terça-feira, 16 de abril de 2013

Polícia elucida caso e prende latrocidas


Polícia diz que Roni Mota sabia que o professor seria roubado

Paulo diz que foi convidado pelo adolescente de 15 anos para roubo




A Polícia Civil de Marabá praticamente elucidou o latrocínio que aconteceu no dia 26 de março, cuja vítima foi o professor Edivan Alves Pereira.
O crime foi um misto de vingança, passional e latrocínio. A vítima matinha uma relação homoafetiva com um adolescente de 15 anos, que por sua vez se relacionava com um cantor.
Até o momento há quatro pessoas presas, sendo dois adolescentes, um de 17 e outro de 15 anos, além do cantor Rone Mota Rodrigues e Paulo Geraldo de Freitas.
Outras duas pessoas foram identificadas como sendo participantes do latrocínio e podem ser presas a qualquer momento, uma vez que a Polícia continua trabalhando no caso, que está praticamente concluído.
O crime foi tão brutal que a vítima foi esfaqueada e o corpo foi esmagado pela própria camionete dele, uma Duster, Renault. Vários objetos foram roubados da casa dele, logo após ter sido assassinado.
Tão logo se espalhou a notícia da morte do professor, que era bastante conhecido em Marabá, inclusive dirigia a Universidade Aberta do Brasil (UAB) a equipe de investigadores comandada pelos delegados José Humberto de Melo Júnior e Ricardo Oliveira do Rosário iniciou a investigação em tempo integral.
Outros - No final do mês de janeiro deste ano, em Bom Jesus do Tocantins, o professor Francisco das Chagas Fernandes foi assassinado e teve a moto roubada.
O braçal Sivaldo Sousa Silva, o “Cachorro louco” foi preso e é apontado pela Polícia como sendo o autor do crime.
Mais recentemente foi assassinado o professor Marcelo Sandro Louzeiro, 38, morto com golpes de arma branca, em Jacundá. Em ambos os casos foram vítimas de latrocínio.


Acusados trocam farpas





O adolescente de 15 anos e Paulo Geraldo de Freitas se acusam mutuamente numa tentativa de minimizar a participação deles no latrocínio.
Paulo Geraldo de Freitas disse que foi convidado pelo adolescente para participar de um roubo, do qual disse que não sabia quem seria a vítima.
Confirmou também que pelo fato de saber dirigir, a participação dele seria para roubar a camionete da vítima.
Contou ainda que ele, o adolescente de 15 anos e mais o professor, seguiram da casa da vítima, no bairro Liberdade até o balneário Geladinho, sendo que o professor dirigia o carro.
Quando chegaram no local, ainda de acordo com versão do acusado, o adolescente de 15 anos efetuou o primeiro golpe no professor, que ainda conseguiu se desvencilhar do cinto de segurança para tentar fugir.
Contudo a vítima já havia sido esfaqueada, caiu e teve o corpo esmagado pelo próprio carro. Paulo de Freitas nega que tenha passado pro cima da vítima, mas admite que sabe dirigir.
O adolescente, por sua vez, admitiu que mantinha uma relação homoafetiva com o professor Edivan Alves Pereira, cujo relacionamento era recente.
Negou que esfaqueou o amado e disse que o crime teria sido praticado por Paulo de Freitas. Confirmou ainda que recentemente o professor teria se desentendido com um cantor do bairro Quilômetro Sete, que também seria homossexual e que o motivo da briga seria por causa dele.



