sábado, 8 de outubro de 2011

Sem terra presos na Mutamba e seguranças humilhados na Cedro

 


Operação realizada há pouco na fazenda Mutamba, zona rural de Marabá, resultou na prisão de pelo menos vinte sem terra. Coordenam a operação os  delegados: Alberto Henrique Teixeira de Barros e José Humberto de Melo Júnior. participam a Deca, Força Nacional e o Grupo Tático Operacional (GTO).
 
Os policiais receberam denúncia de que os sem terra estariam armados. Na quinta-feira atearam fogo em uma ponte de um dos retiros e expulsaram os seguranças.

De posse dessas informações os policiais montaram uma grande equipe e se dividiram em duas frentes até prender os sem terra. O grupo deve ser trazido para a Delegacia de Conflitos Agrários (Deca), onde devem ser autuados por posse ilegal de armas e esbulho possessório.

 
O complexo Mutamba pertence ao pecuarista Aziz Mutran e foi reintegrado no mês de agosto, mas os sem terra retornaram para a área.

Sem terra sequestram seguranças


Na manhã deste sábado, sem terra vinculados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) renderam e sequestraram seguranças da fazenda Cedro, localizada à margem da BR-155, distante cerca de 50 quilômetros de Marabá.
A advogada Brenda Santis informou este post que os sem terra, mataram três vacas às seis da manhã. Quatro seguranças foram até o local para evitar que levassem a carne dos animais, porém foram rendidos.

Pelo menos 70 sem terra saíram do mato e renderam os seguranças.  Eles foram levados para o acampamento Helenira Resende de onde saíram sem roupa, sem as armas e sem os coletes.

Além de despir os seguranças, ainda, segundo a advogada, os sem terra ameaçaram pegar o gerente da fazenda Cedro, de prenome Edmar. O clima é bastante tenso na área.

A mesma equipe de policiais que estavam fazendo operação na Mutamba, se deslocaram pra fazenda Cedro.





quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Trabalhadores paralisam trabalhos da Vale


  
Desde as 5 horas da manhã trabalhadores e dos projetos de assentamento Campos Altos e Tucumã, dos municípios de São Félix do Xingu e Ourilândia do Norte, ocuparam uma estrada que dá acesso à usina de transformação mineral, da Vale.

O projeto da empresa está localizado no município de Ourilândia do Norte, no sul do Pará, para extração do minério de Níquel e transformação em liga ferro-níquel.

Os direitos foram adquiridos pela Vale, em 2008, da empresa canadense INCO, e está em operação a partir do primeiro semestre deste ano, com 30% de sua capacidade.

As famílias que se sentem prejudicadas pelo projeto e sem atenção da empresa, aproveitaram esta data por terem informações de que diretores da empresa estão na localidade para visitar ao empreendimento.
Segue as reivindicações

Desde o ano de 2006 que vimos sendo assediados pelo projeto Onça Puma, e a partir de 2008 pela Vale, no sentido de desfazermos de nossas propriedades, só que o processo tem sido seletivo, ou seja, daquelas áreas que a empresa necessita de imediato para implantação de seus empreendimentos.

Com a primeira retirada das famílias sentimos impactos sociais na área de saúde, educação, transporte e econômica, com grande isolamento, mas entendíamos que seria possível continuarmos na área, recuperando algumas perdas.

Com a segunda retirada de famílias e a implantação da usina de transformação mineral, os problemas acima citados aumentaram, inclusive com destruição dos prédios de escolas, como também apareceram os problemas ambientais.


Outro problema é que passamos a ser vigiados, ameaçados e humilhados, pelos guardas da empresa que todos os dias estão a nos perturbar, retirando a nossa liberdade.

Neste período a vale mandou fazer um levantamento sócio-econômico que de nada nos valeu, por isto temos insistido com  a empresa para que providencie o remanejamento de todas as famílias que ainda estão no PA Campos Altos, PA Tucumã e na vila Minerasul, mas a empresa não tem levado em consideração.

