Sem terra e seguranças vivem se engalfinhando na Cedro |
A medida visa, entre outras coisas, evitar que haja novos confrontos entre integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e seguranças da empresa Atalaia. O confronto mais recente aconteceu no dia 27 de junho deste ano, ocasião em que 12 sem terra foram baleados.
A juíza Sara Augusta justificou na sentença que há a “necessidade da permanência do Comando de Missões Especiais (CME) naquela área, pois, conforme noticiado na imprensa nacional já houve confronto entre as partes que resultou em várias
pessoas feridas”, relata.
Em seguida a magistrada determinou que o comandante do CME fosse comunicado da decisão, inclusive requereu o aumento de efetivo policial, que atualmente conta com pelo menos 50 militares.
Retorno – De igual forma que os militares permanecessem de prontidão dentro da fazenda Cedro, enquanto sem terra do MST permanecem acampados em frente da fazenda.
O acesso à propriedade, de certa forma está interditado em função do estado de sítio imposto pelos sem terra.
Funcionários e seguranças da fazenda buscam rotas alternativas para adentrarem a propriedade.
Reunião – Durante reunião na manhã de ontem, no Incra de Marabá, integrantes do MST decidiram que vão continuar cerrando fileira em frente da sede e de lá não saem enquanto não houver um desfecho em relação aos pleitos deles.
Uma das reivindicações diz respeito à desapropriação da fazenda Cedro, onde alega que parte da fazenda, composta por aproximadamente 19 mil hectares não tem registro.
De sua parte a Agropecuária Santa Bárbara (Agrosb), administradora da propriedade alega que a terra é totalmente produtiva e legalizada, contudo admite a desapropriação da fazenda a um preço justo.
Na semana passada aconteceu uma reunião no Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) em Brasília, onde o impasse em torno da fazenda permanece.
De um lado a Agrosb aceita que seja feita uma vistoria judicial, onde devem acompanhar o trabalho pericial Incra, MDA, Ouvidoria Agrária, Vara Agrária, entre outras, enquanto o MST defende a vistoria administrativa que dispensa todo esse aparato e agiliza o processo de desapropriação, ou aquisição da fazenda.
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