sexta-feira, 27 de maio de 2011

Charles Trocate chorou

Charles Trocate, combativo militante do MST, ameaçado




Texto abaixo foi pescado no blog do meu amigo Chagas Filho, o Terra do Nunca.

Não foi o choro dos covardes, dos que se escondem atrás de armas e mandam matar camponeses indefesos.
Não foi o choro dos donos de grandes propriedades, que proíbem a vida nas suas terras cheias de cercas e de gado.
Não foi o choro dos que criminalizam os humildes, exatamente os humildes, aqueles a quem Jesus disse que herdariam a terra.
Não foi o choro dos que contratam almas vazias para arrancar orelhas de gente morta.
Não foi o choro dos que ordenam a fome nas mesas alheias.
Não foi.
Foi o choro dos que constroem “versos de barricada”.
Dos que, a despeito de saberem que estão prestes a morrer, suam gotas de sangue, mas não arredam o pé do caminho.
Foi o choro dos bons, dos que sabem ler o mundo e ainda assim remam contra a maré.
Não há vergonha nesse choro.
O poeta não chora só por si ou pelo futuro que o aguarda. Chora pelos pequeninos, pelas almas desamparadas, proibidas de existir num país onde tanto se fala em liberdade.
“O que é? O que é? Clara e salgada, cabe num olho e pesa uma tonelada?”



quinta-feira, 26 de maio de 2011

Pescador tarado abusava de três filhas

Abusos aconteciam há três anos em São Geraldo do Araguaia

Os policiais militares, de São Geraldo do Araguaia, tenente Hélio Hernandes Oeiras Formigosa, o sargento Gilmar e o cabo Daniel, prenderam na tarde de ontem o braçal, Luiz Neto Martins Ribeiro, 33 anos, acusado de abusar sexualmente de três filhas menores dele.
Os abusos, segundo fonte confiável, aconteciam há pelo menos dois anos naquele município. O acusado aproveitava que a mulher dele estava dormindo e ida até o quarto cometer os abusos.

Na madrugada desta quinta-feira ele teria molestado as filhas de 12 e 13 anos, porém dias antes teria abusado uma filha de 11 anos.
Ele foi preso na casa dele, no bairro Alto Socorro. As duas meninas denunciaram que o pai pegava nas partes íntimas delas, fazia carícias, beijava na boca até concluir o ato insano.

Cansadas dos abusos, as duas adolescentes se armaram de coragem e denunciaram o caso à mãe delas, que por sua vez, procurou apoio do Conselho Tutelar de São Geraldo.

De posse dessa denúncia os militares foram até a casa do acusado, onde estava tranquilamente e foi conduzido até a Delegacia de São Geraldo do Araguaia.


Ele estava sendo ouvido ontem à noite a respeito das acusações. Luiz Ribeiro comentou com os policiais que as meninas estariam lhe acusando injustamente e que não cometeu crime algum.


As duas adolescentes foram encaminhadas para o Centro de Perícias Científicas Renato Chaves de Marabá onde ficou de ser coletado material a fim de ser submetido a exames de comparação com o pai delas.
Por seu turno a delegada Nilde Rosa da Silva ficou de autuar o acusado por estupro de vulnerável, ou incapaz, com base no artigo 217 A, do Código Penal Brasileiro (CPB).


Pescador, acusado de abusar das próprias filhas

Consumidor é responsável
pelo desmatamento

Ativista alerta para a preservação ambiental  

Durante seminário de preservação ambiental realizado em novembro do ano passado o ambientalista José Claudio Ribeiro da Silva 54, morto a tiros na manhã da última terça-feira (24) alertava para o desmatamento que estava ocorrendo no assentamento Praialta Piranheira e dizia que poderia ser assassinado.


O vídeo circula na Internet. Abaixo uma compilação dos principais trechos do diálogo dele a uma platéia formada principalmente de ativistas e ambientalistas do mundo todo.

“O PAEX, quando foi criado em 97, havia uma cobertura vegetal de 80%, formada principalmente por castanha do Pará e cucupaçu e atualmente, existe apenas 20% de floresta fragmentada. Essa devastação teve a contribuição indireta do Distrito Industrial de Marabá.

É um desastre para quem vive do extrativismo. Vivo com uma bala na cabeça, posso morrer a qualquer momento, pois eles acham que não devo existir.

Tenho medo, mas o meu medo não me cala cala, sou filho da floresta, dependo da dela, quando vejo uma árvore dessas em cima de um caminhão me dá uma dor. É como se fosse um cortejo fúnebre de um ente querido. É uma vergonha, não se tem uma ação contundente para impedir.

Sou castanheiro desde os sete anos, estou industrializando a castanha no meu lote, retiro o óleo, rico em selênio (antioxidante importante que protege as células contra os efeitos dos radicais livres) e o resíduo é aproveitado na culinária. A produção está indo para o mercado.

A CPT, UFPA e CNS estão me comprando esse óleo, agregando valor, pois tudo o que existe na floresta é rentável. Tudo pode ser revertido em renda, se a coisa está preta, faço cesto e vendo, e ela (castanheira) continua lá e continuo sobrevivendo dela.

Quando for comprar alguma madeira, procure a origem, só assim a gente vai conseguir frear os desmatamentos, se você disser não, o mercado vai enfraquecer e fechar, agora enquanto existir clientes que comprem coisas ilegais da floresta o desmatamento vai continuar.

