quinta-feira, 16 de maio de 2013

Santa Bárbara tem terra grilada no Pará, diz CPT



Após passar um ano consultando mapas e títulos de propriedades em cartórios de Marabá e região, relativos a quatro fazendas do Grupo Agro Santa Bárbara, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) chegou à conclusão de que dois terços das terras que compõem essas propriedades são áreas públicas federais e estaduais.

Vale lembrar que essas áreas, que somam 25,5 mil ha, dizem respeito a apenas quatro de um total de 50 fazendas que o grupo tem no sul e sudeste do Estado.

A Agro Santa Bárbara, por sua vez, nega com veemência as acusações, mas a CPT já começou a encaminhar cópias do estudo para os órgãos competentes e cobra providências.

“Se arrecadadas, estas terras dariam para assentar mais de 600 famílias que estão acampadas ocupando áreas do grupo aqui na região do sudeste do Pará, então não precisaria desapropriar um palmo de terra pra assentar nenhuma família acampada hoje nessas áreas”, afirma o advogado José Batista Afonso, coordenador da CPT na Diocese de Marabá. (Extraído do site: marabánoticias.com)
 







GTO detona traficante no "Cabelo Seco"

Traficantes dominavam o Cabelo Seco e implantavam o terror



Barbosa: operação foi pronta resposta à sociedade



Operação policial conduzida pelo tenente coronel Luiz Cleber Acácio Barbosa, na manhã desta quarta-feira (15) resultou na morte de um traficante, prisão de três adultos e apreensão de três adolescentes, quatro revólveres calibre 38 e 81 pedras de crack.
A refrega aconteceu na manhã desta quarta-feira numa casa situada no final da rua Barão do Rio Branco, bairro Francisco Coelho, o popular “Cabelo Seco”.
O acusado de ser traficante Jernisson de Sousa Rocha, o “Berberé” tombou em troca de tiros com policiais do Grupo Tático Operacional (GTO). Ele foi alvejado com dois tiros, um no tórax e outro na cabeça.

Na operação de ontem foram presos os adultos: Maciel Souza Dias, Josivan Marques Furtado, o “Vanzinho” e Wallace Barroso de Oliveira, além de três adolescentes apreendidos, que por força do Estatuto da Criança e do Adolescente, os nomes não podem ser divulgados.
Há pelos menos duas semanas, o comando da Polícia Militar de Marabá recebeu denúncias dando conta que traficantes estariam aterrorizando no bairro Cabelo Seco.
Mais recentemente foi assassinado o acusado de ser traficante Wellisson Ruan Martins dos Santos, o “Macapá” 22 anos, morto na noite do último domingo e seria o “Berberé” o autor deste crime.
No centro desta contenda estaria a disputa por pontos de tráfico de drogas no bairro. O próximo alvo dos traficantes seria uma pessoa identificada pela alcunha “Cacique” que teria se desentendido com o “Berberé” e seria traficante.
Esta situação de tensão no bairro “Cabelo Seco” foi denunciada ao tenente coronel Barbosa a que participava de um programa de rádio conduzido pelo rádio repórter Elvan do Vale. O morador, não se identificou, mas contou que os acusados presos ontem pela manhã estavam aterrorizando os moradores.
Guerra - Segundo o capitão Jeanderson Saraiva estava em curso uma guerra do tráfico naquela rua e a Polícia Militar e assim que tomou conhecimento desta situação efetuou levantamentos com o Serviço de Inteligência e montou uma operação para prender os acusados.
Segundo o tenente coronel Barbosa, desde que tomou conhecimento das denúncias, disse que se sentiu incomodado e que operação foi uma pronta resposta aos apelos dos moradores.
O militar, contudo, deixou claro que não desejou o desfecho, ou seja a morte do “Berberé”, mas lembrou que os militares repeliram uma ameaça  real e iminente, já que o acusado tentou enfrentar os militares e acabou sendo alvejado mortalmente.
“Berberé” ainda foi socorrido por uma guarnição do sargento Félix Ferreira, do Corpo de Bombeiros, inclusive o acusado ainda foi levado para o Hospital Regional de Marabá, mas já chegou sem vida.

