quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Vereador em pé de guerra com DMTU

Vereadores disparam contra DMTU



Edinaldo Sousa - Em tom de revanche o vereador Antonio Hilário Ribeiro, o Antonio da Ótica (PR) disse, durante audiência ocorrida na manhã desta terça-feira (17), que está sendo perseguido pelo Departamento de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU).
Citou que dois carros dele foram apreendidos recentemente e que entendia se tratar de perseguição, porém esqueceu-se de mencionar que os veículos estavam com documentos atrasados.
A metralhadora giratória dele mirou no trabalho que está sendo feito pelos agentes do DMTU no controle do fluxo de veículos ao longo da Transamazônica, que para ele não tem utilidade.
Citou ainda que o diretor do DMTU, Antonio Ferreira Araújo, estaria tentando militarizar o órgão com a contratação de pessoas que seriam militares da reserva e que estaria perseguindo alguns servidores.
Em aparte o vereador Gerson Augusto dos Santos Varela, o Gerson do Badeco (PHS) comentou que vem acontecendo perseguições dentro do DMTU. “Fiquei muito chateado, pois os agentes me procuraram e falaram das perseguições”, comentou.
Gerson do Badeco comentou ainda que o diretor do DMTU, Antonio Ferreira Araújo pretende contratar oficiais da reserva da Polícia Militar. “O DMTU não é quartel, ele tem que respeitar o funcionário publico”, desabafa.
“Ele (Araújo) serve sim para ficar no sol quente apitando par chamar os carros”, acrescentou o vereador Antonio da Ótica dizendo que o “Araújo acha que está fazendo bonito, mas está fazendo papel de palhaço”, pontuou.
Por sua vez, o vereador Leodato da Conceição Marques tentou apaziguar os ânimos e aconselhou aos vereadores a moderar os discursos quando fossem se referir a alguma autoridade.
Outro lado – Por seu turno o DMTU, Antonio Ferreira Araújo disse que está na rua porque visa o bem estar da população e também em função da necessidade em face à obra de duplicação da Transamazônica.
Alem do mais, informou que o DMTU está com contingente reduzido, motivo pelo qual auxilia no trabalho dos agentes. Inclusive por conta dessa obra, praticamente todos os outros trabalhos de fiscalização do trânsito em Marabá estão parados.
“Como é uma obra feita em parceria com a Prefeitura e tendo em vista que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) não tem contingente para auxiliar no trânsito compete a nós fazermos esse trabalho”, lembra.
A respeito das afirmações dos vereadores que disseram haver perseguição a funcionários no DMTU, Araújo negou, porém lembrou que se algum carro do vereador Antonio da Ótica foi apreendido é porque estava irregular.
“Não dou ordem para os agentes prenderem carros faz parte do nosso mister, porém se o carro dele foi apreendido é porque estava irregular, pois quem anda legalmente não tem porquê ter o carro apreendido”, esclarece.
A respeito das contratações, Araújo informou que sugeriu ao prefeito de Marabá, Maurino Magalhães de Lima (PR), que contratasse pessoas experientes e com capacidade técnica para auxiliar no trabalho do DMTU e que são ex-vigilantes e até mesmo militares do Exército Brasileiro (EB) e da Polícia Militar.
“Se os vereadores têm, ou conhecem alguém que tem experiência e que capacidade técnica para atuar no trânsito de Marabá que indiquem para o prefeito, pois precisamos dessas pessoas”, afirma.
Por fim Araújo deixou claro que essas contratações, caso aconteçam tem de ser em caráter temporário até que a Prefeitura realize concurso para preencher as vagas no DMTU.
Ele citou que atualmente o órgão conta com 42 agentes, mas que por turno apenas dez trabalham nas ruas, número que considera aquém da necessidade. “Precisamos de mais agentes, pois a demanda é grande”, conclui.
Pra se ter uma idéia em Marabá, trafega em média de 70 mil veículos por dia, sendo que essa frota cresce pelo menos 20% ao ano enquanto isso o número de agentes vem diminuindo a cada ano por vários motivos. “Precisamos de mais agentes”, justifica.



Mudanças visam otimizar fluxo



Inobstante às queixas de diversos comerciantes que mantém bares e restaurantes na avenida Marechal Deodoro, Orla do Rio Tocantins o coordenador do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU), Antonio Ferreira Araújo informou que tais medidas visam otimizar o fluxo de veículos.