A floresta é viável em pé, não tem custo, na minha propriedade produzo, aproveito a madeira que a natureza derruba e quando cai uma árvore, planto outra. Então é sustentável infinitamente, pois quando se derruba só tem recurso uma vez.

Será que esse é o futuro da Amazônia, a destruição, então é preciso refletir e vermos qual o nosso papel neste planeta”, conclui.  


Colonos interditam ponte

Integrantes do MST, Fetagri e Fetraf interditam, hoje pela manhã a ponte rodoferroviária do Rio Tocantins em marabá em sinal de protesto por conta da morte do casal de colonos, José Cláudio Ribeiro da Silva 54 e a mulher dele, Maria do Espírito Santo da Silva 53.

O casal foi morto a tiros na manhã da última terça-feira (24), quando circulavam pela vicinal maçaranduba, no assentamento Agro Extrativista Praialta Piranheira.

Os colonos exigem séria apuração desse crime e que os envolvidos não fiquem impunes. A intenção é manter a ponte interditada durante toda a manhã desta quinta-feira.

Não precisa nem dizer que o trânsito está engarrafado nos dois sentidos, assim como a ponte que está totalmente interditada e o trem da Vale está impedido de passar.

Claudio e Espírito eram ferrenhos defensores da natureza e sistematicamente denunciavam que no assentamento Agro Extrativista Praialta Piranheira madeireiros retiravam madeira ilegalmente.  

Os corpos dos dois colonos estão sendo velados no bairro São Félix e no final de manhã de hoje deve ser sepultado no Cemitério da Saudade, na Folha 29, Nova Marabá.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A fama da pior forma

A camponesa, Maria do Espírito Santo da Silva 53, esposa de José Claudio Ribeiro da Silva 54 queria ser famosa, mostrar ao mundo que é possível viver da floresta sem ter que desmatar e acabou conseguindo em parte o objetivo, porém alcançou fama por morte, tendo em vista que o mundo todo noticiou a morte dela e do marido José Claudio Ribeiro da Silva.


Ambos foram assassinados na manhã da últlima terça-feira, quando circulavam pela vicinal maçaramduba, no assentamento Agro Extrativistas Praialta Piranheira, em Nova Ipixuna.

Recentemente um documentário foi exibido pela Record em nível nacional e mundial, o casal também foi alvo de matéria exibida no Globo Rural, assim como protagonizaram um documentário dirigido pelo professor Evandro Medeiros, coordenador do Pronera.


Ela é o que se podia chamar de uma mulher obstinada. Concluiu, via Pronera, o curso de Pedagogia e ainda este ano iria ser realizada a festa de colação de grau. Recentemente ela defendeu a tese cujo tema foi: preservação ambiental.
De tanto defender a natureza, acabou entrando em rota de colisão com diversos setores e pode ter granjeado, ao longo dos 25 anos de atuação em Nova Ipixuna, diversos inimigos.


A fama, que Maria do Espírito Santo se referia a vizinhos de assentamento, tinha um único foco: provar que é possível viver da floresta de forma sustentável.


Ela, juntamente com camponesas do Praia Alta Piranheira encampava projeto de aproveitamento de sementes e óleos vegetais que seriam destinados à indústria cosmética e á culinária.
Enfim, de tanto perseguir esse objetivo, o casal enfrentou madeireiros, fotografavam os caminhões carregados de madeira, sobretudo a castanha do Pará, cujo corte é proibido por lei e pode ter sido morto por conta desta luta em defesa da natureza.


De outra parte, o que se vê, nessa região, que historicamente despreza as pessoas humildes, salvo quando são mortas, é uma grande movimentação do estado em torno da apuração do caso.
Nestes momentos sobram recursos, policiais altamente experientes na elucidação de crimes de pistolagem, como o delegado Rilmar Firmino de Souza, um dos poucos policiais civis do Pará que tem estrutura própria de investigação.

Este mesmo aparato bem que poderia ser disponibilizado quando um simples colono procura as delegacias para denunciar que está sendo ameaçado de morte, geralmente tem o desprezo como resposta.



União de esforços para elucidar crimes

O delegado Luiz Fernandes Rocha comentou ontem pela manhã que deve ser montada uma força tarefa para tentar esclarecer o duplo homicídio que aconteceu na manhã de terça-feira (24) tendo como vítimas os ambientalistas, José Claudio Ribeiro da Silva 54 e a esposa dele, Maria do Espírito Santo da Silva 53.

 A declaração foi dada durante entrevista coletiva aos principais veículos de comunicação de Marabá. As investigações devem ser conduzidas pelo delegado geral adjunto Rilmar Firmino de Souza.
Uma equipe de investigadores desembarcou em Marabá, onde devem ser centrados os trabalhos. “É difícil falar alguma coisa neste momento, estamos ouvindo algumas pessoas, mas é questão de tempo para localizarmos os envolvidos”, garante.   

De outra ponta, a Polícia Federal, se antecipou e não esperou comunicado oficial a cerca da orientação do Ministério da Justiça e ontem mesmo coletava as primeiras informações a respeito do caso.
Em princípio a investigação deve ser conduzida pelo delegado Robert Nunes, que ontem manteve contato com o delegado regional, Alberto Henrique Teixeira de Barros a fim de “trocarem informações” a respeito do caso.

“Na verdade, tudo o que vier somar é bem vindo”, comentou Luiz Rocha lembrando que uma considerável estrutura em âmbito de Polícia Civil está sendo destinado a fim de esclarecer quem está por trás desse duplo homicídio.

