sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Muito esforço pra nada

Guerrilha do Araguaia

GTT ainda não localizou restos mortais




Edinaldo Sousa – O Grupo de Trabalho Tocantins (GTT) ainda não localizou restos mortais de militantes do PCdoB, mortos em confronto com o Exército Brasileiro durante a Guerrilha do Araguaia (1969 a 1974), que se desenrolou no “Bico do Papagaio”, nos estados do Pará, Tocantins e Maranhão.
Peritos forenses, desde o dia 22 de agosto, fazem o trabalho de buscas no Cemitério de Xambioá-TO. Oito pontos foram demarcados no cemitério daquele município, mas até ontem seis deles foram escavacados.
Nestas buscas há a colaboração de guerrilheiros e simpatizantes como Micheas Gomes de Almeida, o “Zezinho do Araguaia”, que indicou alguns pontos onde pelo menos quatro guerrilheiros teriam sido sepultados, porém os restos mortais não foram localizados.
Segundo o relações públicas da 23ª Brigada, major Paulo Cezar Crocetti esta é a 9ª expedição do GTT e a quarta deste ano. As buscas devem prosseguir até o próximo domingo, ou na segunda-feira (30)
Os trabalhos, segundo ele, seguem critérios geológicos e os peritos forenses vasculham os pontos escavacados com o maior cuidado no intuito de localizar os restos mortais.
Em dois pontos os peritos localizaram vestígios de corpos, porém descartaram ser de guerrilheiro, pois foram localizados restos de madeira o que significa dizer que as pessoas foram sepultadas em caixões, diferentemente dos guerrilheiros, que simplesmente eram jogados em covas.
O fato de não ter localizado os restos mortais de guerrilheiros reforça a tese de muitos historiadores de que pode ter havido a operação limpeza, ou seja, os corpos dos guerrilheiros foram retirados das sepulturas e jogados em outros lugares de difícil localização.
Em setembro acontece a 10ª Expedição do GTT, cujos peritos devem escavacar pontos na localidade Santa Isabel, em Palestina do Pará.
Os trabalhos têm o acompanhamento da Polícia Federal, Ministério Público Federal e foi autorizada pela juíza Solange Salgado, 1ª Vara Federal e de militares do Exército Brasileiro.

Microformato


Oficialmente foram mortos 69 guerrilheiros, entre militantes do PC do B e simpatizantes e 16 militares foram mortos, boa parte deles em confronto com a própria Polícia Militar, como foi o caso do sargento Francisco das Chagas Alves de Brito, do Exército, e um sargento da Polícia Militar; além de ficarem feridos os soldados Manoel Pestana da Silva, do Exército, e um soldado da PM

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