Diante da situação por entendermos que não temos condições de continuar na área, exigimos da Vale, o seguinte:

Remanejamento e indenização integral  e imediata das famílias que ainda se encontram no  PA Campos Altos, Vila Minerasul e algumas famílias do PA Tucumã;

Garantia de um fundo de uso coletivo coletivo p/ colônia Santa Rita, para superação de suas perdas;

Construção de um centro de convivência (formação, cultura, lazer e produção) na colônia Santa Rita;

Conclusão imediata dos projetos sociais  iniciados na colônia Santa Rita.


Ourilândia do Norte PA, 05 de outubro de 2011.  

Associação dos peq. Prod. Rurais da Colônia Santa Rita.


Associação dos peq.prod.  do PA Campos Altos.


Associação de Moradores da Vila Minerasul.


Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Tucumã.
 

Sentença mantida e Maurino cassado

Maurino chora quando diplomado e ultimamente, ante a cassação


 


São muitas emoções, a cada instante tem um fato novo surgindo no caso envolvendo a cassação do prefeito de Marabá e seu vice, Maurino Magalhães de Lima e Nagilson Rodrigues Amoury, cassados na manhã da última segunda-feira, por crime eleitoral praticando durante a campanha de 2008.

A informação mais recente deste caso é que o juiz José Rubens Barreiros de Leão exarou liminar, aceitando a sentença prolatada pela juíza Claudia Regina Moreira Favacho Moura e que cassou ambos.

Portanto, numa linguagem mais acessível, Maurino e Nagilson, continuam cassados, até que surja outra decisão, tornando sem efeito a sentença da juíza Claudia Moura.

Enquanto isso o vereador Nagib Mutran Neto (PMDB) continua prefeito de Marabá até que o deputado estadual João Salame Neto (PPS) se decida se vai, ou não assumir a Prefeitura. Ele tem cinco dias úteis para se decidir. O prazo começou a ser contado deste ontem (4).

Logo mais, outros detalhes dessa sentença do juiz Leão. Para quem não se lembra, a defesa de Maurino se apegava a uma liminar concedida por Leão, no dia 30 de setembro, porém só deu entrada na Comarca de Marabá, às 11h30, duas horas após a promulgação da sentença da juíza Claudia Moura.

A liminar em tela sugeria que o processo fosse paralisado até fossem ouvidas todas as testemunhas da Investigação Judicial Eleitoral, porém a juíza já tinha sentenciado o caso, o que tornou sem efeito a liminar, portanto.

O Silêncio do Pagão


Da ausência de Deus

Deixem-me lhes contar.
A penúria financeira crônica me impediu de atualizar Quaradouro: acabaram-se os créditos do modem e faltaram os trocados para pagar a conta.
E isso, Deus seja louvado!, justamente no período em que Lúcifer (do latim, lucem ferre, o “portador da luz”), resolveu dar uma freada de arrumação nessa carroça mal administrada chamada Marabá, sesmaria de sua jurisdição, e derrubar o carumbé que ele permitiu fosse colocado lá em riba só para ver no que ia dar.
Pelo visto, soou estranho meu silêncio.
Até o sacana do Edinaldo Sousa me liga perguntando se eu recebera algum para ficar calado, e eu lhe disse que não, senão eu teria comprado um modem novo para continuar metendo a colher enferrujada no caldeirão de enxofre.
Agora, usando computador de serviço, fiz primeiro a ronda pelos blogues para me atualizar e olhem aí o tantão de informações.
Até voltou à tona o caso da vereadora irremovível Ismaelka que, parece, agora vai.
Pra onde, eu não sei, mas deve ir, por conta da chacoalhada do lucífero mandão.
O Maurino já foi. 
A despeito da celeridade processual do TRE-PA que, quando quer, chega a cem mil quilômetros por hora na confecção de liminares, o Maurino foi-se.
Um espanto! Tudo certo como dois e dois são cinco.
Aí, o senhor feudal que nos administra mete a mão no saco infindável de suas maldades e põe na prefeitura o responsável por um dos períodos mais negro da nossa história.
Agora estou pensando se ainda vai valer a pena tentar conseguir um modem novo.
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Da, misericors Deus: ut haec salutaris oblatio et a propriis nos reatibulus indesinenter expediat, et ab omnibus tueatur adversis.
(Concedei, ó Deus misericordioso, que esta oblação salutar nos livre, sem demora, da pena de nossas próprias culpas, e nos defenda contra todas as adversidades) 


