sábado, 27 de novembro de 2010

Traficante morre quase um mês após ser baleado

Vítima foi baleada no final do mês de outubro, no mesmo dia em que saiu do Crama





A Divisão de Homicídios de Marabá ainda não tem pista segura que possa levar ao autor dos disparos que vitimaram o acusado de ser traficante Charles da Silva Nascimento. Ele foi baleado no dia 27 de outubro e desde então estava internado no Hospital Regional de Marabá e faleceu semana passada.
Vale lembrar que Charles Nascimento foi baleado no mesmo dia em que saiu do Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (Crama), onde estava preso juntamente com o irmão dele Carlos da Silva Nascimento, ambos foram acusados de tráfico.
As informações são poucas a respeito das circunstâncias do baleamento dele. A reportagem conseguiu levantar que ele foi baleado na Folha 12, por volta das 21 horas.
Charles Nascimento pode ter sido vítima da guerra do tráfico que está em curso em Marabá há bastante tempo e por ocasião da prisão dele deve ter “derrubado” um grande traficante de Marabá.
Prazo – Charles Nascimento foi beneficiado pelo excesso de prazo na conclusão do inquérito, segundo apontou em decisão interlocutória o juiz substituto da 5ª Vara Penal de Marabá, Celso Quim Filho.
O magistrado tomou por base o artigo 648 do Código de Processo Penal, que dentre outras coisas, prevê que ninguém pode ser preso ilegalmente e justificou tal decisão informando que passado mais de 60 dias entre a prisão e a audiência, o inquérito policial sequer lhe chegou às mãos.
Neste caso o magistrado, após conceder a liberdade para os dois irmãos acusados de ser traficantes, mandou comunicar à Corregedoria da Polícia Civil a respeito da falha no inquérito que acabou beneficiando ambos.

Traficante preso dentro de boate

Traficante preso com a “boca na botija”



Edinaldo Sousa


O acusado de ser traficante Kelton Mota de Abreu 19 anos, que disse morar na rua Guilherme Bessa, bairro Belo Horizonte foi preso na madrugada desta sexta-feira quando estava dentro de uma boate, localizada na avenida Boa Esperança, bairro Laranjeiras em Marabá.
Ele foi denunciado para a Polícia Militar como sendo um traficante que estaria vendendo drogas para um menor. O sargento C. Araujo o cabo Valdenê e os soldados Fernandes e J. Morais prenderam o acusado. Eles compõem as viaturas 5105 e 5106, da 26ª Zona de Policiamento Militar (26ª Zpol).
Com o acusado, os militares localizaram onze petecas de crack, e mais R$ 52,00 que seria a arrecadação por conta da venda de drogas. O menor confirmou que de fato comprou a droga dele.
Assim o delegado Bruno Fernandes Lima autuou o acusado por tráfico de drogas com base na lei Anti Drogas e caso condenado deve ficar um bom tempo fora da atividade.
Para a reportagem o acusado confirmou que é traficante e que estava no ramo há pouco tempo, porém os policiais militares disseram que praticamente toda a família do acusado é traficante.
Essa não é a primeira vez que o acusado é preso. Há menos de um ano ele foi preso com 17 petecas de crack, porém ficou pouco tempo preso. “Agora, caso ele não fuja, deve ficar um bom tempo preso”, comentou o soldado J. Morais.


