/S Advogados Associados”. Dessa vez, o valor aumentou para R$ 120 mil. Aqui, o objeto do contrato também é a prestação de serviços especializados de assessoria jurídica. Mais uma vez, houve inexigibilidade de licitação.
O extrato do contrato:

“COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO. AVISO DE EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LITICITAÇÃO
A Presidente da Comissão Permanente de Licitação do Município de Rondon do Pará, através da Prefeita Municipal de Rondon do Pará, em cumprimento da ratificação procedida pela Sra. Shirley Cristina de Barros Malcher, Prefeita Municipal, faz publicar o extrato resumido do processo de Inexigibilidade de Licitação a seguir:
EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO Nº6/2013-001
Objeto: Prestação de serviço especializados de assessoria jurídica na elaboração de peças processuais, pareceres em processos licitatórios administrativos e etc. Com atuação na 1ª instância.
Contratante: PREFEITURA MUNICIPAL DE RONDON DO PARÁ.
Favorecido: LOPES E SANTOS S/S ADVOGADOS ASSOCIADOS. Valor Total: R$ 120.000,00. (Cento e vinte mil reais)
Fundamento Legal: art. 13, inciso III, c/c art. 25, inciso II da Lei nº 8.666/93 e suas alterações posteriores. Declaração de Inexigibilidade de Licitação emitida pela Presidente da Comissão Permanente de Licitação e ratificada pela Sra. Shirley Cristina de Barros Malcher, na qualidade de ordenadora de despesas. Rondon do Pará, 12/03/2013
ANTONIA HELENA DE S. BARBOSA
Presidente da CPL.”

Ainda no dia 12 de março de 2013, a prefeita Shirley Malcher firmou mais um contrato com o escritório “Lopes e Santos S/S Advogados Associados”, conforme consta publicado no DOU, seção 3. O valor do contrato também é R$ 120 mil. O objeto do contrato também é a prestação de serviços especializados de assessoria jurídica. Mais uma vez, houve inexigibilidade de licitação.
O extrato do contrato:

“EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO
Processo de Inexigibilidade de Licitação no- 01/2013. Objeto: Prestação de serviços especializados de assessoria jurídica na elaboração de peças processuais, pareceres em processos licitatórios, administrativos e etc. Com atuação na 1º instância. Contratante: PMRP.
Favorecido: Lopes e Santos S/S Advogados Associados.
Valor Total: R$120.000,00. Fundamento Legal: art. 13, inciso III, c/c art. 25, inciso II da Lei no- 8.666/93 e suas alterações posteriores. Declaração de Inexigibilidade de Licitação emitida pela Presidente da Comissão Permanente de Licitação e ratificada pela Sra Shirley Cristina de Barros Malcher, na qualidade de ordenadora de despesas.”

O juiz Gabriel Ribeiro acusa serem inegáveis e antigas as parcerias entre o juiz Mancipor Oliveira Lopes e os advogados Absolon Mateus de Sousa Santos, Luciano Lopes Dias e Lívia Lopes Miranda, inclusive em causas que ainda tramitam na Justiça. E anexou farto material probante.
Interessante que, nos autos do Recurso Eleitoral nº 476-48.2012.6.14.0057, relatado pela juíza Eva do Amaral Coelho, em trâmite no TRE-PA, o juiz Mancipor Oliveira Lopes se declarou suspeito, reconhecendo que a advogada Lívia Lopes Miranda é sua sobrinha e afilhada. O despacho foi publicado em 05/06/2013 no Diário da Justiça Eletrônico, nº 097-04/06, página 6.

Aguardemos as providências do TRE-PA.

DH investiga morte de jovem



Testemunha foi localizada em Marabá e pode contribuir com a investigação comandada pelo delegado Vicente Gomes





Uma equipe da Divisão de Homicídios (DH), comandada pelo delegado Vicente Ferreira Gomes, que já foi superintendente regional de Marabá, investiga morte da jovem Bárbara Renata Albuquerque de Nazaré, 22 anos, cujo corpo foi localizado numa piçarreira de Ipixuna do Pará, nordeste paraense, no dia 3 de junho deste ano.
Este crime alcançou grande repercussão em nível estadual, tanto que o delegado geral de Polícia Civil do Pará Rilmar Firmino de Souza determinou que a DH se dedicasse quase que exclusivamente para tentar esclarecer este homicídio.
O trabalho de investigação está sendo conduzido pelo delegado Vicente Ferreira Gomes, que esteve em Marabá na tarde desta quarta-feira (19) ocasião em que ouviu uma testemunha deste caso e em breve pode haver uma reviravolta.
Em breve contato com a reportagem o policial não quis comentar muito a respeito do crime, contudo disse que o caso não caiu no esquecimento e que a Polícia está levantando todas as hipóteses possíveis para tentar esclarecer, identificar o matador, bem como a motivação para o crime.
Sabidamente a jovem Bárbara de Nazaré era uma jovem que aparentemente não tinha inimigos em Ipixuna do Pará e que mantinha um vasto círculo de amizade o que exclui várias hipóteses, entre elas a de execução, ou vingança.
Cauteloso, o policial não quis comentar mais a respeito do assunto e disse apenas que qualquer informação que desse a respeito do assunto poderia comprometer o trabalho policial.
“Podes dizer que estamos trabalhando e que em breve teremos novidades”, comentou Vicente Gomes dizendo que caso alguém tenha alguma informação a respeito deste caso pode repassá-la via 181 que a identidade é mantida em sigilo.

