terça-feira, 12 de julho de 2011

Torjac projeta Jacundá em nível nacional



Carlos Millaneze (Carl) e Jeferson de Souza (Negão da C&A)


Pescadores esportivos minutos antes da largada do Sétimo Torjac

Concentração total de pescadores em busca do grande tucunaré

Praticamente todas as 1,1 mil ilhas do Lago estão preservadas


Indubitavelmente o município de Jacundá se inseriu na rota do turismo no sudeste do Pará. Neste final de semana realizou o 7º Torneio de Pesca Esportiva que reuniu 113 pescadores, em 48 equipes, sendo 17 trios e 31 duplas. (Ver Box com as respectivas colocações)

O município que já foi destaque nacional como sendo um dos mais violentos do país no final da década de 90, se projeta como sendo um dos mais bem estruturados quando o assunto é pesca esportiva.

Para se ter uma idéia, o município encerra um circuito de pesca esportiva no sudeste do Pará. Eventos semelhantes são realizados em Tucuruí e Piçarra.

Os amantes da pesca esportiva não medem esforços para participar do evento, a exemplo de uma dupla que veio do Amazonas para participar do torneio e conhecer a região.




Vencedores do sétimo Torjac


Eduardo e Eduarda Barbosa de Souza, pai e filha: essa foi a dupla que fisgou o maior tucunaré do Sétimo Torjac. O “bruto” pesou 4.575 gramas e 64 centímetros. Eles competiram pela categoria especial.
Na categoria comum, o primeiro lugar ficou com Raimundo Ambrósio Filho. Ele pegou um tucunaré de 58 centímetros e 3.050 gramas.
Com 28.131 a dupla Alencar e Nonato, de Tucuruí fiou em primeiro lugar na categoria comum.
As equipes Savage, Du Bacana e Taiaçu conquistaram respectivamente a primeira, segunda e terceira colocação na categoria especial. Durante dois dias de pesca foram capturados 205 tucunarés.

Malandragem – Durante o torneio a comissão organizadora da Secretaria de Meio Ambiente e Turismo (Sematur) flagrou um ribeirinho com seis tucunarés num tonel e se propunha em vender os peixes aos competidores.

Os peixes foram soltos e o ribeirinho advertido. A denúncia partiu do pescador esportivo Carlos Tozzi Milaneze, o Carl.  A iniciativa dele foi bastante elogiada, uma vez que não só deixou de comprar os peixes e condenou quem o faz.



União de esforços contra pesca predatória



Presente ao encerramento do 7º Torneio de Pesca Esportiva de Jacundá o secretário de pesca e aqüicultura, Asdrúbal Bentes conclamou aos prefeitos dos sete municípios do entorno do Lago de Tucuruí para se unirem para combater a pesca predatória.

As chamadas redes de arrasto, amarrador e a pesca de arpão feita geralmente à noite, contribuem significativamente para a diminuição da piscosidade no Lago de Tucurui.

A colônia de pescadores de Jacundá não apresentou números absolutos a respeito dessa diminuição, mas é voz corrente entre os pescadores essa acentuada diminuição da quantidade de peixes.

Pra se ter uma idéia, apesar de os números deste ano do torneio revelarem peixes próximo de cinco quilos, a grande maioria ficou em peixes abaixo da medida exigida que era de 33 centímetros para o Tucunaré.

Para Asdrúbal Bentes, porém apenas o combate à pesca predatória através de uma fiscalização concatenada entre os sete municípios não resolve o problema.

Ele defende que haja criação de peixes em tanque redes. Para tanto citou que em Breu Branco há um projeto desta natureza em andamento e conta com cem tanques redes.

“Vamos montar uma equipe de fiscalização para atuar nos sete municípios do Lago, mas também vamos buscar parcerias com a Eletronorte que apóia Breu Branco e nada mais justo também apoiar os sete municípios”, comenta.

Integram o grande lago de Tucuruí os municípios de Itupiranga, Nova Ipixuna, Jacundá, Goianésia, Breu Branco, Tailândia, Tucuruí e Novo Repartimento. Todos tiveram territórios alagados e recebem royalites da Eletronorte.