sábado, 6 de fevereiro de 2016

Justiça manda prender mãe e o padrasto



Um dos casos mais emblemáticos que aconteceu na região, sem dúvida alguma, foi a morte prematura da jovem Maria Eduarda Félix Lourenço, de apenas 10 anos, cujo corpo foi localizado no loteamento Alto da Boa Vista entre os bairros Moisés e São Luís em São Domingos do Araguaia, dia 23 de novembro do ano passado.

O crime aconteceu no final de novembro do ano passado e aquela pacata cidade foi literalmente fechada por moradores em sinal de protesto por várias vezes, uma vez que os prováveis matadores estavam impunes.

Os moradores e parentes da vítima, sempre desconfiaram do padrasto e da mãe da criança e desde então, tanto ele, quanto ela, estavam foragidos daquele município, até que na tarde da última quarta-feira (3) foram presos por uma equipe da Polícia Civil de Marabá.

José Soares de Oliveira 40 e a mãe da criança, Maria Rodrigues Félix 29 foram presos por ordem da juíza titular da comarca de São Domingos do Araguaia, Renata Guerreiro Milhomem de Miranda, após conclusão do delegado titular do inquérito policial, Vinicius Cardoso das Neves de que ambos mentiram a quando dos depoimentos deles à Polícia.

A reportagem não conseguiu conversar com o delegado Vinicius Cardoso e sim com o delegado superintendente regional Marcelo Delgado para quem acredita que os dois acusados, agora, têm participação direta, ou indireta no crime, tanto que a juíza decretou as prisões temporárias dele cujo período é de 30 dias, renováveis por mais trinta, ou senão convertida para prisão preventiva.

Para Delgado, são várias as contradições nos depoimentos de ambos. Tais contradições, inclusive, foram apontadas por parentes da criança a quando das oitivas deles. Pelo menos 40 pessoas foram ouvidas neste caso.

Uma das contradições diz respeito a quem teria dado o suposto dinheiro para a criança comprar pão, na manhã de sábado (21) de novembro, uma vez que a criança morava com a avó e teria ido na noite anterior, portanto dia (20) para dormir na casa da mãe.

Numa hora a mãe alega que foi ela quem deu o dinheiro para comprar pão e leite, na outra, o padrasto informou que mandou a criança apanhar o tal dinheiro no bolso de uma bermuda dele.

Outra contradição seria com relação ao trajeto que a criança teria seguido para se deslocar da casa da mãe dele, que fica no bairro Braga até a padaria, no mesmo bairro numa distância de aproximadamente 200 metros, sendo que nenhuma pessoa teia visto a criança naquela manhã, tampouco nenhuma vendedora da padaria ter informado que a criança foi comprar pão e leite naquele dia.

Dai a desconfiança dos parentes e amigos da criança com relação ao álibi montado pelo casal. Entre estes parentes está a tia da criança Talita Sousa, que acredita na participação indireta da mãe da criança neste homicídio, ou infantidício e que a mãe da criança estaria sendo coagida a acobertar o padrasto.

Estupro – Um dos motivos para este acobertamento seria o fato de a criança ter sido estuprada pelo padrasto, porém somente o resultado de exame de DNA irá confirmar, ou negar tal hipótese levantada pelos parentes da vítima.


É época do crime, material espermático foi recolhido do que restou do corpo da criança, que foi encontrado parcialmente despido e queimado, bem como dos dois suspeitos e de outros quatro parentes para que seja feita a comparação, ocorre que até então o exame ainda não foi concluído pelo Centro de Perícias Renato Chaves (CPC).

Enquanto espera-se pelo resultado de DNA que pode ser uma prova cabal, a Polícia realizou várias diligências até que requereu a prisão temporária do casal.

Para o delegado Marcelo Delgado a prisão representa um passo importante na investigação, uma vez que se, eventualmente, houver mais testemunhas que possam trazer novas informações a respeito do caso pode fazê-lo sem temor algum.

Até lá, de acordo com o delegado, novas diligências devem ser feitas, vem como novas oitivas dos dois acusados devem ser colhidas a fim de sanar todas as contradições e ao final, caso a Polícia entenda que os dois seguem mentindo deve pedir a prisão preventiva deles por homicídio, ou infanticídio. 

