terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Cabo da PM assassinado em Brejo Grande

Policial consternado ao ver corpo do colega morto no meio do mato



Mais uma demonstração de ousadia e destemor ao Judiciário foi dada por pistoleiros no último final de semana no município de Brejo Grande do Araguaia, ocasião em que foi assassinado a tiros o cabo da Polícia Militar Edilson Ribeiro.

Ele foi morto com vários tiros de pistola calibre 380 à margem da rodovia Transamazônica, distante cerca de oito quilômetros da estrada de acesso ao município de Brejo Grande. O crime aconteceu por volta das 17h30 do último domingo (28), contudo o corpo só foi localizado na manhã desta segunda-feira (29).

Próximo ao corpo estava estacionado no acostamento um fox, branco, placa JVB-7589, Imperatriz-MA, onde o militar morava, mas que atualmente estava tirando plantão no Destacamento do bairro São Félix em Marabá para onde provavelmente seguia.

No palco do crime, na manhã desta segunda-feira (29) compareceram duas guarnições da PM, uma de Brejo Grande do Araguaia e outra de Marabá comandada pelo tenente Valino.

Este oficial pouco soube informar a respeito deste crime e disse acreditar que o cabo Ribeiro, como era conhecido, parou para fazer uma necessidade básica, tanto que a braguilha dele estava aberta e neste momento, provavelmente foi atingido pelos tiros.

O oficial não teve condições de prestar outros detalhes, se o matador estava dentro do carro com a vítima, ou se o seguia de moto, ou em outro carro até que se aproveitou do momento em que o cabo, cuidadosamente estacionou o carro dele no acostamento e desceu em direção ao matagal para tentar fazer a dita necessidade e foi alvejado com vários tiros.

Algumas cápsulas ficaram espalhadas no perímetro do acostamento, inclusive um dos projéteis atingiu ao veículo do militar, levando a uma conclusão que o matador atirou quando o cabo já estava fora do carro e a distância de poucos metros.

Por enquanto a investigação deste crime deve ser investigado pelo delegado Pedro Marinho de Sousa, titular da Seccional Urbana da Nova Marabá, contudo uma equipe de investigadores, liderada pelo delegado superintendente regional do Sudeste do Pará Carlos Eduardo Vieira Matos, esteve no município  fazendo os primeiros levantamentos e ouvindo algumas pessoas que podem contribuir para esclarecimento de mais este homicídio.

Uma destas pessoas seria o dono de um restaurante popular do Centro de Brejo Grande do Araguaia, o José de Ribamar, o Ribinha, que teria sido uma das últimas pessoas a conversar com o cabo Ribeiro.

Este cidadão, contudo, conversou com a reportagem e disse apenas que o militar parou no restaurante dele, por volta das 15 horas, tomou duas cervejas e por volta das 17 horas pediu a conta, entrou no carro dele e disse que viria para Marabá onde iria trabalhar na segunda-feira no Destacamento do bairro São Félix.

 Quanto à motivação deste crime, são escassas as informações, entretanto a reportagem levantou que o cabo pode ter sido vítima de acerto de contas, devido a prováveis negócios escusos que tivera recentemente em Imperatriz, tanto que o matador, ou matadores, o seguiram até Brejo Grande e podem ter aproveitado um momento de distração do militar até executá-lo.

Segundo o delegado Pedro de Sousa todas as hipóteses devem ser levantadas, sobretudo a vida pessoal e profissional do acusado deve ser levantada a fim de traçar um paralelo, ou uma linha de investigação para se tentar conseguir identificar a motivação e quem tinha interesse em matar, ou mandar matar o policial.

Destas hipóteses uma está praticamente descartada: a de latrocínio, tendo em vista que todos os objetos de valores, como joias, correntes, relógio e até mesmo o carro do militar foram deixados para trás pelos matadores, ou matador, restando assim hipóteses como o acerto de contas e até mesmo crime passional.

“O nosso trabalho está em fase preliminar, mas vamos ouvir os amigos do militar, ou até mesmo conhecidos  a fim que possamos tentar identificar o que está por trás deste crime”, comentou o delegado Pedro de Sousa informando que não tinha mais detalhes acerca do caso. 

Independentemente da falta de informações o fato é que mais um policial é assassinado no Pará este ano, no que revela a completa ousadia e total descrença dos matadores, ou matador numa possível punição, afinal a atual conjuntura é de que a impunidade prevalece em face à onda reinante de violência que atinge a todos, independentemente da patente, credo, cor, raça, ou posição social, os pistoleiros matam e ponto final. 

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Frigol dobra crescimento em quatro anos



Na contramão da crise, frigorífico cresce 40% em 2014 e atinge R$ 1,1 bilhão de receita líquida



A Frigol S.A., frigorífico de bovinos e suínos com unidades em São Paulo e Pará, encerra 2014 com crescimento de 40% em receita líquida, atingindo R$ 1,1 bilhão.

O resultado deve-se ao consistente aumento das vendas de produtos de maior valor agregado, como carne Angus, melhoria do mix de produtos, presença em mais pontos de venda e cenário positivo para as carnes brasileiras tanto no Brasil como no mercado externo.

Os ganhos também ocorreram em volume de produção, que evoluiu 20%, atingindo 120 mil toneladas/ano. Há quatro anos, girava em torno de 72 mil toneladas/ano. Para suportar o seu crescimento, a Frigol investiu em novas unidades e em processos produtivos, o que se reverte na melhoria da performance das plantas e, consequentemente, em maior produtividade.

Com 44 anos de história, a Frigol S.A. foca suas atividades em carnes bovinas e suínas, produzindo cortes especiais e maturados em modernos processos de industrialização.

No total, são quatro unidades: em São Paulo (Lençóis Paulista), onde há uma planta de bovinos e uma de suínos, e Pará (São Felix do Xingu e Água Azul do Norte), com duas plantas de bovinos. A capacidade de abate é de 2.500 bovinos/dia e 400 suínos/dia, além de armazenagem superior a 2 toneladas/mês no entreposto comercial na cidade de São Paulo. No total, a empresa conta com 1.870 mil colaboradores.

A produção é distribuída para todo o Brasil e exportada para mais de 60 países da América do Sul, Europa, Oriente Médio, Ásia e África.

A qualidade dos produtos é outro diferencial da Frigol S.A., além da procedência dos animais de rebanhos selecionados, obedecendo aos altos padrões de qualidade exigidos pelo mercado. A empresa também tem como pilar a preocupação com as pessoas – colaboradores e comunidades onde está presente – e o meio ambiente. No Pará, por exemplo, onde tem duas unidades, segue rigidamente a legislação em termos de respeito ao Bioma Amazônico e restrição ao trabalho análogo à escravidão.

Atuando em um mercado sensível às variações da economia global, a Frigol S.A. cresce com solidez em meio às adversidades normais. Nesse sentido, pesa o trabalho focado na seriedade, determinação, visão de futuro e, principalmente, fortes parcerias com fornecedores, pecuaristas, clientes e colaboradores.

As principais linhas da Frigol incluem os produtos Angus Beef Frigol (cortes especiais de bovinos Angus participantes do Programa Carne Angus Certificada), Chef(carnes nobres de suínos, cortes temperados e cortes especiais para churrasco), Frigol (ideais para o dia a dia), e Jerked Beef (carne seca), além de embutidos, como linguiça de pernil suíno e toscana. Estão programados vários lançamentos de produtos para 2015.


quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Homicidas confessam crime e são absolvidos


 
Punição que nada, irmãos mataram e se livraram
 


Confessaram o crime, deram detalhes de como mataram, se disseram arrependidos e foram absolvidos, pois contaram com a complacência de sete jurados, em sua grande maioria, servidores públicos federais e estaduais.

Este foi o resultado de um julgamento presidido pelo juiz titular da 3ª vara Penal Murilo Lemos Simão, de dois irmãos, Sílvio e Devânio Rodrigues da Silva, acusado de matar um amigo deles, o Célio Silvânvio de Magalhães no dia 20 de janeiro de 1995 em plena praça na Senhora Aparecida, bairro Novo Horizonte.

