quarta-feira, 6 de abril de 2016

Piscicultura brasileira está em risco alerta Peixe BR





O risco de entrada no Brasil de tilápia de países que já tiveram casos do vírus TiLV (Tilapia Lake Virus, em inglês, ou Vírus da Tilápia Lacustre) pode afetar diretamente a produção brasileira, comprometendo o futuro da atividade e a possibilidade de o país se tornar um importante player do mercado mundial de piscicultura.

O alerta é de Eduardo Amorim, presidente da Associação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR), entidade que representa cerca de 50% da produção de peixes cultivados no país, que em 2015 atingiu 600 mil toneladas. A tilápia representa metade da produção.

“O Brasil tem grande potencial de consumo de tilápia, motivo pelo qual é o alvo perfeito para dezenas de países exportadores. Porém, as autoridades do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) têm de avaliar a importação com muito cuidado, pois a entrada de tilápia infectada pelo TiLV pode ser fatal para o futuro da piscicultura nacional”, ressalta Amorim.

O TiLV apareceu em 2009 em Israel e posteriormente no Equador, dizimando a população de tilápia desses países. Imediatamente, atraiu as atenções da comunidade científica e das cadeias produtivas de todo o mundo.

“Estamos muito preocupados. O TiLV é devastador. O Brasil não pode correr o risco de importar tilápia de um país que tenha o vírus. O risco é grande demais para a piscicultura brasileira, que reúne milhares de projetos produtivos e gera mais de 1 milhão de empregos diretos e indiretos”, ressalta Eduardo Amorim.

ABCZ estuda adoção de índice econômico no PMGZ

Gado zebuino brasileiro é destaque no mundo pela qualidade




A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) estuda a adoção de um índice econômico no PMGZ (Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos). Com esse objetivo, a entidade recebeu a visita de Michael MacNeil, consultor referência no assunto e com carreira consolidada com mais de 30 anos de atuação no Departamento de Pesquisa do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Durante a visita, MacNeil apresentou a metodologia de aplicação de índice econômico em programa de melhoramento genético. “O índice econômico é um modelo que atribui valor econômico a cada característica do programa de melhoramento.

Isso é um grande desafio que passa a fazer parte da agenda da ABCZ para o PMGZ”, afirma Luiz Josahkian, superintendente técnico da ABCZ, presente ao encontro ao lado de Fernando Flores Cardoso, um dos consultores do PMGZ, Drs. 

José Aurélio Garcia Bergman e Fabyano Fonseca e Silva (também consultores do programa), o Superintendente Técnico Adjunto de Melhoramento Genético da ABCZ, Henrique Torres Ventura, a equipe interna de Pesquisa e Desenvolvimento da ABCZ, Mariana Alencar e Edson Costa, e o gerente comercial do PMGZ, Cristiano Botelho.

Sobre o PMGZ – O Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ) é desenvolvido pela ABCZ desde 1984 e possui um dos maiores banco de dados com informações sobre as raças zebuínas do mundo, com mais de 14 milhões de animais na base de dados completa.

Entre os diferenciais do PMGZ está a sua equipe técnica. São mais de 100 técnicos de campo da ABCZ em todo o Brasil, especialmente treinados para orientar os criadores sobre melhoramento genético e as melhores práticas para a utilização do programa.

Atualmente, o programa controla cerca de 3.600 rebanhos de todas as raças zebuínas em todo o território nacional. Somente em 2015 foram mais de 220 mil novos animais integrados ao programa, superando assim a marca de 12 milhões de zebuínos avaliados.

A utilização do PMGZ possibilita melhorar a fertilidade do rebanho; identificar os animais mais precoces; melhorar os índices de ganho de peso; diminuir o intervalo entre gerações; colocar à venda animais testados, agregando valor aos mesmos; proporcionar aos criadores produção de animais prontos para abate mais jovens; proporcionar ao consumidor carne de melhor qualidade; diminuir o custo de produção por unidade de produto ou melhorar a relação custo/benefício; aperfeiçoar os recursos da propriedade e aumentar a lucratividade. Mais informações: www.abcz.org.br

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Maior feira do setor leiteiro dá desconto de 50%




As inscrições online de animais da raça Girolando para a Megaleite 2016, principal feira do setor leiteiro, começaram nesta segunda-feira (04/04/16) com desconto de 50% até a data de 30 de abril.  Para inscrever os animais, o criador deve acessar o Portal Web Girolando (www.girolando.com.br).  