Secretário de segurança não sabia das ameaças

Durante a entrevista, o delegado Luiz Fernandes Rocha deixou claro que não havia registro oficial das ameaças de morte contra o ambientalista José Claudio Ribeiro da Silva e a esposa dele, Maria do Espírito Santo da Silva, mortos nesta terça-feira (24) em Nova Ipixuna.

“Vasculhamos o nosso sistema e não há registro, mas isso não é primordial neste momento o que mais interessa é esclarecer quem matou e porque matou o casal”, comenta.
“É sempre assim quando é assassinado um companheiro nosso vem a cúpula do estado, alguém diz que não tinha conhecimento das denúncias, quando o correto seria a prevenção destes crimes”, comentou José Batista, coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT).

O casal foi velado no bairro São Félix, na rua Floriano Peixoto. Ambos devem ser sepultados no Cemitério da Saudade, na Folha 29, Nova Marabá.

Entidades que militam na área de Direitos Humanos e de luta pela posse da terra, organizam um ato ecumênico, seguido de um ato público onde pretendem cobrar séria apuração deste caso.

Ambientalista sentia morte chegar

O crime, para muitos sindicalistas foi anunciado, tanto pelo ambientalista, José Cláudio Ribeiro da Silva e a esposa dele, Maria do Espírito Santo da Silva.

Pra se ter uma idéia, durante seminário realizado em Belém, José Claudio foi um dos debatedores e comentou que a qualquer momento poderia ser assassinado.

“Vou pra cima mesmo, defendo a natureza, enfrento os madeireiros e sei que a qualquer momento posso ser assassinado”, dizia.
A reportagem levantou que no dia 16 de abril deste ano, José Cláudio ofereceu a terra dele, para o pecuarista e ex-vice-prefeito de Nova Ipixuna, Adão Lima de Jesus o Adãozinho.

Naquela ocasião, o ambientalista teria dito que as ameaças de morte tinham se intensificado e que ele precisaria sair urgentemente de Nova Ipixuna.

Mais recentemente, José Claudio ofereceu a terra dele ao ex-prefeito, José Pereira de Almeida, o Zezão (PT). “As ameaças estão cada vez mais fortes, preciso ir embora senão morro”, teria comentado.

Em maio do ano passado, Maria do Espírito Santo, procurou a Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Marabá onde denunciou que dois homens procuraram José Claudio e disseram que queriam consertar uma corrente de moto.

Naquela ocasião, José Claudio não estava em casa e Maria da Silva desconfiou que os dois seriam pistoleiros, pois logo em seguida foram embora a moto em que estavam não apresentou nenhuma pane.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Pistolagem no sudeste do Pará



Casal estava sendo ameaçado de morte e na manhã desta terça-feira (24), dois pistoleiros mataram a tiros, José Claudio Ribeiro da Silva 54 e a mulher deles, Maria do Espírito Santo 53.

O crime reúne todos os enredos de pistolagem. Ambos foram mortos com vários tiros, provavelmente disparados por espingarda cartucheira e revolver calibre 38, segundo informações preliminares do perito José Augusto Barbosa de Andrade. “Mas só a perícia vai atestar quais os calibres e a quantidade de perfurações”, adianta.

José Claudio e Maria do Espírito Santo foram tocaiados quando passavam numa precária ponte do igarapé Cupu, vicinal Maçaramduba, no Assentamento Agro Extrativista Praialta Piranheira em Nova Ipixuna, distante cerca de 40 quilômetros do centro da cidade.

O casal foi pioneiro na criação desse assentamento, cuja luta iniciou em 1997, inclusive José Claudio liderou a formação deste assentamento composto por 22 mil hectares e atualmente moram famílias.

Eles travavam uma “guerra” contra madeireiros que atacavam sistematicamente aquela região e tentavam impedir a retirada de castanhas do Pará.

No início de junho do ano passado ambos denunciaram à Comissão Pastoral da Terra (CPT), que estavam sendo ameaçados de morte por conta do trabalho de preservação ambiental.

À época, segundo informou o professor Evandro Medeiros, os apelos dos dois ambientalistas encontraram eco na mídia nacional, porém em âmbito regional as denúncias deles caíram no esquecimento, tendo em vista que não houve nenhum inquérito mais apurado para tentar identificar de onde partiam tais ameaças.

De acordo com o coordenador da Comissão Pastoral da Terra de Marabá (CPT), José Batista Gonçalves Afonso as ameaças de morte sequer foram apuradas.

“A história se repete no Pará, nossos companheiros denunciam, não são ouvidos e acabam sendo assassinados”, protesta.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Nova Ipixuna, Eduardo Ribeiro da Silva reforçou a denúncia de descaso para com o casal de ambientalistas e foi mais além.

“O nosso sangue deve servir para alguma coisa, vai ser preciso morrer quantos de nós para que o Estado tome providência em relação ao desmatamento na nossa região?”, indaga.

Para ele, José Claudio e Maria do Espírito Santo deixam uma lacuna muito grande na luta campesina, porém acredita que os trabalhadores devem se unir para evitar o desmatamento completo do assentamento Agro Extrativista.

Ironicamente o corpo de José Cláudio caiu sem próximo a uma árvore “Caju de janeiro” e uma castanheira, enquanto Maria do Espírito Santo caiu numa pequena moita. Ambos não tiveram a menor chance de se defender.