Braçal apanha após bater em esposa


Em alguns gingles de campanha exaltam a figura da mulher onde diz: Deus criou o homem, mas teve uma idéia melhor ao criar a mulher, porém muitos homens não pensam dessa forma, ou por algum motivo bestial as agride, ofende e espancam.
Em Marabá, nas ultimas 24 horas duas mulheres foram espancadas. Uma delas foi Vanda Cléia Costa, tendo como agressor o marido, Luque Gleibson Batista, que após bater muito nela acabou apanhando de populares e ainda foi amarrado com cordas.
Ele escapou por pouco de ser linchado e foi literalmente salvo pelo cabo Arielson de Jesus Ramos e do soldado Fábio Costa.
A agressão aconteceu na casa do casal, no bairro Bela Vista, na madrugada desta sexta-feira. Na delegacia, o braçal negou que tivesse espancado a mulher, porém admitiu que houve uma acalorada discussão entre ele e a mulher.
No centro dessa discussão estaria uma enteada dele menor e que segundo Luque Batista não se relaciona muito bem com ele.
Admitiu, contudo que ingeriu bebida alcoólica, tanto que ainda pela manhã estava visivelmente embriagado e bastante machucado fruto dos socos e pontapés que recebeu da turba enfurecida.
O acusado foi atuado por agressão com base na lei ária da Penha pelo delegado Bruno Fernandes Lima Costa e deve passar uma boa temporada atrás das grades.
Outra mulher foi agredida também na madrugada desta sexta-feira. Este caso aconteceu na Folha 7, Nova Marabá, porém a vítima denunciou oficiosamente o caso na 21ª Seccional Urbana da Nova Marabá e ao perceber que o marido seria preso, desestimulou os policiais a fazer as buscas para capturar o agressor.
Neste caso, segundo o investigado Urubatan, a mulher chegou em casa por volta das 4 horas da madrugada e deu de cara com o ex-marido, do qual está separado há alguns meses.
Ele, cujo nome também não foi fornecido para a imprensa, não gostou nenhum pouco do comportamento da ex-mulher e partiu para a agressão.
Nesse caso o agressor não foi punido, tendo em vista que a mulher sequer registrou ocorrência dessa agressão. (E.S.)



Agressões reforçam estatísticas, diz delegada



Ontem pela manhã a delegada Simone Felinto, lotada na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), na Folha 10, Nova Marabá, informou que até ontem (26) havia registrado 42 caso envolvendo agressão e violência contra a mulher.
Vale lembrar que esse número compreende o período em que ela está em Marabá, ou seja, desde o dia 3 de novembro, portanto em 23 dias aconteceram os registros e as agressões.
“Todos os dias, pelo menos duas mulheres nos procuram para registrar ocorrência”, reforça dizendo que são diversas situações de agressões, que vão desde humilhações e assédios morais.
“Vale lembrar que a agressão acontece de várias maneiras é o caso do ex-companheiro não admitir que a mulher se relacione com outro, ou simplesmente fica fazendo ameaças”, explica.
As agressões às mulheres se multiplicam mundo afora. Vale lembrar que nesta quinta-feira transcorreu o dia nacional de combate à violência contra a mulher, o que em Marabá passou em brancas nuvens, tendo em vista que não houve nenhuma manifestação mais incisiva para chamar a atenção para a data. (E.S.)






Furtou absorvente e ainda ameaçou vítima



Ao assumir o plantão da 21ª Seccional Urbana da Nova Marabá o delegado Temmer da Cunha Kayath se deparou com um caso de tentativa de furto, tendo como acusado o desocupado Giovane da Silva.
Ele tinha sido preso pela manhã por um policial militar à paisana que circulava pela folha 28, Nova Marabá. Com o acusado esse militar, nome não fornecido para a reportagem, encontrou um pacote de absorvente.
Por conta desse furto, a dona do comércio, que também não quis se identificar, disse que não registraria ocorrência policial, contudo o acusado saiu ameaçando de morte um sobrinho dela, caso fosse denunciar o furto.
Assim a dona se armou de coragem e não só denunciou o caso como colocou a ameaça de morte e desse modo o acusado foi atuado por tentativa de furto e ameaça pelo delegado Temmer Kayath. (E.S.)



Ladra presa quando saía de loja


Outra que se viu encalacrada com a Justiça é a dona de casa Jovelina dos Santos. Seguranças de uma loja de departamento da Cidade Nova flagram a acusada que tentava sair com algumas peças de roupas da loja.
Ela foi apanhada pelo sistema de segurança de uma grande loja que detecta quando a roupa não é retirada uma peça de segurança.
Os seguranças prenderam a mulher ao perceberam a manobra da mulher. Pra surpresa deles, diversas peças íntimas e blusas estavam dentro de uma bolsa da mulher. As peças íntimas pertencem a uma loja de produtos populares, também no bairro Cidade Nova.
Jovelina dos Santos foi conduzida até a Delegacia Distrital da Cidade Nova onde foi autuada pelo delegado Vinicius Cardoso das Neves por tentativa de furto já que foi flagrada. (E.S.)