Extraído do blog: Quaradouro

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Maurino cassado e Nagib assume


   
Ao contrário do que o advogado Fábio Sabino disse hoje pela manhã na imprensa marabaense, o prefeito Maurino Magalhães de Lima e seu vice, Nagilson Rodrigues Amoury, continuam com os mandatos cassados por crime de Caixa 2, durante a campanha eleitoral de 2008.

Em sentença prolatada nesta terça-feira, a juíza Claudia Regina Moreira Favacho Moura dilatou o prazo para que o deputado estadual João Salame Neto (PPS) assuma ao cargo nos próximos cinco dias.

Enquanto o deputado não se decide e, considerando que o município não pode ficar acéfalo, a magistrada determinou que fosse notificado o presidente da Câmara de Vereadores de Marabá, vereador Nagib Mutran Neto para que assuma ao cargo durante este período.

Maurino e Nagilson tiveram seus mandatos cassados às 9 horas da última segunda-feira (3). Esta foi a segunda vez que ambos são afastados dos cargos neste mandato.

No início deste ano, o juiz Cristiano Magalhães Gomes os afastou neste mesmo processo de Investigação Judicial Eleitoral.

Entre outras coisas, consta nos autos desse processo que a irmã do vice-prefeito, advogada Nágila Amoury recebera, no dia 3 de outubro de 2008, R$ 15 mil de um empresário a título de pagamento de advogados que trabalhariam na dia da eleição.

Este recurso não teria sido contabilizado. O que em tese configura-se crime eleitoral. Maurino Magalhães se apegava a uma liminar deferida pelo juiz José Rubens Barreiros de Leão, no dia 30 de setembro, porém só deu entrada na Comarca de Marabá por volta das 11h30, portanto duas horas e meia após a promulgação da sentença da magistrada.


segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Rildo Brasil apela para solidariedade

Rildo Brasil, o sorriso é marca registrada, mas precisa de ajuda



 

Um dos mais renomados cartunistas e chargistas de Marabá, Rildo Brasil, apela para a solidariedade dos amigos para que seja submetido a uma cirurgia para retirada de “pedras” dos rins.

“Fico triste em saber a que ponto cheguei para poder me curar, mas tenho que fazer algo se eu quiser continuar vivendo. Relutei muito para não tornar público, mas não tenho outra alternativa.

Passei alguns anos sofrendo com um cálculo renal. O tempo foi passando e eu nem aí. Agora, passados alguns anos estou numa situação complicada.

Sinto dores todos os dias. Tomo remédios fortíssimos por conta de tanta dor, alguns deles não fazem mais efeito. Fiz exames em Teresina (PI) e no mês passado em Belém do Pará. Todos os médicos me disseram a mesma coisa. Tenho de ser operado.

A cirurgia que será feita não é a de corte, pois ela não é indicada nesse caso, tenho que fazer uma que é usada um cateter pelo ureter até chegar ao cálculo, depois ele é triturado e descerá normalmente protegido por uma mangueirinha.

O pior, não é realizado pelo SUS. Não tenho condições de fazer, e se fosse teria que entrar numa fila imensa, acontece que eu não tenho tempo para esperar, ao ponto de me causar mais danos. A cirurgia custa 10 mil reais.

Os cálculos renais são em número de 3, um no rim esquerdo e dois, os maiores no rim direito, um de 2.8cm e o outro 1.6cm e são grandes para ser retirados com o laser.

Diante desse relato venho de público, pedir aos verdadeiros amigos que me ajudem com qualquer valor para que eu possa salvar meus rins e conseqüentemente, salvar minha vida.

A imprensa de Marabá já está organizando um torneio de futebol em meu favor, um amigo está bolando uma festa beneficente.

