Laudo e GPS dizem que aeronave não pulverizou herbicida em acampamento do MST
A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Conflitos Agrários
de Marabá (Deca), ainda não divulgou o resultado de um laudo emitido pela aeronáutica
dando conta que a aeronave da Agropecuária Santa Bárbara (Agrosb) não
pulverizou herbiciada em acampamento do MST, na fazenda Fortaleza, vizinha à
fazenda Cedro, zona rural de Marabá.
A reportagem teve acesso ao resultado do laudo por meio de
fonte segura, onde, entre outras informações, atesta que o avião pulverizou o
herbicida a uma distância mínima de 1,5 mil metros do acampamento Helenira
Rezende.
O MST denunciou o caso em março deste ano, ocasião em que os
sem terra disseram que o avião pulverizou o herbicida no acampamento,
inclusive, várias matérias postadas em redes sociais há depoimentos de sem
terra que dizem ter passado mal após a pulverização do herbicida Glifosato
Potássico, o agrotóxico com maior volume de vendas no Brasil.
A reportagem manteve contato breve com o titular da Deca, Waney
Alexandre, entretanto o policial não quis adiantar o resultado do laudo, mas
confirmou que o inquérito policial está bastante adiantado e que deve enviar o
relatório ao juiz titular da Vara Agrária Regional, Amarildo José Mazutti, na
próxima semana.
De fato, a peça deve confirmar o que a reportagem apurou, a pulverização
aconteceu, mas somente na área de pasto da fazenda e não no acampamento. A intenção
da Agrosb é preparar o solo para cultivo de soja e milho, tanto que máquinas e
implementos estão de prontidão.
Inclusive, parte do rebanho bovino foi remanejado da Cedro e
tão logo cessarem os conflitos agrários a atividade agrícola começa e deve
movimentar e aquecer a economia local.