O resultado, evidentemente, contrariou toda e qualquer expectativa daqueles que esperavam uma condenação, especialmente os parentes da vítima, que restaram o protesto, ou apela da decisão.

Silenciosamente estes parentes se retiraram do salão do júri, mas se demonstraram indignados e revoltados, afinal não entenderam o desfecho de um caso que parecia certa a condenação, tendo em vista que tudo caminha para tal fim, inclusive advogados de defesa demonstraram claramente que tinham a intenção de pleitear uma redução de pena.

Enquanto a acusação, promovida pelos promotores Hélio Rubens Pinho Pereira, Hygéia Valente de Souza Magalhães e pelo advogado Mancípor Olilveira defenderam a defesa de crime praticado por motivo fútil e que impossibilitou a defesa da vítima.

Já os advogados de defesa Américo Lins da Silva Leal, Gilberto Alves, Daniela de Souza Sena e Fabiana Souza Boechat, apresentaram a tese homicídio privilegiado e motivado por forte emoção, no que em tese serviriam para uma eventual diminuição de pena, caso fossem condenados, mas terminaram sendo absolvidos.

Silêncio – Ante ao resultado frustrante, os parentes das vítimas abandonaram o plenário, na madrugada desta quinta-feira, tão logo foi lida a sentença pelo juiz Murilo Simão em silêncio.
“Foram absolvidos pela Justiça dos homens, mas devem pagar no juízo final pelo bárbaro crime contra o nosso irmão”, comentou um dos irmãos da vítima.

O tempo pode ter sido um aliado fundamental dos dois acusados, tendo em vista que entre o crime e o julgamento transcorreu quase vinte anos e muitos fatos podem ter sido distorcidos em favor dos acusados.

A motivação para este crime teria sido um dívida não paga por parte da vítima, o Célio de Magalhães. Em verdade, este, servia de uma ponte para o acusado Sílvio da Silva, que na época era um empresário em ascensão no ramo de informática e revenda de antenas parabólica para Marabá e região.

Célio de Magalhaes, dono de uma grande loja de sapatos, comprava produtos do Paraguai e fazia o transporte até Marabá para o amigo Sílvio e nestas idas e vindas tinha para receber algo em torno de R$ 7 mil, sendo que o Sílvio teria repassado um carro para o Célio, no valor de R$ 10,5 mil, o que aconteceu no final de 1994, no que neste caso teria para receber R$ 3,5 mil do Célio.

Após a permuta da dívida, o Célio de Magalhães viajou mais uma vez para o Paraguai em busca de mercadoria, o final de 1994, contudo, ao retornar para Marabá acabou sendo preso em Araguaína e teve de reembolsar uma grande quantia em dinheiro para se livrar do cárcere.

Com este desfalque no caixa aliado à inflação galopante daquele período, acúmulo de dívidas e falta de fluxo de caixa, o calote foi inevitável.

Ocorre que no dia crime, segundo versão apresentada no julgamento, Sílvio teria tentado receber a divida mais uma vez e foi até a sapataria do Célio, na Marabá Pioneira, onde teria sido enxotado e teve uma promissória com o valor da dívida rasgado.

Á noite, ele, juntamente, como irmão, vão até a praça do Novo Horizonte e travam lutar corporal com a vítima para em seguida efetuar os disparos mortais.

Célio de Magalhães foi baleado por volta das 20 horas do dia 20 de janeiro de 1995, agonizou até por volta das 2 horas da madrugada do dia seguinte, onde faleceu numa clínica particular do bairro Cidade Nova.

Dava-se início ai uma série de traumas para as duas famílias que se conheciam desde a cidade de Colinas, no Goiás, onde eram amigas a ponto de frequentaram as casas uns dos outros.

Evidentemente que o resultado do julgamento não apaga as mágoas, mas os parentes da vítima informaram que não têm sede de vingança e dizem compreender, embora não aceitem a absolvição daqueles que se dizem inocentes.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Sanduíches do McDonald’s é mais vendido no Brasil


Hamburguer: combinação perfeita para uma alimentação rápida



Na lista dos sanduíches mais requisitados da rede de restaurantes McDonald’s, a linha com a carne Angus ultrapassou no último mês a marca das 10 mil toneladas de hambúrgueres comercializadas nas mais de 800 lojas da rede em todo o Brasil. O marco foi celebrado na noite do último dia 11, em Porto Alegre (RS), onde foi entregue pelo presidente da Associação Brasileira de Angus, Paulo de Castro Marques, e pelo diretor do Programa Carne Angus Certificada, Reynaldo Titoff Salvador, uma placa alusiva ao Gestor de Supply Chain da Arcos Dorados, Gustavo Faria.

Após vários meses de preparação que reuniram Marfrig, McDonalds e Associação Brasileira de Angus foi lançado em novembro de 2011, em São Paulo e Distrito Federal, os produtos com a carne Angus fazem parte do cardápio de todo a rede desde julho de 2012. Além dos fixos Angus Deluxe e Angus Bacon, a linha já contou com outros seis sanduíches com a carne Angus: Angus Dijon, Angus Bourbon Barbecue, Angus Tabasco e, da linha especial ‘Favoritos McDonald’s’ para a Copa do Mundo Fifa Brasil 2014, McBrasil, McArgentina e McEUA. Para atender a crescente demanda, hoje unidades da Marfrig Global Foods e JBS S/A abastecem a rede com as matérias primas certificadas para fabricação do McAngus.

De acordo com o gerente nacional do Programa Carne Angus Certificada – responsável pela parceria para fornecimento de carne para o McDonald’s -, Fábio Medeiros, a superação da marca de hambúrgueres vendidos no País mostra que a população brasileira já assimilou a proposta da linha especial, que é a de disponibilizar ao consumidor carne de altíssima qualidade a preços acessíveis. “Para tal, foi desenvolvido em parceria todo um trabalho de estruturação de marca e divulgação, algo que tem dado um retorno importante, representado pelos números obtidos com as vendas dos sanduíches com carne Angus”, destaca Medeiros.

“A parceria com o McDonald’s tem um papel vital para o melhor aproveitamento das carcaças abatidas pelo Programa Carne Angus Certificada, pois destinamos aos hambúrgueres peças do dianteiro bovino, de grande qualidade, mas que não são tão apreciadas pela maior parte do mercado consumidor brasileiro”, complementa o gerente do maior programa de certificação de carcaças bovinas do Brasil. “Todos os hambúrgueres fornecidos à rede de restaurantes são certificados, comprovando o consumo de um produto com 100% de carne Angus”, garante Medeiros.


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Colonos recebem crédito

Durante as duas últimas semanas, a Superintendência Regional do Incra no Sul do Pará vem informando às famílias de 10 projetos de assentamentos no Sul e Sudeste do Estado sobre a disponibilização dos cartões magnéticos que dão acesso aos recursos do novo Crédito Instalação – modalidade Apoio Inicial.

Ao todo, 210 famílias receberam os primeiros cartões, sendo 44 no assentamento Cinzeiro, em Marabá; 131 no Lourival Santana, em Eldorado dos Carajás; e 35 no Bacabal Grande, em Bom Jesus do Tocantins.

O Incra encaminha as informações sobre os beneficiários ao Banco do Brasil, onde é feito o cadastro e a confecção dos cartões daqueles que foram considerados aptos a fazer parte do programa. No caso destas famílias, o cartão dará acesso ao crédito Apoio Inicial I, que é voltado à instalação no assentamento e aquisição de itens de primeira necessidade, no valor de até R$ 2,4 mil por família assentada.

Após a assinatura dos contratos, o Instituto autoriza o Banco do Brasil a creditar o valor referente à modalidade selecionada nas contas abertas em nome dos assentados, que fazem a movimentação por meio de cartão magnético individual.

Até o final deste mês, mais 326 famílias receberão seus cartões. Os assentamentos a serem atendidos são: Deus te ama, em Rondon do Pará, com 56 beneficiários; Salvador Allende Piratininga, em Pacajá, 117 beneficiários; São Sebastião, em Goianésia do Pará, com 54 beneficiários, Pirosca, em Floresta do Araguaia, com 49 beneficiários; Pedro Laurindo, em Marabá, com 35 beneficiários; Pedro Alcantara, em Cumaru do Norte, com 12 beneficiários; e Santa Paula, em Goianésia do Pará, com três beneficiários.