Os corpos foram encaminhados para perícia no IML e devem ser velados no bairro São Félix e sepultados nesta quarta-feira em Marabá. O casal tinha apenas um filho adotivo de 16 anos e que estudava em Marabá.

José Claudio teveo corpo crivado de balas
Ironicamente, caiu sobre uma frondosa árvore
Pistoleiro arrancou orelha de ambientalista para provar crime
Maria da Silva também foi assassinada impiedosamente
Delegado Marcos Cruz tem missão de esclarecer crimes
Batista: "Estado se omitiu em apurar ameaças" 
José Claudio combatia sistematicamente o desmatamento


A orelha como prova do crime

A Policia acredita que mais de uma pessoa cometeu o crime, sendo que um deles teve o trabalho de se agachar perto do corpo de  José Claudio, tirar o capacete e em seguida cortar parte da orelha direita da vítima.

O corte seria uma prova ao mandante para atestar de fato havia mato o casal. No rastro da morte ele deixou pra trás um capu preto, muito usado por assaltantes de estrada na região.

Um morador daquela região, cujo nome a Polícia optou em não divulgar, disse que viu dois homens numa moto bros, vermelha saindo em alta velocidade em direção à Nova Ipixuna.

Esta moto, de acordo com alguns moradores do assentamento ficou escondida numa mata próxima ao córrego, sendo que os pistoleiros assim com cometeram o crime correram, apanharam o veículo e fugiram rapidamente.

A propósito, segundo diversos amigos do casal, a morte de ambos têm ligação com a luta deles no tocante à preservação ambiental.

Entre esses amigos está o vereador João Batista Delmondes (PT). “Eles eram autênticos defensores da natureza e com certeza quem mandou matar tem interesse em desmatar o assentamento”, sentencia.

Claudelice Silva dos Santos, irmã de José Claudio em princípio falava em ir embora do Pará, porém recuou e disse que vai lutar por Justiça e que a morte de ambos não caia no esquecimento. “A morte do meu irmão não deve ficar impune, queremos justiça”, sentencia.

Igualmente indignada estava a professora Laise Santos Sampaio, irmã da Maria do Espírito Santo. Ela acredita que tais crimes aconteçam porque os pistoleiros e mandantes acreditam que vão ficar impunes.

“Não tem outra explicação, eles matam, ou mandam matar, pois acreditam que vão ficar impunes, mas vamos lutar para que sejam identificados e penalizados pelos crimes que cometeram”, sentencia.

Para se ter uma idéia da dimensão da impunidade quando o assunto é apurar e penalizar os culpados, a CPT cataloga que nos últimos 15 anos, no Pará, aconteceram 205 assassinatos e nas quatro últimas décadas foram assassinados mais de 800 camponeses. “De todos esses crimes não há cinco mandantes presos”, comenta Batista, da CPT.

Delegado tenta desvendar caso

Em princípio a morte do casal de ambientalistas deve ficar sob a responsabilidade do delegado Marcos Camargo Cruz, lotado em Jacundá.
Por enquanto ele preferiu não comentar muito a respeito das especulações em torno do duplo homicídio, porém disse que ambos desenvolviam atividade que contrariava interesses de diversos madeireiros daquela região.
“Não trabalhamos com conjecturas e nem com boatos, mas com fatos que podem se transformar em indícios e suspeitos, portanto é prematuro comentar muito a respeito do caso”, adiantou.
O policial, porém deixou escapar que ouviu de algumas testemunhas alguns nomes de prováveis suspeitos, mas para não comprometer a investigação preferiu não adiantar nada por enquanto.
Nunca é demais lembrar que o casal de ambientalistas, denunciou ao Ibama, em maio do ano passado que madeireiros que estavam derrubando castanheiras.
Por conta dessas denúncias o clima de tensão aumentou no assentamento. Pra se ter uma idéia, quinze dias antes do duplo homicídio, pistoleiros efetuaram alguns disparos na casa deles e acertaram um cão da família.
Outra informação preciosa que a Polícia conseguiu levantar diz respeito a duas ligações telefônicas de números restritos a José Claudio, três dias antes do crime, onde o interlocutor alertava para a possibilidade de ambos serem assassinados.



Casal foi avisado por telefone

O interlocutor aconselhava que ambos não andassem no carro deles, uma courrier branca, placa MWF-3370, Marabá-PA, pois estavam sendo seguidos.


Assim o casal optou em sair de casa numa moto antiga, mas acabou sendo alvos dos pistoleiros que aguardavam pacientemente numa moita à beira do Igarapé Cupu até que conseguiram executar o crime.
Fonte segura do Núcleo de Inteligência da Polícia (NIP) informou a Divisão de Homicídios, deve entrar no caso a fim de auxiliar nas investigações, para quem sabe identificar quem matou e quem foi o mandante.

A repercussão do duplo homicídio
O duplo homicídio do casal de ambientalista gerou repercussão em diversos meios de comunicação. Diversas entidades de direitos humanos e de apoio aos camponeses emitiram notas repudiando os crimes.



NOTA PÚBLICA - REDE FAOR

A Rede FAOR – Fórum da Amazônia Oriental (FAOR) vem a público manifestar sua indignação com o assassinato das lideranças do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), José Cláudio Ribeiro da Silva e esposa  Maria do Espírito Santo, executados nesta quarta-feira (24), no município de Nova Ipixuna, sudeste do Pará. Os dois eram moradores do Projeto de Assentamento Agroextrativista Praia Alta  - Piranheira.

