sexta-feira, 1 de junho de 2018

Trio flagrado com carro cheio de armas
















Em pleno feriado, policiais civis e militares cumpriam uma missão para tentar repelir roubo de gado na estrada do Iraque, localizada no complexo da fazenda Cedro, zona rural de Marabá e acabaram se deparando com um carro, modelo Prisma, prata, placa OTJ-8072, circulando naquela via.

Até ai tudo bem, nada de anormal, porém os policiais fizeram a parada tática do veiculo e um dos ocupantes do veiculo sacou uma pistola e a jogou no banco traseiro.

Tal comportamento despertou ainda mais curiosidade dos policiais. Não era pra menos, pois dentro do carro os policiais localizaram seis armas, sendo três pistolas, uma calibre 9mm e outras duas calibre 380, além de uma escopeta calibre 12, um rifle calibre 38 e uma espingarda calibre 20, e munições diversas.

A descoberta dos policiais não encerrou por ai. Quando revistaram as pessoas que estavam dentro do carro, quatro homens, os policiais verificaram que um deles é policial militar e que o carro, cuja placa original é: QEK-0419 fora roubado no município de Santa Maria das Barreiras, sul do Pará.

Ao final desta operação, os policias prenderam três homens, sendo um deles um policial militar, no caso Elias Pereira, o “Silva Junior”, Edson Paterna Santos e o foragido Irisvan Lima da Silva, este, inclusive constava uma mandado de prisão preventiva em aberto.

Outros dois homens, Alberto Nélio Nunes dos Santos e Luiz Pereira de Sousa, segundo informações da Polícia Civil de Marabá, estavam sendo pressionados e torturados pelos acusado a entregarem armas de fogo, das quais eles disseram não possuir. Em princípio os acusados foram presos e autuados por posse ilegal de arma, associação criminosa, extorsão e receptação.

Em linha direta com este pôster, o delegado Marcelo Dias Delgado, titular do Núcleo de Apoio à Investigação (NAI), comentou que a operação visava combater crimes diversos naquela região, pois havia muitas informações dando conta que estaria ocorrendo diversos roubos de semoventes.

A investigação deve continuar para quem sabe identificar quem são os autores de tais roubos de gado e até mesmo o combate à criminalidade naquela região conflituosa.

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Hospital Regional realiza primeiro transplante na Amazônia

Uma nova vida à paciente transplantada


“Quando me ligaram para informar sobre o transplante, eu aceitei na hora. Foi a maior comemoração lá em casa! Espero que eu volte a ter uma vida normal, de pessoa normal, que trabalha e que estuda”, comemora

 Mariane Pinheiro Nobre, de 35 anos, é paciente do primeiro transplante de rim com doador falecido realizado em um município da Amazônia. O procedimento aconteceu no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém (PA).

Mariane fazia hemodiálise há quatro anos. Após muitas dores, mal estar e febre, ela foi diagnosticada com insuficiência renal. “Na primeira consulta, o médico já me internou, disse que eu estava com um problema muito sério no meu rim. Se não tivesse procurado logo ajuda, eu teria morrido. No outro dia comecei a diálise”, lembra. Agora, ela comemora o transplante.

“Minha vida vai mudar. Vou poder beber água à vontade! Sentia muita sede”.
Duas pacientes receberam os rins da doadora que teve morte encefálica por conta de um aneurisma. Antes do óbito, Sônia Maria de Sousa Lima informou à família que queria ser doadora de órgãos. “Foi um choque para família porque ela foi diagnosticada com aneurisma, mas ela estava consciente, conversava, tomava banho, tudo perfeito. Foi muito difícil para os irmãos aceitarem a doação, queriam o sepultamento com ‘tudo’ e falei que esse ‘tudo’ poderia salvar vidas e que era a vontade dela. Foi quando aceitaram e assinaram os papeis”, conta a cunhada de Sônia, Francisca Souza.

Em novembro de 2016, a equipe do HRBA fez o primeiro transplante com doador vivo. Desde então, foram 20 transplantes realizados na unidade, que é gerenciada pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará.

O hospital já captava órgãos desde 2012. Após a coleta, os órgãos eram levados para a Central de Transplante, em Belém, e direcionados ao paciente que estava na fila. “Este foi o primeiro transplante renal com doador falecido no interior da Amazônia e foi com uma equipe 100% regional. Isso foi um marco histórico para gente, porque, com doador falecido, a logística não é fácil, mas cumprimos todos os requisitos do Sistema Nacional de Transplantes. Ganhamos força, coragem e reconhecimento dos pacientes em Santarém. Foi muito positivo”, relata o responsável técnico do Programa de Transplante da unidade, nefrologista Emanuel Esposito.
Para o cirurgião Alberto Tolentino, que comandou a equipe cirúrgica durante os procedimentos, a tendência é que aumente o número de doações de órgãos. “Sabendo que os órgãos vão ficar aqui mesmo na região. A expectativa é que os familiares aceitem mais e ajudem a salvar vidas. Esse era um grande anseio da população que tem insuficiência renal crônica e está na fila por um transplante. Esses pacientes ficaram muito felizes, comemoraram o início desses procedimentos, assim como toda a equipe do hospital, que se empenhou para conseguir realizar esses procedimentos”, diz.