Braçal vítima de tentativa de latrocínio



Ainda corre risco de vida o braçal Jorge Rodrigues da Silva 50 anos. Ele foi operado ontem no Hospital Municipal de Marabá, após ser esfaqueado quando caminha em uma das ruas do bairro Nossa Senhora Aparecida, conhecido por Invasão da Coca-Cola, Nova Marabá.
A vítima sofreu um assalto e em seguida os dois bandidos tentaram lhe matar, porque ele carregava pouco dinheiro. Jorge da Silva, de acordo com o filho dele, Josivaldo Baia Rodrigues, saia de casa e seguia para o local de trabalho, uma empresa da Nova Marabá onde ele é vigilante.
Ao ser abordado pelos dois assaltantes, ainda de acordo com Josivaldo, Jorge da Silva disse que não tinha dinheiro e após ser roubado os minguados trocados que carregava um dos bandidos desferiu um golpe no tórax dele.
O golpe, em princípio não lhe causou estrago, tendo em vista que a faca era de uso em açougue e não tinha ponta, porém o bandido efetuou um profundo golpe da vítima a ponto de surgir algumas vísceras.
A vítima foi socorrida e levada imediatamente para a sala de cirurgia do HMM e após passar por cirurgia, corre risco de morte, dado a gravidade do ferimento. Até o fechamento desta matéria a vítima resistia bravamente. Por outro lado fica o questionamento: Até quando a população vai continuar refém da bandidagem? Com a palavra as autoridades. (E.S.)

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Cultura na Faculdade Metropolitana

Pescado do blog do Ribamar Ribeiro Júnior, Contraponto e reflexão, convite do grupo marabaense de dança, Yaguara, que se apresenta na Faculdade Metropolitana. Confira.



Estou aqui hoje para convidá-los para o espetáculo Moulin Rouge que a Cia de Dança Yaguara apresentará dia 27/11/2010 (sábado) às 19:00h e 20:30h no teatro da faculdade Metropolitana. O ingresso custa R$ 10,00 e estão à venda na entrada do supermercado Rede Valor, Nova Marabá (a partir das 18h) e com os bailarinos do Yaguara. Compareçam, vocês vão gostar!


Thais Oliveira
8111-8194

Ibama multa devastadores no Pará

Operação multa em R$ 5,1 mi desmates e fraudes em madeireiras no Pará



O Ibama identificou mais quatro empresas envolvidas com a venda irregular de madeira amazônica, desta vez na região de Dom Eliseu, no nordeste do Pará. As madeireiras foram vistoriadas entre os dias 10 e 19 de novembro, durante a Operação Gurupi, quando se comprovou o esquema que servia, entre outros crimes, para esquentar madeira de desmatamento. Todas foram autuadas pela quantidade de produto ilegal acobertado e por fraudar o Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora) --- que controla a compra e venda de produtos da floresta no estado. Além de multadas em R$1,6 milhão, as madeireiras terão bloqueados seus acessos ao Sisflora e não poderão mais negociar produtos florestais.

“Apesar das licenças ambientais expedidas pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente, as empresas não operavam de fato. Serviam apenas de fachada para esquentar madeira sem origem legal ”, explica Norberto Neves de Souza, coordenador da Operação Gurupi.

Na Forte Madeiras, onde houve a maior fraude, os fiscais flagraram o galpão vazio, sem indícios de movimentação ou armazenagem de produto. Apesar de nunca ter iniciado as atividades, a empresa tinha no momento da fiscalização saldo no Sisflora de 2,5 mil m3 de produto em tora e serrado. Para cada crédito de madeira existente no sistema de controle estadual deveria haver o correspondente em madeira no pátio.

“A madeireira comprou os créditos de outras firmas envolvidas neste esquema. Na verdade, eram apenas virtuais, e seriam utilizados para emitir as Guias Florestais que esquentariam a madeira ilegal adquirida a baixo custo. Aproximadamente 125 caminhões cheios de produtos florestais sem origem regular seriam acobertados só nesta operação”, diz Norberto Neves.

Todas as empresas envolvidas em transações suspeitas com as madeireiras autuadas serão investigadas pela Operação Caça Fantasma do Ibama, que desde janeiro de 2009 fiscaliza as operações irregulares de compra e venda de madeira realizadas por meio do Sisflora, no Parã.

Autos por desmates ilegais
A Operação Gurupi também aplicou mais R$3,5 milhões em multas por desmatamentos ilegais e pela produção ilegal de carvão. No total, já foram apreendidos dois tratores, um caminhão, três motosserras, 770 m3 de madeira em tora, 113 m3 do produto serrado, 129 mdc de carvão, além de terem sido embargados cerca de 600 hectares de áreas irregularmente desflorestadas em Dom Eliseu e Ulianópolis.

