quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Delegado promete atenção máxima à Marabá

Edinaldo Sousa

De Marabá



O delegado geral de Polícia Civil Nilton Jorge Barreto Atayde prometeu dar prioridade às cidades pólos, Santarém, Castanhal e Marabá. O compromisso foi firmado em Marabá na noite de segunda-feira, por ocasião da posse do novo superintendente regional Alberto Henrique Teixeira de Barros.
Por ocasião dessa posse, o delegado geral de Polícia Civil, Nilton Jorge Barreto Atayde reiterou o que o delegado adjunto, Rilmar Firmino de Souza afirmou na imprensa recentemente: Marabá estará no centro das prioridades no tocante à segurança pública.
Estas três cidades têm como características em comum, a polaridade e irradiam influência em suas respectivas regiões do estado do Pará.
Segundo Nilton Atayde a intenção é montar base de atuação visando combater o crime organizado. O tráfico de drogas é prioridade zero, seguido do homicídio e dos assaltos.
“Estamos montando o que há de melhor na Polícia, dotaremos estes municípios de plenas condições de trabalho a fim de minimizar os impactos causados pela violência”, afirma.
O novo delegado superintendente regional Alberto Henrique Teixeira de Barros deixou claro que pretende cobrar resultados de seus subordinados.
Ele está há apenas três anos na Polícia Civil, mas já integrou as fileiras da Polícia Militar durante 16 anos onde tinha a patente de capitão.
Na Polícia Civil ele coordenou o Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), onde implantou um método de trabalho dinâmico e se utilizou de métodos modernos de inteligência policial para desarticular quadrilhas.
“Pretendemos continuar com a nossa metodologia de trabalho e utilizar o que há de melhor no quesito inteligência policial para combater o crime”, acentua.
Por sua vez o delegado titular da Diretoria de Polícia do Interior, Sílvio César Maués Batista adiantou que uma base do Núcleo de Inteligência de Polícia (NIP) deve ser montada em Marabá em breve.
Por motivos óbvios ele não adiantou quando esta base deve ser montada. “Senão não seria inteligência, pois estaríamos entregando o ouro pro bandido”, comparou garantindo, porém que nesta nova administração governamental Marabá estará no centro das atenções.
Por sua vez o delegado José Casemiro Beltrão da Silva Júnior aproveitou para agradecer o apoio que teve durante estes quase três anos em que permaneceu em Marabá e disse que saia com a sensação do dever cumprido.
“Embora admita que poderíamos ter feito mais pela segurança pública saio com o sentimento do dever cumprido e pronto para enfrentar novos desafios”, conclui.
Prestigiaram a posse praticamente todos os delegados do sul e sudeste do Pará. Nesta terça-feira, às 9 horas da manhã acontece uma reunião com todos os delegados de jurisdição da superintendência regional a fim de definir algumas estratégias de trabalho desta nova administração.
Promessas – Não é de hoje que tais promessas são feitas, agora resta saber se dessa vez a cúpula da Polícia Civil de fato vai proporcionar as mudanças que se fazem necessárias a fim de minimizar os impactos da violência na sociedade.
Enquanto sobram promessas faltam investimentos. Pra se ter uma idéia, os investigadores que vêm de Belém para Marabá tirar plantão não têm alojamento para que possam repousar, ou pelo menos descansar nos intervalos de almoço e jantar.
Uma casa da Polícia Civil, na Folha 32 Nova Marabá está cedida para uma escrivã. Esta mesma casa, no passado serviu de alojamento, porém fora abandonada e alguns talões de energia não foram pagos e o mato tomava de conta do prédio.
Por conta desse abandono, o ex-superintendente Raimundo Benassuly Maués retomou o prédio que posteriormente foi entregue à escrivã, que por sua vez reformou, pagou os talões de energia e atualmente está morando com família.
A respeito desse assunto o delegado corregedor Herbert Renan Silva de Souza lembrou que a legislação da Polícia Civil consta que o policial deve morar onde for lotado, ou seja, a instituição não se responsabiliza pela estadia dos policiais.


Investigador novato envolvido em esquema



Mal entrou na Polícia Civil e o investigador, Rodrigo dos Reis e Silva Nascimento 29, aparentemente se envolveu em esquema de extorsão no estado do Tocantins. Ele tem apenas seis meses que está na instituição é da turma de policiais lotados em setembro do ano passado.
Ele foi preso na última quinta-feira, juntamente com os investigadores, Zacarias da Silva Reis 45 e Eurivam Saraiva da Silva 24 e o funcionário publico de Eldorado do Carajás José Fernando Feitosa da Silva 21 anos.
O quarteto foi preso no Tocantins, na semana passada quando tentava extorquir o lavrador Raimundo da Silva Santiago. Eles continuam presos em Araguaina-TO.
Expulsos – Quanto aos três investigadores, segundo o corregedor geral de Polícia Civil Domingos Sávio Albuquerque Rodrigues, informou ontem à noite que foi aberto um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) que ao final pode concluir que os investigadores são culpados e redundar na expulsão deles da Polícia Civil.
A declaração foi feita em Marabá por ocasião da posse do novo delegado superintendente regional, Alberto Henrique Teixeira de Barros, porém Domingos Sávio deixou claro que todos terão direito à ampla defesa.
“Em hipótese alguma concordamos com desvio de conduta é navalha na carne e a orientação é punir severamente até mesmo para dar exemplo àqueles que permanecem na instituição e também para dar uma resposta à sociedade”, assegura.
Os quatro acusados continuam presos em Araguaina-To ao passo que a Delegacia de Policia Civil de Eldorado do Carajás está praticamente de portas fechadas por falta de policiais. (E.S.)

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