Os interessados em me ajudar depositem qualquer valor em minhas contas: Banco do Brasil, Ag. 4222-6, Conta corrente: 47.251-4
Banco Itaú: Ag.: 0946, Conta corrente: 29215-8, grato Rildo Brasil Cartunista e Artista plástico

Nós aqui do Jornal Opinião estamos nos cotizando para depositar uma quantia na conta do nosso amigo. Força “Gordo”, para que possamos pescar outras vezes.




Liminar sem efeito e Maurino continua cassado



Muitas emoções no caso envolvendo a cassação do prefeito Maurino Magalhães de Lima. Há pouco fomos informados, por fonte segura, que a liminar deferida no final do mês de setembro, pelo juiz José Rubens Barreiros de Leão perdeu o efeito.

O documento previa que o processo de Investigação Judicial Eleitoral parasse e que ajuíza Claudia Regina Moreira Favacho Moura não sentenciasse.

Porém, a magistrada, promulgou sentença por volta das 9 horas da manhã de ontem, enquanto a liminar do juiz Rubens Leão só deu entrada no Fórum de Marabá, às 11h30, portanto tardio.

Para uma fonte segura do Fórum de Marabá, Maurino Magalhães e seu vice-prefeito devem ingressar com outra medida judicial a fim de reingressar ao cargo.

Máfia do Pronaf desvia R$ 70 milhões




A máfia do Pronaf age em vários municípios do Brasil. Isso não é nenhuma novidade. E geralmente contam com apoio, ou ajuda para que os golpes dêem certo.

São milhões, que se usados corretamente, poderiam alavancar a agricultura familiar no Pará, porém, geralmente são sugados pelo ralo da corrupção e benefeciam uma meia dúzia.

Em município da região sudeste do Pará, nos últimos, houve um desvio da ordem de R$ 70 milhões de reais do Pronaf.

A Polícia Federal, segundo fonte segura, está no encalço dos “espertalhões” e a qualquer momento uma “bomba” pode estourar a qualquer momento.

Este pôster tomou conhecimento onde a máfia está imperando, porém por fidelidade à fonte, prefere não revelar, pelo menos por enquanto.

Maurino e vice cassados

Claudia Moura "canetou" Maurino à esquerda, ao lado do militar

 


A juíza eleitoral, Claudia Regina Moreira Favacho Moura, cassou, na manhã desta segunda-feira o diploma e os conseqüentes mandatos do prefeito e vice de Marabá, Maurino Magalhães de Lima e Nagilson Rodrigues Amoury.

A magistrada entendeu que houve a prática de Caixa 2 durante a campanha eleitoral de 2008 pela chapa que elegeu ambos.

Uma série de doações e prestações de serviços à coligação, não teriam sido declarados à Justiça Eleitoral.

Depois de enumerar diversas irregularidades a magistradas conclui. “Pelo exposto, com esteio no artigo 30-A, parágrafos 1º e 2º da Lei 9504/97, julgo procedente a ação de investigação judicial eleitoral, por arrecadação e gastos de recursos em campanha em desacordo com a lei e determino a cassação dos diplomas e conseqüentes mandatos dos representados Maurino Magalhães de Lima e Nagilson Rodrigues de Amoury”, narra trecho.

Em seguida a magistrada determina o imediato afastamento dos representados dos cargos de prefeito e vice-prefeito de Marabá.

Determinou ainda que o segundo colocado, no caso o deputado estadual João Salame Neto para tomar posse e assumir a titularidade dos cargos de prefeito e vice de Marabá. 

Esta é a segunda vez que ambos são afastados pro crime eleitoral. O juiz Cristiano Magalhães Gomes, no dia 25 de janeiro deste ano, determinou o afastamento de ambos, neste processo por entender que havia um claro interesse protelatório a fim de que a investigação judicial não prosseguisse. 
Maurino Magalhães deve recorrer da sentença para se manter no cargo até que seja julgado o mérito da ação. Na manhã de ontem ele foi notificado, assim como o deputado João Salame, que em princípio, segundo fonte segura, não tem interesse em assumir.