terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Dupla execução na madrugada


Carreira de crimes encerrada à bala



Os ‘anjos da morte’, mais uma vez ditaram as regras em Marabá e na madrugada do domingo (4), por volta das 4 horas da madrugada executaram duas pessoas acusadas de ser assaltantes: Luís Carlos Teixeira Santos, 20 anos e Renato Gomes da Silva, 23 anos. Ambos foram mortos com dois e um tiros, todos desferidos nas cabeças e à curta distância.


Os dois tombaram mortalmente em frente à casa situada na Folha 17, quadra 09, Lote 09, Nova Marabá. No local, evidentemente prevaleceu a lei do silêncio já que no horário do crime a rua estava praticamente deserta.

Uma coisa é quase certa: as vítimas foram rendidas antes de ser executadas, tanto que os tiros que atingiram a cabeça da vítima Luís Santos foram dados, à altura do osso occipital (parte inferior do crânio) e de cima pra baixo.

A outra vítima o Renato da Silva foi alvejado com um tiro, disparado na cabeça por trás, cujo projétil transfixou entre os olhos. A rigor, todos os projéteis transfixaram.

No palco do crime, peritos do Centro de Perícia Científica Renato Chaves de Marabá recolheram algumas cápsulas de pistola calibre 380, o que dá uma eventual identificação da arma.

Se por um lado faltam maiores informações a respeito desta dupla execução, por outro sobram especulações. As duas vítimas seriam assaltantes e na madrugada teriam se desentendido com terceiros numa boate
do bairro Quilômetro Sete, Nova Marabá e os matadores devem ter seguido ambos até a Folha 17, onde realizaram a execução.

A outra hipótese levantada por terceiros, seria que Luís Carlos e Renato da Silva teriam roubado e humilhado um comerciante na madrugada e por conta disto perseguidos e mortos.

Especulações à parte, de certo é que este é mais crime que tem grandes chances de cair no esquecimento e os matadores ficarem impunes, tendo em vista que a Divisão de Homicídios de Marabá tem poucas informações a respeito do caso.

Pra se ter idéia da precariedade do sistema policial, e não por conta da falta de empenho, ou por incompetência, mas por absoluta falta de investimento no setor de segurança pública, sobretudo no que diz respeito à reestruturação da Divisão de Homicídios, que literalmente capenga por falta de investigadores full time.

Tamanha é a deficiência, como observou uma fonte segura, que esta especializada, montada no início do ano passado, conta apenas com um delegado e uma escrivã atualmente. 

Por conta disto, os casos de homicídios vão se acumulando e se transformam em números frios da impunidade. Atualmente são 31 homicídios sendo ‘investigados’, sendo que praticamente todos os casos estão com autores indefinidos.