terça-feira, 14 de junho de 2016

Fraude milionária detectada pela PF

Carros como este Jeep comprado com dinheiro desviado do SUS

De igual modo esta suntuosa lancha com duas suítes

Documentos podem revelar a fraude milionária

Lanchinha moderna e cara de um dos empresários presos

Empresário mandou construir galpão para guardar regalos

Documentos e camionete ao fundo, de empresário milionário

Todos os bens foram apreendidos e estão à disposição da Justiça

Empresário ganhava fácil com empréstimos





Agentes da Polícia Federal deflagraram a operação “Asfixia” em Marabá, Paraupebas, Xinguara e Belém na manhã desta terça-feira (14). Os agentes detectaram que estava em andamento esquema milionário no fornecimento de fases medicinais para estas prefeituras. A PF identificou que entre 2013 e 2016 foi para o ralo da corrupção, pelo menos R$ 30 milhões. 

Segundo o delegado Ricardo Viana de Sousa os empresários montavam empresas de fachada que participavam das licitações e depois contratavam outras empresas para fornecer os fases medicinais e com isso o preço onerava aos  cofres públicos.

Pra se ter uma idéia, os órgãos de controle como o Coselho de Saúde de Parauapebas, detectou que em um único mês a empresa oxipar forneceu R$ 480 mil em gases para aquele município.

Como a investigação está apenas começando, o delegado federal comentou superficialmente a operação, uma vez que pode haver novos desdobramentos e mais pessoas presas.

Por enquanto foram três empresários presos, dois em Marabá, que são, Josimar Enéas da Costa e Claudio Cabral. De Parauapebas foi preso o empresário e agiota, Celso Pinheiro.

Além das prisões, a PF apreendeu uma infinidade de bens que ainda estão sendo catalogados. Tais patrimônios teriam sido comprados com dinheiro desviado no esquema fraudulento.

Entre os bens apreendidos constam pelo menos sete carros de luxo, entre jeeps, camionetes, lanchas, jet skys além de dois helicópteros e dois aviões. Todo o material deve ficar cautelado em poder da Justiça Federal.

Ao todo a PF cumpriu 51 mandados, sendo cinco de prisão preventiva que resultou na prisão dos três empresários, três prisões temporárias, nove de condução coercitiva, onde o acusado é obrigado a depor, além de 35 de busca e apreensão em cartórios, órgãos públicos e casas de funcionários públicos.


Diversos documentos e computadores foram apreendidos. O material deve ser periciado e em breve pode haver novas prisões, uma vez que a investigação, que já dura mais de um ano está apensas começando. 

“Com certeza há mais pessoas envolvidas no esquema e caso haja novas prisões iremos informar à sociedade”, garante o delegado Ricardo Viana informando que o passo seguinte é provar o envolvimento dos acusados na fraude para que possam ser condenados.

Os acusados devem ser indiciados pelos crimes de falsificação de documentos públicos, associação criminosa, corrupção ativa e passiva, estelionato, fraude em licitação, entre outros. Se forem condenados podem pegar de vinte a trinta anos de prisão.