segunda-feira, 23 de julho de 2012

“Mar de Lama” deflagrada em breve

Delegado Álvaro Ikeda conduz documentos que podem provar esquema



Afinal qual o desfecho da operação “Caçamba fantasma”, deflagrada no mês de abril deste ano e que investiga suposto desvio de piçarra e pagamento milionário?
Esta é indagação recorrente entre muitos setores da sociedade marabaense, sobretudo porque a operação causou um grande rebuliço, quando investigadores e o promotor Ramon Santos Furtado, entraram na Secretária de Finanças e Obras em busca de documentos que pudessem comprovar o esquema fraudulento.
Em princípio os policiais o promotor acreditam que a Prefeitura de Marabá, pagou quase R$ 7 milhões em piçarra nos últimos dois anos.

O empresário Mário Marcelo Fronczak Rocha, dono da empresa da empresa M.M.Fronczak-ME, fornecedora de piçarra para a Prefeitura teria sido o beneficiado no esquema.
À época da deflagração da operação ele negou que estivesse participando de algum esquema e que forneceu todo o material descrito nas notas fiscais e que e não  tinha recebido todos os pagamentos apontados no site da Prefeitura.
Comentou ainda que se houve algum desvio de material não lhe diz respeito, pois tem como provar que forneceu todas as quantidades de piçarra descritas nos mapas de saídas.
No site da prefeitura (marabá.pa.gov.br) consta que houve pelo menos 15 pagamentos entre 20 de janeiro de 2.010 a 21 de dezembro de 2.011 e perfazem R$ 7.454.673,02.
Pra se ter uma ideia, no mês de novembro de 2.011 o site aponta que houve três pagamentos. Nos dias 10, 21, e 30. Juntos somam R$ 1.935.802,10.
Outros dois pagamentos instantâneos aconteceram nos dias: 4 e 6 de janeiro de 2.011, bem como nos dias 11 e 16 de maio.
Independentemente do empresário ter alegado que não tinha recebido tais pagamentos, a investigação segue e deve culminar com outra operação, desta vez deve ser chamada de “Mar de lama”.
Este post levantou que a “Mar de Lama” deve ser deflagrada em breve, sendo que o promotor Ramon Furtado deve relatar o caso ainda esta semana.
Resta saber se nessa nova fase algum dos prováveis envolvidos no esquema devem ser presos e quando concluir o processo pode, inclusive reembolsar o município caso fique comprovado o desvio de material laterítico, conhecido popularmente por piçarra.

Empresa contratada do DNIT faz serviço particular

Operários do DNIT flagrados realizando obras em rua de Marabá


Na manhã da última sexta-feira (20) moradores da rua São Luís, bairro Belo Horizonte, em Marabá foram surpreendidos com um verdadeiro batalhão de operários que estavam realizando reparos nesta rua.
Chamou a atenção destes moradores o fato de os operários estarem vestidos com uniformes laranjas do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT).
Outra observação dos moradores é quanto à empresa a Delta, do bicheiro Carlinhos Cachoeira e que é contratada do DNIT para realizar serviços nas BR´s 153 e 230.
O trabalho de recuperação da rua aconteceu, coincidentemente bem em frente à casa de número 201, onde mora o engenheiro da Delta, Marcelo Alves.
O supervisor do DNIT em Marabá Enilson Rocha Vieira informou que a obra seria particular e que a Delta está contratada para trabalhar em Marabá apenas no perímetro urbano da Duplicação da Rodovia Transamazônica.
Lembrou que os operários não poderiam trabalhar com o uniforme do DNIT.
O flagrante, contudo vai mais além do que o simples uso do uniforme, pois no local havia uma caçamba, um utilitário e uma Kombi, todas com os adesivos da Delta e que indicavam estar à  serviço do DNIT e em pleno horário comercial, portanto em tese não poderia realizar trabalho particular.
 A estrutura estava dotada de banheiro químico, garrafas térmicas para os operários beberem água além de cones de sinalização.
O episódio, no mínimo questionável foi denunciado no Ministério Publico Federal e deve ser apurado pelas procuradas federais, Luana Vargas Macedo e Melina Alves Tostes, já que os procuradores federais, André Casagrande Raupp e Tiago Modesto Rabelo foram transferidos para Uruguaiana-RS e Petrolina-PE, respectivamente.