quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Federal aprende 58 kg de cocaína



Acusados tentaram se passar por trilheiros e droga estava camuflada neste carro  



Operação aconteceu no final da tarde e início da noite de ontem (5) e resultou na prisão de três acusados de tráfico internacional e na apreensão de quase 60 quilos de cocaína.
Foram presos: Adalberto Bento das Chagas, 42, Pedro Gonçalves da Silva, 64, e o taxista Oziel Morais Martins, 37 anos. Eles foram presos numa casa na Folha 10, Nova Marabá.
Não por acaso aconteceu essa prisão, uma vez que a Polícia Federal investigava o taxista há algum tempo. “É ‘deduragem’, recebemos denúncia anônima e investigamos o caso”, narra o delegado Luiz Felipe Souza Pimenta de Castro, que coordenou a prisão.
Os acusados foram presos numa casa na Folha 10, Nova Marabá. A droga estava acondicionada dentro de um carro esportivo Troller, placa HYJ-8391, e deveria ser redistribuída, provavelmente em outros carros e parte da droga ficaria em Marabá e outra seria reenviada para Fortaleza (CE).
Os agentes da PF localizaram 52 tabletes, que se colocados no mercado renderia aos traficantes, próximo de um milhão de reais, uma vez que cada um dos tabletes custa em média R$ 18 mil.
Há muito tempo que Marabá é rota do tráfico internacional. Segundo o delegado Luiz Felipe a droga vinha da Bolívia, via Amazonas e fora embarcada no Troller neste estado e por terra viria até Marabá.
Ocorre que os acusados não contavam com uma pane no veículo que ficou no “prego” em Itaituba e os acusados ligaram para um caminhão guincho de Marabá e se propuseram em pagar R$ 6 mil pelo serviço. O contato foi feito no domingo.
De posse dessas e de outras informações os agentes da PF intensificaram a investigação até identificar o carro e fizeram a perseguição até a casa na Folha 10, onde foram presos.
Chamou a atenção dos agentes da lei o fato de que um dos acusados, o taxista Oziel Martins, dirigia um táxi Corolla, placa OFU-7310, que zero quilômetro custa pelo menos R$ 70 mil, diferentemente da maioria dos taxistas que usa carros populares. As duas placas dos dois carros, aparentemente, são frias. A placa do Troller coincide com um Gol. A PF deve checar se tais placas são, ou não falsas, segundo informou uma fonte.
De certo é que pelo fato de o taxista demonstrar ostentação, despertou a fúria de alguns colegas de profissão, que por sua vez repassaram informações sobre este acusado à PF. Com ele os policiais federais apreenderam R$ 2,6 mil, o que rendeu comentários diversos.
Todos os acusados ficaram de ser ouvidos formalmente na manhã desta quinta-feira, uma vez que o adiantado da hora impediu que as oitivas fossem feitas ontem à noite. O flagrante deve ser remetido à Justiça estadual.

Juiza suspende despejo de oleiros da Folha 33



A Juíza Maria Aldecy de Souza Pissolati, titular da 3ª Vara Cível de Marabá, suspendeu a liminar que autorizava o despejo de 30 famílias, que residem na Folha 33, entre a Rodovia Transamazônica e o Rio Itacaiunas, nas proximidades da ponte.
Na semana passada o oficial de Justiça esteve na área, acompanhado de policiais e maquinário para fazer o despejo das famílias. Frente à resistência dos moradores em sair da área o oficial fixou nova data para fazer o despejo. Alguns moradores já residem no local há mais de 20 anos, vivendo da produção de tijolos.
Acionados pelos moradores, advogados da CPT ingressaram no processo e alegaram a falsidade do título além de outros indícios de ilegalidade no processo de aquisição do imóvel por parte do Empresário Reinaldo Zucatelli. Segundo os advogados, o imóvel que o empresário Zucatelli diz ser dono, foi doado pelo município de Marabá à SUDAM no ano de 1973, por meio da Lei nº 96/73, para a implantação do bairro da Nova Marabá. Ao receber o imóvel, a SUDAM se deparou com inúmeras pessoas que tinham recebido o direito de enfiteuse sobre essa área.
Visando então o controle total da área, o então Presidente da República, Emílio Garrastazu Médici, editou o Decreto nº 72.254, autorizando a desapropriação de todos os detentores dos títulos expedidos pela Prefeitura na área dos 1.621 há.
Todos e detentores de enfiteuse foram devidamente indenizados e, no mesmo ano, a Justiça Federal autorizou a SUDAM a tomar posse da totalidade do imóvel.
Portanto, com a desapropriação foram extintos todos os contratos de enfiteuse existente sobre a área. Se todos os contratos de enfiteuse foram extintos pelo ato da desapropriação em 1973, como pôde restar esse título expedido em 1964? Como alguém poderia resgatar algo que não mais existia 38 anos depois?
Outra situação alegada pela defesa das famílias é que no Título de Aforamento expedido em 1964 pelo Município de Marabá, a Ireno dos Santos Filho, a área do imóvel era é de apenas 979 m².
Estranhamente, quando efetuado o primeiro registro imobiliário sobre o imóvel não foi mencionada a área total indicada no título. Entretanto, a área objeto da pretensão do empresário no processo é de exatos 67.071,01 m², ou seja, 68 vezes maior do que previsto no título originário.
Frente às alegações, a juíza determinou a suspensão do processo e da liminar e determinou que o empresário fosse notificado para responder aos indícios de ilegalidade suscitados.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Testemunha reconhece pistoleiro e mandante


Zé Bob diz que Jairan Feitosa mandou matar o amigo Amadeu






Antonio Wilson Dourado Miranda, o “Zé Bob” 29 anos, testemunha ocular de um crime que aconteceu no último dia 26 de novembro na rua 5 com a São João, bairro Vale do Itacaiúnas, cuja vítima foi o amigo dele Raimundo Amadeu Araújo 54 anos, denunciou na imprensa que conhece os pistoleiros e a mandante deste crime.
Trata-se de Claudio Adão Martins Souza e o amigo dela Carlos Alves. O primeiro teria sido o autor dos disparos, enquanto o segundo o condutor de uma moto preta.
O crime aconteceu por volta das 19h30 daquele dia e “Zé Bob” disse ter reconhecido os dois acusados pela voz do Cláudio e pela compleição física de ambos.
Quanto ao mandante, seria a líder sindical Jairan Feitosa Santos, tendo como pano de fundo uma disputa pelo controle do acampamento 23 de novembro e a direção da Associação Pro Reforma Agrária da Transamazônica da qual Jairan é presidente.
O pistoleiro, segundo Zé Bob, conversou com a vítima: “Boa noite Amadeu, quanto tempo que te procuro agora te encontrei” e em seguida efetuou nove tiros de pistola calibre 380 na vítima que não teve a menor chance de se defender.
“Não tenho dúvida alguma, apesar do Amadeu estar liderando a ocupação na Canaã (beira do rio Itacaiúnas em Marabá) ele foi morto a mando da Jairan e quem matou foi o Claudio”, reafirma.
Calúnia – A líder sindical Jairan Feitosa dos Santos, residente na rua Gabriel Pimenta, Quadra 30, bairro Liberdade, núcleo Cidade Nova registrou ocorrência diante da escrivã Romana Corrêa Natividade, a última segunda-feira e disse que não tem nada a ver com o crime que vitimou Raimundo Amadeu.
Entre outras coisas contou que ela, o marido bem como o amigo Carlos, estão sendo alvo de calúnia e difamação.
Confirmou que o Antonio Wilson Dourado Miranda participou da Associação Pró Reforma Agrária da Transamazônica, onde ele atualmente preside e que era primeiro fiscal e que este saiu de livre e espontânea vontade e foi participar da Associação Jardim Filadélfia, onde Raimundo Amadeu era presidente.
Contudo ela não entra no mérito da morte do lide sindical e nem faz nenhuma menção de quem poderia ter mandado matar Raimundo Amadeu, ou por qual motivo ele foi morto.
De sua parte o crime está sendo investigado pela Delegacia de Conflitos Agrários de Marabá (Deca) à frente o delegado Victor Costa Lima Leal.
Em linha direta com a reportagem ele confirmou que há essa denúncia envolvendo uma suposta disputa interna entre os dois líderes sindicais e que há outras linhas de investigação que por medida de segurança ele preferiu não informar a fim de não prejudicar o trabalho policial.
“Qualquer coisa que eu disser pode compromete RO trabalho policial, mas pode ter certeza que estamos trabalhando”, comentou laconicamente o policial.