José Cláudio estava marcado para morrer e há muito tempo vem denunciando o desmatamento e a extração ilegal de madeira na região.

Mais uma vez tombam aqueles e aquelas que insistem em defender a floresta.

O FAOR exige publicamente que as autoridades competentes, investiguem este crime com  seriedade e prendam os criminosos (mandantes e executores) para que este não seja mais um crime a fazer parte da imensa lista  de impunidade que assola o nosso estado.

O FAOR aproveita para declarar a sua solidariedade aos familiares das vítimas, ao CNS e reafirmar aqui o nosso compromisso em defesa da vida, da justiça e das populações tradicionais da Amazônia.



CNS condena violência no Campo
O Conselho Nacional de Seringueiro, do qual fazia parte o companheiro José Claudio Ribeiro da Silva e a esposa dele, Maria do Espírito Santo da Silva vem a público repudiar o duplo assassinato e cobrar séria apuração a fim de submeter os envolvidos a júri popular.


A entidade revela ainda que as ameaças contra a vida do casal de extrativistas começaram por volta de 2008. Segundo familiares, desconhecidos rondavam a casa deles,  geralmente à noite, disparando tiros para o alto.

O momento das intimidações coincidiu com a denúncia dos líderes extrativistas contra madeireiros da região, que constantemente avançam na área do PAEX, para extrair espécies madeireiras como castanheira, angelim e jatobá.
Para Atanagildo Matos, Diretor da Regional Belém do CNS, a morte de José Cláudio e Maria da Silva é uma perda irreparável.

“Eles nos deixam uma lição, que é o ideal dos extrativistas da Amazônia: permitir que o ‘povo da floresta’ possa viver com qualidade, de forma sustentável com o meio ambiente”, diz Matos.

“Estamos em contato com o Ministério Público Federal, Polícia Federal e outras instituições. Apoiaremos fortemente as investigações, para que esse crime não fique impune”, afirma o Diretor do CNS.
  
Trabalho - Maria e José Cláudio viviam há 24 anos em Nova Ipixuna.

Integrantes do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), ONG fundada por Chico Mendes, foram um exemplo para toda a comunidade.

Desde que começaram a viver juntos, mostravam que era possível viver em harmonia com a floresta, de forma sustentável.

“O terreno deles tinha aproximadamente 20 hectares, mas 80% era área verde preservada”, conta Clara Santos, sobrinha de José Cláudio Silva.

“Eles extraíam principalmente óleos de andiroba e castanha, além de outros produtos da floresta para sua subsistência. Graças à iniciativa dos meus tios, atualmente o PAEX Praialta-Piranheira tem um convênio com Laboratório Sócio-Agronômico do Tocantins (LASAT – Universidade Federal do Pará), para produção sustentável de óleos vegetais, para que os moradores possam sustentar-se sem agredir a floresta”, revela Clara.

Assentamento - O Projeto de Assentamento Agroextrativista Praialta Piranheira (PAEX) situa-se à margem do lago da hidrelétrica de Tucuruí. Foi criado em 1997 e possui atualmente uma área de 22 mil hectares, onde encontram-se aproximadamente 500 famílias.

Além dos óleos vegetais, o açaí e o cupuaçu, frutas típicas da região, garantem a renda de muitas famílias.
Deputado se solidariza com luta campesina

O deputado Edilson Moura, do PT, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembéia Legislativa chega nesta quarta-feira a Nova Ipixuna onde pretende cobrar apuração do duplo homicídio.
Segundo informações de integrantes do Conselho Nacional dos Seringueiros, em Nova Ipixuna, os dois eram lideranças do assentamento Praia Alta e vinham denunciando, há tempos o desmatamento e a extração ilegal de madeira na região.
Segundo ele, a bancada do Partido dos Trabalhadores vai pedir que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal participem das investigações da morte dos dois assentados.
O parlamentar Edilson Moura colocou à disposição da Comissão de Direitos Humanos e pretende acionar as autoridades de Segurança Pública do Estado para que este crime não fique impune.



Morreram tentando preservar a vida



Hoje (terça-feira 24), por volta das 8 horas da manhã, os ambientalistas JOSÉ CLÁUDIO RIBEIRO DA SILVA e a esposa dele MARIA DO ESPÍRITO SANTO SILVA, foram assassinados a tiros no interior do Projeto de Assentamento Extrativista, Praia Alta Piranheira, no município de Nova Ipixuna, sudeste do Pará.

Ambos se dirigiam de moto para a sede do município, localizada a 40 km, ao passarem por uma ponte, em péssimas condições de trafegabilidade, foram alvejados com vários tiros de escopeta e revólver calibre 38, disparados por dois pistoleiros que se encontravam de tocaia dentro do mato na cabeceira da ponte. Os dois ambientalistas morreram no local. Os pistoleiros cortarem uma das orelhas de José Cláudio e levaram como prova do crime.
José Cláudio e Maria do Espírito Santo foram pioneiros na criação da reserva extrativista do Assentamento Praia Alta Piranheira no ano de 1997.

Uma área de 22 mil hectares, onde existia uma das últimas reservas de Castanha do Pará, da região sudeste do Estado. Além da Castanha do Pará a reserva é rica em açaí, andiroba, cupuaçu e outras espécies extrativistas.
Devido à riqueza em madeira, a reserva era constantemente invadida por madeireiros do município de Nova Ipixuna e Jacundá. A área é também pressionada por fazendeiros que pretendem expandir a criação de gado no local.
“Eu defendo a floresta e seus habitantes em pé, mas devido esse meu trabalho sou ameaçado de morte pelos empresários da madeira, que não querem ver a floresta em Pé”, denunciava José Cláudio.

