terça-feira, 23 de abril de 2013

Buracos se multiplicam na BR-155


Motorista corre risco de morte quando trafega pela  BR-155


Quem não tem outro meio de acessibilidade e trafega pela BR-155, entre Marabá e Redenção, se depara com uma triste e deprimente realidade: a precariedade da pista que em sua grande maioria é composta por buracos e crateras.
Tal condição projeta negativamente o nome do Pará em nível nacional, pois caminhoneiros, que trafegam em estradas dos estados do Maranhão e Tocantins são taxativos: “As estradas do Pará são abandonadas”.
Entre outros caminhoneiros que trafegam por esta rodovia está Eder Augusto, que faz o trajeto entre o estado do Tocantins até Belém pelo menos duas vezes ao mês.
Quando foi abordado, no início da tarde da última quarta-feira (17), na BR-155, próximo ao Assentamento Cabaceiras, ele contou que estava viajando há três dias e tinha percorrido pouco mais de 400 quilômetros.
“A nossa situação é difícil, as estradas estão praticamente acabadas, o caminhão quebra direto e ficamos no prejuízo”, lembra Augusto.
Os buracos, segundo, ele são apenas uma das muitas dificuldades, pois o motorista lembrou que o caminhão dele já quebrou nesta rodovia e teve de ficar vários dias parados.
“Não tem um auto socorro na rodovia, o motorista, quando o caminhão quebra, ficamos parados e sem atendimento”, reclama.

Já o comerciante marabaense Adão Gomes, que faz o percurso entre Marabá e Paraupaebas, duas vezes por semana, atesta as péssimas condições da BR-155.
Gomes contou que perde muito tempo neste trajeto e que a pista é muito perigosa, sobretudo para os motoristas de ônibus, em função da buraqueira. “É uma vergonha para o estado do Pará”, lamentou.
Reparos – Por telefone, o coordenador do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT), Enilson Viera Rocha informou que a rodovia está recebendo reparos, contudo a aplicação de massa asfáltica só deve acontecer quando o inverno cessar.
“Não tem a menor condição de ser aplicado asfalto neste período do ano, mas quando entrar o verão, com certeza os buracos serão tapados”, afirma.
Comentou ainda que esta estrada foi federalizada recentemente e que o processo de transição atrasou um pouco e aliado a esta demora, a falta de conservação contribuiu para aumentar a quantidade de buracos na rodovia.
A BR-155 foi “loteada” em três trechos entre Redenção e Marabá e a empresa Guizard Júnior é a responsável pela conservação da rodovia.
Diante das constantes pressões da opinião publica, inclusive com o fechamento desta rodovia, no início desta semana, há seis frentes de trabalho na pista.
A empresa detém contrato de conservação durante dois anos, contudo, por conta da infinidade de buracos este período deve se prolongar. O valor do contrato não foi informado à reportagem.

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