sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Juiz determina cumprimento de liminares



CME deve auxiliar Justiça no cumprimento das liminares

Juiz Jonas Silva ordenou despejos, mas recomenda cautela


Durante audiência pública realizada na manhã desta quarta-feira na Comarca de Marabá ficou definido, que ainda este ano, deve acontecer nove reintegrações de posse em fazendas do sudeste paraense.
Boa parte destas propriedades está ocupada há alguns anos. A audiência conciliatória conduzida pelo juiz da Vara Agrária Regional, Jonas da Conceição Silva faz parte do rito processual e tinha como meta tentar convencer os sem terra que saíssem das propriedades sem que a força policial fosse aplicada.
Contudo, das onze fazendas que estavam na pauta da Audiência foi possível haver conciliação em duas propriedades, o que o juiz considerou um feito interessante, sobretudo pelo desfecho da negociação.
A pecuarista Norma de Oliveira, dona da fazenda Morro Vermelho, em Eldorado do Carajás, aceitou fazer, por conta própria uma reforma agrária, pois se dispôs em vender lotes rurais para os sem terra que ocupam a propriedade há mais de uma década.
O outro desfecho amigável aconteceu na fazenda Barreira Branca, em Marabá, do empresário Eduardo Barbosa. Os sem terra aceitaram sair pacificamente da propriedade, tendo em vista que o dono demonstrou que não tem interesse em desapropriar a fazenda para fins de reforma agrária.
Nesta mesma propriedade, às vésperas do feriado de Corpus Christi do ano passado, este mesmo grupo de sem terra promoveu terror.
Naquela ocasião, invadiram a sede da fazenda, reviraram toda a propriedade, mantiveram vários funcionários em cárcere privado e por conta dos atos de vandalismo 57
posseiros foram presos.

Nas demais propriedades, os militares do Comando de Missões Especiais (CME), comandados pelo coronel Lázaro Saraiva de Brito Júnior deve auxiliar a Justiça para retirar os sem terra.
O cronograma dos cumprimentos ainda não está devidamente fechado, pois depende de organização dos policiais, contudo o juiz Jonas Silva acredita que ainda este ano todas as propriedades devem ser devolvidas aos respectivos donos.
Lembrou, porém que toda cautela e prudência necessária devem ser aplicadas no cumprimento das liminares a fim de se evitar eventuais conflitos entre militares e sem terra.
Se por um lado, os pecuaristas comemoram os despejos, por outro, entidades que militam na luta pela posse da terra, como a CPT, temem o caos que deve se instalar na região, tendo em vista que pelo menos 4 mil sem terra que devem ser despejados.
  
Fazendas reintegradas

Peruano
Fortaleza
Novo Pará
Sítio Itacaiúnas
Amazônia
São Jorge
Couraça
Nazaré dos Patos
Primavera

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