segunda-feira, 13 de maio de 2013

Trio de assaltantes preso em Marabá

Anderson da Silva

James da Conceição, o "Dentinho"

Mailane Menezes, a "Loira", namorada do "Dentinho"




Trio de ladrões pretendia roubar o banco de São Domingos do Araguaia, na manhã desta sexta-feira (10), mas os planos foram abortados graças à ação diligente de policiais civis da superintendência regional do sudeste do Pará comandados pela delegada Bruna Pauollucci Tarallo o bando foi preso. Um acusado conseguiu fugir, mas está sendo procurado e pode ser preso a qualquer momento.
Estão presos: Anderson Brito da Silva, James Sousa da Conceição, o Dentinho e esposa dele, Mailane da Silva Menezes. Renan Araújo Nascimento conseguiu escapar. Os três acusados foram presos numa sequência que iniciou ainda na quarta-feira (8) após uma tentativa de homicídio cuja vítima foi Flávio Vasconcelos Dante, o “Piu”.
Este atentado aconteceu na Folha 12, Nova Marabá. Duas pessoas numa moto preta, com “rodões”, se aproximaram dele e efetuaram vários tiros. Nenhum projétil acertou a vítima. Era final de tarde quando os dois pistoleiros se aproximaram da vítima. O caso foi denunciado à Polícia Militar e logo em seguida os investigadores civis entraram em cena para apurar as circunstâncias do atentado.
A vítima, segundo os investigadores, informou que os acusados desta tentativa seriam as pessoas identificadas pelas alcunhas, “Roraima” e “Dadai” e a moto usada no atentado pertenceria a Anderson da Silva e informou onde este morava. No mesmo dia o Anderson foi localizado e interrogado preliminarmente, evidentemente que ele negou qualquer participação neste atentado, bem como negou que tivesse alguma moto preta com “rodões”.

Até então a Polícia trabalhava com a possibilidade de ser tratar de um atentado, mas um fato não menos importante aguçou a curiosidade dos investigadores, pois logo após o contato, Anderson mudou-se da casa onde morava na Folha 12 naquele mesmo dia.
Paralelo a esta investida, os investigadores receberam informações privilegiadas que poderia haver um assalto a banco em São Domingos do Araguaia,sendo o alvo o Banco do Brasil na modalidade “sapatinho”.
Neste tipo de crime os assaltantes rendem o gerente, ou o tesoureiro do banco que são obrigados a entregar o dinheiro aos assaltantes.

Acusados estavam sendo monitorados

De posse dessa informação preciosa de que o bando pretendia atacar em São Domingos do Araguaia, a Polícia acompanhou os passos dos acusados à distância.
Depois da tentativa de assalto os rumores aumentaram a respeito deste ataque, sendo que um dos acusados disse ao comparsa que iria atacar o que aparecesse, ou seja, pretendiam roubar de qualquer jeito.
De acordo com a delegada Bruna Paollucci, os acusados James e Anderson foram presos quando estavam em uma lanchonete no Terminal Agrorrodoviário “Miguel Pernambuco”, no Quilômetro Seis, Nova Marabá.
Dentro do carro do Anderson, um celta vermelho, os investigadores localizaram uma pistola calibre 0.45, cromada de uso restrito e que fatalmente seria usada no assalto. A arma pertence ao acusado Dentinho.
Negativo - Contudo ele negou que pretendesse roubar algum banco, mas confirmou que a arma lhe pertencia e que pagou R$ 2,5 mil e a usava para se defender. Negou também que tivesse tentado matar o “Piu”.
De igual modo agiu o acusado Anderson, que negou pretender roubar um banco, bem como negou participar do atentado e que não tinha moto alguma, mas sim um celta vermelho. Entretanto ele deixou escapar que o “Piu” estaria lhe procurando e em seguida emudeceu.
A respeito do atentado, a vítima, o “Piu” alegou aos policiais que os acusados “Roraima” e o “Dadai” teriam pegado uma moto emprestada dele e não a entregou, motivo pelo qual ele estaria cobrando o que teria contrariado os acusados.
Contudo, fonte segura da Polícia informou que na verdade, tanto a vítima quanto os acusados, todos são assaltantes de banco e que o atentado tem a ver com acerto de contas.

Passado – Os acusados são velhos conhecidos da Polícia e já estiveram envolvidos em outros assaltos a banco no Pará. Um dos assaltos aconteceu em São Félix do Xingu, ano passado, ocasião em que o “Dentinho” participou ativamente.
Ele foi preso à época e conseguiu fugir do Centro de Recuperação Regional Agrícola Mariano Antunes (Crama) em outubro do ano passado e desde então estava foragido.
Já o acusado Anderson da Silva tem contra si um mandado de prisão preventiva em aberto por envolvimento com roubo de camionete em Curionópolis, mas que foi expedido pelo juiz Gabriel Costa Ribeiro.
Segundo fontes do Núcleo de Inteligência da Polícia (NIP), o acusado tinha como papel na quadrilha levantar a situação de cada banco, bem como os endereços dos executivos, sobretudo os gerentes para que os comparsas pudessem assaltar na modalidade “sapatinho”.

Os três acusados foram autuados por formação de bando, ou quadrilha e porte ilegal de armas pelo delegado Ricardo Oliveira do Rosário com base nos artigos 288 e artigo 14 da Lei 10.826/2003 e estão à disposição da Justiça.
Para a delegada superintendente regional, Bruna Paollucci, os acusados devem passar pouco tempo presos, tendo em vista os respectivos crimes, mas o ganho maior foi o fato de ter se evitado mais um assalto na região.
“Este é o ganho maior, pois o prejuízo e o trauma são grandes quando estas quadrilhas atacam”, lembra dizendo que o trabalho de monitoramento a estas quadrilhas é constante.

Amor bandido: mulher seria “olheira”
A mulher, Mailane Menezes saiu de Açailândia, no Maranhão, na quarta-feira e estava hospedada em um Hotel da Folha 34, onde aguardava para se relacionar com o marido, o “Dentinho”. Ela foi presa neste hotel.
Segundo a Polícia, o papel dela no bando seria fazer o levantamento de como estaria a situação no município de São Domingos do Araguaia para que os comparsas agissem.
Ele informaria a movimentação da Polícia, bem como o monitoramento dos funcionários do banco, sobretudo o gerente que seria sequestrado e obrigado a entregar o dinheiro aos assaltantes.
Ela nega, e diz que veio de Açailândia apenas para ver o namorado e que não tem nada a ver com as ações criminosas dele. “Dentinho”, por sua vez faz questão de inocentar a mulher e dizer que ela não tinha nada a ver com as ações criminosas dela.
Este relacionamento durava alguns anos, inclusive a mulher tem um filho de cinco anos, cujo pai seria o “Dentinho”. “Ele me ligava, dizia onde estava, e eu ia até onde ele estava”, narra a mulher alegando que não sabia o que o namorado fazia para sobreviver.
 


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