segunda-feira, 6 de agosto de 2012

PF estoura esquema de propina no Pará

Motorista tem de pagar R$ 50,00 senão tem caminhão aperendido
Lista com os pagamentos e as barreiras policiais

Durante abordagem de rotina a caminhoneiros que transportam carvão vegetal para siderúrgicas do Distrito Industrial de Marabá (DIM),  no final do mês de julho agentes da Polícia Federal detectaram indícios de cobrança de propina em barreiras do Pará.
Folhas de uma agenda, que estavam dentro de um caminhão, apontavam que o caminhoneiro deveria pagar R$ 50,00 para a Polícia Militar em barreiras montadas ao longo da PA-150, em Tailândia, Goianésia, Jacundá, Nova Ipixuna e em Marabá.
Nestas mesmas barreiras, o motorista tinha de pagar aos fiscais da Sefa, ou Adepará, a quantia de R$ 150,00 para que tivessem acesso livre, mesmo estando com os documentos legalizados para o tranporte de carvão. Ao todo o motorista desembolsava R$ 1.950,00 nas barreiras.
A descoberta aconteceu em função da operação Arco de Fogo, coordenada pelo delegado Antonio Carlos Cunha Sá.
Vale lembrar, porém que a cobrança da propina se estende até mesmo àqueles caminhoneiros que estiverem legalizados, pois caso não paguem ficam retidos nas barreiras, segundo informou o delegado.
“Isso é um achaque, uma vergonha para o estado do Pará, que tolera os maus agentes do sistema de segurança envolvidos em tais crimes”, desabafa o policial informando que o esquema deve ser denunciado às autoridades estaduais a fim de que providências sejam tomadas a fim de coibir tais crimes, bem como identificar os envolvidos.
Em âmbito de Polícia Federal, um inquérito deve ser instaurado a fim de apurar os prováveis envolvidos no esquema, que aparentemente soa como crime de concussão, uma vez que os agentes públicos estariam usando os cargos, ou funções em benefício próprio.

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