terça-feira, 10 de agosto de 2010

Fugas são constantes no Crama

Fácil, fácil
Ronan Claro e mais dois fogem do Crama




Não é de hoje que as fugas acontecem no Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (Crama) em Marabá. Na última semana, três pessoas saltaram os muros daquela casa penal e ganharam a liberdade.
Um dos presos é considerado de alta periculosidade: trata-se de Ronan Claro Rodrigues, Carlos Resplandes Pompeu e a detenta Carla Cristina Nascimento Chaves.
Se Marabá é considerada cidade perigosa, agora, com a fuga de Ronan Claro Rodrigues, pode-se dizer que a cidade vai ficar ainda mais perigosa para os cidadãos dada a periculosidade deste detento.
Ronan Claro é considerado pela polícia como sendo bastante perigoso. Desde a infância que ele responde a procedimento policial. Atualmente constam contra ele 18 processos em Marabá, que vão desde assalto a homicídios, latrocínio, furtos e roubos.
Condenado a 25 anos de reclusão, por ter matado Antonio Filho dos Santos, colega dele de cela o acusado ultimamente estava em regime fechado e misteriosamente cumpria pena na enfermaria.
À Polícia resta descobrir as circunstâncias da fuga dele, que aconteceu na tarde do último sábado (7) quando o acusado estava tomando banho de sol, muito embora não tivesse autorização judicial para permanecer na enfermaria.
A reportagem levantou que Ronan Claro conversou com o agente prisional Valterson Nunes da Silva e pediu para tomar banho de sol, porém bastou o agente prisional virar as costas para o acusado saltou o muro e ganhou a liberdade.
A detenta Carla Chaves cumpria pena no regime fechado e estava autorizada pela direção a trabalhar na cozinha do Crama, segundo relato da agente prisional Joice Carmem Amador Cardoso.
Carlos Pompeu, embora fosse preso provisório, também estava trabalhando na cozinha do Crama e fugiu saltando um muro, pois não havia segurança algum segundo informou o agente prisional João Brasil Monteiro Filho.
Vale lembrar que Carla fugiu no dia 2, enquanto Carlos Pompeu fugiu no dia 5 e Ronan Claro saltou o muro da enfermaria no sábado (7).
Misteriosamente as fugas foram comunicadas após um considerável hiato. Todas foram registradas no sábado 7, sendo que o responsável pelos registros foi o escrivão Dílson José Lima Gonçalves e o delegado Victor Diego Ribeiro.
Passando a limpo – A delegada, Bruna Paolucci, lotada na Delegacia Distrital da Cidade Nova quer esmiuçar o que está por trás das constantes fugas do Crama.
Entre as dúvidas que pairam na cabeça da delegada está o fato de os detentos do Crama, que cumprem pena no regime fechado desta casa, são simplesmente transferidos para a enfermaria, onde, hipoteticamente a vigilância é menor.
Outra preocupação da delegada diz respeito à facilidade com que os detentos fogem do Crama. Praticamente todas as semanas acontecem as fugas.
Não menos intrigante é a maneira como a direção trata as fugas. As últimas três fugas, observa a delegada, foram feitas dias após os acusados fugirem e sempre com o delegado Victor Diego, quando na verdade teria de ser registrada consigo, pois o Crama compreende área de jurisdição da Distrital da Cidade Nova.
“Vamos intimar a direção desta casa penal para verificarmos o que está acontecendo lá, pois está muito fugir”, comentou a delegada que se pode dizer “está com a pulga atrás da orelha”.
A direção desta casa penal não se pronuncia a respeito das constantes fugas. A reportagem enviou e-mail para a assessoria de imprensa do Sistema Prisional a fim de saber o que o major da PM, Marcos Valério, constatou a quando da vinda dele ao Crama, há duas semanas, mas não houve retorno.

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