Entenda o caso

Bárbara de Nazaré saiu da casa dela e informou à mãe, Clara Costa, que iria fazer um trabalho escolar. Era por volta das 20h quando saiu para não mais voltar e o corpo foi localizado no dia 3, portanto uma semana, em adiantado estado de putrefação.
Neste intervalo do desaparecimento, a comunidade de Ipixuna do Pará se mobilizou e foi feita uma campanha em nível estadual até que os parentes localizaram o corpo na piçarreira, na margem da BR-010.

Justiça mantém sem-terra preso


Ruy continua preso em Marabá


A juíza substituta da 5ª Vara Penal de Marabá Elaine de Oliveira Neves converteu o flagrante contra o líder sem-terra Ruy de Oliveira Cavalcante em prisão preventiva e o acusado está à disposição da Justiça numa cela do Centro de Recuperação de Marabá (CRM).
Para quem não se lembra, Ruy Cavalcante foi preso na semana passada após cobrar propina à pecuarista Ana Carolina, dona da fazenda Água Boa, em Itupiranga, que estaria ocupada por um grupo de sem-terra liderado pelo acusado.
A prisão foi coordenada pelo Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) e a Delegacia de Conflitos Agrários (Deca) e foi cercada por um esquema que envolveu diversas técnicas de infiltração, estória cobertura e até mesmo o uso de tecnologia de captação de imagem e som por meio de uma caneta espiã.
Denúncia - Tudo começou no dia 11 de junho quando a fazendeira, Ana Carolina denunciou à Deca, que um grupo de sem-terra estava ocupando a fazenda e lhe cobrava propina no valor de R$ 500 mil para desocupar a terra.
Os sem-terra se intitulavam integrantes da Associação dos Ribeirinhos do Lago do Macaco, em Itupiranga e ocupavam a fazenda há pelo menos três meses.
Intitulando-se líder campesino, Ruy Cavalcante iniciou uma negociação com a pecuarista Ana Carolina e exigiu desta a quantia de R$ 500 mil e garantiu que iria retirar os sem-terra da propriedade.
Diante desta denúncia, de acordo com o delegado Victor Leal, titula da Deca, as equipes de investigadores se mobilizaram para prender os supostos líderes campesinos.
Um encontro foi marcado entre a pecuarista e três destes supostos líderes na praça São Francisco Cidade Nova. Os sem-terra chegaram, conversaram com a pecuarista e naquela ocasião foi feita a proposta de cobrança de propina.
Ana Carolina, de acordo com o delegado, alegou aos sem-terra que a fazenda não valia os R$ 500 mil que eles estavam cobrando e, portanto o acusado Ruy Cavalcante se comprometeu em baixar o valor para R$ 150 mil e que se ela resolvesse pagar a taxa, iria disponibilizar a conta dele para que ela depositar o dinheiro.
Enquanto o diálogo entre Ruy Cavalcante e a pecuarista Ana Carolina transcorria em uma lanchonete da Cidade Nova os agentes se misturavam à população e logo após a conversação apareceram e prenderam três acusados, entre eles, Ruy Cavalcante.
Outro líder sem-terra, Helder de Sousa Silva, foi ouvido e também indiciado por extorsão. Ele também pode ser preso.


Juíza repudia comportamento de acusado

Após tomar conhecimento do caso, a magistrada, de certa forma se comoveu com a situação da pecuarista e não somente manteve o acusado preso como repudiou, por meio da sentença a postura dos supostos líderes sem-terra.
Em trecho da sentença, considerou grave o delito praticado por Ruy Cavalcante e um comparsa que seria Helder de Sousa teria exigido
a quantia de R$ 500 mil da vítima para que a deixassem usar livremente de sua propriedade.
Em seguida a magistrada afirma que “os crimes contra o patrimônio tem causado grande insegurança social nesta comarca, sendo que os cidadãos, muitas vezes precisam se submeter aos arbítrios de grupos armados ou pessoas que buscam lucro fácil para não sofrerem maior lesão ao produto de seu trabalho”, observou.
Por fim a magistrada afirma que a conduta do indiciado “demonstra total descaso pelas instituições de segurança pública do Estado e que a medida incide também como forma de acautelar o meio social e preservar a credibilidade da justiça, pois aadoção das medidas previstas em lei diminuirá a sensação de impunidade junto à população e aos infratores, estimulando a redução dos índices de cometimento de infrações penais”, conclui a magistrada.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Dois incêndios na Cedro em uma semana


