sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Empresários protestam contra a Vale e fecham PA-160



Empresários reclamam do completo isolamento proporcionado indiretamente pela mineradora Vale e interditaram, hoje pela manhã a PA-160, à altura da Vila Planalto, distante cerca de 15 quilômetros do centro de Canaã dos Carajás.
A estrada é o principal eixo de ligação entre Parauapebas e Canaã dos Carajás e a manifestação impede o acesso ao projeto minerário S11D, da Vale.
Os empresários se queixam de três situações que estariam impactando diretamente e economia do município de Canaã dos Carajás, no sudeste do Pará.
Dois pontos seriam de alçada da Vale. A  contratação de mão de obra, a maioria dos empregados seria de outros municípios, bem como as compras, que estariam sendo feitas em outras praças em detrimento do comércio local.
A outra queixa, e não menos importante, são as constantes quedas de energia elétrica em Canaã dos Carajás, sobretudo no período noturno, onde os piques são mais acentuados.
Diante deste cenário caótico os empresários clamam para que a Vale, de alguma forma, compre, ou oriente as subsidiárias dela a comprar no mercado local, bem como priorizar as contratações locais.
De igual forma, exigem que a Celpa melhore a prestação de serviço no fornecimento de energia elétrica. O protesto segue, já que até o momento, nenhum representante das duas empresas se pronunciou. 
Este é o terceiro protesto contra a Vale em Canaã dos Carajás nesta semana. 

Duas manifestações contra a Vale no Pará



No período de uma semana populações de três comunidades fazem dois protestos conta a mineradora Vale, no município de Canaã dos Carajás, no sudeste do Pará.
No dia 07 de agosto os moradores da comunidade Bom Jesus interditaram por 10 horas a estrada que dá acesso à mina do projeto Sossego, onde a Vale faz extração e transformação do minério de cobre, no município de Canaã dos Carajás.
Os moradores interromperam a manifestação depois que representantes das empresas Vale e da Andrade Gutierrrez compareceram para negociar algumas reivindicações entre elas a contratação de mão de obra local,  pois até àquele momento só estavam contratando os de fora da região.
Até o dia 13 já haviam sido contratados (as) 180 trabalhadores da vila Bom Jesus, prova de cumprimento do acordo provocado pela manifestação dos moradores.
No dia 14, cansados de esperar pelo cumprimento dos acordos feitos com a Vale, os moradores das vilas Racha Placa e da vila Ouro Verde (Cedere III) resolveram interditar a estrada que dá acesso para o maior projeto da empresa, o S11D.
São 50 famílias moradoras da vila Racha Placa, desestruturadas pela Vale, que esperam, desde 2010, pela implantação de infra-estruturas numa área onde será criado um projeto de assentamento.

As famílias vêm sendo enroladas pela Vale e pelo necrosado Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). São famílias que tinham seus comércios na vila e foram destruídos pela Vale. São famílias, de funcionários públicos, da saúde e educação, que perderam seus postos de trabalho, pela ação da Vale.
São portadores de linhas de transporte que perderam seus passageiros. São famílias moradoras da vila não reconhecidas pela Vale, que não sabem o que fazer da vida.
A interdição da estrada durou oito horas, das seis às quatorze, quando moradores, o advogado da CPT e a Vale fizeram um açodo para agilização das negociações e implantação das infra-estruturas na área onde será criado o projeto de assentamento.
Por um país soberano, sério e contra o saque dos nossos minérios. Marabá, 14 de agosto de 2013.
CEPASP/CPT/Movimento Debate e Ação.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Alunos interditam o IFPA Rural

Alunos do IFPA Rural fecharam na manhã desta terça-feira a escola. Protestam contra a administração do professor Cardoso temem que haja intervenção e questionam o fato de não ter havido processo seletivo para contratação de novos professores e consequentemente a abertura de mais vagas.

Pra se ter uma idéia, na escola, estudam apenas 35 alunos no Ensino Médio. A escola fica localizada no Assentamento 26 de Março, antiga fazenda Cabaceiras e os alunos são militantes do MST e foi conquistada às custas da luta campesina.

A escola adota como método a pedagogia da alternância, quando os alunos estudam durante 15 dias e outros 15 dias aplicam os conhecimentos no campo e por conta desta interdição as aulas estão paralisadas.