quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Marabá bate recorde negativo de mortandade

Novato foi vítima de acerto de contas na Vila do Rato





E segue a mortandade em Marabá. Até o dia 21 de janeiro deste ano, 17 pessoas foram assassinadas. Sendo que em apenas um caso, a vítima, o acusado de ser assaltante Josiel Costa do Nascimento 29 anos foi morto durante intervenção policial com evento morte, fato que aconteceu no dia 10 de janeiro deste ano em um açougue na Folha 12, Nova Marabá.


Mais recentemente foram mortas em Marabá dois acusados de roubo e de tráfico. Na última segunda-feira (19) os peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves de Marabá localizaram o corpo do ex-presidiário Jeová Peterson Matni Trindade 30 anos.

Jeová Trindade, conhecido por De Belém, costumava perambular por um movimentado posto de combustíveis na rotatória do Quilômetro Seis, onde era apontado por populares como sendo o autor de pequenos furtos em caminhões.

Ele, provavelmente foi levado pelos executores até a estrada do Limão, que dá acesso ao aterro sanitário da cidade onde foi executado, provavelmente ainda na segunda-feira à tarde tendo já que pela manhã foi visto circulando pelo posto.

A outra vítima, o “Novato”, ou “Papa léguas” foi morto com cinco tiros. O crime aconteceu na Vila Nova Canaã, comumente chamada de “Vila do Rato”, prolongamento da avenida Getúlio Vargas, Marabá Pioneira. 

Oficiosamente o crime teria sido cometido por dois acusados de ser traficantes, o “Tripa” e o “Maluco”, este, inclusive seria foragido do Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (Crama). 

Desde a criação da Divisão de Homicídios de Marabá, em agosto do ano passado, são pelo menos 40 homicídios, e destes há dois pedidos de busca e apreensão e um de prisão. Tais pedidos hibernam nas gavetas da 3ª Vara Penal de Marabá sem que haja um pronunciamento formal do juiz do feito.


“Ratinho” exterminado a tiros


No final da tarde desta quarta-feira, mais uma vez é morta uma pessoa. Desta vez o alvo foi o ajudante de pedreiro Jacson da Silva Costa, o “Ratinho”, 26 anos. 

O crime, com características de acerto de contas ocorreu em um bar na rua Araguaia, bairro de mesmo nome. O matador estava tão à vontade e tranquilo, que entrou no bar, perguntou quanto custava uma lata de cerveja, pagou com R$ 5,00, recebeu de troco R$ 2,5, tomou a cerveja de um gole só e em seguida, deu meia volta, sacou uma arma e efetuou três tiros na vítima, sendo dois no tórax e um na cabeça.

No momento do crime estavam algumas pessoas estavam no bar, inclusive um amigo do “Ratinho”, identificado pela alcunha “Tufão” seria o segundo alvo do matador.

Contudo, ao perceber que o amigo estava sendo baleado, “Tufão” saiu em desabalada carreira. O pistoleiro ainda correu atrás dele, efetuou alguns disparos, mas aparentemente não acertou o alvo.

O crime foi registrado ao delegado plantonista Rayrton Carneiro dos Santos, que informou ter poucos detalhes acerca do caso, salvo o fato de a vítima ser conhecida no bairro como uma pessoa afeita à confusões e brigas.

Vale lembrar, porém que caso o “Tufão” seja identificado e interrogado, pode ajudar na elucidação deste crime, já que aparentemente ele seria um segundo alvo.

Todos os outros casos soam como execução envolvendo o tráfico de drogas, ou execução pura e simples, sendo que todas as vítimas, de algum modo tinham envolvimento, direto, ou indireto com o mundo do crime.


Criminoso segue impune


Ainda sem muitas informações acerca de um crime que aconteceu no final de semana em Marabá, tendo como vítima a usuária de drogas Patrícia Pereira da Silva 22 anos.

O corpo dela foi localizado dentro de uma construção na avenida Sororó, bairro Liberdade. A mulher sofreu várias pancadas na cabeça e teve o pescoço amarrado com uma blusa.

Ela saiu da casa dela no sábado (17) e iria se encontrar com um namorado, ou amante, contudo, pela manhã o corpo foi encontrada morta. 

Dentro de um dos bolsos da vítima, peritos do Centro de Perícia Científica Renato Chaves de Marabá apreendeu um cachimbo usado para aspirar pedras de crack.

Uma das linhas de investigação da Polícia é o provável envolvimento da jovem Patrícia da Silva no tráfico de drogas.

Outra provável linha de investigação é de que o amante pode tê-la matada após um desentendimento, talvez por conta do consumo de drogas.

Independentemente das linhas de investigações que a Divisão de Homicídios deve seguir, o fato é que mais uma mulher é assassinada impunemente e por se tratar de uma vítima anônima, pouca repercussão houve em torno do caso.

Nenhum comentário: