sexta-feira, 6 de maio de 2011

Moradores da Vila São Raimundo protestam




Cinco municípios do Pará e Maranhão ficaram sem telefonia móvel da Vivo. Tudo por conta do protesto de moradores da Vila São Raimundo, em Bom Jesus do Tocantins, sudeste do Pará.

Nesta vila, há uma torre da operadora Vivo, porém os moradores, cerca de dois mil, não tem acesso á telefonia móvel.

Cansados de esperar pela operadora, que vive “ocupada”, decidiram violar a torre para cortar o sinal para os cinco municípios e em seguida realizaram um protesto que demorou praticamente o dia todo. 

O deputado estadual João Salame Neto defendeu que se o protesto não surtir efeito, os moradores devem ocupar o escritório da empresa em Marabá.

De sua parte, a operadora Vivo, enviou nota à imprensa relatando o ato de vandalismo, comentou a respeito de números que a elevam na condição se excelência em prestação de serviço, porém não comentou nada a respeito da expansão do sinal à vila, principal reivindicação dos moradores.



Pássaro dá show de civismo em Bom Jesus do Tocantins


Corrupião esperto



Ei tira um fino, nessas minhas andanças pelo sul do Pará, descobri um corrupião esperto pra caramba, em Bom Jesus do Tocantins.

O danado entoa o Hino Nacional e só dorme dentro de um cano de PVC, belisca os intrusos e não admite a concorrência. Acompanhe a performance do pássaro nos dois vídeos. 


Interdição da BR-222



 

Moradores de Bom Jesus do Tocantins interditam, hoje pela manhã a BR-222 à altura da Vila do Quilômetro 40.
O protesto é contra a operadora Vivo, que mantém uma antena naquela vila, porém os moradores não têm acesso à telefonia móvel.
A idéia é manter por tempo indeterminado a rodovia fechada, ou até a operadora se manifestar a respeito do assunto.
Os índios Gavião, da reserva Mãe Maria, auxiliam no protesto, pois também ficam desligados do mundo, quando o assunto é telefonia móvel.
Com a palavra a Vivo, que até então demonstrou estar morta e não atendeu às reivindicações daquela comunidade.   

quarta-feira, 4 de maio de 2011






Agentes da Inteligência do Exército Brasileiro (EB) e investigadores da Polícia Civil de Marabá prenderam, nesta quarta-feira (4), dez pessoas envolvidas no furto de munição do 52º Batalhão de Infantaria de Selva (52 BIS).

O furto aconteceu na madrugada do último sábado (30). Dessa unidade militar foi furtada cerca de 2 mil munições de fuzil calibre 7.62, fardamento completo, brucutu e diversos outros objetos.

Entre os envolvidos há três soldados da ativa e outros dois ex-militares, que tinham conhecimento da localização e funcionalidade do paiol de onde os objetos foram furtados.

Entre os presos estão José Roosevelt Araújo Carvalho, Weslei Rabelo Castelo Branco (22), Júlio César Silva (o Bodão, de 36 anos), Claudson Pereira de Sousa (25), além de Fernando Marinho de Sousa (21) e Rafael Silva Carneiro, estes dois últimos ex-militares do EB.

Outros três acusados são soldados da ativa: Khiriney Cabral Alccaihuaman, Francisco da Silva Mendes e Antonio Nascimento Barros, que foram cooptados por um ex-militar do 24º Batalhão de Caçadores, para facilitar a entrada do ex-soldado Fernando Marinho e do soldado Mendes no referido paiol.

Uma adolescente de 17 anos foi apreendida e teria participação indireta no furto, porém não foi apresentada à Imprensa, assim como os militares da ativa.

O furto – De acordo com o delegado superintendente regional, Alberto Henrique Teixeira de Barros, os ladrões entraram no quartel à noite e contaram com a participação direta dos soldados.

Fernando Marinho de Sousa, o Marinho, é ex-militar do EB e seria um dos mentores do furto. Inclusive, ele e Rafael teriam tentado realizar este furto quando estavam servindo ao EB ano passado.

O soldado Antonio Nascimento Barros estava de guarda numa guarita que fica distante do paiol, cerca de 200 metros e teria feito vista grossa.

Os gatunos, ainda de acordo com o delegado, cortaram dois cadeados e um lacre. Na saída, colocaram outros dois novos cadeados e puseram o lacre de segurança no lugar para tentar ocultar o furto.