O resultado é mais um avanço na saúde da população. “Esta última semana foi histórica. Isso é importante, porque realizamos a captação dos rins e também  fizemos o transplante desses órgãos com equipe própria. Representa um avanço significativo por possibilitar aos pacientes serem beneficiados pelas doações e captações realizadas pelo hospital. O HRBA caminha a passos largos para ser uma referência na assistência ao paciente renal crônico para a região Norte do País”, afirma o diretor-geral do Hospital Regional, Hebert Moreschi.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, o transplante renal é considerado a mais completa alternativa de substituição da função renal. Quando o órgão é de doador falecido, os rins são retirados após a morte encefálica e autorização dos familiares. Para receber um rim de doador falecido, é necessário estar inscrito na lista única de receptores de rim, da Central de Transplantes do Estado.

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Reintegrações de posse começam em junho



O juiz Amarildo José Mazutti, titular da Vara Agrária Regional confirmou para o início do mês de junho deste ano, uma nova rodada de reintegrações de posse em fazendas do sul e sudeste do Pará.

Na mira da Justiça estão pelo menos quatro fazendas, sendo três na zona rural de Marabá, Cedro, Santa Clara, Conduru e Landi, em São João do Araguaia.

Destas, a Cedro, pertencente à Agropecuária Santa Barbara já foi reintegrada no dia 17 de novembro do ano passado, porém reocupada por integrantes do MST no início deste ano.

Nesta propriedade há uma dúvida em relação à títulos, onde pelo menos 5 mil, dos 10 mil hectares, estão sem titulo, ou matricula.

Para dirimir esta dúvida, o magistrado requereu uma nova medição e perícia na propriedade, e, desta forma, a liminar de reintegração de posse só deve ser realizada na matricula legalmente provada em juízo.

Quanto às outras propriedades, aconteceram diversas audiências e não houve nenhum acordo no sentido de se evitar a reintegração de posse.

No caso da fazenda Landi, que faz divisa com a mata do Exercito Brasileiro, esta é a quarta reintegração de posse expedida pela Justiça num intervalo de dez anos.

O Comando de Missões Especiais (CME), à frente o coronel Moises de Jesus Heidtman Dias, deve desembarcar em Marabá no dia 4 de junho para dar início ao cumprimenta das liminares.

“Vamos torcer para que saiam de forma pacífica, caso não aconteça a Polícia deve auxiliar na remoção das pessoas”, comenta o magistrado lembrando que toda reintegração de posse é precedida de uma série de cuidados para se evitar qualquer tipo de conflito.

Condenado a pena mínima






Ficou barato a sentença imputada ao acusado de co-autoria de um crime que aconteceu no dia 26 de maio de 2009. O réu, Marcone Penha Ribeiro foi condenado a 16 anos em regime fechado.

A vítima, um amigo, ou comparsa dele, Flavio Pereira da Silva, o “Michel”, assasinado numa emboscada, tendo como um dos algozes, o Marcone Ribeiro.

Segundo o que consta no processo apresentado pelo promotor Samuel Furtado Sobral, durante o julgamento, Marcone Ribeiro teria apanhado o amigo na Folha 16, Nova Marabá e o conduziu até o bairro Bela Vista, onde foi morto a tiros por um motoqueiro.

Em suma o crime, teve como motivação vingança, já que o Flávio, ou “Michel”, que à epoca era foragido da Comarca de Imperatriz, e teria matado uma ex-amante do suposta matador dele, de prenome Fábio.

Este, por sua vez, também era foragido de Imperatriz e teria articulado o crime com o Marcone Ribeiro.

Ao fim e ao cabo, este enredo de uma trama que resultou na morte do Flavio Brito, culminou com a condenação do antigo comparsa e amigo, que o levou para covil dos leões.

De certo é que a pena de apenas 16 anos ficou bastante aquem da expectativa do Ministério Público, uma vez que o promotor Samuel Furtado requeu a condenação seguida de duas qualificadoras.

Vale lembrar que o juiz titular da 3ª Vara Penal de Marabá e presidente do Tribunal do Júri, Alexandre Hiroshi Arakaki, deixou claro que a sentença foi diminuta em função da vida pregressa da vítima.

Muito embora a pena tenha sido leve, os advogados de defesa Wandergleisson Fernandes e Marcell de Araújo, devem recorrer da decisão, uma vez que consideram o resultado como sendo contrário às provas dos autos.