sexta-feira, 1 de julho de 2011

Catapora “derruba” delegada

Catapora estraga férias da delegada Adriana Sacramento 
 

 


A delegada Adriana Sacramento Silva, da DEAM, programou uma viajem de férias neste mês de julho. Estava tudo acertado, não contava, porém que uma catapora pudesse estragar tudo.
Invocada é pouco para definir o comportamento da combativa delegada. Além da convalescência da doença alguns sinais podem estragar a beleza da mulher. É mole, hein, tira um fino

Contrabandista continua preso

Camionete entrou o país de forma ilegal (Foto: Edinaldo Sousa)




Até ontem, continuava preso no Centro de Recuperação de Marabá o comerciante José Augusto Alves de Oliveira 33. Ele foi preso na última segunda-feira quando circulava numa camionete preta F-150, placa XOO-3965, Carolina do Sul (EUA). O veículo teria sido importado ilegalmente.

Ele foi parado numa barreira da Polícia Rodoviária Federal (PRF), às proximidades da rotatória do Quilômetro Seis.

Dentro do veículo os agentes encontraram diversos produtos importados, todos de marca, entre eles, óculos, celulares de última geração, roupas e perfumes. A mercadoria teria entrado no país de forma ilegal.

Além destes objetos, o comerciante carregava ainda um tatu morto. Conduzido até a delegacia da Polícia Rodoviária Federal o acuado foi atuado pela delegada Juliana Dourado Sant’anna por descaminho e crime ambiental.

quarta-feira, 29 de junho de 2011



 
Hidrelétrica de Tucuruí causa benefícios e danos


Justiça manda Eletronorte compensar índios



A Justiça Federal em Marabá determinou que a Eletronorte implante programa de medidas compensatórias e mitigatórias em favor da comunidade indígena Asurini do Trocará, impactada pela construção da usina hidrelétrica de Tucuruí.

O juiz Carlos Henrique Borlido Haddad deu prazo de 60 dias e determinou multa diária de R$ 10 mil e a cassação da licença de operação da usina, em caso de descumprimento da decisão.

A decisão atende a pedido do Ministério Público Federal, através do procurador da República em Marabá, Tiago Modesto Rabelo. O processo se baseia em estudo de impactos socioambientais, patrocinado pela própria Eletronorte e acompanhado pela Funai, que identificou os danos que vinham sendo causados aos índios desde a implantação do empreendimento.

O estudo foi realizado por recomendação do MPF entre os anos de 2005 e 2006, mas até hoje a Eletronorte não implantou o programa de ações compensatórias apontadas por ela mesma como necessárias à mitigação dos impactos.

De acordo com o estudo, a barragem provocou graves impactos sobre a Terra Indígena Trocará, agrupados em três categorias. Ocupação do entorno, com descontrole do acesso de pessoas à terra indígena, conflitos com fazendeiros e assentamentos do entorno, além da substituição da língua nativa pelo português, introdução de DST, entre outros.

Crescimento de Tucuruí, com uso inadequado de energia elétrica, aumento do alcoolismo e tabagismo, facilidade de crédito para aquisição de bens de consumo, casamento com não- índios, entre outros, e alteração das águas do rio Tocantins, com redução de espécies da ictiofauna e mudanças dos hábitos alimentares” (ictiofauna – fauna de peixes da região)

Em diversas reuniões com o MPF, a Funai e a comunidade indígena, a Eletronorte chegou a reconhecer a necessidade de implantação do programa, tendo concordado em apresentá-lo, mas vinha descumprindo os compromissos assumidos, frustrando as expectativas da comunidade e adiando indefinidamente as ações compensatórias.

O juiz concorda com o MPF que há “perigo de dano irreparável, decorrente do processo de dizimação da cultura indígena. Trata-se de processo gradativo que, se não for interrompido, pode levar ao genocídio da comunidade indígena em questão”. 

A decisão é do dia 16 de junho e a Eletronorte ainda pode recorrer. O MPF também não descarta a possibilidade de acordo judicial, desde que favorável aos interesses da comunidade indígena.


terça-feira, 28 de junho de 2011

Duplo homicídio de extrativistas vira documentário

José Claudio foi morto com descarga de cartucho caseiro

Maria pode ter sido morta em queima de arquivo (Fotos: Edinaldo Sousa)



 



Em julho deste ano, jornalistas da Inglaterra desembarcam em Marabá e devem permanecer na região por vinte dias.
Durante este período coletam informações e depoimentos de diversas pessoas ligadas ao campo.
O material deve robustecer um documentário, de 1 hora sobre a vida e morte do casal de extrativistas, José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva, mortos no dia 24 de maio em Nova Ipixuna.
O documentário, inicialmente será exibido no canal Al-Jazeera English e vai tentar contar a história daquilo que aconteceu com José Claudio e Maria do Espírito Santo.
O jornalista Tom Philips deve dirigir o documentário, juntamente com correspondente da Al-Jazeera no Brasil, Gabriel Elizondo.
Entre os entrevistados, este post foi convidado a participar do documentário. Fomos o primeiro repórter a chegar no palco do duplo homicídio.

domingo, 26 de junho de 2011

Já foram tarde (venda nos olhos)

O texto é do meu amigo Chagas Filho, postado no blog dele, o Marabá terra bendita, leiam e reflitam



Escrotos, voltaram para o lugar donde vieram.
Foram embora bem na hora.
E já se foram tarde.
Nenhum de nós há de sentir sua falta.
Muito menos nós, os ilhados.
Agora sim.
Tenho o direito de ir e vir.
Agora sim.
Tenho uma rodovia inteira pela frente, toda liberada...
Posso embarcar no meu ônibus lotado e suado.
E ganhar o meu pão miserável.
Posso ir ao trabalho e ser demitido.
Posso ir ao médico e passar oito horas na fila de espera.
Posso fazer minhas compras tranquilo.
Posso pagar cinco reais num quilo de tomate.
Posso xingar-lhes sem ganhar uma porretada na cabeça.
Posso.
Posso ir, vir, voltar, pular, rodear, passar direto, fazer voltas.
Enfim, posso curtir minha miséria.
A miséria que não é só minha.
É também dos infelizes que levaram suas barracas para longe daqui.
Mas pelo menos...
Pelo menos eles foram embora.
Já foram tarde, esses brigões, esses valentões.
Esses aí que acham que têm o direito de existir.
Que acham que têm o direito de ir e vir.
Já foram tarde.
Já foram...
Tarde.
É tarde.
Nunca é tarde.