Traficantes impunham toque de recolher

As denúncias repassadas ao comando da Polícia Militar de Marabá davam conta que os acusados de tráfico da rua Barão do Rio Branco, impunha toque de recolher à população.
Além desta medida cobravam pedágio e até interrogavam quem se atrevesse a entrar na rua, pois temiam que o transeunte pudesse ser algum policial, já que a casa seria uma “boca” onde vendia droga.
Pra se ter uma ideia do quantos os acusados estavam articulados, que em um dos celulares dos acusados continha uma mensagem onde eles alertavam para a possibilidade de a Polícia dar uma batida na “boca”.
“Vamos se preparar que os homens estão chegando”, reza trecho da mensagem.
De acordo com o capitão Saraiva, os acusados, tão logo viram e perceberam que estavam cercados, mesmo estando armados, não esboçaram nenhuma reação e se entregaram. Na casa, os militares localizaram as armas e drogas.
Semana passada, traficantes da Vila Nova Canaã, popularmente conhecida por "Vila do Rato” postaram fotos numa rede social onde exibiam armas e desafiavam a Polícia.
Nesta Vila há pelo menos nove traficantes que agem livremente, mas podem ser presos a qualquer momento, segundo informou o tenente coronel Barbosa.
“Estamos trabalhando com inteligência e vamos dar continuidade ao combate ao crime, não pensem os bandidos que estamos quietos e vamos dar uma pronta resposta à sociedade”, salienta.
A próxima medida da Polícia Miliar é instalar uma base fixa no bairro a fim de proporcionar mais segurança aos moradores.
“Vamos analisar e quem sabe montar outras operações e até mesmo a nossa base móvel para ficar alguns dias naquela área, afinal a criminalidade não deve ter vez”, finaliza.

mas ao fim do procedimento policial, apenas Maciel Souza Dias, Josivan Marques Furtado, o “Vanzinho” ficaram presos acusados das posses das armas e das drogas.

Vanzinho confirmou que a casa onde foi preso lhe pertence, mas estava alugada para o Wallace e o Maciel e que tinha conhecimento que ambos lidavam com o crime, porém recebeu pagamento adiantado e tinha ido dormir lá na terça-feira.


Presos

Maciel Souza Dias
Josivan Marques Furtado
Wallace Barroso de Oliveira
Objetos apreendidos

4 revólveres calibre 38
Uma balança de precisão
81 pedras de crack
1 celular

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Neusa Santis nega venda de lote


Dorival de Jesus atesta que terra pertencia à irmã de Neusa Santis

 




Nota revela que Dorival vendia peixe desde 2004






Denunciada pelo Ministério Público Federal (MPF) por envolvendo em venda ilegal de lote da reforma agrária, a cartorária Neusa Santis Seminotti negou participação em qualquer ilegalidade.
O MPF denunciou na Justiça Federal de Marabá cinco pessoas pela venda de um lote no assentamento Praialta piranheira em Nova Ipixuna, entre os denunciados está José Rodrigues Moreira (que foi inocentado da morte do casal de extrativistas José Claudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo) e Neuzinha Santis.
Ela negou qualquer envolvimento em suposto esquema de grilagem rural bem como descartou qualquer possibilidade dela ser a dona do lote que foi vendido para José Rodrigues.

Na verdade, a propriedade em questão, de aproximadamente 25 alqueires pertencia à irmã de criação dela, Vera Lúcia Santis de Jesus e que faleceu no dia 1º de julho de 2010, aos 47 anos de idade.
O lote, em verdade foi vendido pelo cunhado dela, Dorival de Jesus.

“Acho injusto o que está acontecendo comigo, já citei isso em depoimento na Justiça, a minha irmã era assentada do Incra e eu a ajudava”, relata.

“O marido dela era pescador, viviam da pesca, e mantinha a propriedade a muito custo e por várias vezes ajudei, não era dona da terra, tenho a minha propriedade em São Domingos, toda titulada, não tinha porque comprar terra em área de assentamento”, refuta.

Ainda sobre o assunto a cartorária se disse injustiçada ao ver, ou ouvir o nome dela relacionado a coisa ilícitas.