Araújo reconhece que a Orla é o principal cartão postal de Marabá e que neste local os empresários colocam as cadeiras, porém do ponto de vista de segurança ele disse que as cadeiras e mesas não podem e não devem disputar o mesmo espaço com os carros.
“Se acontecer um acidente no local, fatalmente a vítima vai entrar na Justiça contra a Prefeitura e com certeza irá ganhar a causa, então é preferível tomar uma medida antipática agora e evitar um acidente no futuro, pois com certeza o fluxo de carro naquela artéria vai aumentar consideravelmente”, explica.
Recentemente foram modificadas os fluxos de carros na avenida Silvino Santis, no bairro Santa Rosa e na avenida Marechal Deodoro.
A avenida Silvino Santis se transformou em mão única, ou seja, os veículos apenas entram para a Marabá Pioneira.
Enquanto que o sentido inverso é feito pela avenida Marechal Deodoro, lembrando que do trecho entre a travessa Mestre Olívio até a praça São Félix de Valois é mão única.

Soldado do EB envolvido em assalto

Soldado do EB e amigo roubaram promotora em Marabá



Desde que a promotora Alexssandra Muniz Mardegan foi assaltada, no dia 24 de julho deste ano, policiais civis do Núcleo de Inteligência da Polícia (NIP) iniciaram uma investigação que redundou, na identificação de dois assaltantes.
Um deles é soldado do Exército Brasileiro (EB), David da Conceição Matos, 20 anos e outro é ex-soldado também do EB, Ramon Ribeiro Rocha, 21 anos. Este foi preso nesta terça-feira (17) após ser ouvido em interrogatório conduzido pela delegada Bruna Paolucci.
Já o soldado do EB, David Matos foi preso no final da tarde de terça-feira (17), e segundo o relações públicas da 23ª Brigada, major Paulo Cezar Crocetti o militar está em uma das celas do 33º Pelotão de Polícia do Exército (PE), onde curiosamente ele é lotado.
O assalto – A promotoria Alexssandra Mardegan foi abordada por duas pessoas, numa manhã de sábado, quando saía da casa dela. Os ladrões levaram a bolsa dela contendo alguns objetos pessoais, dentre eles um telefone celular.
O caso foi registrado na Delegacia Distrital da Cidade Nova e na semana seguinte ao roubo o NIP entrou no caso e conseguiu descobrir os autores deste roubo.
Teria sido o Ramon Rocha quem anunciou o assalto e muito embora não tenha sacado arma de fogo, mas a promotora disse à delegada Bruna Paolucci que viu uma arma debaixo da roupa dele. Os dois acusados estavam numa moto biz vermelha, placa JVS-3776, pertencente ao David Matos.
Provavelmente eles não contavam que a vítima deles seria uma promotora de justiça e pra azar da dupla é da área criminal. Após o roubo, o NIP rastreou o telefone da promotoria e conseguiu localizar os acusados.
A prisão de Ramon Rocha e o comunicado acerca do envolvimento do soldado do EB David Matos no assalto foram cercados de muitos cuidados, inclusive o caso foi mantido longe dos olhos da imprensa.
Porém esse post tomou conhecimento do caso com absoluta exclusividade e acompanhou o caso desde o assalto até as prisões dos acusados.
David Matos em depoimento, na terça-feira, negou envolvimento no assalto e demonstrou estar preocupado quanto à provável expulsão dele do EB.
Contudo, o comparsa dele, Ramon Rocha confirmou que ambos cometeram o assalto, e contou detalhes de como fizeram o roubo.
Informou ainda que este teria sido o primeiro assalto da dupla, porém a delegada Bruna Paolucci investiga para levantar se ambos estão, ou não envolvidos em outros assaltos.
O juiz Claytoney Passos Ferreira, substituto da 5ª Vara Penal de Marabá decretou as respectivas prisões preventivas de ambos os acusados.
Por sua vez a promotora Alexssandra Mardegan disse que a investigação foi rápida e que teria dito aos policiais que de fato o serviço de interceptação telefônica funciona. “Funciona, mas precisamos de mais apoio para que possamos esclarecer outros casos”, comentou a delegada Bruna Paolucci.