Ele foi o primeiro presidente da associação do assentamento, foi sucedido na presidência da associação por sua espora Maria do Espírito Santo. Os dois ambientalistas eram incansáveis defensores da preservação da floresta extrativista.
Inúmeras vezes interditaram estradas internas, pararam caminhões madeireiros dentro da reserva, anotaram as placas e encaminharam as denúncias ao IBAMA e Ministério Público Federal.

Eram porta-vozes das mais de 300 famílias ali assentadas. Defendiam a floresta como suas próprias vidas. Nos últimos anos passaram a ser ameaçados de morte por madeireiros e fazendeiros.

Por diversas vezes encaminharam denúncias de ameaças sofridas, através da CPT e do CNS, aos órgãos competentes, sempre nominando madeireiros e fazendeiros como responsáveis pelas ameaças.

No final do ano passado, escaparam de uma emboscada, quando pistoleiros estiveram em sua casa procurando pelo casal.

Nos últimos anos, a CPT denunciou as ameaças contra o casal no caderno de conflitos no campo. Nem a floresta nem os ambientalistas foram protegidos pelo poder público.

As castanheiras continuaram sendo derrubadas pelos madeireiros e as duas lideranças tombaram pelas balas criminosas de pistoleiros a mando de seus ameaçadores.

A responsabilidade pelas mortes dos ambientalistas recai sobre o INCRA, o IBAMA, a Polícia Federal que nada fizeram para coibir a extração ilegal de castanheiras na reserva e a destruição da Floresta pelos madeireiros e carvoeiros.

Recai ainda sobre o governo do Estado do Pará que não colocou a polícia para investigar as tantas denúncias feitas por José Cláudio e Maria do Espírito Santo.

Por fim, os dois ambientalistas são vítimas do atual modelo de desenvolvimento imposto para a Amazônia pelos sucessivos governantes, que prioriza a exploração desenfreada e criminosa das riquezas da floresta, em benefício do agronegócio, de madeireiros e mineradores.  As conseqüências são: a destruição da floresta, o saque de suas riquezas e a violência contra seus povos.



José Cláudio e Maria do Espírito Santo vivem na luta e na memória do povo!

                                  

Marabá, 24 de maio de 2011.



Comissão Pastoral da Terra – CPT

Diocese de Marabá

segunda-feira, 23 de maio de 2011



Irreverência tem nome: Ulisses Pompeu



O jornalista marabaense Ulisses Pompeu em momento de absoluta irreverência nos corredores da 21ª Seccional Urbana da Nova Marabá durante cobertura recente.
Simplesmente beijou o rádio repórter Elvan do Vale e em seguida este pôster. A irreverência quebrou o clima tenso da espera da delegacia como mostram as fotos clicadas por Evangelista Rocha.






Tráfico pode ter feito mais uma vítima em Marabá


Assassinado na beira do rio Itacaiúnas



Sábado à tarde, policiais militares lotados na 26ª Zona de Policiamento Militar (26ª Zpol) receberam comunicado acerca de um corpo que foi localizado à margem do rio Itacaiúnas, nos fundos do bairro da Paz, conhecido por “Invasão da Lucinha”, núcleo Cidade Nova.

A vítima em questão é o jovem Moisés Gonçalves Cavalcante 20 anos. Ele foi morto a tiros na beira do rio. Um dos projéteis acertou a cabeça dele, à altura do cocoruto e saiu na sobrancelha esquerda, outros dois atingiram o tórax e clavícula esquerda.

Na manhã de sábado, segundo o sargento Arielson de Jesus Ramos, a vítima saiu da casa dela, no final da travessa Planalto e disse que iria pescar. Horas mais tarde parentes foram informados que Moisés Cavalcante fora assassinado.

Peritos do Instituto Médico Legal (IML) fizeram a remoção do corpo localizaram uma “capanga” camuflada e dentro estavam 24 peixes da espécie piranha e do lado do corpo havia um creme dental e uma escova de dentes.

Quanto às hipóteses para este crime, em princípio o delegado Rodrigo Paggi, plantonista deste final de semana na Divisão de Homicídios, acredita que haja duas vertentes, uma seria o acerto de contas e outra execução.

Por enquanto a linha mais forte seria o acerto de contas tendo como pano de fundo o tráfico de drogas. O local onde a vítima morreu é conhecido ponto de usuários e traficantes de drogas.






Distância dificulta trabalho policial



Para se chegar até a beira do rio, peritos, policiais e a imprensa, tiveram de andar pelo menos um quilômetro de estrada lamacenta e muita escorregadia.

Nessa trilha, o delegado Paggi foi informado de um local onde os usuários e traficantes ficavam sentados num banco e consumiam drogas à vontade.

Neste local havia vários vestígios de consumo de drogas, inclusive, policiais militares da 26ª Zpol confirmaram que já deram várias batidas no local, porém os suspeitos fogem assim que percebem a presença dos policiais.

Inclusive, na última sexta-feira, a vítima, Moisés Cavalcante estaria entre os usuários neste banco e correu quando os policiais se aproximaram. “Era ele, estava com um boné preto o mesmo quando foi assassinado”, contou o sargento Arielson Ramos.

Outra constatação no palco do crime foi com relação à livre circulação de drogas. O final da travessa Planalto é conhecido como a mais nova cracolândia do bairro Liberdade.

