sábado, 18 de agosto de 2018

Feminicida julgado em Marabá


Matou a ex-esposa e ainda ocultou o corpo. Esse foi o desfecho de um feminicídio que aconteceu no dia 20 de setembro de 2017, cuja vítima foi a dona de casa, Eliane de Sousa Jorge, assassinada pelo ex-marido, Marcio Basílio Furtado.

Ele deve ser julgado na próxima terça-feira (21) em júri presidido pelo juiz titular da 3ª Vara Criminal de Marabá, Alexandre Hiroshi Arakaki. A rigor, este mês de agosto é destinado para a realização de julgamentos em todo estado do Pará em atendimento à solicitação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que via desafogar as varais criminais.

A morte da dona de casa causou grande repercussão em Marabá. Contudo, a prisão do acusado, foi uma das mais rápidas, tendo em vista que a  equipe da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) prendeu o acusado no dia seguinte. Naquela ocasião ele contou uma história fantasiosa, tanto que a delegada Ana Paula de Trigo Mattos não se convenceu e acabou autuando-o por ocultação de cadáver. Em seguida, foi autuado por feminicídio.

Vítima e acusado, conviveram por mais de vinte anos. Tiveram dois filhos, porém estavam separados a quando do crime, inclusive ele já estava em outro relacionamento, entretanto mantinha relações com a Eliane e de acordo com informações da Polícia mato a ex-mulher com um golpe de arma branca.

O esfaqueamento aconteceu em um quarto de motel, às margens da rodovia Transamazônica, próximo à Vila São José em Marabá. Contudo, a vítima respirava após ser esfaqueada, mas foi morta estrangulada numa área de matar do lote destinado ao projeto Alpa e teve o corpo ocultado.

Toda a trama foi desvendada pela Polícia, a ponto de o acusado não ter como sustentar a versão de que o casal teria sido vítima de assaltantes que a mulher havia sido esfaqueada e que ele conseguiu fugir, porém se envolveu num acidente. Azar dele, ou sorte da Polícia, o fato é que depois desse acidente ele foi preso no Hospital Municipal de Marabá quando recebia atendimento médico e acabou sendo preso por ocultação e posteriormente autuado por feminicídio.

Portanto, o destino dele ser julgado na próxima terça-feira, por sete membros da sociedade como preconiza o Código Penal Brasileiro. Nunca é demais lembrar que, caso seja condenado, a pena é acrescida de um terço.

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