Carlos Antonio Alves
Pereira, o Picolé
está foragido desde o último dia
10 de setembro deste ano. Pesa contra ele a acusação de ter matado o próprio
irmão dele, Valter Alves Pereira, o “Valtinho”.
O crime aconteceu no
dia 21 de março deste ano, ocasião em que os dois irmão se desentenderam por
conta de uma partilha de bens, referente à venda, ou locação de uma propriedade
rural que o acusado fizera em desacordo com o Valtinho.
O baleamento aconteceu
na oficina da vítima, situada na rua Ademir Martins, entre as avenidas Paráiso
e Itacaiúnas. “Picolé”, chegou na oficina onde ambos travaram áspera discussão
o que terminou no crime.
“Valtinho” convalesceu
por quase seis meses no Hospital Regional onde faleceu no último dia 10 de
setembro. Familiares trasladaram o corpo dele para sepultamento em Araguaina,
Tocantins.
Já o irmão dele, o “Picolé”
segue foragido, uma vez que o juiz titular da 3ª Vara Criminal de Marabá
decretou a prisão preventiva contra ele.
Por sua vez o advogado
criminal, Arnaldo Ramos, informou que peticionou um Habeas Corpus preventivo no
Tribunal de Justiça do Estado do Pará e aguarda pronunciamento daquele corte.
Ramos entende que o
caso é complexo, uma vez que se trata de uma tragédia familiar sem precedente,
mas que espera obter todas as garantias constitucionais em favor do cliente
dele.
O fim –Por décadas, os dois
administraram uma loja de revenda de peças de carros, na rodovia
Transamazônica. Com o fim da sociedade, os dois irmãos seguiram as vidas em
separado, porém alguns bens remanescentes da sociedade ficaram sob responsabilidade
do Picolé como um caminhão e uma chácara, às proximidades da Vila Brejo do
Meio, zona rural de Marabá.
Tais bens foram
vendidos, ou arrendados, sendo que sistematicamente, “Valtinho”, o baleado,
costumava reclamar para o irmão, “Picolé”, já que os bens foram adquiridos
quando os dois eram sócios.
Por conta desta
situação “Valtinho” vociferou e xingou o irmão dele a ponto de chamá-lo de
ladrão quando os dois estavam numa rodada de conversas com amigos.
Naquela ocasião,
“Picolé” teria dito que “Valtinho” iria engolir as palavras. Alguns dias após,
novas cobranças e agressões mútuas, até que no dia 21 de março, armado com um
revólver calibre 38, “Pícolé” foi até a oficina do “Valtinho”, e novamente,
mais desentendimento, que terminou no baleamento.
Dias após o
baleamento, “Picolé”, se apresentou na Seccional Urbana da Nova Marabá
acompanhado do advogado criminal Arnaldo Ramos onde depôs diante da delegada
titular da Divisão de Homicídios de Marabá (DHM), Raissa Maria Soares Beleboni.
Entre outras coisas,
disse que por mais de um ano estava sendo atacado pelo irmão dele o chamava,
insistentemente de ladrão e que a chácara vendeu de forma pré datada e que
ainda não tinha condições de repassar a parte do irmão dele, mesmo assim sofreu
as humilhações públicas e que acabou perdendo o controle e cometendo o crime.