sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Rio Xingu continua atraindo pescadores esportivos

Dificuldade de acesso não desanimou pescadores ...
... afinal, capturar uma bela pirara como esta não tem preço ...

... ou então belos tucunarés, como fizeram Jorge, Agnaldo e Edvaldo

Já o Alexandre, não fisgou mas preparou uma pacu assada

Luís Rodrigues contente ao fisgar um bom tucunaré






Não importa o tempo ou distância que um amante da pesca esportiva tem de gastar, ou percorrer em busca de um bom ‘pesqueiro’ e quando se consegue deve-se aproveitar ao máximo. Foi exatamente o que fez uma equipe de pescadores de Marabá, que anualmente se desloca para os lugares mais longínquos do Pará em busca de novas aventuras e para explorar ambientes desconhecidos.


O local escolhido pelos expedicionários, este ano, foi o Alto Xingu, via São Félix do Xingu.  O deslocamento aconteceu na primeira semana de agosto e entre ida e volta até Marabá demorou pelo menos 80 horas num intervalo de pelo menos 1,6 quilômetros, sendo boa parte percorrida em estradas vicinais precárias.

Mas todo o esforço valeu a pena quando o pesqueiro é bom. A máxima prevaleceu neste caso, pois no Alto Xingu foi possível desfrutar de belezas naturais e, claro, capturar belos exemplares de peixes como pirara, tucunaré, piabanha, pacu, cachorra, trairão, entre outros.

Seis pescadores esportivos integraram a expedição. Agnaldo Vieira, Alexandre Lourenço, Luís Rodrigues, Edvaldo Vieira, Jorge Dutra e Edinaldo Sousa se deslocou até São Félix do Xingu para se unir à equipe do pescador Antonio de Oliveira (o Cheiro), além da equipe de apoio composta por sete pessoas de Marabá e de São Félix do Xingu.

À unanimidade, os pescadores exaltaram a quantidade, diversidade de peixes, bem como a exuberância da natureza, no que se pode chamar de um pedaço do paraíso para a pesca esportiva.

Para Agnaldo Vieira, que capturou um belo pirara de pelo menos 40 quilos, o local, apesar da distância é ideal para a pesca esportiva. Ele que soltou o peixe, se disse plenamente satisfeito com o resultado da pescaria.


Outro que esteve, durante toda a pescaria se ‘gabando’, o gaúcho Jorge Dutra. É não pra menos, afinal, ele capturou belos ‘bocudos’, tucunarés que pesavam até cinco quilos.

“Nunca vi tanto peixe como aqui e não é à toa que o Pará é destaque quando o assunto é a pesca esportiva”, comentou o representante comercial Edvaldo Vieira, que veio de Imperatriz para integrar a equipe de pesca.

Mas, mesmo para quem não conseguiu capturar belos exemplares como o microempresário Luís Rodrigues a pescaria foi bastante proveitosa e satisfatória, afinal, o peixe é o astro, mas não é a estrela principal.

Pra se ter uma idéia do quanto o local é rico em flora e fauna foi possível testemunhar a presença  de diversas espécies de animais, como a onça preta, o caititu, porco queixada e até mesmo um casal de harpia, cuja espécie só procria quando o local é totalmente preservado.
“Com certeza a pescaria foi muito boa e já pensamos em organizar outra expedição para o local, afinal desfrutar deste cenário é rejuvenescedor”, comenta Alexandre Lourenço, um dos organizadores da expedição.



Dificuldades que servem de incentivo



Diferentemente de outras regiões do país, onde o pescador esportivo chega com uma camionete, aporta no embarcadouro, desce a carreta com o barco e em seguida sai para pescar, no Alto Xingu a história é bem diferente.

Para se chegar até o rio é preciso ter um grande espírito de aventura e não temer distância, ou estradas precárias, afinal, chegar na margem do rio Xingu nem sempre é tarefa fácil.

Pra se ter uma idéia, saindo de Marabá em direção a São Félix do Xingu, são pelo menos 500 quilômetros de estradas, boa parte pavimentada, contudo, atravessando o rio Xingu, a história é diferente, pois todas as estradas são vicinais precárias que dificultam o deslocamento.

À exceção, claro de estradas que cortam uma grande empresa de Agropecuária, que são bem conservadas. Mesmo no verão, em tais estradas é sempre bom o condutor ter um pouco de cautela a fim de evitar acidentes, ou incidentes.

Nesta recente expedição de pesca, mesmo acontecendo em período de verão, em pelo menos três ocasiões, a camionetes traçadas atolaram. Evidentemente que tais incidentes serviram de ingrediente a mais para os pescadores que puderam desfrutar de três dias de intensa pescaria.

Se no verão as estradas são precárias, no inverno, a região do Alto Xingu fica isolada durante seis meses deixando ilhados diversos moradores que insistem e lutam para que um dia consigam eventuais indenizações por uso fruto da terra. 

Precariedade e dificuldades à parte, de certo é que os pescadores esportivos já pensam em organizar uma nova expedição para outra região do Alto Xingu para poderem desfrutar das belezas naturais e, claro fisgar belos exemplares de peixe.