O novo Crédito Instalação foi criado com a edição da Medida Provisória nº 636/13 (convertida em Lei 13.001/14) e regulamentado pelo Decreto 8.256/2014, que adotou uma nova sistemática de garantia de recursos ao público da reforma agrária, resultando na modernização do Crédito de Instalação.

Presente de amigo


Isto é que é amigo, empresto outras vezes


Tira um fino, o meu editor e amigo Chagas Filho aprontou uma comigo neste final de ano, mas eu gostei. Emprestei uma caixa térmica e ele devolveu recheada de cervejas. Isto é que é amigo kkkk, gostei.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Homicida confessa crime



Preso no início da semana passada em Goiânia e trasladado para Marabá, o acusado de ser homicida Wanderson Silva Guimarães confessou para o delegado titular da Divisão de Homicídios de Marabá, Álvaro Beltrão Ikeda, que juntamente com outros três comparsas matou o vanzeiro José Candido de Oliveira, o “Barbudo”.

Para quem não se lembra, a vítima despareceu do sítio Alto Bonito, em Murumuru, zona rural de Marabá no dia 13 de setembro deste ano e até então não foi localizado, vivo ou morto.

Dois dias após este crime o acusado, juntamente com os amigos e comparsas, Diego Richard Almeida dos Santos, Francisco Wesley das Mercês e José da Silva Feitosa, o Pernambuco foram presos em Confresa no Mato Grosso durante uma abordagem de rotina. Eles trafegavam num sandeiro branco, placa OTE-2532, contudo nenhum deles ficou preso muito tempo.

Alguns dias após esta primeira prisão, os outros dois acusados Diego dos Santos e Francisco das Mercês foram presos em Peixoto de Azevedo acusados de tráfico de drogas e porte ilegal de armas, contudo o Pernambuco continua foragido.

Para o delegado Álvaro Ikeda, o acusado Wanderson Guimarães não só confirmou a morte do Barbudo como forneceu detalhes de como mataram a vítima.

Entre outras informações, o acusado contou que chegou no sítio do Barbudo, rendeu a vítima e o conduziu até a vicinal da Moran Madeira, em Jacundá, onde executou, com cinco tiros, a maioria dado nas costas.

No final de semana, policiais civis da Divisão de Homicídios de Marabá se deslocaram até esta vicinal da Moran Madeira com o acusado que fez uma espécie de reconstituição, mas o corpo da vítima não foi localizado.

Próximo do local indicado por Wanderson Guimarães, os policiais localizaram alguns objetos e roupas que devem ser periciadas a fim de se constatar, ou descartar se pertenciam, ou não à vítima.

Todos os acusados têm prisões preventivas decretadas por conta deste crime, que aparentemente teria sido motivado por conta de uma rixa entre famílias.

A investigação segue para tentar fechar por completo o caso, tendo em vista que o temor da Policia é de no futuro o acusado alegue que foi torturado para confessar o crime, motivo pelo qual do delegado Álvaro Ikeda gravou o depoimento do acusado que confirma a participação no homicídio. Resta à Polícia agora fazer novas incursões para tentar localizar o corpo da vítima para os devidos ritos fúnebres.



Homicídios desafiam a Polícia



A divisão de Homicídios de Marabá tem a difícil missão de tentar elucidar os quatro homicídios que aconteceram em Marabá. No sábado à noite, por volta das 22 horas o ex-presidiário Jackson de Sousa da Silva foi assassinado a tiros na casa dele, na travessa do Pescador, 69, bairro Novo Horizonte.

Neste caso, dois pistoleiros, numa moto preta, chegaram na casa dele e deram uma saraivada de tiros em direção da vítima. Jackson Silva ainda correu e tentou se esconder na casa, mas foi alvejado quando estava na cozinha.

No local do crime, poucos se atreveram a comentar a respeito do crime, mas pode ser no passado da vítima que a Polícia pode localizar algum indício que possa indicar a autoria e motivação para mais esta execução na cidade.

Espancado – No bairro Nossa Senhora Aparecida, conhecido por Invasão da Coca-cola foi agredido com golpes de madeira, José Gonçalves Magalhães, 60. O autor deste crime seria o cunhado dele, Josielton de Sousa Silva.

Em verdade, este acusado, teria saído em defesa da irmã, Nilvete de Souza da Silva que estaria sendo agredida por José Magalhães com socos e pontapés. Magalhães ainda foi socorrido e internado o Hospital Municipal de Marabá onde faleceu.

Hotel – Outro crime onde a Divisão de Homicídios pode ter uma grande dificuldade para tentar esclarecer teve como vítima Paulo Roberto de Oliveira Dutra, 24 anos, assassinado a tiros na madrugada do último domingo (7).

Ele foi alvejado com dois tiros e apesar de o crime ter ocorrido na madrugada de domingo, por volta de 01 hora, até o final da manhã desta segunda-feira nenhum parente havia registrado o caso.

Cupu – Ainda na madrugada de domingo de domingo, por volta das 4 horas da madrugada foi assassinado a tiros o ex-presidiário Genilson Conceição Lima, 22 anos.

Ele se divertia numa boate, na Folha 5, Nova Marabá e foi alvejado com quatro tiros quando estava saindo do ambiente festivo e até o momento são escassas as informações a respeito deste crime. O caso foi registrado pela irmã da vítima, Maria Lorrane Conceição Lima.

Outros – Também em Marabá morreu o morador da Folha 29, Marcio Cristiano Oliveira da Cruz, 34 anos. Em verdade, a vítima morreu por conta de um acidente que ocorreu na casa dele.

Ele tentava resgatar a mãe que teria submergido dentro da casa por conta da forte chuva que se precipitou na cidade, por mais de seis horas ininterruptamente na madrugada e manhã de domingo (7).

Marcio da Cruz, segundo o que foi informado em Boletim de Ocorrência registrado pelo irmão dele, Luciano Cruz Pantoja, que confirmou a morte do irmão por meio de uma descarga elétrica.


Dupla – Dois amigos que trafegavam numa moto, de Morada Nova, para o bairro São Félix acabaram morrendo após uma violenta colisão. As vítimas deste acidente de trânsito foram: Railton Nonato da Silva, 34 e Wanderlei Frazão de Souza 43.

Ele circulava numa moto Fan, preta, placa OFR-9864 pertencente à Railton da Silva e este pilotava a moto quando sofreu a colisão. O acidente foi registrado no plantão do delegado Rayrton Carneiro dos Santos pelo sobrinho do Railton, Washington Silva do Nascimento.

Os acidentes aconteceram também na zona rural de Marabá, onde o colono Justino Pereira da Silva, 42 anos. Ele morreu na Vila União, onde morava e acabou falecendo após uma colisão com moto.

De municípios vizinhos o IML de Marabá necropsiou outros seis corpos. Lucas Borges Barros de apenas 17 anos era natural de São Geraldo do Araguaia e teve como causa da morte, Causa Indeterminada.

De Paraupebas, morreu com vários tiros, Diego Alves Azevedo de apenas 22 anos. De canaã dos Carajás, foi trasladado um corpo do sexo feminino, que até o final da manhã de ontem continuava sem identificação alguma e foi morta em consequência de um acidente de trânsito.

Outro que morreu em acidente de trânsito, desta feita em Parauapebas foi Edson Reis. Também naquele município morreu com vários golpes de arma branca, Mário Miranda Silva, 62 anos. Por fim um homem morreu também com golpes de arma branca, em Rondon do Pará, cujo corpo, até o final da manhã desta segunda-feira estava sem identificação alguma. 

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Terra indígena não existe, diz juiz

Sentença que declara Terra Indígena Maró inexistente contraria direito estabelecido em Convenção 169 da OIT



A decisão em primeira instância da Justiça Federal do Pará, que declarou inexistente a Terra Indígena Maró, tem ganhado grande repercussão. No último dia 26 de novembro, o juiz Airton Portela determinou que o relatório produzido pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI) em 2011, que identifica e delimita a área de 42 mil hectares onde vivem indígenas das etnias Borari e Arapium, não tem qualquer validade jurídica.

Como explicação para a decisão, está a de que contradições e omissões em relatório antropológico produzido pela FUNAI levam à conclusão de que as comunidades da Gleba Nova Olinda, onde está localizada a TI Maró, são formadas por populações tradicionais como ribeirinhos, e não índios.

Mas os habitantes das aldeias Novo Lugar, São José III e Cachoeira do Maró são a prova de que a região é sim povoada também por povos indígenas. Poró Borari, da aldeia Novo Lugar, reclama que os habitantes da TI não chegaram a ser ouvidos para a tomada da decisão. “Nós não somos arquivos de internet. Estamos lá [na terra] há décadas e décadas”.

A decisão da Justiça Federal do Pará vai contra o direito de autorreconhecimento, estabelecido na Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Essa convenção prevê o direito de expressar livremente a identidade, de modo incontestável, para assim melhor situar na realidade conflituosa os direitos de comunidades que tiveram por anos sua identidade negada. Dessa forma, os autoreeconhecidos indígenas da TI Maró possuem o direito de exigir a demarcação de suas terras.

Sobre o caso

Em 2010, o Ministério Público Federal (MPF) de Santarém – Pará entrou com Ação Civil Pública (ACP) contra a FUNAI requerendo a demarcação da Terra Indígena Maró, a pedido dos indígenas das etnias Arapium e Borari. 

O processo tramita na 2ª Vara Federal de Santarém. A ACP movida pelo MPF visava apenas a celeridade no processo de demarcação da Terra Indígena, tendo em vista que a FUNAI havia criada o Grupo Técnico (GT) em 2008, e até o ano de 2010 não publicou o Relatório de Identificação e Delimitação do território, o que veio a ocorrer somente em 10 de outubro de 2011. 

Em nenhum momento a FUNAI contra-argumentou o pleito de demarcação da área, apenas se opôs a celeridade do processo com razões específicas. No entanto, o Juiz da 2ª Vara atendeu ao pedido de seis associações locais.

As organizações contestaram a legitimidade do pleito, alegando não haver povos indígenas no local. Assistiram essas associações, o município de Santarém e o governo do Estado do Pará, que advogaram contra os povos indígenas.

Supostamente fundamentado pela Constituição Federal, o juiz em sentença publicada no dia 3 de dezembro de 2014, declara improcedente o pedido do MPF. Com argumentos sobre tradicionalidade, permanência e originariedade, afirma não existirem povos indígenas na área pretendida.

O argumento usado na sentença é o da Teoria do Fato Indígena, a mesma utilizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no caso Raposa Serra do Sol em Roraima. Segundo o juízo, o Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação produzido pela antropóloga Georgia Silva, integrante do GT da FUNAI, não apresenta características das comunidades estudadas para que se afirme serem aldeias indígenas das etnias Arapium e Borari.

Assim, se desconsidera o processo de etnogênese das aldeias, que duramente sofreram pela descaracterização de sua identidade e hoje lutam pela afirmação de sua cultura e de seus direitos.

“Atualmente falantes somente do português, os Arapium e os Borari guardam, na memória dos mais velhos, o tempo da gíria, forma como denominam o nheengatu. A recordação da fala feia como um tempo em que seus antepassados eram discriminados pelas populações não-indígenas e a transmissão da língua negada pelos pais, por força da perseguição, entrelaça a versão indígena e a versão documental do processo de implantação/negação do nheengatu na região amazônica”, indica o relatório produzido por Georgia Silva.

O Ministério Público Federal deve recorrer da decisão.

Interesses contrários à demarcação da Terra Indígena Maró

A chamada Gleba Nova Olinda, onde se localiza a Terra Indígena Maró, é visada por grandes empresas madeireiras. A região que ainda apresenta vastas áreas com madeiras de alto valor de mercado (por exemplo ipê, maçaranduba e amarelão) foi destinada a concessão florestal pelo governo do estado do Pará na grande área que reúne as glebas Nova Olinda (I, II e III), Maramuru-Arapiuns e Curumucuri.

Desde que o estado do Pará arrecadou essas terras na década de 1990 (Portaria nº 0798/99 ITERPA) se planeja o investimento em larga escala para a extração de madeira.

Em 2006, através do Decreto nº 2472, o governo do Pará autorizou a permuta de moradores do Projeto Integrado Trairão para a Gleba Nova Olinda, dentro da Terra Indígena. As permutas favoreceram a exploração de madeira e formação do Grupo Rondonbel. 

Conforme o Plano de Outorga Florestal de 2014, a tendência é de expansão da exploração madeireira no local. Em novembro deste ano, a comunidade indígena teve uma primeira vitória na luta contra a exploração ilegal de madeiras dentro do território. As denúncias relativas à ação das madeireiras na TI resultaram no envio de notificações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para as empresas exploradoras e, em alguns casos, o embargos das atividades.

Para saber mais sobre o caso, acesse: migre.me/mEMnA

Pecuária de corte



“Montana é extremamente produtivo e agrega eficiência à pecuária brasileira”, diz o prof. José Bento Ferraz, da USP Pirassununga

Bezerros mais pesados, chegando aos 250 kg aos 7 meses, em regime de pasto. Na recria, animais muito precoces, que podem chegar ao abate aos 18 meses (terminação em confinamento) ou antes dos 24 meses (a pasto). As novilhas chegam a 75 a 80% de prenhez, quando expostas aos touros entre 14 e 16 meses. E, dessas, mais de 75% emprenham como primíparas, mostrando o enorme potencial como raça materna.

Estes são atributos dos bovinos Compostos Montana, segundo José Bento Sterman Ferraz, professor do Departamento de Medicina Veterinária da USP/Pirassununga - Núcleo de Apoio à Pesquisa em Melhoramento Animal, Biotecnologia e Transgenia.

Para o prof. José Bento, o conceito de bovinos compostos ainda não foi totalmente compreendido pelos pecuaristas brasileiros. “Esse conceito é amplamente utilizado, há décadas, pelos produtores de milho, sorgo, frangos, galinhas e suínos e baseia-se no cruzamento de animais de alto mérito genético. Com esse conceito, pretende-se obter ganhos genéticos devidos ao mérito genético aditivo dos animais (as DEPs), somando-se os ganhos de produtividade oriundos do cruzamento (heterose e complementaridade das raças utilizadas)”, explica o especialista da USP Pirassununga.

Para ele, as raças sintéticas (Braford, Brangus, Canchim, Santa Gertrudis, Simbra etc), depois de formadas, perdem com o tempo o efeito da heterose, ficando apenas com a complementaridade. E, se não fizerem seleção com base em avaliação genética, não têm o benefício da genética aditiva de alta qualidade.

“O Montana, único programa de bovinos de corte compostos operando no Brasil atualmente, continua evitando a endogamia (erroneamente denominada consaguinidade) e vendendo apenas touros e fêmeas que estejam classificados entre os 26% melhores animais da safra quanto ao mérito genético”, informa o prof. José Bento.

Ele acrescenta que “compradores de touros Montana retornam às compras por um fato muito simples: seus bezerros são vendidos com ágio, porque, em condições adequadas de alimentação, crescem mais e mais rapidamente do que os de outras raças, além de ter excelente carcaça e acabamento”.

Desde o início do Programa Montana, há 20 anos, a raça foi desenvolvida para ser usada tanto em vacas cruzadas como em vacas zebuínas, gerando heterose, complementaridade entre raças e, principalmente, melhoramento genético. “Importante lembrar que o Montana não é um taurino adaptado ou um híbrido. Para ser Montana, tem que ser muito mais! Além da avaliação genética para características de produção e reprodução, o Montana é a primeira raça a avaliar 100% dos animais para características de carcaça via ultrassonografia. Sem dúvida, essas avaliações têm muito a oferecer ao mercado em termos de certeza de qualidade das carcaças produzidas, tanto na uniformidade dos cortes como na cobertura de gordura e qualidade da carne”, explica Gabriela Giacomini, gerente de operações do Programa Montana.