O bando ficou de ser autuado por receptação, furto qualificado, formação de bando ou quadrilha e porte de munição de uso restrito, sendo que os militares, além destes crimes podem ser expulsos do EB.

Eles foram ouvidos em depoimento na noite desta quarta-feira, em sala reservada, longe dos olhos da imprensa diferentemente dos outros acusados que foram apresentados à tarde para praticamente todos os órgãos de imprensa de Marabá.

Fuga – A rota de fuga dos ladrões, segundo o delegado Alberto Teixeira, foi pelos fundos do 52º BIS numa mata que dá acesso ao Bairro Nossa Senhora Aparecida, conhecido por invasão da Coca-Cola.

Eles andaram pela mata cerca de duas horas, na madrugada de sábado, já que o furto aconteceu na noite de sexta e madrugada de sábado.

Quando chegaram nesta invasão, os acusados Bodão e Marinho foram resgatados por Weslei Castelo Branco, que foram levados num Gol branco.

Participação – O acusado Claudson de Sousa teria ajudado a transportar a munição que foi guardada na casa do Bodão para a casa da namorada do acusado Marinho, a adolescente de 17 anos, na invasão da Coca-cola.

Essa transferência teria acontecido no sábado devido à repercussão que o furto teria causado entre os acusados.

Na casa do acusado José Roosevelt os policiais militares e civis encontraram um alicate de pressão que teria sido usado por Marinho para quebrar os cadeados.


Munição seria vendida para assaltante

O delegado Alberto Henrique Teixeira de Barros, superintendente regional de Polícia Civil do sudeste paraense, informou que os arrombadores pretendiam vender a munição para uma quadrilha de roubo a banco do Maranhão.

A negociação estava sendo feita por intermédio do acusado Júlio César Silva o Bodão que mantinha contato com uma pessoa identificada por “Filho”.

Pela mercadoria seria paga a quantia de R$ 30,00 para cada um projétil, sendo que a intenção do bando era arrecadar pelo menos R$ 60 mil.

Militares aquartelados no 52 BIS


Após a descoberta do furto, na manhã de segunda-feira (2), todos os militares ficaram aquartelados no 52º Batalhão de Infantaria de Selva (52 BIS) e só foram liberados às 23h30. Exceto, porém, os militares que estiveram de serviço no final de semana. Estes ficaram incomunicáveis e foram ouvidos.

Por intermédio dessas oitivas, segundo informou o tenente coronel Samuel Vieira de Souza, comandante do 52o BIS, militares do serviço de inteligência do EB descobriram a participação dos soldados Mendes, Cabral e Barros.

O oficial, contudo, não quis informar detalhadamente qual a participação de cada um dos soldados, porém foi enfático: “O Exército não aceita desvio de conduta, somos implacáveis para quem comete tais delitos”.

Informou ainda que os soldados estão presos numa unidade militar de Marabá e serão submetidos a um Inquérito Policial Militar e ao final, se condenados, podem ser punidos com prisão que vai de 3 a 10 anos e expulsos da corporação.

Paiol é seguro, diz oficial

Instado a responder sobre o furto, se não colocava em xeque o sistema de segurança do 52o BIS, o tenente coronel, Samuel Vieira de Souza foi taxativo em dizer que o local é totalmente seguro.

Porém o furto aconteceu graças à intervenção e participação de militares da ativa. “Contra desvio de condutas não há esquema de segurança que funcione”, comentou.

Ele disse que assim que tomou conhecimento do furto, de pronto, deduziu que havia a participação de militares que conheciam a rotina do quartel e como funcionava a tranca do paiol, onde é guardado munição e fardamento.

De outra, parte, porém ele contesta a quantidade de munição que foi localizada e que não sumiram 2 mil munições do paiol. “Ainda não foi possível contabilizar toda a munição furtada, mas seguramente não foram duas mil”, afirma.

Sobre o fardamento, contou que em qualquer loja de artigo especializado é possível comprar tais vestimentas e que seria precipitado dizer se teria sido furtada do quartel.

Furto em quartel não é novidade


Esta não a primeira vez que acontecem furtos em unidade militares do EB de Marabá. Em fevereiro do ano passado, um gerador, de aproximadamente R$ 70 mil reais, sumiu misteriosamente do 23º Batalhão Logístico de Selva (23º BLOG).