Rebanho estaria sendo alvo constante dos sem terra do MST 



Sem terra, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra estão sendo apontados como os autores de um novo incêndio nos pastos da fazenda Cedro, zona rural de Marabá, na tarde da última terça-feira (18). Este foi o segundo incêndio em menos de uma semana nesta propriedade.
No final da semana passada, este mesmo grupo de sem terra que estão acampados na propriedade desde o dia 1º de maio de 2009, foi apontado como o autor de outro atentado que resultou na morte de um boi, o baleamento de outro animal que ficou com uma das patas quebradas.
Naquela ocasião equipes da Deca e do Grupo Tático Operacional (GTO) estiveram no local, mas os agentes foram hostilizados pelos sem terra que estão no acampamento “Helenira Resende”.
“A conversa é da corrente pra lá, aqui a Polícia não entra”, teria dito um dos líderes dos sem terra da Cedro ao delegado Victor Costa Lima Leal, titular da Deca e que não permitiu o acesso dos policiais ao acampamento.
Naquela ocasião os sem terra negaram ser os autores do atentado, bem como da queimada dos pastos e que todos se intitularam líderes campesinos.
Nestes dois atentados o delegado Victor Leal ficou de abrir inquérito policial para apurar as circunstâncias dos casos, bem como identificar os líderes do MST, que possivelmente podem ser indiciados por esbulho, dano e ameaça.

Por meio de nota, a Agropecuária Santa Bárbara (Agrosb) atribuiu os dois ataques ao sem terra do MST.

Para debelar as chamas, a empresa mobilizou um considerável contingente de funcionários e de tratores e no final daquele dia o incêndio foi controlado.
Os dois ataques foram denunciados á Secretaria Estadual de Segurança Pública, Delegacia de Conflitos Agrários (Deca), Incra e Ouvidoria Agrária Nacional.

Nestes dois ataques o MST, até então, não se pronunciou oficialmente, bem como a respeito da suposta hostilização dos sem terra para com os policiais.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Fazenda Belauto: Fetagri repudia decisão de desembargador

Entidade critica decisão de desembargador federal e pontua que se o despejo acontecer pode causar conflito no campo




A Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri), por meio de nota pública repudia decisão da justiça federal que prevê o despejo de trabalhadores rurais do assentamento São Francisco no município de São Félix do Xingu, no sul do Pará.
Criado em 1993 dentro da reserva
indígena Apyterewa e foram assentados cerca de 250 famílias de agricultores sem terra.

Por conta deste assentamento, outras dezenas de famílias se deslocaram para a região, e em poucos anos, mais de 400 famílias passaram a viver na área indígena.

Em 2011 foi iniciado um processo para reassentar as famílias que após dezenas de audiências, a Funai, MPF e Incra chegaram a um acordo de retirar todas as famílias, não índias, que moram na terra indígena Apyterewa.
Àquela época ficou acordado que as famílias seriam reassentadas na fazenda Belauto localizada no município de São Félix do Xingu.

A propriedade, segundo a Fetagri, é composta de pelo menos 26 mil hectares e é formada por terras públicas federais e confiscado pela justiça federal de Goiás, por ter supostamente pertencer ao narcotraficante Leonardo Mendonça, preso no Mato Grosso.
Ainda em setembro 2011 a Justiça Federal de Marabá, garantiu liminarmente, a imissão de posse do Incra na fazenda Belauto, sendo que o excedente de famílias só foi assentado em 18 de julho de 2012 com a ampliação do assentamento que saltou para 412 famílias.
Neste ínterim, porém, segundo a nota da Fetagri, por absoluta inoperância do Incra o processo foi transferido da Vara Federal de Marabá para a Vara Federal de Redenção.
Ainda de acordo com a nota, o juiz de Redenção suspendeu o processo de imissão de posse do Incra na fazenda Belauto, impedindo a continuidade do assentamento e agravando assim os conflitos na área.
Para agravar ainda mais a situação, no final de 2012, o desembargador federal Jirair Aran Meguerian
expediu liminar em favor dos supostos herdeiros dos antigos donos da fazenda Belauto, garantindo a eles mais de metade do imóvel e determinando o despejo imediato das 412 famílias assentadas pelo Incra.

Os sem terra têm até o próximo dia 25 de junho deste ano para saírem pacificamente da área. Caso não saiam, o Estado deve pedir apoio de forças policiais para realizar o despejo.