COMUNICADO AGRO SANTA BÁRBARA





Mais uma vez, a Agro Santa Bárbara vem a público repudiar as acusações descabidas sobre a condição de suas propriedades rurais no Pará. Da mesma forma, a empresa não aceita a prática de atos criminosos praticados contra a ordem e as pessoas do Pará, como o fechamento da Rodovia BR 155.
A Agro Santa Bárbara repudia veementemente a acusação de que qualquer área onde atua seja composta por terras públicas federais ou estaduais. A empresa enfatiza, mais uma vez, que é legítima proprietária de todas as suas fazendas, adquiridas de forma transparente e a justo título, conforme comprovam as escrituras públicas, com áreas georreferenciadas e certificadas pelo INCRA, mosaicos do ITERPA, reservas legais e com o devido registro no cartório de registro de imóveis competente. 

A totalidade das propriedades onde a Agro Santa Bárbara atua é rigorosamente regular.
A empresa defende e atende o princípio constitucional da função social da propriedade, pautando-se no aproveitamento sustentável das suas fazendas, utilização adequada dos recursos naturais, preservação do meio ambiente e na rigorosa observância da legislação que regula as relações de trabalho.

Nesse sentido, a empresa busca e como sempre fez, solução pacífica para o campo, mantendo interlocução sistemática e permanente com as autoridades do governo responsáveis pela reforma agrária – em especial o INCRA, a Ouvidoria Agrária Nacional e o MDA, bem como com as lideranças dos movimentos sociais. 

Além disso, participa diretamente de todas as audiências públicas e reuniões com a comunidade, seja no Pará ou em Brasília, estimulando e contribuindo com as iniciativas para a regularização da questão agrária em suas fazendas produtivas.

A Agro Santa Bárbara é uma empresa legalista, cumpridora de suas responsabilidades, geradora de renda para 15 municípios do Sudeste do Pará e de mais de 1.200 empregos dignos para a população local.

Além de ser árdua defensora do fiel cumprimento de todos os direitos trabalhistas, a empresa investe em recursos humanos, seja na gestão de pessoas, treinamento periódico de toda a mão de obra, cursos de reciclagem em parceria com o SENAR, planos de carreira, vários benefícios, transporte e escola para as crianças e adultos.

A Agro Santa Bárbara confia, como sempre confiou, nas autoridades do Estado do Pará e do Governo Federal para tomar as devidas e necessárias providências e constituir, de uma vez por todas, a paz e a normalidade na região, evitando que ações criminosas sirvam de pretexto para manter viva a chama da discórdia e ilegalidade. A população trabalhadora e honesta do Pará está cansada e merece respeito.

Agropecuária Santa Bárbara 


quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Três fazendas devem ser compradas

Mesmo com este desfecho, MST manteve rodovia interditada



Entra para o terceiro dia a interdição da BR-155 por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que montaram acampamento à altura da fazenda Cedro, zona rural de Marabá. 

É nesta fazenda, que desde o dia 10 de maio de 2009, que os sem terra montaram o acampamento Helenira Rezende e pleiteiam a desapropriação da fazenda para fins de reforma agrária. 

O MST cobra ainda a aquisição e cinco fazendas, Caumé em, Tucumã, Rio Vermelho em Sapucaia, Peruano e Maria Bonita, em Eldorado do Carajás além da Cedro em Marabá.

Destas, pelos menos três processos de aquisição já estão praticamente concluídos que são: a Rio Vermelho, Caumé e Peruano, segundo informou o superintendente regional do sul e sudeste do Pará, Eudério de Macedo Coelho durante entrevista na manhã desta terça-feira em Marabá.

Informou ainda que as outras situações de compra das fazendas estão sendo definidas no Incra em Brasília e no Ministério de Desenvolvimento Agrário e que os integrantes do MST querem o comprometimento destas duas autarquias em relação à conclusão de tais processos.

“Nos comprometemos em fazer um intercâmbio para tentarmos conseguir que haja o empenho de recursos para comprar as fazendas Cedro e Maria Bonita, pois nos outros três casos estão praticamente resolvidos”, comenta.

Tias negociações se dão por meio do decreto 433. Neste método se exclui as demoradas pendências judiciais, cujos processos, em muitos casos se arrastam por décadas.

É exatamente esta demora na criação dos assentamentos que o MST quer diminuir esse prazo de espera e tem na ocupação de estradas e rodovias uma ferramenta de pressão para viabilizar a chamada reforma agrária.

Segundo uma das lideranças do acampamento Lourival Santana, em Eldorado do Carajás, Alberto Lopes da Silva, o Tim Maia, a situação é tensa na interdição, contudo entendeu que muito embora a sociedade esteja sendo sacrificada foi a maneira que o MST entendeu como essencial para conseguir ser ouvido.

“A nossa luta é grande para conseguir avançar na reforma agrária, entendemos e pedimos a compreensão da sociedade, mas é preciso haver a mobilização dos trabalhadores”, argumenta. 





NOTA SOBRE A OCUPAÇÃO DA BR-155 PELO MST



Em relação ao bloqueio da rodovia BR-155, entre os municípios de Marabá e Eldorado dos Carajás pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) reafirma seu interesse em resolver os conflitos agrários na região, a fim de assegurar que as famílias possam viver com dignidade e reitera que todos os imóveis a serem destinados à reforma agrária no sul e sudeste do Pará, deverão comprovar sua viabilidade socioeconômica e cumprir os requisitos do Termo de Compromisso firmado com o Ministério Público Federal, no que diz respeito a regularização ambiental dessas áreas. A pauta do movimento protocolada no Incra apresenta oito áreas para criação de assentamentos. Todas elas já estão sendo trabalhadas pelo Incra, em fases distintas e conforme as peculiaridades de cada uma.

Em relação a assistência técnica o Incra esclarece que a Superintendência Regional Sul Pará, hoje, atende 40 mil famílias de agricultores, e que, quando concluída a Chamada Pública em andamento, esse número atingirá 71 mil famílias em 4,6 milhões de hectares e 502 Projetos de Assentamentos. 

Já em relação à infraestrutura, o Incra informa que as demandas protocoladas na Superintendência Regional Sul do Pará deverão ser apresentadas por meio do Chamamento Público, cujas regras estão disponíveis no portal do Incra desde a última segunda-feira dia 1o de dezembro.

A direção nacional do Incra está mantendo diálogo com o MST, no sentido de viabilizar um acordo para a desobstrução da rodovia BR-155 e evitar possíveis conflitos no local.


Divulgados os vencedores da prova de desempenho do CP Lagoa para a raça Angus


Touros da raça Angus demonstram potencial da pecuária brasileira




Encerraram-se na última semana as provas de desempenho de reprodutores jovens em confinamento do Centro de Performance da CRV Lagoa e da Associação Brasileira de Angus. Entre os 41 animais participantes, o título ficou com o tourinho S2 GAR INTEGRITY 13036 WORTH 4200, da Agropecuária HJ (Taquara/RS), seguido pelo segundo colocado, CV 4636 BARNEY BALOO, de Alfredo Southall (São Gabriel/RS). O terceiro lugar ficou com 3E TIBONE TEA 801 (3E Agropecuária – Catanduva/SP); quarto lugar para S2 OSCAR 2034 13080 S2 11063 (Agropecuária HJ); quinta posição para EPV TITAN 1609 (José Filippon – Cascavel/PR).

Dos animais da raça Angus avaliados, os classificados como Deca 1, 2 e 3, ou seja, os 30% melhores qualificados, foram selecionados para o 8º Leilão Virtual CP CRV Lagoa, que será realizado no dia 06/12, a partir das 14 horas, com transmissão ao vivo pelo Canal do Boi (SBA). De acordo com o gerente de taurinos de corte da CRV Lagoa, Cristiano Leal, três dos melhores colocados na prova (S2 GAR INTEGRITY 13036, 3E TIBONE TEA 801 e S2 OSCAR 20134) já foram contratados pela central e estarão em coleta a partir de fevereiro do próximo ano, disponibilizando sêmen a partir de junho.

Foram ao todo 200 dias de testes em sistema de criação intensiva, na sede do CP Lagoa, em Sertãozinho (SP), onde foi avaliado o desempenho dos jovens reprodutores Angus (idade entre 14 e 17 meses), em 12 das principais características economicamente atrativas para o pecuarista, com destaque para Ganho de Peso, Perímetro Escrotal, Ultrassonografia de Carcaça (AOL, EGS e marmoreio), Adaptação, Conformação, Precocidade e Musculatura.

