quinta-feira, 10 de maio de 2018



Laudo e GPS dizem que aeronave não pulverizou herbicida em acampamento do MST



A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Conflitos Agrários de Marabá (Deca), ainda não divulgou o resultado de um laudo emitido pela aeronáutica dando conta que a aeronave da Agropecuária Santa Bárbara (Agrosb) não pulverizou herbiciada em acampamento do MST, na fazenda Fortaleza, vizinha à fazenda Cedro, zona rural de Marabá.

A reportagem teve acesso ao resultado do laudo por meio de fonte segura, onde, entre outras informações, atesta que o avião pulverizou o herbicida a uma distância mínima de 1,5 mil metros do acampamento Helenira Rezende.

O MST denunciou o caso em março deste ano, ocasião em que os sem terra disseram que o avião pulverizou o herbicida no acampamento, inclusive, várias matérias postadas em redes sociais há depoimentos de sem terra que dizem ter passado mal após a pulverização do herbicida Glifosato Potássico, o agrotóxico com maior volume de vendas no Brasil.

A reportagem manteve contato breve com o titular da Deca, Waney Alexandre, entretanto o policial não quis adiantar o resultado do laudo, mas confirmou que o inquérito policial está bastante adiantado e que deve enviar o relatório ao juiz titular da Vara Agrária Regional, Amarildo José Mazutti, na próxima semana.

De fato, a peça deve confirmar o que a reportagem apurou, a pulverização aconteceu, mas somente na área de pasto da fazenda e não no acampamento. A intenção da Agrosb é preparar o solo para cultivo de soja e milho, tanto que máquinas e implementos estão de prontidão.

Inclusive, parte do rebanho bovino foi remanejado da Cedro e tão logo cessarem os conflitos agrários a atividade agrícola começa e deve movimentar e aquecer a economia local.