Matou a ex-esposa e ainda ocultou o corpo. Esse foi o
desfecho de um feminicídio que aconteceu no dia 20 de setembro de 2017, cuja
vítima foi a dona de casa, Eliane de Sousa Jorge, assassinada pelo ex-marido,
Marcio Basílio Furtado.
Ele deve ser julgado na próxima terça-feira (21) em júri
presidido pelo juiz titular da 3ª Vara Criminal de Marabá, Alexandre Hiroshi
Arakaki. A rigor, este mês de agosto é destinado para a realização de julgamentos
em todo estado do Pará em atendimento à solicitação do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) que via desafogar as varais criminais.
A morte da dona de casa causou grande repercussão em Marabá. Contudo,
a prisão do acusado, foi uma das mais rápidas, tendo em vista que a equipe da Delegacia de Atendimento à Mulher
(Deam) prendeu o acusado no dia seguinte. Naquela ocasião ele contou uma
história fantasiosa, tanto que a delegada Ana Paula de Trigo Mattos não se
convenceu e acabou autuando-o por ocultação de cadáver. Em seguida, foi autuado
por feminicídio.
Vítima e acusado, conviveram por mais de vinte anos. Tiveram dois
filhos, porém estavam separados a quando do crime, inclusive ele já estava em
outro relacionamento, entretanto mantinha relações com a Eliane e de acordo com
informações da Polícia mato a ex-mulher com um golpe de arma branca.
O esfaqueamento aconteceu em um quarto de motel, às margens
da rodovia Transamazônica, próximo à Vila São José em Marabá. Contudo, a vítima
respirava após ser esfaqueada, mas foi morta estrangulada numa área de matar do
lote destinado ao projeto Alpa e teve o corpo ocultado.
Toda a trama foi desvendada pela Polícia, a ponto de o
acusado não ter como sustentar a versão de que o casal teria sido vítima de
assaltantes que a mulher havia sido esfaqueada e que ele conseguiu fugir, porém
se envolveu num acidente. Azar dele, ou sorte da Polícia, o fato é que depois
desse acidente ele foi preso no Hospital Municipal de Marabá quando recebia
atendimento médico e acabou sendo preso por ocultação e posteriormente autuado
por feminicídio.
Portanto, o destino dele ser julgado na próxima terça-feira,
por sete membros da sociedade como preconiza o Código Penal Brasileiro. Nunca é
demais lembrar que, caso seja condenado, a pena é acrescida de um terço.