quinta-feira, 5 de junho de 2014

Hospital Regional: Equipe atende bebê em casa




Criança recebe atenção e carinho das profissionais do Regional




Quando o pequeno Davi Santos Silva nasceu, em Marabá, há dois anos e dois meses, os pais dele receberam a notícia que não queriam: a criança tinha muitos problemas de saúde. Além da Síndrome de Dow, Davi tinha sérios problemas cardíacos, renais e respiratórios. Começava aí uma longa caminhada em busca da melhora na saúde do pequeno Davi.

Ele passou um ano em Belém, onde foi submetido a duas cirurgias cardíacas, duas pulmonares e uma cirurgia renal. Além disso, teve de ser submetido a traqueostomia para melhorar a respiração.

Foi quando veio para Marabá, onde foi internado no Hospital Regional Público do Sudeste Dr. Geraldo Veloso, ficou quatro meses, até que a equipe médica achou melhor que ele voltasse para casa.

Desde então, ele vem recebendo atendimento em casa. Pelo menos uma vez por mês a pediatra intensivista Claudia Bueno, coordenadora da UTI Pediátrica do Hospital Regional, visita a criança, enquanto Carla Nogueira Soares, fisioterapeuta, atende o bebê duas vezes por semana.

A maioria das pessoas nem sabe, mas as duas atendem o pequeno paciente na casa dele, cumprindo um papel mais social do que meramente médico.

Além disso, os tubos de oxigênio, mantidos pela prefeitura local, são trocados regularmente e sem atraso, garantindo a respiração mais tranquila do bebê.

Junte esses fatores ao carinho da jovem mãe Gleiciane Santos Nascimento, e o que se vê é uma melhora sensível no quadro clínico do pequeno Davi.

A pediatra Claudia Bueno observa que no caso de Davi, o melhor atendimento tem mesmo de ser em casa, pois é difícil para ele se deslocar até o hospital toda vez que for preciso. “O deslocamento pode causar uma piora clínica”, explica.

A médica disse não ter previsão sobre quando Davi vai sair do oxigênio, isso ainda é uma incógnita. Mas quando ele chegou ao Hospital Regional estava muito debilitado e agora conseguiu ganhar peso e está em fase de recuperação. “A melhor coisa para o paciente, sempre que possível, é ficar em casa; o cuidado da mãe também conta muito”, argumenta a médica.

Já a fisioterapeuta Carla Nogueira Soares observa que Davi poderia ser atendido pela Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), mas ele não tem como ir para a entidade, por todos os problemas de locomoção e também porque a APAE não trabalha ainda com a parte respiratória das crianças atendidas ali.

Por isso, Carla firmou compromisso com a mãe de Davi de trabalhar a parte respiratória e auxiliar na parte motora da criança. Ela também não sabe quantificar o tempo que Davi vai ficar dependendo do tubo de oxigênio fornecido pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Mas o compromisso está mantido e ele vai receber os cuidados no quartinho dele, no conforto do berço e da família, durante o tempo em que isso for necessário.

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