“Sempre trilhei o caminho do bem, faço as minhas coisas dentro da legalidade, tenho um nome a zelar, portanto trata-se de uma denúncia caluniosa e leviana”, conclui.

A reportagem procurou o cunhado da cartorária, Dorival de Jesus que atualmente mora numa humilde casa situada na equina das ruas São Lourenço com a Santos Dumont, 123 bairro São Félix I.

“Nunca a terra foi da Neuzinha e sim da Vera Lucia, vendi para o José Rodrigues após a morte dela e me mudei para Itupiranga e depois para Marabá, onde moro no bairro São Félix”, narra.
Confirmou que enquanto morou na terra, trabalhou como pescador e apresentou vários recibos de venda de peixe com várias datas, algumas delas do ano de 2004, bem como carteira de filiado da Associação dos Agricultores do Projeto Agroextrativista Praialta Piranheira (Apaep).

Reafirmou que vendeu as benfeitorias e o direito de posse e que inclusive foi até o Incra para que o nome da esposa dele e o dele fossem retirados da Relação de Beneficiários (RB) e que José Rodrigues iria assumir o lote em 2010.

“Não tinha como eu ficar no lote, a Vera Lúcia gostava mais da terra do que eu e tinha que seguir a minha vida”, conclui.

Trio de assaltantes preso em Marabá

Anderson da Silva

James da Conceição, o "Dentinho"

Mailane Menezes, a "Loira", namorada do "Dentinho"




Trio de ladrões pretendia roubar o banco de São Domingos do Araguaia, na manhã desta sexta-feira (10), mas os planos foram abortados graças à ação diligente de policiais civis da superintendência regional do sudeste do Pará comandados pela delegada Bruna Pauollucci Tarallo o bando foi preso. Um acusado conseguiu fugir, mas está sendo procurado e pode ser preso a qualquer momento.
Estão presos: Anderson Brito da Silva, James Sousa da Conceição, o Dentinho e esposa dele, Mailane da Silva Menezes. Renan Araújo Nascimento conseguiu escapar. Os três acusados foram presos numa sequência que iniciou ainda na quarta-feira (8) após uma tentativa de homicídio cuja vítima foi Flávio Vasconcelos Dante, o “Piu”.
Este atentado aconteceu na Folha 12, Nova Marabá. Duas pessoas numa moto preta, com “rodões”, se aproximaram dele e efetuaram vários tiros. Nenhum projétil acertou a vítima. Era final de tarde quando os dois pistoleiros se aproximaram da vítima. O caso foi denunciado à Polícia Militar e logo em seguida os investigadores civis entraram em cena para apurar as circunstâncias do atentado.
A vítima, segundo os investigadores, informou que os acusados desta tentativa seriam as pessoas identificadas pelas alcunhas, “Roraima” e “Dadai” e a moto usada no atentado pertenceria a Anderson da Silva e informou onde este morava. No mesmo dia o Anderson foi localizado e interrogado preliminarmente, evidentemente que ele negou qualquer participação neste atentado, bem como negou que tivesse alguma moto preta com “rodões”.

Até então a Polícia trabalhava com a possibilidade de ser tratar de um atentado, mas um fato não menos importante aguçou a curiosidade dos investigadores, pois logo após o contato, Anderson mudou-se da casa onde morava na Folha 12 naquele mesmo dia.
Paralelo a esta investida, os investigadores receberam informações privilegiadas que poderia haver um assalto a banco em São Domingos do Araguaia,sendo o alvo o Banco do Brasil na modalidade “sapatinho”.
Neste tipo de crime os assaltantes rendem o gerente, ou o tesoureiro do banco que são obrigados a entregar o dinheiro aos assaltantes.

