sexta-feira, 16 de maio de 2014

PF deflagra operação “Colabit”



Cibele Andrade, Alisson da Silva, Dhony Santos e Gildicélio Souza



A  Polícia Federal prendeu 17 acusados de integrar uma quadrilha internacional de tráfico de drogas, sendo cinco presos no Pará. Entre os presos, dois soldados da Polícia Militar, ambos lotados no 4º Batalhão de Polícia Militar de Marabá.

Em Jacundá foram presos, Alisson Pereira da Silva, Cristiano Oliveira Martins e Cibele Andrade. Em Marabá, foram presos os soldados, Dhony Souza Santos e Gildicélio Souza.

As prisões são fruto de intensa investigação realizada pela Polícia Federal nos últimos sete meses e reuniu policiais federais do Pará, Mato Grosso e São Paulo.

A quadrilha, segundo informações da Polícia Federal, atua em vários estados, e no Pará, montaram uma base em um município próximo de Marabá, onde conta com o apoio logístico de uma pista de pouso para que aeronaves recheadas de cocaína posem e a droga e distribuída na região.

Os acusados presos no Pará foram conduzidos até a sede a Polícia Federal onde ficaram de ser ouvidos durante todo o dia de ontem acerca de acusação de tráfico de drogas.

Com esta prisão, somam oito pessoas presas no Pará, acusadas de tráfico de drogas em menos de uma semana. Semana passada, três homens foram presos em uma barreira da Polícia Rodoviária Federal e transportavam no carro, um quilo de pasta base de cocaína. Naquela ocasião foram presos: Roberto Carlos Pires de Andrade, Brenno Morais Viana e Osmayelle Alves de Oliveira.

Concussão – Durante a investigação a Polícia Federal identificou provável envolvimento dos dois soldados da Polícia Militar, inclusive o delegado Antonio Carlos Cunha Sá, informou que há fotos e vídeos onde ambos aparecem mantendo contato com supostos traficantes de Marabá. 

Chamou a atenção dos policiais o fato de os militares ostentarem bens, incompatíveis que a renda mensal. Podem ser autuados por concussão, associação ao tráfico e até mesmo por tráfico de drogas, conforme informou o delegado Antonio Sá.

“Quem tem o dever legal de combater o crime e não faz, pode ser penalizado, é como se um bombeiro que vê uma pessoa se afogando e não socorre a vítima, é impossível ele tem o dever legal de socorrer aquela vítima, de igual forma o policial tem a missão de combater o crime”, ensina o policial.

Para ele, os dois policiais têm envolvimento com o tráfico de drogas em Marabá, mas somente a Justiça é quem vai determinar o futuro de ambos, que durante o processo vão ter a oportunidade de fazer uma ampla defesa.

A Operação Colabit, aconteceu de forma simultânea e em Marabá, o juiz federal Heitor Moura Gomes decretou os mandados de busca e apreensão e de prisão dos acusados.

Ao todo, foram cumpridos 17 mandados durante a operação policial que contou com um contingente considerável de policiais federais. “Nestes últimos sete meses, pelo menos 50kg de pasta base de cocaína fora apreendidos na região”, garante o delegado Antonio Sá.

A investigação deve ter desdobramentos com novas prisões de acusados e integrar esta quadrilha. O caso tramita em segredo de justiça, mas a reportagem teve acesso ao depoimento do acusado Alisson da Silva, onde ele nega ter envolvimento com o tráfico de droga e que apenas foi contratado para fazer um serviço em uma fazenda de um dos acusados.

Todos os advogados dos acusados presos em Marabá foram instados a comentar sobre as prisões, contudo, apenas o advogado Arnaldo Ramos de Barros Júnior quis se pronunciar sobre o assunto, mas se ateve em dizer apenas que neste momento é prematuro fazer alguma declaração, mas se adiantou em dizer que os clientes dele, nada têm a ver com o tráfico de drogas. 

Nenhum comentário: