Edinaldo Sousa - No centro daquele que pode ser um escândalo de proporção nacional está o presidente do Sindicato dos Rodoviários do Sul e Sudeste do Pará, José Sidney Ferreira.
Diretores deste sindicato se dizem perseguidos e denunciaram recentemente no Ministério Público do Trabalho, que o presidente contraria o estatuto, além é claro de se locupletar com o dinheiro da categoria.
São movimentados, mensalmente, pelo menos R$ 50 mil, cuja prestação de contas é feita através de gráficos, sendo que o correto seria apresentação de notas fiscais.
A última prestação de contas foi referente ao período de 1º de janeiro a 30 de junho de 2009.
Esse tipo de evento segue um ritual etílico. José Sidney reúne os diretores num clube, promove uma festinha regada a muita cerveja e churrasco e quando todos estão cambaleantes, pede para assinar e homologar a prestação de contas.
Consta na denúncia, que José Sidnei teria beneficiado, parentes e apaniguados políticos num convênio de saúde, entre o Sintrarsul e uma cooperativa médica, sendo que pelo convênio, apenas quatro funcionários do Sintrarsul seriam beneficados, porém a lista foi acrescida de outras 13 pessoas.
Dois diretores, Ruberdan Moraes Ferreira, que é o atual secretário geral e vice-presidente e Gerson Medeiros Serrano encabeçam as denúncias.
Eles contaram que houve um provável esquema de caixa dois, durante a eleição municipal em 2008, sendo que José Sidney concorreu a vereador pelo PT. Após a campanha eleitoral adquiriu bens, ao passo que praticamente todos os candidatos, eleitos, ou derrotados ficaram endividados.
Consta também na denúncia um cheque de mil reais, emitido pelo Sintrarsul e repassado a Gerson Serrano a título de suborno para que se calasse diante de uma doação de uma empresa de transporte urbano de Marabá.
Na denúncia, há ainda nota fiscal da locação de um carro, que teria sido usado por José Sidney durante a campanha eleitoral, cujo valor pago de R$ 2 mil, cujo montante teria sido pago pelo sindicato.
As denúncias não param por aí. Contra José Sidney pesa ainda o chamado tráfico de influência no tocante a demissão de funcionários das empresas de transportes urbanos.
A gestão de José Sidney, de acordo com os sindicalistas, está marcada por atropelos, maracutaias e perseguições, sendo que dificilmente deve conseguir a reeleição ano que vem.
Pra se ter uma idéia do desgaste, em uma das empresas de transporte urbano, houve, recentemente a eleição dos membros da CIPA, os candidatos indicados por ele, obtiveram apenas 7 votos, ao passo que o candidato da oposição obtiveram 79 votos.
“Ele teme a concorrência e não admite a alternância do poder, por isso tenta de todas as formas me calar, inclusive solicitou à empresa que trabalho a minha demissão e me afastou de forma arbitrária e contrária ao Estatuto”, comenta Ruberdan Ferreira.
Para o sindicalista, o afastamento só deveria acontecer diante de uma assembléia geral e não da forma que se deu, através de ofício enviado à empresa onde Ruberdan trabalha. “Por isso estamos pleiteando na Justiça o nosso reingresso, por entender que foi um ato unilateral e ditatorial do presidente”, comenta.
Este post tentou localizar José Sidney para comentar sobre as denúncias dos sindicalistas, porém não conseguiu localizá-lo em seu celular.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
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