quarta-feira, 8 de junho de 2011

Sindicalista ameaçada de morte


Ilka Lima: Acuada e sem condições de sair do bairro



 

A presidente da Associação dos Moradores do Bairro da Paz, Ilka Barros Lima denunciou ao delegado Renato Lopes Taralo, que estava sendo ameaçada de morte.

As ameaças vêm de duas frentes. Na manhã desta terça-feira (7) ela contou que recebeu duas ligações anônimas onde os interlocutores foram claros: “Larga isso de mão, senão vai ter que sair do bairro”.

De outra parte, durante uma assembléia na sede da Associação, duas mulheres de prenomes: “Mara” e “Loira”, disseram para a sindicalista ir embora do bairro.

Tais ameaças ocorrem por conta de uma invasão recente de duas áreas dentro do bairro da Paz. Um deste terreno, localizado no final da rua Alfredo Monção, que seria destinada à construção de escola, creche e posto de saúde.

O outro terreno invadido, localizado no final da rua Afro Sampaio é um manguezal, onde há buritis, açaí, córrego e diversos tipos de pássaros.

Ilka Lima disse que a intenção seria preservar este para no futuro manter um espaço verde dentro do bairro, porém os sem teto ocuparam estes terrenos e ainda ameaçam de morte a sindicalista.

Diante dessas ameaças, Ilka Lima teme morrer a qualquer momento e anda com a síndrome do pânico. “Vejo pessoas estranhas ao meu redor a todo instante, não consigo dormir direito e vivo com medo”, narra.

Contou que na semana passada, havia duas pessoas estranhas rondando a casa dela. “Todos sabem que o nosso bairro tem um histórico de violência e os crimes acontecem e não há explicação e nem punição”, acrescenta.

Pra se ter uma idéia desse histórico de violência, desde a formação deste bairro em 2006, quatro líderes sindicais foram assassinados, entre eles, Edivan Siqueira de Oliveira, morto dia 12 de junho de 2007; Josiel Barros Pereira, o Cabeça, dia 3 de agosto de 2007; João Batista Góes, o Joãozinho do Jet, em 20 de junho de 2008 e Manoel Moura de Oliveira, morto no dia 26 de agosto deste ano.

“A gente sabe como essas coisas acontecem, eles ameaçam, o estado se omite e muitos morrem, não quero morrer e só não vou embora desse lugar porque não tenho pra onde ir”, conclui.




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