Meia irmã de empresário aparece

Suposta vítima de seqüestro depôs ontem ao delegado Miranda, de Parauapebas. Wanda Rocha estava de cabeça raspada




Edinaldo Sousa - A meia irmã de um grande empresário do sul e sudeste do Pará, Wanda Rocha, que supostamente havia sido vítima de seqüestro apareceu ontem à tarde em Parauapebas.
De cabeça raspada, a moça prestou depoimento diante do delegado Antonio Gomes de Miranda, diretor da Seccional Urbana de Parauapebas e disse ter sido vítima de seqüestro.
Semana passada parentes dela receberam várias ligações onde os interlocutores cobravam verdadeira fortuna para que ela fosse liberada.
Inicialmente exigiam resgate de R4 10 milhões, baixaram para R$ 6 milhões e por último cobravam R$ 3 milhões, o que a família suspeitou se tratar de um golpe tendo em vista que Wanda Rocha tem histórico que depõe contra ela, segundo informou fonte da Polícia.
O caso tramita em segredo de Justiça, pelo menos por enquanto. O delegado Miranda ouviu Wanda Rocha e a liberou, porém nos próximos dias pode requisitar a prisão preventiva de pelo menos três pessoas envolvidas no caso.
Fonte segura da Polícia informou que o caso cheira a armação, contudo preferiu não se pronunciar oficialmente até que as investigações sejam concluídas e se confirme, ou descarte a armação do seqüestro com fins de arrancar dinheiro da família Rocha.

Oleiro morto a paulada e facadas

Vítima estava desaparecida há cerca de um mês; acusados foram presos e estão à disposição da Justiça


Corpo encontrado dentro de barreiro



Edinaldo Sousa

De Marabá


Após mais de um mês de buscas, finalmente a Polícia identificou o que aconteceu com o oleiro ceramista, Raimundo José da Cruz e Silva 43 anos.
Ele foi morto a pauladas e golpes de arma branca e posteriormente teve o corpo jogado dentro de um barreiro na olaria, área de várzea localizada entre a ponte e a Marabá Pioneira.
A investigação, em princípio foi feita pelo sargento Josiel Alves, lotado no 4º Batalhão de Polícia Militar. Ele disse que foi contatado por alguns amigos de Raimundo José e relataram o súbito desaparecimento dele.
Ao constatar a denúncia, o militar disse que desconfiou do comportamento de três pessoas que trabalhavam com o Raimundo José, pois um deles vendia Messias da Silva 26 anos, o patrimônio do então desaparecido.
Desconfiado de que de fato esses três suspeitos Alves, juntamente com investigadores da Divisão de Homicídios, no domingo foram até a olaria e encontrou Erinaldo da Conceição Sales 21 e Enos Correa da Silva.
Em princípio os dois negaram envolvimento com o desaparecimento de Raimundo José, porém após uma conversa de pé de ouvido, informaram que seria o Messias da Silva quem estaria vendendo os tijolos e os porcos da vítima.
Raimundo José, nesta área de olaria criava vários porcos e galinhas e após o desaparecimento dele, os três acusados passaram a vender tais animais. No pátio desta olaria há pelo menos 200 mil tijolos, sendo que cada milheiro custa R$ 100,00.
A partir da dilapidação do patrimônio do desaparecido os policiais fizeram as buscas e localizaram os suspeitos, sendo que Messias da Silva estava na Folha 14, Nova Marabá quando foi preso pelo sargento Alves.
Eles foram autuados pela delegada Adriana Sacramenta Silva por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
O juiz titular da 7ª Vara de Execuções Penais de Marabá, Jonas da Conceição Silva decretou a prisão preventiva do trio, tendo em vista que eles poderiam fugir da Comarca e também pelo fato de ter confessado o crime à delegada.