“Pudemos presenciar nesta edição do CP Lagoa Angus uma evolução grande com relação ao último ano, principalmente com relação à adaptação dos animais, que perderam pelo mais cedo. Vimos aqui reprodutores de grande qualidade e bastante uniformidade entre as fazendas produtoras. São animais que com certeza agregarão muito valor aos rebanhos Angus e ao cruzamento industrial no Brasil, seguindo nosso preceito de sempre valorizar a genética Angus nacional”, ressalta Leal.

“A já tradicional prova de desempenho do Centro de Performance ratifica uma parceria forte e bastante produtiva entre a CRV Lagoa e a Associação Brasileira de Angus, que desde 2009 já levou à pecuária mais de 700 mil doses de sêmen da raça, com certeza contribuindo para sermos hoje líderes no mercado de inseminação no País”, complementa a Veterinária e Assistente Técnica da Associação Brasileira de Angus, Jennifer Teixeira.

Completando, em 2014, cinco anos desde a primeira contratação de um touro Angus, a CRV Lagoa conta hoje com 16 reprodutores da raça em trabalho de coleta (13 pretos e três vermelhos). Os animais que participaram da prova de desempenho ainda estão reunidos no Centro de Performance da central genética, onde realizam a Avaliação de Eficiência Alimentar, no sistema Grow Safe, no qual é realizada a análise de quais animais ganham mais peso com o consumo de menos alimento, simulando um ambiente de confinamento com ganho de peso médio diário de 1,1kg. Os resultados desta avaliação devem ser divulgados pela central na próxima semana.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Pecuarista continua foragido

Acusado foi absolvido de ter mandado matar o casal de extrativistas, em Nova Ipixuna




Desde que o Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJE) anulou o julgamento, que absolveu o fazendeiro José Rodrigues Moreira no dia 12 de agosto deste ano, a Polícia não consegue, ou não tentou encontrá-lo para dar cumprimento ao mandado de prisão preventiva contra ele, decretado naquela mesma ocasião.

José Rodrigues foi acusado de ter mandado matar o casal de extrativistas, Maria do Espírito Santo e José Cláudio Ribeiro, assassinados a tiros quando trafegavam numa moto pela vicinal “Maçaranduba", zona rural de Nova Ipixuna no dia 24 de maio de 2011.

O Ministério Público a quando do pedido de anulação do júri, argumentou que as testemunhas ligaram o réu a autoria do crime e, portanto o resultado do julgamento foi contrário às provas carreadas aos autos do processo. 

A morte do casal, segundo o que foi apurado à época, se deu por conta do posicionamento contrário à venda de lotes no Assentamento Praialta piranheira, sendo que José Rodrigues havia comprado um dos lotes e estava sendo ameaçado de despejo da propriedade o que teria motivado a contenda entre ele e o casal de extrativistas. 

Diante destas circunstâncias, a relatora a Nadja Nara Cobra Meda anulou o julgamento e decretou a prisão preventiva do fazendeiro, baseada no Artigo 312 do Código de Processo Penal, que permite que medidas como essas sejam aplicadas quando houver ameaças à ordem pública, à garantia da instrução penal e à aplicação da lei.

De igual modo, o Ministério Público requereu a anulação do julgamento dos acusados de ser os executores do duplo homicídio, Alberto Lopes do Nascimento, o Neguinho e Lindonjonson Silva Rocha, este irmão do José Rodrigues. Ambos foram condenados, a 45 anos, e 42 anos e 8 meses de prisão respectivamente, cuja sentença foi mantida pela desembargadora.

Agora resta à Polícia tentar capturar o acusado José Rodrigues que tem dois endereços fixos, um no lote em tela, no assentamento Praialta Piranheira, em Nova Ipixuna e na vicinal 1-B do Assentamento Tuerê, ou na rua Paraná, quadra 4, casa 15) em Novo Repartimento.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Irmãos homicidas querem se livrar do cárcere



Repousa na mesa do juiz titular da 7ª Vara Penal e atualmente respondendo interinamente pela 9ª Vara e de Violência Doméstica, Geraldo Neves Leite um pedido de revogação da prisão preventiva dos irmãos: Silvio e Devânio Rodrigues da Silva.

Eles foram presos no último dia 12 de novembro em Marabá, ocasião em que deveriam ser submetidos a julgamento por conta da morte do empresário Célio Silvânio de Magalhães, assassinado a tiros no dia 20 de janeiro de 1995 em plena praça Nossa Senhora Conceição, Novo Horizonte.

Os irmãos alegaram que não tinham constituído advogados, no que foi interpretado pelo juiz Murilo Lemos Simão como uma tentativa de manobrar, ou manipular a Justiça e no futuro tentarem uma eventual prescrição do crime, e desta feita ficarem totalmente impunes.

O magistrado entendeu exatamente o contrário e após um arrazoado de motivos, rechaçou a tentativa de ambos e automaticamente decretou a prisão preventiva deles, que foram orientados acerca desta provável resultado, mas desconsideraram tal orientação.

Agora, tentam, por meio dos advogados Gilberto Alves e Américo Leal, convencer o magistrado Geraldo Leite que têm condições de responder ao crime em liberdade.

Nunca é demais lembrar que os dois irmãos, logo após cometerem o crime, em 1995, fugiram de Marabá, sendo que um foi capturado em Roraima e ou outro em Brasília. O temor de parentes da vítima é que caso seja revogada a prisão preventiva de ambos, podem fugir novamente. 




Caso “Barbudo”: crime praticamente esclarecido



A Polícia já conseguiu prender quatro acusados de ter matado o vanzeiro e autônomo, José Candido de Oliveira, o “Barbudo”, cujo corpo ainda não foi localizado. Os acusados estão presos em Confresa e Peixoto de Azevedo no Mato Grosso, muito embora tenham sido acusados de ter matado a vítima em Marabá, no dia 13 de setembro deste ano, na fazenda Alto Bonito em Murumuru.

Os quatro acusados presos são: Diego Richard Almeida dos Santos, Francisco Wesley das Mercês e Wanderson Silva Guimarães. O quarteto foi preso em duas situações distintas e em dias diferentes, contudo, a Polícia paraense acredita que eles podem ter matado a vítima, o “Barbudo”.

Pra se ter uma idéia, eles trafegavam num carro Sandeiro prata, o mesmo veículo visto por vizinhos da vítima no dia em que foi morto. O quarteto foi interceptado no dia 15 de setembro, na cidade de Confresa, no Mato Grosso, mas tinha como destino a cidade de Peixoto de Azevedo naquele estado.

Dentro do carro, os policiais do Mato Grosso localizaram diversos objetos suspeitos, além de um revólver calibre 38 e uma arma branca com vestígios de sangue. O revólver, em questão seria da vítima, segundo informou fontes seguras, inclusive a viúva do Barbudo teria reconhecido a arma, bem como um telefone celular, além de outros objetos que foram furtados do marido.

Os acusados foram presos quando pararam numa barreira policial montada em Confresa, sendo que os policiais acabaram se deparando com a arma. Naquela ocasião apenas o Diego foi autuado por porte ilegal de armas já que confessou ser deles as armas.

Alguns dias após a primeira prisão, a Polícia do Mato Grosso prendeu outros dois acusados, Francisco Wesley das Mercês e Ivanildo da Silva Feitosa, que à época se identificou como Wanderson Feitosa da Silva, estes foram indiciados e presos por tráfico de drogas.

Após estas duas prisões e como há uma espécie de intercâmbio entre as Polícias, além do fato de ter sido localizado um revólver uma faca com vestígios de sangue, a Polícia paraense manteve contato com a Polícia do Mato Grosso, até que se montou um intrincado labirinto onde todos os caminhos levam ao provável envolvimento deles na morte do “Barbudo”.

E, segundo as fontes, o último acusado preso, o Wanderson Silva Guimarães é filho de um dono de van que foi assassinado em Morada Nova, juntamente com o tio dele, no início deste ano.

