quarta-feira, 27 de abril de 2011


Nostalgia



Oh! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!

Os versos acima, do poema “Meus oito anos”, de Casimiro José Marques de Abreu (1839 a 1860) indubitavelmente remete a infância de milhares de brasileiros.

Evidentemente que me encaixo neste universo. Quando estive no lago de Tucuruí, neste feriado prolongado vi um besouro, popularmente conhecido por “Joaninha” e, inevitavelmente lembrei-me da minha infância.

Assim como a grande maioria das crianças de periferia, tirava um “tibungo”, brincava de “quebra borbulha”, do “trisca” no Itacaiúnas, bons tempos àqueles.

Quando retornava para casa, com os olhos vermelhos de tanto mergulhar no rio, uma “taca” era garantida pela dona Francisca Maria de Sousa, vivinha da silva para contar a história.

Mas no dia seguinte, começa tudo de novo, novas peraltices. Quem nunca desobedeceu, pai, ou mãe por conta de uma traquinagem, hein? Tira um fino. É isso.



Joaninha busca alimento e refúgio em tronco no Lago de Tucuruí

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