Acusado dá detalhes de como matou vítima


Conduzidos até a 21ª Seccional Urbana, ainda no domingo, Messias da Silva não só confessou o crime, mas forneceu detalhes acerca de como cometeu o crime.
Ele contou à delegada Adriana Sacramenta Silva que efetuou um golpe de madeira na cabeça de José Raimundo e diversos golpes de arma branca.
O crime aconteceu no final de uma tarde. Os três viram quando a vítima dava os últimos suspiros numa área onde seria uma pequena horta.
Após perceberem que Raimundo José tinha morrido, os três colocaram o corpo num carrinho de mão, e amarraram-no a um saco de fibra com tijolos dentro e jogaram o corpo dentro de um barreiro onde foi retirado argila para a produção de tijolos.
Porém dois dias após o “sepultamento” o corpo de Raimundo José emergiu, forçando os três a eviscerar o corpo e colocar pedras e tijolos dentro, assim como amarrá-lo novamente ao saco com pedras, tijolos e dessa vez, colocaram tábuas e uma grade de ferro por cima.
Messias da Silva contou o caso como se nada tivesse acontecido, inclusive foi até a olaria, acompanhado do sargento Alves e do investigador Paulo, onde mostrou passo a passo como cometeu o crime.
Os três disseram que mataram Raimundo José porque estava sendo ameaçado de morte, uma vez que a vítima teria matado duas pessoas, porem não soube dizer quem seriam essas vítimas.
Retro escavadeira - Militares do Corpo de Bombeiros, coordenados pelo sargento Rogério, tiveram muito trabalho para resgatar o corpo que estava imerso no barreiro.
Após horas esgotando um barreiro vizinho de onde o corpo estava, os militares chegaram com uma retro escavadeira cedida pela CMT Engenharia, empresa que trabalha na Duplicação da Transamazônica e finalmente o corpo foi resgatado no final da tarde de domingo.
Durante todas as tentativas dos Bombeiros, uma multidão de curiosos ficava em volta do barreiro, muito embora o corpo exalava um odor fétido quase que insuportável. (E.S.)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Detentos detonam dinamite no Crama

Tentativa de fuga ousada aconteceu no último sábado




Os detentos custodiados no centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (Crama) dão demonstração que estão cada vez mais organizados e dispostos a fugir desta casa de custódia de qualquer maneira.
No sábado um barulho ensurdecedor despertou a atenção de toda a vigilância do Crama. Eram os detentos do Pavilhão A, que tinham detonado uma dinamite e pretendiam realizar uma fuga em massa na modalidade “cavalo doido”.
Outra “banana” de dinamite foi arremessada na guarita 4, porém não detonou. Neste posto estava de serviço o cabo Augusto e soldado Santos Júnior. Tudo aconteceu por volta das 15 horas.
Rapidamente a direção desta casa penal acionou a Polícia Militar, sendo que o Grupo Tático Operacional (GTO), sob o comando do tenente Emmett Alexandre foi até o Crama e abafou a fuga.
Após minuciosa revista nas 46 celas dos pavilhões A, B e C os agentes prisionais conseguiram descobrir outras três “bananas” de dinamite, dez estoques, dois celulares, dois chips e dois cachimbos artesanais que os detentos usam para consumir crack.
Esta casa penal foi projetada para atender no máximo 180 detentos, porém, neste final de semana tinham 425, amontoados em celas que foram projetadas para abrigar 5 pessoas cada. Na ala feminina são 52 presas quando a capacidade é para 25 detentas.



Crama sob intervenção


Por conta da explosão de uma dinamite no pavilhão A do Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes, a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe) enviou nesta segunda-feira o interventor major Mauro Matos para assumir temporariamente a unidade.
A diretora desta casa penal Fabíola Oliveira Lopes foi afastada. Foi ela que registrou ocorrência no sábado acerca da tentativa de fuga.
Em Nota distribuída à imprensa a direção da Susipe informa que foi aberto inquérito policial e procedimento administrativo disciplinar (PAD) para que os fatos sejam apurados.
Informa ainda que a tentativa de fuga aconteceu no último sábado, por volta das 16h, quando terminava a visita de familiares, 16 internos do Centro de Recuperação de Marabá (CRAMA) tentaram fugir detonando explosivos para abrir um buraco na parede do solário do pavilhão A. Mas, somente um foi detonado, os outros foram encaminhados para a Polícia Federal para análise e investigação.
A tentativa de fuga foi frustrada por agentes prisionais, policias militares que faziam a segurança externa da unidade. Imediatamente a Polícia Rodoviária Federal e o policiamento tático foram acionados para dar apoio.
Por medida de segurança foi realizada uma revista nas celas. Duas horas depois a situação já estava controlada. Não houve reféns, nem feridos.
Os reparos no muro do solário já foram feitos. Até o momento, nenhuma transferência foi realizada.