Parentes das vítimas atribuíram o crime ao Barbudo, e tudo por conta de uma disputa de linhas e transportes de passageiros entre Marabá e Jacundá. Tão logo as vítimas foram assassinadas, praticamente todos os parentes deles foram embora para o Mato Grosso e podem ter se vingado do Barbudo.

Contudo, para ligar em definitivo o quarteto e saber, se de fato, o Wanderson Guimarães seria o mentor do crime, um exame de DNA na faca localizada dentro do carro Sandeiro deve comprovar, ou descartar, se os vestígios de sangue pertencem à vítima, o Barbudo.

Outras provas e indícios apontam para os acusados, já que vizinhos da vítima relataram à Polícia, que um carro Sandeiro prata circulou na estrada de acesso à fazenda Alto Bonito, onde o Barbudo foi assassinado, bem como o revólver dele que foi localizado com os acusados.

O caso tramita em segredo de Justiça, mas com absoluta exclusividade a reportagem conseguiu apurar que o crime está praticamente esclarecido pela Polícia e é questão de tempo para que todos os acusados sejam indiciados, ou por homicídio, ou por latrocínio, já que alguns objetos foram furtados da vítima.

Tanto que o acusado Wanderson Guimaraes foi preso por ordem do juiz titular da 5ª Vara Penal de Marabá, Marcelo Andrei Simão Santos. Caso seja comprovada, ou os indícios apontarem para os acusados, todos devem ser transferidos para Marabá, onde devem responder ao processo. 



Soldado pode ser expulso da PM



Continua o ‘cabo de guerra’ entre o comando da Polícia Militar do 4º Batalhão de Polícia Militar e os praças da corporação e no início desta semana aconteceu mais um capítulo deste tensionamento desta contenda que se acirrou desde a greve dos policiais em abril do ano passado.

Desta vez o alvo dos oficiais foi o soldado Claudivan Costa Martins. O comandante da Polícia Militar no Pará Daniel Borges Mendes publicou decisão Boletim Geral da PM no dia 20 de novembro deste ano, onde praticamente expulsa o militar.

Tudo por conta de um eventual envolvimento do militar na incitação, ou convocação de 17 colegas de farda para uma suposta greve da Polícia Militar, cuja articulação teria ocorrido em fevereiro e março de 2013, contudo o soldado Martins, como é conhecido, é categórico que em momento algum participou de tal articulação, tampouco comentou nada a respeito do assunto em nenhuma rede social.


Contra ele, foi aberto um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD), onde ele teria publicado um comentário na rede social Facebook fazendo a tal incitação e convocação. 

“Não publiquei nada”, garante o militar que já recorreu da decisão e continua na ativa até que haja uma sentença transitada e julgada. Martins se julga injustiçado e perseguido e pretende buscar reparação na Justiça.

Acredita que o coronel Daniel Mendes pode ter sido induzido a erro quando o exonerou a bem da disciplina, tendo em vista que no PAD aberto no 4º Batalhão de Polícia Militar de Marabá e conduzido pelo major Marcio Raiol da Silva este o inocentou.

O oficial, após analisar as poucas provas que lhe foi apresentada descartou que o soldado Martins teria postado o tal comentário. 

“As redes sociais não são seguras e é muito comum a criação de “Fakes” (perfil falso na Internet) para as pessoas se manterem no anonimato”, relata o oficial informando também que a suposta participação do soldado na articulação da greve só seria provada se houvesse uma análise, tanto em computadores do militar, quanto no celular, o que não ocorreu.

Outro fato não menos relevante que o coronel Daniel Mendes deixou de observar na decisão foi o completo atropelo à Lei da Anistia, promulgada no dia 21 de maio deste ano pela Assembleia Legislativa do Pará.

Esta lei, em seu parágrafo único é clara: “Os efeitos da anistia alcançam àqueles que, em data anterior ao período mencionado no caput, tenham praticado alguma iniciativa dentre aquelas consideradas embrionárias ao movimento sobre a política de remuneração, ocorrido no período de 1º a 8 de abril de 2014”.

Mesmo com falhas gritantes o policial foi exonerado administrativamente. O primeiro passo do militar deve ser enviar um pedido de reconsideração de ato ao comandante geral da Polícia Militar Daniel Mendes.

Caso não consiga obter êxito, o caminho a seguir deve entrar com uma ação na Justiça a fim de garantir que continue nas fileiras da PM e que o processo seja arquivo.

A reportagem levantou que o militar disponibiliza tanto o sigilo telefônico quanto eletrônico para que as devidas perícias sejam realizadas e de um vez por todas provar que ele não teve nada a ver com a dita arregimentação dos militares e que a malfadada publicação trata-se de um ‘fake’, portanto não deveria ser punido.

Greve - Nunca é demais lembrar que os ‘praças’ paraenses fizeram greve, este ano em protesto ao aumento de 100% somente aos oficiais, no inicio do ano em detrimento de zero por cento à categoria ao norte.
Somente depois de muita pressão é que estes militares conseguiram um reajuste de 20% e nem assim os ânimos se contiveram e desde o encerramento da greve há uma espécie de ‘operação tartaruga’ nos quarteis paraenses, onde somente o básico é desenvolvido. 

Oficiais – Enquanto o soldado foi punido administrativamente, não se tem informação a respeito da denúncia feita pelo Ministério Publico Militar que recentemente denunciou os coronéis João Paulo Vieira, Luis Cláudio Ruffeil e Augusto Cardoso Leitão - todos ex-comandantes-gerais da Polícia Militar paraense que teriam se envolvido num esquema fraudulento de desvio de viaturas para uma quadrilha interestadual que vendia tais veículos.

O esquema, segundo a denúncia é antigo tendo em vista que em 2012 a Polícia Civil deflagrou a operação “Rosa vermelha” e prendeu várias pessoas inclusive a coronel Ruth Léa Costa Guimarães além de um civil  Nicanor Joaquim da Silva, assassinado a tiros no dia 1º de outubro do ano passado durante um assalto suspeito na Alça Viária. Ele seria o responsável em vender as viaturas para terceiros.

Fontes garantem que tal crime tem ligação com o esquema e Nicanor da Silva pode ter sido morto em queima de arquivo, muito embora não tenha dado maiores detalhes acerca do esquema a quando da prisão dele.

Diante de tais fatos, muitos praças interpelados pela reportagem e que de algum modo participou da greve se dizem perseguidos e injustiçados. 

Assim como aconteceu com o soldado Martins, eles também podem ser expulsos, destacados, ou transferidos, numa clara demonstração de que não devem protestar, ou entrar em greve por melhorias salariais e até mesmo de melhores condições de trabalho. 




quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Alta da arroba aquece mercado





A arroba na marca dos R$ 143,00 em São Paulo representa um recorde histórico de valorização do boi gordo. Este é um dos fatores que têm pesado nos últimos meses e refletido de maneira positiva no mercado de touros CEIP provados da CFM, diz Luis Adriano Teixeira, coordenador de pecuária da Agro-Pecuária CFM, maior produtora e vendedora de touros Nelore com Certificado Especial de Identificação e Produção (CEIP) no País.

“Temos registrado um índice de vendas acima do esperado para a safra. Desde agosto, quando iniciamos as vendas, com ótima liquidez na safra de reprodutores deste ano”, destaca Teixeira. “Com certeza, a arroba do boi gordo em uma alta recorde, como a que estamos presenciando, tem uma importância grande na demanda por nossos touros já que possibilita e incentiva novos investimentos por parte do criador”, complementa.

O motivo, segundo o especialista, é evidente. O mercado da pecuária de corte vive de ciclos de alta e baixa do preço da arroba do boi gordo. Nos últimos anos, devido à última onda de preços baixos neste segmento, ocorreu uma diminuição do estoque de fêmeas destinadas para reprodução. Sem fêmeas não há bezerros para engorda e, consequentemente, boi gordo para os frigoríficos. “O clima seco também contribuiu para que faltasse pastagem para engorda do gado. Sem gado para a indústria, os preços subiram de uma maneira nunca vista antes, promovendo novas retenções de matrizes sem contar uma reposição mais elevada dos touros das fazendas”, ressalta o coordenador da CFM.