“Nesse local só vai quem pretende comprar drogas”, afiança Arielson Ramos dizendo que o local é “zona vermelha” e por lá circulam pessoas bastante perigosas. “Todas as vezes que nos aproximamos eles correm para dentro do mato, então é difícil prender algum deles”, conclui. (E.S.)



É guerra



Ei tira um fino, quem viu O Liberal de domingo e desta segunda-feira, pode perceber a que ponto chegou a briga, ou melhor a guerra entre os Maiorana e Jader Barbalho.

É guerra pura. E muitos perguntam: como e de que forma vai encerrar esse embate? Pra se ter uma idéia O Liberal estampou no domingo: “As bodas de prata da impunidade”, onde dedicou um caderno com 24 páginas e relata as supostas falcatruas de Jader Barbalho.

Na segunda-feira, mais confusão. Desta vez O Liberal estampou: “Judiciário conhecerá dossiê sobre corrupção de Jader”.

A senadora     Marinor Brito (PSOL), pegou carona na história e adiantou que vai enviar o documento à Justiça. Ela estaria ameaçada por Jader Barbalho, caso ele ganhe na Justiça ela perde a vaga no senado.

Para quem não se lembra, na sexta-feira, Rômulo Maiorana publicou em O Liberal um editorial onde, disse cobras e lagartos do Jader, este por sua vez se defendeu no jornal dele, o Diário do Pará. Abaixo os dois artigos, pescados do blog do Zé Dudu.



Um safado e sua safadeza

Autor: Romulo Maiorana JR.

Ontem, mais uma vez, fui vítima de uma imprensa vagabunda, cujo dono é por todos conhecido: um ‘ficha-suja’, canalha, sem-vergonha, safado, chantagista, corrupto e ladrão teve a audácia de colocar meu nome em estórias que desrespeitam o próprio Judiciário Federal, inventando que culpei meu irmão Ronaldo por atos praticados numa indústria de sucos, até porque ele não fez nada de errado. 

A indústria detém a liderança do mercado, gera 250 empregos diretos e 150 indiretos, paga seus impostos em dia e tem a União devendo 70% do projeto.


Invoco o testemunho do nobre juiz federal Antônio Carlos Campelo para provar que em nenhum momento fiz qualquer tipo de acusação contra meu irmão Ronaldo, a quem defendo com a própria vida, como toda a minha família. Tive o cuidado de alertar o nobre juiz de que a presença na sala de uma repórter da Rede de Corrupção da Amazônia – RCA – iria fazer com que fossem publicadas mentiras a meu respeito e sobre minha família. Não deu outra coisa.

O corrupto e seu grupo querem jogar a lama que produzem onde não existe lama. Dizem que meu pai era contrabandista. Ora, se ele foi contrabandista, foi para dar comida a sete pessoas, a sua família, e não para tirar a comida de sete milhões de paraenses, como faz esse ficha suja sem-vergonha, que vive hoje mendigando um mandato que levou fora do pleito, sem ter condições morais e legais de participar. 

Respeite os mortos! Respeite meu pai que, quando vivo, quase todo dia o recebia e ao seu pai pedindo dinheiro ou pedindo para trocar cheques, que tenho guardados até hoje. Sem fundos, é claro. Esse safado e seu jornal vagabundo se dizem o “jornal da família paraense”, mas não respeitam as famílias. Nós sempre respeitamos as famílias do Pará, inclusive a desse corrupto.

O enterro de meu pai Romulo Maiorana foi o maior que o Estado já viu. Nem o do general Barata foi igual ao dele. Mas o seu, ‘ficha-suja’, certamente será a ‘solidão dos crápulas’. Não terá nem a presença da meia dúzia de ‘puxa-sacos’ de sua companhia pois terão vergonha da posteridade. 

Tenho dez processos contra esse crápula e seu jornal na Justiça do Pará, que não conseguem andar. Um deles, no Tribunal de Justiça do Estado, já recebeu a suspeição de cinco desembargadores. Vou acabar tendo que levá-lo para o Amapá ou o Maranhão para poder conseguir justiça.

Nós de O Liberal não usamos a venda de jornal para lavar dinheiro. Não usamos também a venda de classificados para lavar dinheiro. Vivemos de vender jornal e classificados; esse é o nosso negócio. Tudo o que nós temos está no Imposto de Renda. Não é como a empresa dele, a Rede de Corrupção da Amazônia, que não tem conta-corrente em bancos, utiliza empresas de factoring de outros estados para manobrar suas operações com dinheiro vivo e paga funcionários com assessorias em cargos públicos, ou através de permutas tiradas à força ou chantageando o empresariado. 

Não temos emissoras ancoradas em contratos de gaveta, como ele fez com a família Pereira, em Santarém, que vai perder a retransmissora da Rede Globo na região por causa das tramoias dele.

O ex-governador Hélio Gueiros, quando no poder, me revelou que tinha documentos comprovando que a RCA fora comprada ao empresário Jair Bernardino por 13 milhões de dólares. Como é que pode, um homem que vivia na porta do meu pai pedindo dinheiro ou trocando cheques e, dois mandatos depois, compra uma emissora de televisão por US$ 13 milhões? Não há Receita Federal que aguente!

