sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Irmão que matou irmão está foragido




Carlos Antonio Alves Pereira, o Picolé está foragido desde o último dia 10 de setembro deste ano. Pesa contra ele a acusação de ter matado o próprio irmão dele, Valter Alves Pereira, o “Valtinho”.

O crime aconteceu no dia 21 de março deste ano, ocasião em que os dois irmão se desentenderam por conta de uma partilha de bens, referente à venda, ou locação de uma propriedade rural que o acusado fizera em desacordo com o Valtinho.


O baleamento aconteceu na oficina da vítima, situada na rua Ademir Martins, entre as avenidas Paráiso e Itacaiúnas. “Picolé”, chegou na oficina onde ambos travaram áspera discussão o que terminou no crime.

“Valtinho” convalesceu por quase seis meses no Hospital Regional onde faleceu no último dia 10 de setembro. Familiares trasladaram o corpo dele para sepultamento em Araguaina, Tocantins.

Já o irmão dele, o “Picolé” segue foragido, uma vez que o juiz titular da 3ª Vara Criminal de Marabá decretou a prisão preventiva contra ele.

Por sua vez o advogado criminal, Arnaldo Ramos, informou que peticionou um Habeas Corpus preventivo no Tribunal de Justiça do Estado do Pará e aguarda pronunciamento daquele corte.

Ramos entende que o caso é complexo, uma vez que se trata de uma tragédia familiar sem precedente, mas que espera obter todas as garantias constitucionais em favor do cliente dele.


O fim –Por décadas, os dois administraram uma loja de revenda de peças de carros, na rodovia Transamazônica. Com o fim da sociedade, os dois irmãos seguiram as vidas em separado, porém alguns bens remanescentes da sociedade ficaram sob responsabilidade do Picolé como um caminhão e uma chácara, às proximidades da Vila Brejo do Meio, zona rural de Marabá.

Tais bens foram vendidos, ou arrendados, sendo que sistematicamente, “Valtinho”, o baleado, costumava reclamar para o irmão, “Picolé”, já que os bens foram adquiridos quando os dois eram sócios.

Por conta desta situação “Valtinho” vociferou e xingou o irmão dele a ponto de chamá-lo de ladrão quando os dois estavam numa rodada de conversas com amigos.

Naquela ocasião, “Picolé” teria dito que “Valtinho” iria engolir as palavras. Alguns dias após, novas cobranças e agressões mútuas, até que no dia 21 de março, armado com um revólver calibre 38, “Pícolé” foi até a oficina do “Valtinho”, e novamente, mais desentendimento, que terminou no baleamento.

Dias após o baleamento, “Picolé”, se apresentou na Seccional Urbana da Nova Marabá acompanhado do advogado criminal Arnaldo Ramos onde depôs diante da delegada titular da Divisão de Homicídios de Marabá (DHM), Raissa Maria Soares Beleboni.

Entre outras coisas, disse que por mais de um ano estava sendo atacado pelo irmão dele o chamava, insistentemente de ladrão e que a chácara vendeu de forma pré datada e que ainda não tinha condições de repassar a parte do irmão dele, mesmo assim sofreu as humilhações públicas e que acabou perdendo o controle e cometendo o crime.


segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Juiz mantém soldado preso



Decisão prolatada pelo juízo da 3ª Vara Criminal de Marabá manteve o soldado Felipe Freire Sampaio Gouvea preso. Ele é acusado de ter matado o professor Ederson Costa dos Santos, dia 4 de agosto deste ano, em frente ao Sesi de Marabá.

Felipe Gouvea matou o professor com dois tiros de pistola calibre 0.40, pertencente à Polícia Militar do Maranhão onde ele é lotado. Inclusive os dois estojos da arma ficaram no chão e que serviram para identificá-lo como sendo o matador.

Ele confessou o crime e disse que matou por conta de comentários desrespeitosos por parte do professor Ederson Costa para com a namorada dele, a Thais Rodrigues, que foi presa, mas atualmente está respondendo ao crime em liberdade.

Esse crime aconteceu após um acidente de trânsito ocorrido na rodovia Transamazônica, núcleo Cidade Nova, onde a vítima teria forçado uma ultrapassagem. Os dois motoristas pararam os carros em frente ao Sesi, onde teria ocorrido a discussão e consequentemente o crime.

A partir dos estojos deixados no palco do crime, a equipe da Divisão de Homicídios, liderada pelo delegado Ivan Pinto, iniciou a investigação até que conseguiu identificar o soldado e a namorada dele como os autores deste crime.

De posse de tais informações, o juízo da 3ª Vara Criminal de Marabá expediu, em princípio, mandados de prisões temporárias para os dois acusados.

Para a Thais Rodrigues, o magistrado, que pediu para não ter o nome divulgado, decretou uma prisão temporária de apenas cinco dias, já para o soldado, a prisão temporária tinha prazo de trinta dias. Ele está preso desde o dia 9 de agosto.

Por entender que não houve nenhum fato novo que pudesse alterar a situação do acusado, e por considerar que o crime teve ampla repercussão e comoção social, o magistrado não só o manteve preso, como converteu a prisão em preventiva, ou seja, não tem data para terminar.

Ao que tudo se desenha, o destino dos dois acusados deve ser decidido em Tribunal do Júri em Marabá. O soldado, por homicídio e ela, a namorada dele, por co-autoria.