A Agro-Pecuária CFM produz anualmente cerca de 2 mil reprodutores CEIP Nelore, chancela esta outorgada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aos projetos pecuários que comercializam apenas os 30% melhores animais de cada safra. Sendo assim, é considerada a maior produtora do gênero no Brasil. Em suas três grandes vendas realizadas após a abertura de sua temporada comercial, em agosto, a CFM registrou uma média de R$ 6.030,00 por touro vendido, com a comercialização e uso de 1.759 reprodutores.

“O pecuarista tem se mostrado bastante interessado em investir na compra de uma genética comprovadamente melhoradora, principalmente nos quesitos fertilidade e ganho de peso a pasto, para agregar a seu rebanho a tempo de aproveitar os ótimos valores pagos na arroba do boi gordo. Isso explica as boas médias de valores até o momento, mas temos touros a partir de menos de R$ 4.900,00 com as vendas diretas na fazenda”, enfatiza Teixeira, que aproveita para convidar os interessados a conferir de perto a genética da CFM nas fazendas do grupo, na Fazenda São Francisco em Magda (SP) e Fazenda Lageado em Aquidauana (MS).

“Importante ressaltar que ainda há reprodutores à disposição, com a qualidade CFM garantida e exame andrológico já realizado. Os preços são bastantes comercias, partindo de menos de R$ 4.900,00 por touro. É só agendar com a equipe de atendimento da empresa e correr para garantir boas vendas no momento de alta”, conclui Luis Adriano.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Incra compra fazenda Peruano


Reforma agrária no Pará é feita de muito suor, sangue e luta

Jovens do MST engrossam movimento paredista




Após dez anos, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) recebem uma boa notícia. O Incra deve comprar a fazenda Peruano, em Eldorado do Carajás, sudeste do Pará.

O valor não é de conhecimento público, contudo deve acontecer uma reunião na manhã desta terça-feira no Incra de Marabá onde este e outros assuntos devem ser mencionados entre lideranças do MST e do Incra.


Vale lembrar, porém que praticamente toda a criação de assentamentos, no Pará pé precedida de uma séria de lutas, ocupações de rodovia e neste caso não foi diferente.

Além da compra da fazenda, os sem terra que estão no acampamento Lourival Santana, devem ser informados acerca da liberação de crédito de apoio, que em muito ajuda aos colonos.

Estas e outras informações relacionadas às demandas dos colonos devem ser repassadas pela direção do Incra durante reunião na manhã desta terça-feira em Marabá. 

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Uma pausa para tratamento


Quem não quer um belo sorriso?
Atestado médico assegura repouso do paciente ...


... enquanto medicamento diminui dor e cicatriza





Por um breve instante, cerca de uma semana, darei uma pausa, para tratamento dentário, que iniciei nesta terça-feira (18) no Centro Odontológico e Médico de Marabá, à frente o doutor Marcel Ribeiro.

Conto com a compreensão dos meus amigos leitores deste pôster e espero retornar à carga na próxima semana, um abraço a todos deste humilde Barrancas do Itacaiúnas.

E para que não haja dúvidas, acima uma foto do atestado médico, bem como a receita indicada pelo odontólogo para a devida recuperação, certo. 

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Fazenda Mariópolis lidera Sumário Qualitas de Touros Bonsmara

Gado Bosmara, de origem britânica, é premiado 






Plínio Varoni


O touro Bonsmara MAR 2155, da Fazenda Mariópolis (Itapira, SP) é o primeiro colocado no Sumário Qualitas 2014 da Raça Bonsmara, iniciativa do Programa de Melhoramento Genético Qualitas.

Com 7,8 pontos, MAR 2155 lidera lista de 150 reprodutores Bonsmara rigidamente avaliados pelo Qualitas para diversas características produtivas e reprodutivas, como peso ao nascimento, peso à desmama, materno, peso ao sobreano, perímetro escrotal e musculosidade.

“MAR 2155 é um touro jovem, de muita qualidade genética, que expressa muito bem as características econômicas do Bonsmara, uma raça concebida para imprimir produtividade em condições tropicais”, ressalta Maria Lucia de Abreu Pereira, proprietária da Fazenda Mariópolis. 

“Trata-se de um reprodutor negativo ao nascimento e, entre outras características, tem excelente Diferença Esperada na Progênie (DEP) de peso ao sobreano”, complementa a criadora.

MAR 2155 não é o único touro da Mariópolis no Sumário Qualitas 2014 da Raça Bonsmara. A propriedade tem nove reprodutores ranqueados entre os 25 melhores do sumário. 

“A história da Fazenda Mariópolis é marcada pelo foco na pecuária de campo. Nosso papel é colocar à disposição dos pecuaristas machos e fêmeas que produzem e reproduzem bem a pasto em qualquer região do Brasil, proporcionando excelente custo/benefício para os criadores”, explica Maria Lucia.

O desafio da pecuária é aumentar a produtividade


Por Paulo de Castro Marques*


O Brasil é um dos principais atores da pecuária mundial. Somos o maior exportador de carne vermelha do mundo (mais de 1,8 milhão de toneladas previstas para 2014) e o segundo maior produtor no cenário global (cerca de 9,6 milhões de toneladas/ano). 
Em termos de consumo per capita, o brasileiro leva ao prato cerca de 39 kg de carne vermelha por ano, volume igual ao dos norte-americanos.
Por esses números, pode-se dizer que a bovinocultura nacional cumpre bem o seu papel de fornecedora de proteína vermelha à população. Porém, é possível fazer mais.
O Brasil caminha a passos moderados na evolução genética do rebanho bovino. Temos plantel de mais de 200 milhões de cabeças e produzimos menos de 10 milhões de toneladas de carne/ano. Enquanto isso, os Estados Unidos possuem 88 milhões de cabeças e produzem 11,7 milhões de toneladas por ano, como reforça o consultor Alexandre Mendonça de Barros.
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Precisamos avançar em produtividade. Essa responsabilidade tem de ser repartida com vários agentes. Desde as esferas governamentais às instituições de pesquisas, passando pelos técnicos, os produtores e os demais envolvidos na cadeia da carne. 
E há ferramentas indispensáveis para impulsionar a oferta de proteína animal no país. Uma delas é a genética aplicada à pecuária. A seleção de animais feita pelo melhoramento genético destinado às raças com aptidão para carne, visando às características produtivas e reprodutivas do animal, é um bom exemplo disso.
Os valores genéticos dos animais mensurados por Diferença Esperada na Progênie (DEP), por exemplo, que identificam a real capacidade de transmissão da genética do touro para o bezerro, têm sido obtidos pelos mais modernos métodos científicos, incluindo a seleção genômica, que possibilita a análise de dados moleculares dos animais.
A inclusão de dados genômicos permite que várias características sejam avaliadas, aumentando a acurácia das DEPs dos animais. O trabalho de melhoramento genético visando animais funcionais também é determinante neste processo.
Seja o animal de origem taurina ou zebuína, é indiscutível a necessidade de trabalho voltado para a adaptação do individuo ao ambiente onde será colocado para trabalhar.
Uma boa iniciativa nesse sentido foi a criação do Programa Mais Pecuária, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que prevê, para os próximos 10 anos, o aumento da produtividade bovina, passando de 1,3 bovinos por hectare para 2,6 bovinos por hectare. Com isso, a proposta é liberar algo em torno de 46,2 milhões de hectares para outras atividades produtivas.
O programa deve funcionar sob quatro eixos, sendo o melhoramento genético o primeiro e principal deles. O segundo passo será expandir as vendas dos produtos, ampliando em 35% o consumo interno de carne bovina e aquecendo as exportações dos produtos derivados.
Se efetivamente for colocado em prática, se trata de uma excelente notícia para a pecuária brasileira. Afinal, de acordo com a FAO, em 2050 a população mundial contará com nove bilhões de pessoas. E o desafio é de, no mínimo, dobrar a produção de proteína vermelha até lá para atender à crescente demanda.
O Brasil tem terra, clima, água e um potencial extraordinário para aumentar a produção. Porém, precisamos avançar em eficiência e o melhoramento genético está aí para nos ajudar a atingir esses objetivos.

*Paulo de Castro Marques é proprietário da Casa Branca Agropastoril, especializada na criação de gado Angus, Brahman e Simental sul-africano