Esse safado consegue colocar na rua diariamente o que existe de pior na imprensa, sem credibilidade. Tão sem credibilidade que manteve no expediente, durante dois anos, um editor-chefe morto, que era deputado – Carlos Vinagre – e gozava de imunidade. Até hoje, tem medo como o diabo da cruz de botar num título a palavra corrupção. É a marca do dono, claro, que não admite concorrentes. Para citar dois exemplos do ‘jornalismo’ da RCA, tem-se o silêncio sobre todo o processo de fichas-sujas e mais a roubalheira na Assembleia Legislativa. 

Tentam segurar uma CPI que fatalmente vai revelar que o dinheiro roubado foi utilizado na campanha do canalha para o Senado.


Não tenho medo de ladrões, como ele, de seus roubos nem de seus arroubos. Ladrão nenhum, com tamanho rabo, vai conseguir me amedrontar, nem me intimidar com suas mentiras, com sua farsa impressa em cores todo dia. 

Se não fosse O Liberal combater a corrupção deste crápula, que há muito não tem cargos no Executivo de Belém ou do Estado, Ana Júlia, Jatene e Almir Gabriel não seriam governadores, porque estes cargos estariam todos ocupados por gente da Rede de Corrupção da Amazônia. Triste também é ver um governador do nível de Simão Jatene enchendo o seu governo com a canalhada que esse safado indica.


Temos que acabar com esse câncer que tira dos paraenses o pouco de recursos que temos. Que a cada mandato aumenta o seu patrimônio e debocha de nosso suor, de nossas famílias, de nossa honestidade, de nosso esforço para fazer do Pará rico de recursos um Estado digno de viver. Sem um nome que já virou sinônimo de ladrão.

Peço desculpas aos meus leitores pelos termos que tive que utilizar neste texto. Mas para tratar de gente desse tipo não existem outras palavras.


Alucinações do Travestido


Autor: O Diário do Pará


Há muito tempo se comenta na área médica que os períodos de menstruação e pré-menstrual, conhecidos como TPM, submetem algumas mulheres a incômodos desagradáveis, como cólicas e comportamentos de profunda irritação.

O que pode estar ocorrendo com o Maiotralha Jr. deve ser a aliança de tais sintomas, somados à compulsória visita pública à Justiça Federal como acusado de crimes contra o patrimônio público, através de fraudes praticadas em projeto financiado pela Sudam.

O que jamais se poderia imaginar é que, num ser com fortes características femininas, a TPM e o pavor de ser flagrado prestando contas à Justiça levassem a alucinações, como ser acometido da síndrome de Caim, ao acusar o irmão de ser o responsável pelas fraudes e desvios de recursos públicos.

Os delírios do Maiotralha Jr. o levaram ao absurdo de cometer parricídio moral post mortem, ao afirmar que o pai teria sido contrabandista, aliás, simplesmente contrabandista, isto é, criminoso que subtrai a arrecadação de dinheiro público pertencente à sociedade.

Vale lembrar que o jornalista Lucio Flávio Pinto levou brutal surra do outro Maiotralha – evidentemente com o apoio de vários capangas -, por haver especulado sobre a história do contrabando na origem do patrimônio do pai dos Maiotralhas. 

A agressão sofrida pelo jornalista passa a ser agora duplamente injusta, já que o Maiotralha Jr. é quem confirma publicamente que o pai era contrabandista.

As alucinações causadas pela possível TPM do Maiotralha Jr. acabaram por revelar hipótese jamais especulada de que seu pai “trocava cheques”, isto é, utilizava prática comum e criminosa da agiotagem, fato sobre o qual jamais se ouviu quaisquer comentários, imaginando que tal especulação seja apenas fruto de distúrbio alucinatório. Contrabandista, sim, se sabia. Agiota, é a primeira vez que a sociedade toma conhecimento.
O surto alucinatório o está levando a imaginar o prestígio popular de seu genitor de forma macabra, ao comparar o enterro do mesmo ao do general Magalhães Barata, em que teria comparecido menor número de pessoas. 

A comparação fúnebre como aferição de prestígio apenas sepulta de vez a ideia de que o Maiotralha Jr. esteja em sua plena sanidade mental.

O processo delirante do Metralha alcança a paranóia quando resolve dar pito no governador Simão Jatene, questionando a qualidade moral de integrantes da sua equipe, talvez por imaginar que o governador deveria ter lhe submetido a relação de nomes antecipadamente para sua aprovação, levando em conta a sua elevada autoridade e padrão de preocupação com a coisa pública.
Aliás, sobre moralidade pública, o esquisitíssimo alucinado deve imaginar que a opinião pública do Pará já esqueceu a apropriação do patrimônio dos equipamentos da Funtelpa, quando a emissora, além de ceder o uso de seus bens, ainda lhe pagava cerca de R$ 500 mil mensalmente.

E os contratos superfaturados do aluguel do jatinho da ORM ao governo do Estado, além da absurda quantia de R$ 40 milhões de reais por ano de publicidade governamental extorquidas dos cofres públicos. 

Todos esses fatos continuam na memória dos paraenses, do Ministério Público Estadual e da Justiça do nosso Estado, aguardando talvez prioridade.

Somente um desvairado, com efetivo desequilíbrio mental, pode imaginar ser verdadeira sua fantasia de Catão. 

Afinal, sabe o governador Jatene, como todos os que acompanham ou não o Círio, das traquinagens públicas e privadas do personagem.


Agora, falando sério: sugere-se aos familiares do Metralha e aos seus amigos de intimidades que o levem a um médico ginecologista para ajudar a enfrentar os incômodos da TPM. E, quem sabe, uma boa dose de reposição hormonal.