Na época a unidade militar era comandada pelo tenente coronel Alfredo Alexandre de Menezes Júnior, atualmente lotado em Manaus-AM.

Uma sindicância interna foi instaurada, mas não foi identificada a autoria deste furto, assim o caso foi arquivado por recomendação do Ministério Público Federal (MPF).


Da caserna para as cadeias



Maus exemplos dentro da caserna terminam migrando para o crime são presos e condenados. Enquadram-se nesta situação os ex-soldados do Exército Brasileiro David da Conceição Matos, 20 e Ramon Ribeiro Rocha, 21 anos.

Ambos foram condenados a 6,8 anos, no final do ano passado por conta de um assalto que fizeram em julho daquele mesmo ano.

A vítima deles foi a promotora Alexssandra Muniz Mardegan da qual eles roubaram um telefone celular e alguns outros objetos pessoais.

O soldado do EB Pedro Varão Sá foi apontado como sendo um dos assaltantes que roubou o Banco do Brasil, de Itupiranga no dia 10 de dezembro de 2009.

Neste mesmo assalto, teria participado o ex-soldado do EB, Francisco Carvalho Fernandes, o Professor, foragido desde esse assalto.



Nem toda segurança do quartel inibiu ação  dos arrombadores

Acusados civis exibidos com troféus; soldados protegidos
Munição seria vendida para assaltantes de banco no Maranhão





Diversos objetos também foram roubados do paiol do EB





segunda-feira, 2 de maio de 2011


A empresa foi obrigada a pagar por danos à comunidade de Jambuaçu, no Pará, mas tentou protelar os pagamentos


Justiça ultima Vale a pagar quilombolas



A Justiça Federal deu prazo de 24 horas para que a Vale S.A deposite os valores em favor de 788 famílias do Território Quilombola de Jambuaçu, impactadas pela operação de um mineroduto e uma linha de transmissão da companhia.

A empresa foi obrigada por decisão do mês de março a fazer os pagamentos, mas pediu mais prazo para o juiz, alegando estar “faticamente impossibilitada de obter as autorizações necessárias e repassar a citada quantia a seus beneficiários”.

Para o procurador da República Bruno Soares Valente, a justificativa e o pedido de mais prazo tem mero “cunho protelatório, considerando que a ré era sabedora da existência da ação desde o ano passado”.

O juiz Hugo Sinvaldo Silva da Gama Filho, da 9ª Vara da Justiça Federal, concordou com o Ministério Público Federal e determinou o depósito urgente dos valores para a comunidade.

A Vale está sendo obrigada a, além de compensar a comunidade pelos impactos na forma de pagamentos mensais, implementar um projeto de geração de renda no local.

O mineroduto que impactou o Território Jambuaçu atravessa sete municípios paraenses para transportar bauxita da mina Miltônia 3 para a refinaria da Alunorte, em Barcarena, região metropolitana de Belém.

O mineroduto comprometeu cerca de 20% do território da comunidade. Estudo da pesquisadora Rosa Elizabeth Acevedo Marin, da Universidade Federal do Pará (UFPA) comprova “perda das condições de navegabilidade do rio Jambuaçu, além da alteração da qualidade das águas do rio e dos igarapés.

A pesca desapareceu desses cursos d’água”. Houve perdas de árvores – castanheiras, açaizeiros, pupunheiras, abacateiros, ingazeiros – e diversos outros prejuízos materiais e imateriais.

“Não se pode aceitar mais na Amazônia que esses tipos de empreendimentos fiquem com os lucros e deixem os impactos e a destruição na conta da sociedade.

Se há impacto, tem que haver compensação”, diz o procurador Felício Pontes Jr, um dos responsáveis pelo processo.

Índios guerreiros em campo



 

Estrela de Ouro campeão




Demorou 28 anos para que o time Estrela de Ouro se sagrasse campeão da primeira Divisão do Futebol Marabaense.

Fundado em 1982, pelo então garimpeiro José Maria, desde 2007 que a agremiação está sob o controle dos índios Gavião Parkatêjê.

O resultado veio no último sábado em partida bastante disputada no estádio Zinho Oliveira contra a Sociedade Esportiva Amapaense, sendo que os Parkatêjê venceram pelo placar de 2x0.

Os gols do Estrela de Ouro foram marcados por Baixinho e Júnior. Pela Sociedade quem balançou a rede foi o meia Tiago Mirin.