Enquanto esperam o desfecho da investigação, José e Maria seguem presos em cadeias de Marabá à disposição da Justiça. Os dois acusados não foram apresentados á imprensa por se tratar de crime contra criança e adolescente, sendo que por força do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) o caso segue em segredo de Justiça.



PRF flagrou caminhões com madeira irregular

Madeira seria comercializada em Marabá





Madeira irregular seria vendida em Marabá  



Não adianta mudar itinerário, ou horário para tentar fugir da fiscalização, pois sem avisar e sem nenhum alarido a Polícia Rodoviária Federal (PRF) mantém uma equipe em tempo integral fazendo operações policiais na região e na madrugada desta quinta-feira conseguiram flagrar dois caminhões que, aparentemente transportavam madeira irregularmente.

Os dois veículos foram flagrados durante blitz volante na rodovia Transamazônica. Um dos caminhões estava transportando madeira serrada e consta na nota fiscal que o carregamento é da ordem de 16 metros cúbicos, porém os fiscais do Ibama acreditam que o veículo esteja com excesso da carga e transportava pelo menos 24 metros.

Já o outro caminhão flagrado pela fiscalização transportava madeira em tora que fatalmente seria usada na fabricação de carvão, ou queimada em fornos de panificadores em Marabá.

O motorista que conduzia este caminhão Carlos Rogério Milhomem dos Santos alegou que fez um frete para a região da Vila Santa Fé e no retorno, para vir “batendo” comprou lenha de um desmatamento para fazer o aproveitamento e que iria vender em Marabá.

Já o outro motorista do caminhão com madeira serrada, alegou que iria faturar algo em torno de R$ 3 mil para fazer o frete. Ele informou que carregou a madeira no município de Novo Repartimento, porém não entrou em maiores detalhes acerca de eventuais irregularidades.

De sua parte, o chefe da fiscalização do Ibama de Marabá, Rodrigo Sacarpari informou que recebeu os dois procedimentos de apreensão de madeira e dos respectivos caminhões e que irá analisar os dois caso para posteriormente aplicar as medidas administrativas pertinentes.

“Ao olho nu a gente percebe que o caminhão com madeira serrada está com excesso e pode estar transportando madeira cujo corte é proibido, já ou outro caminhão com madeira em tora, aparentemente não tem documento algum, então vamos analisar para depois aplicar as medidas legais atinentes”, conclui.

Esta foi a segunda apreensão de madeira ilegal este ano na região. No final da semana passada o Ibama aprendeu uma carreta contendo pelo menos 50 metros cúbicos de madeira serrada e que estava sendo transportando irregularmente.

Em ambos os casos, as madeiras devem ser destinadas para fins sociais, caso seja comprovada a origem ilegal do produto florestal.




Proteção máxima às crianças 



A rede de proteção à criança e ao adolescente, composta por diversos órgãos afins se reuniu nesta quarta-feira em Marabá para tratar de estratégias de atuação durante a quadra momesca no município.

Entre as ações previamente definidas constam a panfletagem de material alusivo ao combate à exploração sexual infanto juvenil, bem como  da dupla que não combina: álcool e direção cujas práticas ainda são recorrentes no Brasil todo.

Em Marabá a panfletagem acontecem nos dias 4 e 5 deste mês. Nesta quinta-feira, por volta das 9h da manhã, os agentes de proteção vão estar concentrados na BR-230, no semáforo próximo à Câmara de Vereadores.

Já na sexta-feira, por volta das 16h, a concentração e panfletagem acontece também a BR-230, à altura do Shopping Pátio Marabá.

Segundo a coordenadora da Secretaria de Assistência Social (Seasp), Adinancy Cardoso Rosa, diversas outas atividades devem ser desenvolvidas, desde educativa, quanto à repressão propriamente dita.

Evidentemente que por medida de segurança tais eventos não devem ser divulgados, contudo a fiscalização que deve contar com a participação de todos os órgãos do sistema de segurança pública e devem ocorrer em 22 pontos nevrálgicos e de grande vulnerabilidade.

