sábado, 24 de setembro de 2011

Caso extrativistas: Pistoleiro nega participação




O terceiro acusado de ter matado o casal de extrativistas, José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva, mortos no dia 24 de maio no Projeto de Assentamento Praia Alta Piranheira, Alberto Lopes Teixeira do Nascimento, o “Neguinho”, negou o crime durante depoimento que forneceu na noite de quinta-feira, ao delegado Sílvio César Maués Batista.

A negativa, segundo o delegado, já era previsível tamanha a repercussão do crime, porém no inquérito que apura o caso há indícios de participação do acusado, tanto que o retrato falado confeccionado com base em informações fornecidas de colonos aponta para uma semelhança de quase 90%.

O passo seguinte do inquérito, segundo o delegado é realizar uma acareação entre os colonos e o acusado, o que deve acontecer na próxima semana.

Alberto do Nascimento foi preso na noite de quarta-feira em Nova Ipixuna por uma guarnição do sargento Brito e com participação do investigador Benjamin.


Os policiais receberam denúncia anônima. O acusado estava desarmado e não reagiu. Na verdade, Neguinho estava morando em Jacundá, porém nos últimos dias se refugiou em Nova Ipixuna.

Os outros dois envolvidos José Rodrigues Moreira e o pistoleiro Lindonjhonson Silva Rocha foram presos na manhã de domingo, numa zona rural de Novo Repartimento. Eles também negaram o crime.



Neguinho é condenado por roubo



Segundo o delegado Sílvio César Maués Batista, o fato novo na prisão do acusado Alberto Lopes Teixeira do Nascimento, o Neguinho é que ele tem uma condenação de 8 anos e nove meses por roubo qualificado. A sentença é da 3ª Vara da Comarca de Tucuruí.

As armas apreendidas, com os irmãos, José Rodrigues e Lindonjhonson, os três revolveres e uma espingarda, foram encaminhadas ao Centro de Perícias Científicas de Marabá.

O perito José Augusto Barbosa de Andrade se encarregou de encaminhar as armas para o teste de micro-comparação balística com os projéteis retirados dos corpos dos extrativistas.

Vale lembrar que os corpos de José Claudio e Maria do Espírito Santo continham marcas de tiros de espingarda cartucheira e de revólver calibre 38.

Apesar do acusado estar negando a participação no crime, Sílvio Maués acredita que seja ele mesmo quem estava sendo transportado na moto vermelha pilotada por Lindonjhonson.

“É fato, o Lindonjhonson foi reconhecido pilotando a moto e o “Neguinho”, mesmo negando as testemunhas forneceram as características dele, portanto deve ser feito um reconhecimento a fim de se confirmar tais informações das testemunhas”, conclui o delegado.

Joe Claudio e Maria do Espírito Santos foram assassinados na manhã do dia 24 de maio. Eles trafegavam numa moto e passavam numa precária ponte quando foram alvejados mortalmente.

O pistoleiro arrancou a orelha direita de José Claudio como se fosse uma prova do crime a ser apresentada ao contratante.

A investigação conduzida pelos delegados: Sílvio Maués, Rilmar Firmino e José Humberto de Melo Júnior identificou que o duplo homicídio aconteceu por conta de uma contenda com o fazendeiro José Rodrigues.

Este, teria comprado três lotes no Projeto de Assentamento Praia Alta Piranheira, em Nova Ipixuna, porém o casal José Claudio e Maria do Espírito Santo não só se opuseram à negociação como colocou três famílias nos lotes, abrindo assim uma rivalidade que acabou culminando com o duplo homicídio.


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