Ícaro Souza quando estava dentro da viatura policial |
Regislei Costa: "Não fiz nada" |
Ícaro foi preso quando tentou 'despachar' revólver no banheiro |
Paggi: "Há indícios contra os dois" |
Um homicídio, dois presos e um foragido
Madrugada bastante movimentada para os policiais lotados na 26ª Zona de Policiamento Militar (26 ZPOL). Tudo por conta de um homicídio que aconteceu na rua 31 a de março, às proximidades de um conhecido cabaré do bairro Liberdade.
A vítima foi Ademilton Grits, o Edmilson 52 anos, morto com dois tiros na cabeça. O crime aconteceu por volta das 5 horas da manhã.
No início da manhã de sexta-feira, os policiais militares, comandados pelo aspirante Teixeira, prenderam um acusado deste crime, trata-se de Regislei da Costa Grits 20 anos, que mora na rua Araguaia, bairro Novo Horizonte.
Na madrugada, os policiais prenderam Ícaro Souza, que portava um revólver calibre 22, municiado com quatro projéteis, sendo um deflagrado.
Horas antes destas duas prisões, os dois acusados, junto com um terceiro, identificado apenas por Júnior, estavam na boate do Edmilson, na rua Bahia, bairro Novo Planalto.
O trio foi denunciado pela vítima, que informou aos policiais militares que um deles estava armado. Nesse caso tratava-se de Ícaro Souza.
Além do mais, segundo a esposa de Edmilson, Maria Bernadete Fontenelle, contou que os três encrencaram para pagar a conta na boate e discutiram com o marido dela.
Despachou - Assim que os policiais entraram nesta boate, de acordo com o aspirante Teixeira, Ícaro Souza correu para o banheiro para “despachar” a arma.
Ato contínuo, conta o aspirante, os militares renderam os três acusados, sendo que apenas o Ícaro Souza foi preso e conduzido até a Seccional Urbana da Nova Marabá para ser autuado em flagrante.
Assalto – Nunca é demais lembrar que horas antes dos militares chegarem até essa boate, Valdeir Sousa Brito, morador da rua 31 de Março, contou que foi vítima de assalto quando circulava pela rua Bahia.
Valdeir Brito informou aos policiais que três pessoas lhe roubaram, sendo que um deles era moreno, alto e usava um revólver calibre 22, coincidentemente a mesma arma que foi encontrada com Ícaro Souza.
Inclusive, ainda de acordo com o aspirante Teixeira, Valdeir Brito foi até a delegacia da Cidade e reconheceu o acusado, contudo ficou de retornar pela manhã para fazer o reconhecimento formal.
Acusado fugiu antes do flagrante
Quando o flagrante de porte ilegal de armas contra Ícaro Souza estava sendo concluído, o acusado pegou uma barra de ferro de peça de moto que estava no corredor que dá acesso à cela forçou a grade e fugiu pela cozinha da delegacia.
Ele saltou vários quintais vizinhos à delegacia até alcançar a rua Castelo Branco de onde saiu em desabalada carreira em direção ao bairro Belo Horizonte.
Enquanto ele fugia, novamente os policiais militares checavam a informação que tinha acabado de acontecer um crime no bairro Liberdade, às proximidades do cabaré.
Pra surpresa dos militares, quando chegaram ao local perceberam que a vítima tinha sido o mesmo cidadão que minutos antes informou acerca do trio, Ícaro, Regislei e o Júnior, sendo que um deles estava armado.
Grande cerco para prender novamente suspeito
De posse dessa notícia da fuga do acusado, novamente os policiais militares saíram às ruas para tentar recapturá-lo.
Segundo os dos policiais que participaram das buscas, Ícaro Souza foi visto na avenida Manaus, às proximidades da avenida 200, bairro Belo Horizonte.
Liso, o acusado saltou vários muros até ser pego numa casa, cujo dono delatou o suspeito. Novamente preso, ainda de acordo com o aspirante Teixeira, Ícaro Souza contou onde moravam Regislei e o Júnior. Ambos são vizinhos na rua Araguaia, bairro Novo Horizonte.
De posse dessa nova informação, os militares, novamente fizeram buscas e conseguiram prender Regislei, que dormia tranquilamente na casa dele. Por ser turno, Júnior está foragido.
Acusado autuado por co-autoria
Diante dessa seqüência de eventos e indícios o delegado Rodrigo Paggi ficou de autuar o acusado Regislei da Costa Peniche por co-autoria de homicídio contra Ademilton Grits, o Edmilson.
Quanto ao Júnior, o delegado informou que ficou de qualificar e indiciar por autoria, já que não foi encontrado na casa dele e está em fuga.
Paggi informou que é muita coincidência a vítima ter denunciado que os três estavam armados e mais tarde ser assassinada, sendo que dele nada foi roubado.
“Tem muitos indícios contra os acusados, à exceção do Ícaro que estava em fuga, os dois podem perfeitamente ter matado a vítima”, comenta o delegado.
Um dos acusados, Regislei Peniche negou que ele o Júnior tivesse matado a vítima, inclusive disse ser trabalhador e que nunca havia se envolvido em nenhum crime.
Quanto ao acusado Ícaro Souza, por enquanto foi autuado por porte ilegal de armas já que estava com um revólver calibre 22.
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