A Fetagri afirma que o desembargador Jirair Meguerian ignorou todas as decisões anteriores da própria Justiça Federal e todos os acordos que visaram resolver o conflito.
O juiz garantiu ainda a posse dos supostos herdeiros sobre terra pública federal, contrariando a Constituição Federal, e pior ainda, tornou definitiva uma decisão liminar que tem caráter provisório.
Para a Fetagri, a atuação do juiz federal de Redenção e do desembargador Jirair Meguerian tem sido desastrosa, desumana e contrária à Constituição Federal. “Nossa lei maior não admite posse em terra pública, mesmo assim, o desembargador insiste em entregar mais de 13 mil hectares para uma meia dúzia de supostos herdeiros e manda despejar 412 famílias assentadas”, comenta a nota.

A luta dos sem terra precede a década de 1.993 e a Fetagri acredita que tais medidas judiciais contribuem para o aumento dos conflitos agrários em uma região marcada por violentos conflitos agrários e mortes no campo.
Por conta desta situação de tensão a entidade lembra que as famílias pretendem resistir ao despejo, pois sabem que se sair da propriedade não têm pra onde ir.

Por fim a Fetagri exige que seja suspensa a liminar de reintegração de posse a fim de se evitar mais um conflito no campo e que o Incra solucione a situação das famílias.

Confinadores serão premiados durante a Feicorte

 
 
 
A 19ª Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne (Feicorte), que acontece dos dias 17 a 21 de junho, no Centro de Eventos Imigrantes, em São Paulo (SP) terá a participação da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), entidade que em parceria com a Scot Consultoria e a idealizadora Agrocentro fará a entrega do 3º Prêmio Nelson Pineda.
 
A solenidade de premiação será nesta terça-feira (18), a partir das 20 horas, seguido de jantar de confraternização com a entrega de 40 troféus destaques do confinamento de 2012 no Brasil, de acordo com o índice Excon (Excelência no Confinamento), que agrega para cada propriedade participante soma de pontuações referente a sanidade, a eficiência e a produção e, destes finalistas, os 10 destaques em práticas sustentáveis no processo produtivo respeitando o meio ambiente.
 
“A homenagem vai ao encontro com o modelo atual da pecuária, que busca competitividade e qualidade, melhora nos índices e o bem-estar dos animais e daqueles que trabalham e vivem do setor”, destaca a gerente do Agrocentro, promotora da Feicorte, Carla Tuccilio.
 
O prêmio que foi criado para valorizar produtores que buscam a excelência na produção de carne e homenageia o pecuarista venezuelano Nelson Pineda, um dos grandes exemplos entre os criadores e selecionadores brasileiros, pelos serviços prestados à pecuária brasileira, tem como novidade deste ano o oferecimento de homenagem especial a um produtor de gado a pasto estreando nova categoria ao Prêmio, o de Boi a Pasto.
 
A Assocon também vai validar durante a 19ª Feicorte, a abertura das inscrições para a 6ª Conferência Internacional dos Confinadores – Interconf pela internet através do endereço eletrônico www.interconf.org.br com divulgação dinâmica e itinerante por meio de folders e panfletos informativos. Este trabalho de divulgação da Conferência se estenderá também durante o Congresso Mundial da Carne, dos dias 25 a 27 de junho, em Goiânia (GO).
 
A programação da 6ª INTERCONF que acontece entre os dias 09 a 12 de setembro, no Oliveira’s Place, em Goiânia (GO) foi totalmente revitalizada e este ano contará com um dia adicional de atividades com o primeiro dia dedicado especificamente para minicursos.
 
Conforme destaca o gerente executivo da Assocon, Bruno de Andrade, o tema central da edição deste ano será ‘O Confinamento de Precisão’, sob a ótica do Aumente o Peso do seu Negócio. “Teremos ainda três painéis com destaques para a Segurança alimentar e flexibilidade de produção para abrir mercados; a Cadeia Produtiva e em específico, Confinamento onde será enfatizado o Conceito PDCA: Planejamento, Desenvolvimento, Controle e Avaliação de Dados, ferramenta importante na estratégia de gestão numa propriedade de pecuária intensiva”, diz Andrade.
 
O ex-presidente do Banco Central e atual presidente do Conselho da J&F Investimentos, Henrique Meirelles, fará a palestra inaugural das plenárias prevista para um público aproximado de mil pessoas. Meirelles destacará o Cenário macroeconômico brasileiro: quais são nossas oportunidades, desafios, fraquezas e forças diante de outros mercados.
 
Serviço: Interconf 2013
Evento: 6ª Conferência Internacional de Confinadores Data: Dias 09 a 12 de setembro,
Local: Centro de Eventos Oliveira’s Place, em Goiânia (GO)
Informações: (62) 3432-0395 www.interconf.org.br