Internet facilitou aproximação com vítima




Bastante calmo e à vontade, o adolescente de 15 anos, acusado de ter planejado e dos executores da morte do professor Edivan Alves Pereira, confirmou que conheceu o professor através de uma sala de bato papo numa rede social a exemplo de infinitos outros relacionamentos que iniciam por meio desta ferramenta.
Por meio deste instrumento, o adolescente que se disse ser homossexual, se relacionava com o professor e passou a frequentar a casa deste seguidas vezes.
Esta mesma versão de como ambos se conheceram foi ratificada pelo delegado Ricardo Oliveira do Rosário que, inclusive pode ter usado estas ferramentas para identificar quem teria interesse em matar o professor.
Outras ferramentas de inteligência também foram usadas nesta investigação, contudo o policial optou em não revelar a fim de não comprometer trabalhos futuros.
O policial adiantou que, quatro dias após o crime, já tinha uma linha de investigação definida e que praticamente identificou o adolescente como um dos prováveis matadores.
Curiosamente, naquele mesmo período o adolescente de 15 anos foi morar em São Geraldo do Araguaia, divisa com o estado do Tocantins, onde foi apreendido.
Os outros dois acusados, Paulo de Freitas e Ronierisson da Silva foram presos em Araguatins e em Marabá. Os outros dois acusados podem ser presos a qualquer momento.
Outro acusado, um adolescente de 15 foi apreendido em São Geraldo do Araguaia, no sudeste do Pará e outro adolescente de 17 anos foi apreendido na madrugada desta quinta-feira (11) em Augustinópolis, no Tocantins.




Homofobia foi descartada pela Polícia




O crime, pelo fato de a vítima ser homossexual, em princípio foi tratado como questão homofóbica, mas o delegado Ricardo do Rosário descartou esta hipótese e informou que na verdade se tratou de um latrocínio. “Eles desejaram o patrimônio do professor”, comenta o delegado.
Os cinco acusados entraram na casa, renderam o professor que foi obrigado a sair com os acusados em direção ao balneário Geladinho, distante pelo menos 20 quilômetros da casa dele, no bairro Liberdade.
Neste local ele foi assassinado e os ladrões, provavelmente retornaram para a casa da vítima onde furtaram diversos objetos de valor entre eles, duas televisões grandes, notebook e uma moto Fan, 150, vinho.
Edivan Pereira levava uma vida reservada, contudo, costumava receber várias visitas na casa dele, a maioria jovens que aproveitavam da vulneralidade do professor e, aparentemente tiravam proveito financeiro.
Quando a notícia da morte dele se espalhou, uma das primeiras linhas de investigação da Polícia foi o provável rompimento de um relacionamento com um parceiro, com o qual conviveu durante quatro anos, mas esta hipótese foi logo descartada.
Restava então outras linhas entre elas a de latrocínio. Na casa do professor não havia sinais de arrombamento. Os policiais deduziram que os invasores tiveram ajuda de alguém que conhecia o professor.
Esta pessoa seria o adolescente de apenas 15 anos, que inclusive mantinha relação homoafetiva com o professor.
Tanto os acusados maiores de idade, quanto os adolescentes devem ser autuados por latrocínio. Os maiores, caso sejam condenados devem ser sentenciados em até trinta anos e os adolescentes, no máximo fica três anos internado.




Ao pai sobrou a dupla frustração





O pai do adolescente quando viu o filho apreendido se disse frustrado, triste, mas ao mesmo conformado pelo fato de o filho ai ser internado no CIAM e receberá diversos tipos de atendimentos que dificilmente ele teria condições de custeá-lo.
Contou que sai, todos os dias, por volta das 5 horas da madrugada para trabalhar em um frigorífico e só retorna para casa no final da tarde e à noite estudava, portanto não tinha condições de acompanhar a rotina do filho.
No tocante à orientação sexual do adolescente disse que desconfiava, mas ainda não tinha conversado abertamente com o filho. “É lamentável, a gente cria e os filhos fogem ao nosso controle”, comenta.
Por fim, disse que o filho dele saiu de casa e mantinha amizades com homossexuais, pessoas acusadas de roubo, entre outros e que aparentemente pretendia levar uma vida independente e acabou se encalacrando com a Justiça.




Presos e apreendidos




Paulo Geraldo de Freitas o Paulinho

Ronierisson Rocha da Silva (taxista – liberado)

Rone Mota Rodrigues (cantor)

Um adolescente de 17 anos

Um adolescente de 15 anos





Objetos roubados




2 - Televisões de última geração – 1 foi recuperada

2 - Câmeras fotográficas

1 – Câmera filmadora

1 – Microndas

1 – Datashow

1 – Moto Fan, 150

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