segunda-feira, 13 de maio de 2013

Neusa Santis nega venda de lote


Dorival de Jesus atesta que terra pertencia à irmã de Neusa Santis

 




Nota revela que Dorival vendia peixe desde 2004






Denunciada pelo Ministério Público Federal (MPF) por envolvendo em venda ilegal de lote da reforma agrária, a cartorária Neusa Santis Seminotti negou participação em qualquer ilegalidade.
O MPF denunciou na Justiça Federal de Marabá cinco pessoas pela venda de um lote no assentamento Praialta piranheira em Nova Ipixuna, entre os denunciados está José Rodrigues Moreira (que foi inocentado da morte do casal de extrativistas José Claudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo) e Neuzinha Santis.
Ela negou qualquer envolvimento em suposto esquema de grilagem rural bem como descartou qualquer possibilidade dela ser a dona do lote que foi vendido para José Rodrigues.

Na verdade, a propriedade em questão, de aproximadamente 25 alqueires pertencia à irmã de criação dela, Vera Lúcia Santis de Jesus e que faleceu no dia 1º de julho de 2010, aos 47 anos de idade.
O lote, em verdade foi vendido pelo cunhado dela, Dorival de Jesus.

“Acho injusto o que está acontecendo comigo, já citei isso em depoimento na Justiça, a minha irmã era assentada do Incra e eu a ajudava”, relata.

“O marido dela era pescador, viviam da pesca, e mantinha a propriedade a muito custo e por várias vezes ajudei, não era dona da terra, tenho a minha propriedade em São Domingos, toda titulada, não tinha porque comprar terra em área de assentamento”, refuta.

Ainda sobre o assunto a cartorária se disse injustiçada ao ver, ou ouvir o nome dela relacionado a coisa ilícitas.

“Sempre trilhei o caminho do bem, faço as minhas coisas dentro da legalidade, tenho um nome a zelar, portanto trata-se de uma denúncia caluniosa e leviana”, conclui.

A reportagem procurou o cunhado da cartorária, Dorival de Jesus que atualmente mora numa humilde casa situada na equina das ruas São Lourenço com a Santos Dumont, 123 bairro São Félix I.

“Nunca a terra foi da Neuzinha e sim da Vera Lucia, vendi para o José Rodrigues após a morte dela e me mudei para Itupiranga e depois para Marabá, onde moro no bairro São Félix”, narra.
Confirmou que enquanto morou na terra, trabalhou como pescador e apresentou vários recibos de venda de peixe com várias datas, algumas delas do ano de 2004, bem como carteira de filiado da Associação dos Agricultores do Projeto Agroextrativista Praialta Piranheira (Apaep).

Reafirmou que vendeu as benfeitorias e o direito de posse e que inclusive foi até o Incra para que o nome da esposa dele e o dele fossem retirados da Relação de Beneficiários (RB) e que José Rodrigues iria assumir o lote em 2010.

“Não tinha como eu ficar no lote, a Vera Lúcia gostava mais da terra do que eu e tinha que seguir a minha vida”, conclui.

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