Acusados estavam sendo monitorados

De posse dessa informação preciosa de que o bando pretendia atacar em São Domingos do Araguaia, a Polícia acompanhou os passos dos acusados à distância.
Depois da tentativa de assalto os rumores aumentaram a respeito deste ataque, sendo que um dos acusados disse ao comparsa que iria atacar o que aparecesse, ou seja, pretendiam roubar de qualquer jeito.
De acordo com a delegada Bruna Paollucci, os acusados James e Anderson foram presos quando estavam em uma lanchonete no Terminal Agrorrodoviário “Miguel Pernambuco”, no Quilômetro Seis, Nova Marabá.
Dentro do carro do Anderson, um celta vermelho, os investigadores localizaram uma pistola calibre 0.45, cromada de uso restrito e que fatalmente seria usada no assalto. A arma pertence ao acusado Dentinho.
Negativo - Contudo ele negou que pretendesse roubar algum banco, mas confirmou que a arma lhe pertencia e que pagou R$ 2,5 mil e a usava para se defender. Negou também que tivesse tentado matar o “Piu”.
De igual modo agiu o acusado Anderson, que negou pretender roubar um banco, bem como negou participar do atentado e que não tinha moto alguma, mas sim um celta vermelho. Entretanto ele deixou escapar que o “Piu” estaria lhe procurando e em seguida emudeceu.
A respeito do atentado, a vítima, o “Piu” alegou aos policiais que os acusados “Roraima” e o “Dadai” teriam pegado uma moto emprestada dele e não a entregou, motivo pelo qual ele estaria cobrando o que teria contrariado os acusados.
Contudo, fonte segura da Polícia informou que na verdade, tanto a vítima quanto os acusados, todos são assaltantes de banco e que o atentado tem a ver com acerto de contas.

Passado – Os acusados são velhos conhecidos da Polícia e já estiveram envolvidos em outros assaltos a banco no Pará. Um dos assaltos aconteceu em São Félix do Xingu, ano passado, ocasião em que o “Dentinho” participou ativamente.
Ele foi preso à época e conseguiu fugir do Centro de Recuperação Regional Agrícola Mariano Antunes (Crama) em outubro do ano passado e desde então estava foragido.
Já o acusado Anderson da Silva tem contra si um mandado de prisão preventiva em aberto por envolvimento com roubo de camionete em Curionópolis, mas que foi expedido pelo juiz Gabriel Costa Ribeiro.
Segundo fontes do Núcleo de Inteligência da Polícia (NIP), o acusado tinha como papel na quadrilha levantar a situação de cada banco, bem como os endereços dos executivos, sobretudo os gerentes para que os comparsas pudessem assaltar na modalidade “sapatinho”.

Os três acusados foram autuados por formação de bando, ou quadrilha e porte ilegal de armas pelo delegado Ricardo Oliveira do Rosário com base nos artigos 288 e artigo 14 da Lei 10.826/2003 e estão à disposição da Justiça.
Para a delegada superintendente regional, Bruna Paollucci, os acusados devem passar pouco tempo presos, tendo em vista os respectivos crimes, mas o ganho maior foi o fato de ter se evitado mais um assalto na região.
“Este é o ganho maior, pois o prejuízo e o trauma são grandes quando estas quadrilhas atacam”, lembra dizendo que o trabalho de monitoramento a estas quadrilhas é constante.

Amor bandido: mulher seria “olheira”
A mulher, Mailane Menezes saiu de Açailândia, no Maranhão, na quarta-feira e estava hospedada em um Hotel da Folha 34, onde aguardava para se relacionar com o marido, o “Dentinho”. Ela foi presa neste hotel.
Segundo a Polícia, o papel dela no bando seria fazer o levantamento de como estaria a situação no município de São Domingos do Araguaia para que os comparsas agissem.
Ele informaria a movimentação da Polícia, bem como o monitoramento dos funcionários do banco, sobretudo o gerente que seria sequestrado e obrigado a entregar o dinheiro aos assaltantes.
Ela nega, e diz que veio de Açailândia apenas para ver o namorado e que não tem nada a ver com as ações criminosas dele. “Dentinho”, por sua vez faz questão de inocentar a mulher e dizer que ela não tinha nada a ver com as ações criminosas dela.
Este relacionamento durava alguns anos, inclusive a mulher tem um filho de cinco anos, cujo pai seria o “Dentinho”. “Ele me ligava, dizia onde estava, e eu ia até onde ele estava”, narra a mulher alegando que não sabia o que o namorado fazia para sobreviver.
 


--