Quem efetuar a inscrição de 1º a 25 de maio terá direito a desconto de 25%. A partir de 26 de maio, o valor será integral. O prazo final para as inscrições encerra-se no dia 5 de junho. Os descontos são referentes às inscrições para julgamento.


A 13ª edição da Megaleite será realizada de 21 a 26 de junho, no Parque da Gameleira, em Belo Horizonte (MG), e concentrará as disputas nacionais, interestaduais, estaduais e mostras das principais raças leiteiras do país: Girolando, Gir Leiteiro, Holandês, Indubrasil, Pardo-Suíço, Jersey, Guzerá e Sindi.  A Associação Brasileira dos Criadores de Girolando realizará durante a Megaleite a 27ª Exposição Nacional de Girolando. Além das disputas de julgamento e torneio leiteiro, a programação contará com leilões, palestras e fórum de debates. 

Movimentos Sociais não participam de julgamento de fazendeiros


Os movimentos sociais e os familiares de JOSÉ PINHEIRO LIMA (DEDÉ), CLEONICE CAMPOS LIMA (esposa) e  SAMUEL CAMPOS LIMA (filho menor de 15 anos), decidiram não participar do julgamento dos fazendeiros João David de Melo e Evandro Marcolino Caixeta, que será realizado no fórum de Marabá na próxima quarta-feira, 06 de abril, presidido pelo Juiz Murilo Lemos Simão. 

Os dois fazendeiros são acusados de serem os mandantes do assassinato do sindicalista DEDÉ, sua esposa e filho, no dia 10 de junho de 2001. O motivo do tripulo assassinato foi devido o sindicalista ter coordenado um grupo de famílias que no ano 2000, ocupou a Fazenda São Raimundo, de propriedade de João Davi. No local, o fazendeiro criava gado em parceria com Evandro Marcolino. A fazenda foi classificada pelo INCRA como improdutiva e desapropriada.

A decisão dos Movimentos Sociais e dos familiares de não participarem do julgamento, é uma forma de protesto contra o Tribunal de Justiça que decidiu pela realização do julgamento em Marabá. O Ministério Público e os advogados assistentes de acuação da CPT e da SDDH, ingressaram com um Pedido de Desaforamento do processo perante o Tribunal requerendo a transferência do julgamento de Marabá para Belém.

De acordo com o MP e a Assistência, o julgamento não poderia ocorrer em Marabá, devido ao poder econômico dos acusados e as influencias políticas que exercem na região. Fato que poderia influenciar na decisão dos jurados comprometendo a imparcialidade necessária e exigida pelo Código de Processo Penal. Em decisão publicada no dia 22/01/2016 os desembargadores negaram o pedido e determinaram que o julgamento fosse realizado em Marabá. 

Para os Movimentos Sociais e familiares, trata-se de um retrocesso da justiça paraense, pois, dos sete casos de mandantes julgados por crimes nos campo no na região, este será o primeiro, que o Tribunal negou a transferência do julgamento para a capital. Para os Movimentos Sociais e familiares a possibilidade de condenação dos fazendeiros em Marabá é mínima.  

A influência dos fazendeiros ficou clara no curso do processo, a principal testemunha da acusação que incriminava os pecuaristas, foi coptada pelos advogados dos acusados. Levada em um cartório de Marabá, prestou um depoimento contando uma versão totalmente diferente daquela prestada perante a autoridade policial. Há fortes indícios de que ela tenha recebido um valor em dinheiro para mudar seu depoimento em favor dos fazendeiros acusados.


No dia do crime, o sindicalista se encontrava em sua casa em Morada Nova se recuperando de uma malária que teria contraído no acampamento. Os dois pistoleiros entraram na casa, atiraram na esposa que se encontrava na sala, em seguida dispararam vários tiros contra DEDÉ que se encontrava deitado em seu quarto. 

Samuel, que no momento brincava com outros colegas nas proximidades, ao ouvir os tiros correu para a casa, ao chegar em frente à residência encontrou com os dois pistoleiros que estavam saindo de armas na mão. Um dos pistoleiros disparou um tiro contra Samuel que morreu logo em seguida.

As investigações feitas pela polícia civil foram falhas e incompletas. Os dois pistoleiros executores das mortes nunca foram identificados e presos.  O julgamento ocorrerá quase 15 anos após os crimes. Um exemplo de descaso do poder público que poderá resultar em mais uma caso de impunidade no campo.

Marabá, 04 de abril de 2016.

FETAGARI SUDESTE/CPT MARABÁ/STR MARABÁ/ SDDH e FAMILIARES DAS VÍTIMAS.