quinta-feira, 13 de junho de 2013

Juiz solta atirador, mas mediante fiança alta



O juiz titular da 9ª Vara Penal de Marabá, Murilo Lemos Simão arbitrou uma fiança considerada bastante alta para soltar o boiadeiro Jaime José de Souza Neto, preso na madrugada da última terça-feira.
O boiadeiro ficou de ser liberado ainda hoje, desde que recolha fiança no valor de 150 salários mínimos que somam R$ 101.700,00.
Assim que ficou sabendo da fiança o acusado determinou que o boleto fosse impresso e que irmãos dele providenciasse o pagamento imediatamente, pois não suportaria mais dormir na cadeia.
Remember – Para quem não se lembra Jaime Neto protagonizou um episódio inusitado, quando num ataque de fúria, invadiu a casa do pecuarista José Miranda Cruz e efetuou vários disparos no imóvel.
Para tanto ele teria usado dois revólveres que descarregou toda a munição. Ele entrou no imóvel, uma suntuosa mansão, no bairro Quilômetro Sete que ficou bastante danificada.
O boiadeiro foi preso ainda na madrugada da última terça-feira (11), após protagonizar este ato de fúria.
Assim que ficou sabendo do valor da fiança, na manhã desta quinta-feira, Jaime Neto determinou que os familiares dele providenciasse o pagamento, pois não suportaria dormir mais uma noite na cadeia.
Para a imprensa local ele comentou que estava muito nervoso por conta da demora no recebimento do dinheiro dele e que estava tendo dificuldades para honrar pagamentos com credores, motivo pelo qual acabou cometendo este atentado à casa do pecuarista José Miranda Cruz, que até o momento não foi localizado para comentar a respeito do assunto.
Cansado de esperar pelo pagamento de uma dívida da ordem de R$ 4 milhões, o pecuarista Jaime José de Sousa Neto virou o “cavalo do cão” na madrugada desta terça-feira (11) e cobrou a conta na base da truculência.
A invasão aconteceu na casa do pecuarista José Miranda Cruz, no Km 7, bastante conhecido em Marabá e que estaria devendo os R$ 4 milhões por conta da compra de gado.
Jaime Neto, em entrevista ao rádio repórter Elvan do Vale, contou que nos últimos dois anos, tentou de todas as formas negociar a dívida a fim de receber o dinheiro, mas todos os apelos foram em vão.
Por conta deste aborrecimento, Jaime Neto, num ataque de fúria, apanhou o caminhão boiadeiro dele, um Mercedes Bens de cor vermelha, placa MXG-4790 Marabá-PA, e arrebentou a lateral da casa por onde entrou e efetuou vários tiros no imóvel.
O ataque aconteceu por volta das cinco horas da madrugada e tão logo os estampidos ecoaram a Polícia Militar foi acionada e o acusado foi preso em flagrante.
Com o acusado os militares localizaram dois revólveres calibre 38, modelo TA, com seis projéteis deflagrados em cada uma das armas.
No imóvel dormia a esposa e um filho menor do pecuarista, cujos nomes não foram repassados para a reportagem. José Miranda Cruz não foi localizado para comentar a respeito do ataque e da suposta dívida que teria com James Neto.
“Peço desculpas ao senhor José Miranda e à família dele, pois não tive a intenção de matar ninguém, mas estava nervoso por conta da dívida e tento há dois anos receber o dinheiro e não consegui”, relata James Neto.
Ele contou ainda que está tendo dificuldade para honrar alguns compromissos financeiros que têm na região.
“Sou um homem trabalhador, moro em São Domingos e todos e conhecem e não é da minha índole, mas a minha situação é desesperadora”, justificou.
Independentemente das justificativas, ou alegações o acusado foi autuado por tentativa de homicídio, porte ilegal de armas e dano.
Por sua vez, o advogado Antonio Lopes Filho requereu o relaxamento do flagrante do flagrante na 9ª Vara Penal por entender que não houve indícios suficientes de tentativa de homicídio. O juiz Murilo Lemos Simão deve decidir hoje a respeito desta petição.
Antonio Filho considerou que houve excesso na capitulação penal do cliente dele, pois poderia ser autuado por porte ilegal de armas e por dano.
“Ele não tinha a intenção de matar ninguém, pois não atingiram nenhuma pessoa estava nervoso, afinal é uma quantia considerável que têm pra receber e acabou se excedendo”, relata o advogado dizendo que vai provar em juízo que não houve a intenção de matar.
Independentemente das alegações do advogado o fato é que a casa do pecuarista ficou toda perfurada de tiros, vidros estilhaçados e um rastro de destruição em todo o imóvel.


Um comentário:

Anderson Damasceno disse...

É uma quantia "irrisória" para motivar e justificar tamanho ato? A família do José Miranda vai entender?