quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Pedofilia no CIAM ?


Pedro Paulo está no centro de uma polêmica



Psicólogo é acusado formalmente



Seis meses depois de ser exonerado, ou expirado o contrato temporário de monitor lotado na (Fasepa) o ex-monitor Montelo Patrocimário Alves Montelo, de 36 anos, denunciou um suposto esquema de pedofilia no Centro de Internação do Adolescente Masculino (CIAM) em Marabá.
Deste esquema participaria o psicólogo Pedro Paulo e um adolescente que estava recebendo medida sócio educativa na casa de custódia.
O caso veio à baila por conta do pronunciamento do monitor Montelo Alves no final de janeiro deste ano, quando ele se pronunciou em resposta escrita endereçada à Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa), mantenedora do CIAM em todo o Estado, no final de janeiro deste ano.
Na defesa, Montelo Alves na verdade contra-ataca e diz que está sendo injustiçado por conta de uma acusação de agressão física contra um adolescente, sendo que esta acusação teria partido do psicólogo Pedro Paulo.
A defesa composta de 7 páginas, trás na página quatro, a grave denúncia dando conta que o psicólogo mantinha relações sexuais com o adolescente que era oriundo da Comarca de Tucuruí.
O adolescente em questão, na época dos fatos, segundo a denúncia, em 2012, não recebia visitas de parentes e, portanto, ficou vulnerável aos apelos sexuais de Pedro Paulo.
Ainda de acordo com a denúncia, Pedro Paulo, por diversas vezes, saiu com o adolescente para momentos de lazer fora dos muros do CIAM, como corte de cabelo e tomada de sorvetes, além de remuneração de R$ 300,00 ao jovem.
“Numa festa, na casa de uma servidora, ele (Pedro Paulo) ficou nervoso por ter ciúmes do jovem que ele mantinha um relacionamento amoroso”, narra trecho da denúncia.
Em outro trecho da mesma página, Montelo Alves relata que foi o próprio adolescente quem confessou a ele e outros cinco monitores que Pedro Paulo lhe deu os R$ 300,00, bem como lhe prometeu dar uma moto quando o jovem saísse do CIAM. O adolescente já não cumpre mais medida sócio-educativa desde o final de 2012.
“Acreditamos no adolescente, que era constantemente atendido a sós pelo monitor Pedro Paulo. Existiam vários comentários que essa era uma prática comum do servidor Pedro Paulo de se envolver com internos, sendo uma prática de conhecimento de todos os servidores da Fasepa”, alinhava Montelo Alves.
A defesa do monitor se estende por um arrazoado de motivos, que o deixaram indignados, tendo em vista que ele, mesmo fora da instituição, responde a um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) que lhe pode render processo penal.
“Relatei tais fatos em relação ao servidor Pedro Paulo, que tem mais de vinte anos de instituição e todos têm conhecimento da postura dele em relação adolescentes e eu com apenas dois anos respondo a processo”, comenta.
Montelo Alves disse que não espera grandes providências em relação à denúncia que torna publica, contudo deixa claro que durante o período de 2011 a 2013, em que trabalhou no CIAM, zelou pelo bem estar da instituição e dos internos e que não são verdadeiras as acusações contra ele.
A reportagem manteve breve contato telefônico com o acusado Pedro Paulo, contudo este se ateve em fazer ameaças quanto a eventual divulgação do episódio e não quis se defender das acusações.
Tratou o assunto com se fosse uma perseguição por parte de Montelo Alves que tem como objetivo manchar a imagem dele diante da opinião pública.
Pedro Paulo informou que “nada que ele (Montelo Alves) disser pode provar e pode responder processo no futuro”, informando que deve procurar os meios legais para eventuais ressarcimentos por danos morais. 
“Sou um técnico da instituição (Fasepa), tenho responsabilidade e sei do meu compromisso e responsabilidade, portanto não tenho nada mais para dizer a respeito do assunto”, conclui.


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