Edinaldo Sousa - A dona de casa Edileusa Silva Soares, residente na Folha 35, Quadra 19, Lote 13, Nova Marabá sentiu e viveu o que reza o dito popular: “A Justiça tarda, mas não falha” ao vivenciar a prisão do homicida José de Oliveira Lima o Gordinho acusado de ter matado o filho dela Jadilson da Silva Soares.
A vítima faleceu no dia 27 de outubro de 2007, sendo que foi esfaqueado no dia 3 daquele mesmo mês e durante 24 dias foi operado seis vezes e faleceu no Hospital Regional.
A via crucis da dona de casa, porém estava apenas começando após ter sepultado o filho ela disse que fez uma promessa e que não sossegaria enquanto o homicida estivesse preso.
A busca dela cessou na última sexta-feira (24) ocasião em que presenciou a prisão do Gordinho, que após se refugiar em várias cidades estava escondido na Vila Macarrão onde foi preso.
Nesta captura, trabalharam a delegada Sílvia Mara Ferreira Tavares, investigadores do Núcleo de Inteligência da Polícia (NIP) e a equipe do delegado Paulo Renato de Lima Pinto. O acusado está preso em Tailândia, mas pode ser transferido a qualquer momento para Marabá.
Passional – Esse crime, em princípio teria motivação passional. No pivô desse crime havia uma mulher de prenome Fernanda, a “Neguinha”, com a qual Jadilson Soares, que à época tinha 15 anos e mantinha relações amorosas.
O mais estranho que a mulher em questão, teria sido ex-esposa do irmão do acusado, José Luís, porém Gordinho, confidenciou à Edileusa Soares que gostava da Neguinha e que não aceitava o relacionamento dela com o Jadilson.
Na noite em que foi esfaqueado, Jadilson Soares estava na casa da Neguinha, que fica bem próximo da casa dele e Gordinho bebia em bar na avenida principal da Folha 35, porém se armou de um terçado improvisado e foi até a casa para tomar satisfação do casal.
Premeditado – Chegando a esta casa, de acordo com Edileusa Soares, ambos travaram uma discussão, ocasião em que o filho dela teria ferido o Gordinho com um pedaço de madeira e este teria desferido os golpes de arma branca no jovem. “Ele furou o meu filho e torceu a faca dentro dele, pois havia tecidos cortados dentro dele filho”, supõe.
Para ela, o crime foi premeditado, tendo em vista que três dias antes do esfaqueamento, Gordinho, Jadilson e o pai dele, José Alípio Soares foram pescar e numa filmagem de telefone celular, Gordinho aparecia olhando insistentemente para o filho dela. “Naquele momento, tenho certeza, ele já pensava em matar o meu filho”, desabafa.
Promessa – “Prometi no túmulo do meu filho que iria lutar para que o criminoso fosse punido”, sustenta dizendo que após o sepultamento, praticamente a vida dela acabou.
“Não vivo, ele acabou com a minha família, minha mãe vive sob medicamentos, tudo que ganho é para cuidar dela, durante todo esse tempo gastei o que não pude para tentar localizar o homicida e pode ter certeza vou continuar lutando para que a justiça seja feita”, argumenta.
De outra parte, Edileusa Soares disse entender a dor da mãe do Gordinho, porém o acusado está vivo e pode ser visitado numa cela, ao passo que o filho dela está preso debaixo da terra. “Meu filho sim está preso, não posso visitá-lo, nunca mais ele vai falar comigo, mas o filho dela que matou, está vivo e pode perfeitamente conversar com a mãe dele”, compara.
Por fim, a dona de casa aproveitou para agradecer ao empenho dos policiais que participaram dessa investigação. “Muitas vezes voltei da delegacia chorando, pois ninguém queria investigar o meu caso, até a que a delegada Sílvia Mara se empenhou e o NIP ajudou até a prisão do acusado, agora vou lutar para que a Justiça seja feita e ele condenado”, desabafa.
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
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