De acordo com o inspetor Jair Barata, titular da Delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF) há um mapeamento prévio destes locais que devem ser fiscalizados e caso haja algum caso de flagrante envolvendo exploração sexual, porte de armas, drogas, ou até mesmo pessoas embriagadas dirigindo, todos devem ser apresentados na Seccional Urbana da Nova Marabá onde os condutores, ou donos de bares e boates devem sofrer as sanções penais.

E não por acaso a rede de proteção, como o nome sugere, visa proteger as vítimas de abuso, ou exploração sexual, que segundo Dina Rosa, como é conhecida a titular da Seasp mantén um cronograma de atividades para o ano todo.

Por envolver crianças e adolescentes em tais situação, dados são omitidos, acerca de tais casos que aconteceram ano passado, mas a secretária garante que é considerável o número de vítimas violentadas, ou abusadas sexualmente, ano passado

Neste período de carnaval, as atenções da rede de proteção de voltam para combater tais crimes, uma vez que a festa é tida como liberal, mas nem tanto. “Estamos alerta e caso algum abusador seja flagrado, deve sofrer as penalidades previstas na lei”, garante.

Álcool – Outro assunto não menos preocupante da rede de proteção é com relação ao consumo de álcool neste período de carnaval.

Visando diminuir eventuais ocorrências de trânsito é que o Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU) está com uma campanha de educação para o trânsito, segundo informou a coordenadora deste setor Késia Rodrigues.

Detalhe, essa campanha de educação, porém não implica dizer que os agentes do DMTU irão apenas orientar, pois caso haja algum tipo de infração o condutor pode ser notificado.

“As vezes a população, quando lê, ou ouve algo neste sentido já pensa que não vai haver fiscalização, pelo contrário, vamos orientar e fiscalizar ao mesmo tempo", sentencia.




Asfalto em toda parte em Marabá


Mais um trecho da sudoeste pavimentado



Atendendo solicitação e reivindicação de moradores da rua sudoeste a Prefeitura de Marabá cumpriu mais uma etapa de pavimentação da rua sudoeste, uma das vias principais de acesso que liga os bairros Cidade Nova, Bom Planalto, Laranjeiras, Bairro da Paz, Liberdade e Independência.

O trecho pavimentado em Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ) nestes dois últimos dias pela construtora Beta compreende entre as ruas Alfredo Monção, no bairro da Paz até a avenida Minas Gerais, no bairro Liberdade, numa extensão de aproximadamente 300 metros.


A pavimentação coloca um ponto final em anos de descaso e sofrimento dos moradores desta via. Evidentemente que a pavimentação é sempre bem vinda. Quem atesta é o funcionário público federal Vilmar Barbosa Barros.

“Aqui era praticamente intrafegável o acesso era melhor pela rua Kalil Mutran, agora a realidade é outra, tudo melhorou”, comenta lembrando que a valorização dos imóveis é latente tanto que pensa até em reativar um ponto comercial dele.

“Com certeza agora dá até pra pensar em colocar um ponto comercial, uma academia, ou até mesmo um clube, já que temos acesso por todos os lados”, acrescenta.

Contente mesmo está o comerciante Raimundo Muniz, o “Sal Grosso”, que há 20 anos mantem um comercio na rua Chico Mendes, na localidade conhecida por três bocas em alusão ao fato de o local dá acesso aos bairro Bom Planalto, Bairro da Paz e Laranjeiras.

Sal Grosso é daqueles que só acreditou na obra quando percebeu as maquinas pavimentando a rua. E não por acaso esta desconfiança, afinal convive com lama e poeira há vinte anos. “Pensei que fosse mais uma promessa, mas agora sim, a nossa rua está pavimentada”, comemora.

Por sua vez a aposentada Maria José Gomes Ferreira 74 anos, proprietária de um conjunto de quitinete na rua Chico Mendes é daquelas que á menor aproximação de um repórter vai logo dizendo: “Agora sim, a nossa tá boa”.

Ele é testemunha viva de anos de descaso e abandono. “Aqui era lama, a rua ficava praticamente intrafegável, as pessoas não queriam alugar os imóveis, agora não, tudo está bem melhor”, observa.

A rua sudoeste, segundo o engenheiro Ricardo Braz deve ser concluída neste verão. “Prefiro não trabalho com prazo, pois cria-se uma expectativa muito grande nas pessoas, mas acredito que neste verão terminamos a obra”, observa.