Decisão prolatada pelo juízo da 3ª Vara Criminal de Marabá
manteve o soldado Felipe Freire Sampaio Gouvea preso. Ele é acusado de ter
matado o professor Ederson Costa dos Santos, dia 4 de agosto deste ano, em
frente ao Sesi de Marabá.
Felipe Gouvea matou o professor com dois tiros de pistola
calibre 0.40, pertencente à Polícia Militar do Maranhão onde ele é lotado. Inclusive
os dois estojos da arma ficaram no chão e que serviram para identificá-lo como
sendo o matador.
Ele confessou o crime e disse que matou por conta de
comentários desrespeitosos por parte do professor Ederson Costa para com a
namorada dele, a Thais Rodrigues, que foi presa, mas atualmente está
respondendo ao crime em liberdade.
Esse crime aconteceu após um acidente de trânsito ocorrido na
rodovia Transamazônica, núcleo Cidade Nova, onde a vítima teria forçado uma
ultrapassagem. Os dois motoristas pararam os carros em frente ao Sesi, onde
teria ocorrido a discussão e consequentemente o crime.
A partir dos estojos deixados no palco do crime, a equipe da
Divisão de Homicídios, liderada pelo delegado Ivan Pinto, iniciou a
investigação até que conseguiu identificar o soldado e a namorada dele como os
autores deste crime.
De posse de tais informações, o juízo da 3ª Vara Criminal de
Marabá expediu, em princípio, mandados de prisões temporárias para os dois
acusados.
Para a Thais Rodrigues, o magistrado, que pediu para não ter
o nome divulgado, decretou uma prisão temporária de apenas cinco dias, já para
o soldado, a prisão temporária tinha prazo de trinta dias. Ele está preso desde
o dia 9 de agosto.
Por entender que não houve nenhum fato novo que pudesse
alterar a situação do acusado, e por considerar que o crime teve ampla
repercussão e comoção social, o magistrado não só o manteve preso, como
converteu a prisão em preventiva, ou seja, não tem data para terminar.
Ao que tudo se desenha, o destino dos dois acusados deve ser
decidido em Tribunal do Júri em Marabá. O soldado, por homicídio e ela, a
namorada dele, por co-autoria.
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