terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Grande aparato para investigar roubo a banco

Banco foi reduzido a escombros por conta da implosão 



Ladrões de banco atacam no Pará, notadamente nos municípios onde o policiamento é diminuto ou precário. E na madrugada deste domingo, entre oito a dez assaltantes deram uma demonstração de que não está pra brincadeira e atacaram no município de são Geraldo do Araguaia.

O alvo, a agência do Banco do Brasil foi reduzida a escombros, sendo que os caixas eletrônicos e o cofre foram arrebentados numa demonstração de ousadia, perspicácia e organização, além é claro do alto poder bélico dos assaltantes que estavam armados com metralhadores e fuzis.

O roubo durou pouco mais de meia hora e teve de tudo um pouco, de uso de dinamite a tiros em viatura da Polícia Militar. Durante o roubo, outro ponto negativo foi a morte de uma adolescente que estava dentro de um carro, cujo motorista não parou durante o bloqueio montado pelos assaltantes na praça daquele município, onde a agência está localizada.

A adolescente de 14 anos, Elith Schauanny Oliveira Gonçalves 14 seguia em um carro com o namorado e alguns amigos e em dado momento os assaltantes ordenaram que o motorista parasse o veículo, contudo o motorista desobedeceu e em seguida o assaltante efetuou vários tiros na direção do veículo, sendo que a jovem foi alveja no rosto.

Em princípio a versão apresentada para a morte da adolescente seria que ele teria sido alveja por bala perdida, mas o delegado que investiga o roubo, Evandro Araújo é de que de fato a jovem foi morta por tiros de fuzil disparados por um assaltante.

Independentemente de onde pode ter partido os tiros que mataram a jovem, de certo é que o roubo coloca, mais uma vez o sistema de segurança pública em xeque, tendo em vista que costumeiramente os assaltantes de banco atacam e na grande maioria dos casos o bando fica impune.

E se houver o combate aos ladrões, as quadrilhas migraram para uma maneira nada convencional de ataque. O que até bem pouco tempo acontecia em plena luz do dia, agora os ladrões atacam na madrugada.

Chama a atenção a maneira com a qual as quadrilha agem. Chegam em carros roubados, armados até os dentes com armas de grosso calibre e com dinamites que usam para explodir as fachadas, cofres e caixas eletrônicos dos bancos. Saem tão rápido quando chegam aos municípios e quando são presos, geralmente pouco, ou quase nada de dinheiro são encontrados com os integrantes do bando.

Outro ponto não menos importante, na visão de alguns observadores do sistema de segurança é o fato de caso sejam apanhados, ao invés da capitulação de roubo, são processados por furto, no implica dizer, cumprem penas bastante amenas.

Neste caso do roubo ao Bando do Brasil de São Geraldo, caso sejam apanhados, podem ser processados por latrocínio, muito embora a jovem não seja a dono do dinheiro, conforme informou uma fonte segura.

Investigação – Dois dias após o roubo desembarcaram em São Geraldo diversas especializadas para investigar o roubo audacioso. Há duas equipes vasculhando cidades no Tocantins e Maranhão numa verdadeira caçada humana.

O delegado Evandro Araújo informou que um grande cerco policial foi montado visando prender esta quadrilha que podem ser destes dois estados vizinhos ao Pará.
Prisão – Ainda nesta segunda-feira, a Polícia prendeu três acusados de ser assaltantes, no Tocantins. Com o trio, os policiais apreenderam uma espingarda calibre 20, um revólver calibre 38 e algumas emulsões (bananas) de dinamite.

O trio seguia numa camionete S-10, preta, quando foi abordado pela Polícia. Contudo o delegado Evandro Araújo informou que este trio, apesar de ter sido localizado com dinamite, aparente não cometeu o assalto em São Geraldo.

Por conta desta prisão, algumas fontes da Polícia, acreditam que os três, pretendiam roubar um banco e estavam transitando no estado do Tocantins.

No caso do roubo em São Geraldo do Araguaia, os ladrões fugiram por uma estrada vicinal que dá acesso ao município de Piçarra, por onde atravessaram o rio Araguaia em direção ao estado do Tocantins. 

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