Quase - Nos últimos dois anos o Estrela de Ouro “beliscou” e ficou no quase, sendo que em 2008 encerrou o campeonato nas quartas de final.

Em 2009 os índios Parkatêjê avançaram um pouco mais e conquistaram o primeiro turno e acabaram ficando em segundo.

Este ano, valendo pelo campeonato de 2010, conquistou o segundo turno e a final contra a Sociedade Esportiva.

O futebol é algo bastante importante para a etinia Gavião. Em 2007, os índios Kikatêkê compraram os direitos do Castanheira Esporte Clube.

Esta mesma etnia disputa a série B do Campeonato Paraense. Tem mais, ainda disputam a segunda divisão do campeonato marabaense.

Índias – Mas a disposição e talento para o futebol não se restringe apenas aos índios, pois as mulheres também dão olé em campo.

Esta mesma etnia tem três times femininos. Parkatêjê, Kikatêjê e Mãe Maria. Sendo que o atual campeão marabaense é o Parkatêjê. (Com informações de Célio Sabino)
Estrela de Ouro em foto histórica

Mãe de jogador se emociona com a primeira conquista

ìndios se confraternizam após conquista do primeiro título




domingo, 1 de maio de 2011

Pistoleiro matou dois em Rondon





 

O acusado de ter matado duas pessoas em Rondon do Pará, Tiago Bizarrias Andrade, 21, anos, foi indiciado pelo juiz Gabriel Costa Ribeiro e deve ser submetido a júri popular ainda este ano.

A sentença de pronúncia aconteceu na última quarta-feira, Comarca do Fórum de Rondon do Pará e demorou mais de 12 horas, ocasião em que foi ouvido o acusado, duas testemunhas e um investigado de Polícia Civil Fernando Augusto Barros.

Tiago Andrade, segundo a investigação polícia conduzida pelo Núcleo de Inteligência da Polícia (NIP), matou a tiros, Rubem Araújo Lopes e Sérgio Moreira Figueiredo e feriu Joel Souza Oliveira - que levou um tiro no peito esquerdo, cuja bala atravessou o tórax e saiu pelas costas.

Os crimes aconteceram no dia 20 de junho de 2010 eu um bar do bairro Jaderlândia. Naquele dia jogavam pela Copa do Mundo, Brasil e Costa do Marfim.

O acusado teria se irritado com Rubem Araújo Lopes que teria resvalado no amigo dele, Elisvaldo Pereira Costa e sujado a roupa deste com sangue.

De acordo com a sentença de pronúncia do caso, Tiago Andrade não teria gostado da brincadeira e incontinenti sacou um revolver calibre 38 com o qual atirou nas vítimas.

Logo após o crime ele roubou uma moto com a qual usou para fugir de Rondon do Pará em direção à Jacundá onde mora.

Pelo menos três pessoas testemunharam contra o acusado nesta audiência presidida pelo juiz Gabriel Costa Ribeiro e acompanhamento do promotor público, Júlia César Costa.

Ao final, o juiz entendeu que há vários indícios de culpabilidade do acusado e o indiciou por duplo homicídio e uma tentativa. O julgamento pode ser ainda este ano.

Outros – Nesta audiência, o investigador do NIP, Fernando Augusto Barros detalhou que o acusado participou de vários outros homicídios em bom Jesus do Tocantins, Jacundá e São Geraldo do Araguaia.

Neste município o acusado, juntamente com Wilson Costa Aguiar, teria matado Abisair Alves Ferreira, o Bibica 33, no dia 18 de outubro de 2009.

Os acusados tentaram duas vezes até conseguirem matar a vítima. Primeiro Bibica foi baleado quando estava no centro da cidade e logo em seguida quando estava dentro de uma ambulância a caminho do Hospital Municipal de Marabá.


Testemunha assediada para mentir


Durante a oitiva, uma das testemunhas deste caso, Elisvaldo Pereira Costa contou que foi assediado por um irmão do Tiago Andrade, Ermilson Andrade e que este lhe sugeriu mentir em juizo a fim que Tiago fosse solto.

Para o juiz, o acusado disse que “foi procurado pelo irmão do tiago bizarrias de nome ermilson que lhe pediu para sonegar informações ao juízo, quando fosse depor”, afirmou.

Porém Elisvaldo Costa retrucou dizendo que não poderia mentir, pois já tinha dado um depoimento na Polícia onde contou o que houve no bar e que ensejou na morte das duas pessoas.